almada - 1 - Jornal da Região
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2 JR Alma<strong>da</strong> 4 a 17 JULHO 2012<br />
OPINIÃO<br />
Persistência como ‘palavra-chave’<br />
‘Temos um governo que ain<strong>da</strong> não se lembrou que<br />
quem arranja trabalho e combate o desemprego<br />
são os empresários, responsáveis pelas micro,<br />
pequenas e médias empresas deste país’<br />
Caros amigos empresários:<br />
O nosso país enfrenta a<br />
maior taxa de desemprego de<br />
to<strong>da</strong> a nossa história, havendo,<br />
ain<strong>da</strong>, a possibili<strong>da</strong>de do<br />
seu aumento, a curto prazo.<br />
E qual a razão para este<br />
acontecimento?<br />
Deve-se ao facto de termos<br />
um governo que ain<strong>da</strong><br />
não se lembrou que quem arranja<br />
trabalho e combate o desemprego<br />
são os empresários,<br />
responsáveis pelas micro, pequenas<br />
e médias empresas deste<br />
país, persegui<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> vez<br />
mais, por policiamentos ridículos<br />
<strong>da</strong> ASAE e ACT e por<br />
um “esmagamento” fiscal inaceitável,<br />
denominado, por alguns<br />
analistas financeiros, como<br />
“terrorismo fiscal”.<br />
Actualmente, encerram<br />
cerca de 30 empresas por dia,<br />
provocando mais desemprego,<br />
o que origina menos receita<br />
fiscal e uma maior sobrecarga<br />
de impostos para aquelas<br />
que ain<strong>da</strong> laboram.<br />
O governo, na sua ânsia de<br />
cumprir com as promessas<br />
que fez à “Troika”, com as<br />
quais assumiu o compromisso<br />
de pagar a dívi<strong>da</strong> nacional,<br />
sem negociação dos juros usurários,<br />
acabou por fazer, de<br />
uma maneira inconsciente, o<br />
mesmo que todos os governos<br />
pós “Revolução 25 de Abril”,<br />
ao pedir ao Banco Central Europeu<br />
(BCE) e outras enti<strong>da</strong>des<br />
bancárias europeias, ao invés<br />
de proceder ao reajustamento<br />
do número exagerado<br />
de deputados, autarquias, juntas<br />
de freguesia e outras instituições<br />
públicas, bem como<br />
de estabelecer um tecto salarial<br />
para os administradores<br />
<strong>da</strong>s empresas e instituições públicas<br />
(sendo estes administradores,<br />
detentores de ordenados<br />
escan<strong>da</strong>losos, antigos políticos).<br />
Contrariamente, decidiu-se<br />
implementar medi<strong>da</strong>s<br />
como o corte do subsídio de<br />
férias e de Natal aos funcionários<br />
públicos e de cerca de metade<br />
do subsídio de Natal aos<br />
empregados do sector privado,<br />
o que diminuiu ain<strong>da</strong> mais<br />
o poder de compra dos portugueses<br />
e deu um rude golpe na<br />
economia nacional, com principal<br />
incidência nos sectores<br />
do comércio, serviços e turis-<br />
mo, criando, assim, mais falências<br />
e desemprego em Portugal.<br />
A banca, principal responsável<br />
pelo crédito exagerado<br />
que, em certa altura, disponibilizou<br />
a famílias e empresas,<br />
fecha agora, de maneira abusiva,<br />
o crédito às micro, pequenas<br />
e médias empresas cumpridoras,<br />
como consequência<br />
<strong>da</strong>s actuais insolvências e desemprego,<br />
mesmo tendo recebido<br />
avulta<strong>da</strong>s verbas do BCE<br />
para incentivo à economia. O<br />
governo assiste a tudo isto, de<br />
modo impávido e sereno, sem<br />
saber como reverter este ciclo<br />
extremamente negativo para<br />
o país.<br />
A dívi<strong>da</strong> nacional, contraí<strong>da</strong><br />
ininterruptamente ao longo<br />
de 38 anos, só poderá ser<br />
paga com um plano a longo<br />
prazo (cerca de 20 anos), com<br />
uma renegociação <strong>da</strong> taxa de<br />
juros para valores suportáveis,<br />
com um compromisso entre<br />
os dois partidos que constituem<br />
governo alterna<strong>da</strong>mente<br />
(PS e PSD), para o cumprimento<br />
desse plano e com o relançamento<br />
<strong>da</strong> economia na-<br />
Proporcionamos o seu<br />
bem-estar no conforto<br />
do seu Lar<br />
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21 088 47 85<br />
91 635 82 68<br />
www.bem-estarnoseular.com<br />
Francisco Carriço<br />
Presidente <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong><br />
Associação do Comércio e<br />
Serviços do Distrito de Setúbal<br />
cional, o que acontecerá, somente,<br />
através de um abaixamento<br />
<strong>da</strong> taxa de juro bancário<br />
para valores suportáveis pelas<br />
micro, pequenas e médias<br />
empresas, pela libertação de<br />
medi<strong>da</strong>s de incentivo ao investimento<br />
e desagravamento<br />
<strong>da</strong>s contribuições fiscais e autárquicas.<br />
Espera-se que o governo<br />
consiga ter o discernimento e<br />
a coragem necessários para<br />
que possamos sair desta crise<br />
financeira, e também política,<br />
e lutar com as armas certas para<br />
defender e elevar a economia<br />
nacional e o próprio país.<br />
Um abraço a todos aqueles<br />
que me lêem, com o pedido<br />
para que não desistam, pois<br />
juntos venceremos mais esta<br />
batalha.<br />
Av. António José Gomes, n.º 36B | Cova <strong>da</strong> Pie<strong>da</strong>de e<strong>da</strong>de<br />
CARTAS<br />
Ain<strong>da</strong> o<br />
miradouro<br />
dos Capuchos<br />
Tive ocasião de ler o nosso<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>da</strong> <strong>Região</strong> na<br />
sua última edição e deparei<br />
com um escrito que<br />
há muito tencionava fazer,<br />
relativo ao estado de<br />
abandono do miradouro<br />
dos Capuchos e à autêntica<br />
esterqueira que ali se<br />
verifica. É uma vergonha<br />
que num ponto de atracção<br />
turística se ofereça<br />
tão rude cartão de visita.<br />
O mesmo se passa ao<br />
longo de to<strong>da</strong> a nossa<br />
Costa <strong>da</strong> Caparica e na<br />
Fonte <strong>da</strong> Telha, onde as<br />
praias maravilhosas que a<br />
natureza nos deu estão<br />
peja<strong>da</strong>s de construções<br />
desqualifica<strong>da</strong>s, de obras<br />
inacaba<strong>da</strong>s ou já destruí<strong>da</strong>s,<br />
num cenário que afas-<br />
Rectificação<br />
Na notícia publica<strong>da</strong> na<br />
última edição do <strong>Jornal</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Região</strong> de Alma<strong>da</strong> sobre<br />
a Associação Cultural<br />
e Recreativa dos Ci<strong>da</strong>dãos<br />
Oriundos <strong>da</strong> Comarca<br />
de Estarreja, é referido<br />
erra<strong>da</strong>mente que na Arrentela<br />
(Seixal) ain<strong>da</strong> funciona<br />
um estaleiro de<br />
construção naval em madeira.<br />
O que foi dito pelo<br />
presidente <strong>da</strong> associação,<br />
Ventura Pinto, é que este<br />
ta ca<strong>da</strong> vez mais os visitantes.<br />
Noutro país, ou noutro<br />
concelho, com uma visão<br />
de maior alcance sobre<br />
o interesse estratégico<br />
que deve ser o sector<br />
do turismo, to<strong>da</strong> esta zona<br />
estava já alin<strong>da</strong><strong>da</strong> e requalifica<strong>da</strong>.<br />
Aqui não. Câmara,<br />
Governo e partidos<br />
<strong>da</strong> oposição gastam o tempo<br />
a discutir de quem é a<br />
culpa pelo marasmo a<br />
que chegámos e na<strong>da</strong> fazem<br />
para o corrigir.<br />
Manuel Adrião<br />
Costa <strong>da</strong> Caparica<br />
estaleiro onde “foram<br />
construídos os dois últimos<br />
cacilheiros em madeira,<br />
o Renovação e o<br />
Recor<strong>da</strong>ção, já não existe”.<br />
No local encontra-se<br />
agora “um Eco Museu e<br />
uma Fragata, podre, que<br />
foi construí<strong>da</strong> em Pardilhó”.<br />
O único estaleiro de<br />
construção naval em madeira<br />
“existe em Sarilhos<br />
(Moita), e é de um familiar<br />
meu”, disse Ventura<br />
Pinto.<br />
AL305-0-64285