almada - 1 - Jornal da Região
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4 JR Alma<strong>da</strong> 4 a 17 JULHO 2012<br />
ALMADA<br />
Comércio<br />
critica<br />
mobili<strong>da</strong>de<br />
Inquérito revela causas<br />
para quebras no negócio<br />
Nos últimos dez anos quase<br />
metade <strong>da</strong>s lojas do comércio<br />
local no perímetro de Alma<strong>da</strong><br />
Centro encerraram. As contas<br />
estão retrata<strong>da</strong>s num relatório<br />
elaborado pela Delegação de<br />
Alma<strong>da</strong> <strong>da</strong> Associação de Comércio<br />
e Serviços do Distrito<br />
de Setúbal (ACSDS), apresentado<br />
na passa<strong>da</strong> semana, e que<br />
é tido pelas forças políticas<br />
eleitas no concelho como credível.<br />
Segundo a associação, no eixo<br />
central <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, que chegou<br />
a ser alvo do projecto “Alma<strong>da</strong><br />
Centro – Shopping e Lazer”<br />
desenvolvido em parceria<br />
com a autarquia, a contagem<br />
aproximava-se dos “500 espaços<br />
comerciais”, mas até Janeiro<br />
de 2012 o estudo apura<br />
que “encerraram 240 espaços<br />
comerciais”, o que “implicou<br />
directamente a per<strong>da</strong><br />
de 500 postos de trabalho”.<br />
Para o presidente <strong>da</strong> Delegação<br />
de Alma<strong>da</strong>, Gonçalo Paulino,<br />
este estudo “prova que a<br />
situação não pode ser apenas<br />
justifica<strong>da</strong> com a actual<br />
crise económica” e atribui<br />
responsabili<strong>da</strong>des “ao Plano<br />
de Mobili<strong>da</strong>de XXI implementado<br />
pela Câmara de Alma<strong>da</strong>”.<br />
O relatório teve por base<br />
213 questionários, distribuídos<br />
no primeiro trimestre deste<br />
ano, abrangendo um universo<br />
representativo de todos os<br />
agentes económicos com porta<br />
aberta em Alma<strong>da</strong> Centro.<br />
A estes correspondem 112 estabelecimentos<br />
de comércio a retalho;<br />
29 de hotelaria e restauração;<br />
13 de cabeleireiro e estética;<br />
2 farmácias; 6 imobiliárias;<br />
43 de serviços, instituições<br />
bancárias e seguradoras; 8<br />
serviços de saúde. Verifica-se<br />
que neste perímetro cerca de<br />
52,58 por cento dos inquiridos<br />
são agentes de comércio a retalho,<br />
sendo os serviços a segun<strong>da</strong><br />
activi<strong>da</strong>de mais representativa<br />
em Alma<strong>da</strong> Centro.<br />
Com um total de oito questões<br />
o inquérito pretendeu apurar<br />
várias conclusões desde a situação<br />
do negócio, a afluência<br />
de pessoas a este eixo, desde<br />
que começaram as obras do metro<br />
até ao momento em que este<br />
funciona em pleno, o estacionamento,<br />
a pedonalização de<br />
Associação de Comércio e Serviços avançou com inquérito que aponta o plano de mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> autarquia como responsável pelo fecho de lojas no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />
parte deste eixo, a proibição de<br />
circulação automóvel e as novas<br />
regras de estacionamento.<br />
De uma forma global os<br />
agentes do comércio e serviços<br />
locais estão descontentes.<br />
A maioria aponta que o volume<br />
de negócios diminui, enquanto<br />
89,67 por cento afirma<br />
que a afluência de pessoas<br />
em Alma<strong>da</strong> Centro teve uma<br />
quebra desde a aplicação do<br />
Plano Mobili<strong>da</strong>de – Acessibili<strong>da</strong>des<br />
XXI. O inquérito apurou<br />
ain<strong>da</strong> indicadores expressivos,<br />
pela negativa, quanto à satisfação<br />
<strong>da</strong>s pessoas relativamente<br />
aos impedimentos de<br />
circulação automóvel e à falta<br />
de estacionamento.<br />
O estudo reflecte também<br />
a opinião dos agentes económicos<br />
locais que apontam seis<br />
medi<strong>da</strong>s para melhorar a vi<strong>da</strong><br />
na ci<strong>da</strong>de. Estas passam, entre<br />
outras, pela abertura ao trânsito<br />
no canal Centro Sul-Cacilhas,<br />
assim como do acesso directo<br />
à Aveni<strong>da</strong> Cristo Rei. Pela<br />
racionalização <strong>da</strong> actuação<br />
<strong>da</strong> ECALMA, promoção dos<br />
espaços comerciais <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />
e criação de protocolos com<br />
empresas de transportes de turistas.<br />
Aliás, a falta de medi<strong>da</strong>s para<br />
atrair turistas à ci<strong>da</strong>de é<br />
uma <strong>da</strong>s críticas aponta<strong>da</strong>s pelo<br />
presidente <strong>da</strong> ACSDS. “Em<br />
Alma<strong>da</strong> não há sinalética a<br />
dirigir os turistas para o centro<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de”. Ao mesmo<br />
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tempo Francisco Carriço não<br />
entende por que razão “a Câmara<br />
de Alma<strong>da</strong> deixou de<br />
ouvir os comerciantes”, inclusivamente<br />
lembra um estudo<br />
conjunto entre a autarquia<br />
e a associação elaborado “há<br />
cerca de dez anos, que foi<br />
abandonado”. Um estudo<br />
que entre várias propostas definia<br />
acções de dinamização <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de. “Se nos aju<strong>da</strong>rem temos<br />
capaci<strong>da</strong>de para apresentar<br />
ideias tanto para dinamizar<br />
o centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de<br />
Alma<strong>da</strong>, como <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
Costa <strong>da</strong> Caparica”.<br />
A isto Gonçalo Paulino<br />
acrescia que a Delegação de Alma<strong>da</strong><br />
“já apresentou várias<br />
sugestões para melhorar a<br />
circulação na ci<strong>da</strong>de”, inclusivamente<br />
“à equipa que está a<br />
elaborar a revisão do Plano<br />
Director Municipal” mas<br />
“não nos dão importância”.<br />
Para o presidente <strong>da</strong> Delegação<br />
de Alma<strong>da</strong> “já não há tempo<br />
para mais experiências<br />
com a mobili<strong>da</strong>de de Alma<strong>da</strong>,<br />
é precisar resolver”.<br />
Entretanto a maioria CDU<br />
que gere a autarquia, sem fazer<br />
grandes comentários a este relatório<br />
apresentado também<br />
na última Assembleia Municipal,<br />
avançou através <strong>da</strong> presidente<br />
<strong>da</strong> Câmara, que “está<br />
em curso uma avaliação <strong>da</strong>s<br />
soluções implementa<strong>da</strong>s em<br />
todo o concelho no âmbito<br />
do Plano de Mobili<strong>da</strong>de –<br />
Oposição lança críticas<br />
à ‘falsa pedonalização’<br />
As críticas à circulação<br />
no eixo central <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />
são comuns também aos<br />
partidos <strong>da</strong> oposição. Para<br />
os socialistas “é preciso<br />
acabar com a falsa pedonalização<br />
no centro de Alma<strong>da</strong>”,<br />
assim como “o estacionamento<br />
tem de ser<br />
devi<strong>da</strong>mente regularizado”,<br />
afirmava António<br />
Mendes, vereador e presidente<br />
<strong>da</strong> Concelhia do PS.<br />
Entretanto António Maco,<br />
líder do CDS de Alma<strong>da</strong> defende<br />
que “é preciso acabar<br />
com o impedimento<br />
<strong>da</strong> circulação de viaturas”<br />
no eixo <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.<br />
Os protestos sobre as<br />
medi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> autarquia para<br />
a mobili<strong>da</strong>de nesta zona<br />
são mesmo factor de entendimento<br />
entre os partidos<br />
<strong>da</strong> oposição. “É fun<strong>da</strong>mental<br />
repensar as soluções<br />
implementa<strong>da</strong>s”, afirma<br />
Acessibili<strong>da</strong>des XXI”. Segundo<br />
Maria Emília de Sousa,<br />
está a ser feito um trabalho,<br />
que está “em fase avança<strong>da</strong>”,<br />
de “longo alcance para perceber<br />
as soluções que são de<br />
manter e as que são de alte-<br />
Nuno Matias. Para o líder<br />
do PSD de Alma<strong>da</strong>, vereador<br />
e deputado, estas “medi<strong>da</strong>s<br />
de fundo” para além<br />
de facilitarem a mobili<strong>da</strong>de<br />
“aju<strong>da</strong>m a requalificar o<br />
comércio local”.<br />
O Bloco de Esquer<strong>da</strong><br />
que concordou com o projecto<br />
inicial <strong>da</strong> pedonalização<br />
de algumas zonas de Alma<strong>da</strong>,<br />
em prol <strong>da</strong> “quali<strong>da</strong>de<br />
de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas”,<br />
considera que os espaços<br />
pedonais têm de ser pensados<br />
de forma a “ter vi<strong>da</strong> e<br />
criar condições atractivas<br />
para a dinamização<br />
do comércio local”. Por isso,<br />
Luís Filipe Pereira, deputado<br />
municipal do BE,<br />
considera que este estudo<br />
<strong>da</strong> Delegação de Alma<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
ACSDS “é importante” e<br />
“deve influenciar um<br />
olhar crítico em relação<br />
ao evoluir desta zona”.<br />
rar”, ao que acrescentou: “Temos<br />
tido o cui<strong>da</strong>do de perceber<br />
a mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> população<br />
que vive no território de<br />
Alma<strong>da</strong>”.<br />
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