Conarh 2009 - Revista Seguro Total
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60<br />
DEBATE<br />
A crise econômica mundial, a<br />
abertura do resseguro, o crescimento<br />
do mercado em negócios e a ampliação<br />
do patrimônio protegido de cidadãos<br />
e empresas criou situações inéditas<br />
e viabilizou apólices e relações<br />
comerciais mais complexas.<br />
Neste contexto, o cidadão adotou<br />
uma postura exigente, buscando<br />
mais informações e direitos. Tais<br />
mudanças resultaram na necessidade<br />
de ampliar a discussão sobre ética e<br />
transparência na atividade seguradora<br />
conforme evento realizado em São<br />
Paulo, no dia 21 de agosto.<br />
A oitava edição do encontro, promovido<br />
pelo Sindseg-SP (Sindicato<br />
das Seguradoras Previdência e Capitalização<br />
do Estado de SP), e coordenado<br />
pelo Advogado Antônio Penteado<br />
Mendonça, reuniu as principais<br />
instituições do setor e representantes<br />
de defesa do consumidor para discutir<br />
a atual relação entre a sociedade e<br />
o mercado.<br />
Na abertura, o secretário de Justiça<br />
e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio<br />
Guimarães Marrey, afirmou que “o<br />
mercado de seguros tem um papel importante<br />
pois permite, no manejo dos<br />
riscos e de seus cálculos, que a atividade<br />
econômica se realize”.<br />
O representante do governo paulista<br />
lembrou também que o consumidor,<br />
quando recorre aos serviços<br />
oferecidos, “se encontra em posição<br />
de fragilidade, por causa de um acidente<br />
de carro, roubo de residência<br />
ou problemas de saúde”, acrescentando<br />
que “por isso, as condições<br />
devem ser muito claras e as indenizações<br />
rápidas”.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Seguro</strong> <strong>Total</strong> - <strong>2009</strong><br />
ética e transparência com foco<br />
no respeito à cidadania<br />
Na sua oitava edição, Seminário aponta que o cidadão brasileiro está cada vez<br />
mais exigente e informado, reivindicando mais por seus direitos<br />
Mauro Batista, Antonio Penteado Mendonça, ministro Marco Aurélio Mello<br />
e desembargador José Renato Nalini<br />
CoNSCieNtiZAção<br />
Marrey ainda ressaltou que o Código<br />
de Defesa do Consumidor garante<br />
apenas os direitos no plano formal,<br />
exigindo das seguradoras uma maior<br />
conscientização de seu papel social,<br />
prestando atenção às demandas dos<br />
consumidores, que, nas palavras delas,<br />
“são seus maiores ativos”.<br />
O interesse dever ser mútuo, portanto,<br />
na defesa de um mercado que<br />
elimine distorções e não dê espaço<br />
a empresas que não cumprem o que<br />
oferecem como forma de estimular o<br />
avanço do setor. “Um mercado ético e<br />
transparente é de interesse de todos”,<br />
complementou Marrey.<br />
Ele trouxe ainda dados sobre o<br />
índice médio de acordos administrativos<br />
– que foi de 30% entre 2003<br />
e 2008 e saltou para 70% em <strong>2009</strong>.<br />
Nesse universo, o <strong>Seguro</strong> de Auto<br />
alcançou o pico de 87%, enquanto o<br />
<strong>Seguro</strong> de Residência passou de 27%<br />
para 54%.<br />
“Então houve um aumento expres-<br />
sivo de acordos e soluções amigáveis.<br />
Ainda assim, nos casos mais graves,<br />
como no acidente do Metrô, obtevese<br />
quase a totalidade dos acordos.<br />
Isso reflete positivamente na percepção<br />
do consumidor sobre a atividade<br />
seguradora, reconhecendo o cumprimento<br />
de sua função social dentro<br />
dos parâmetros de mercado”, analisou<br />
Marrey.<br />
DogMAS<br />
O diretor de Fiscalização do Procon,<br />
Paulo Arthur Leoncini Góes,<br />
apontou os “dogmas” que devem nortear<br />
o mercado de seguros, visando<br />
a excelência no atendimento: “como<br />
se comunicar com o consumidor”,<br />
“quem escolher como parceiro” e<br />
“como atender no pós-venda”.<br />
“O cuidado com o consumidor começa<br />
na oferta e apresentação do produto.<br />
Esse momento é de extrema importância<br />
para não frustrar expectativas<br />
no futuro. Muitas vezes, as informações<br />
estão na apólice, mas nem sempre