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Desafios Comportamentais - Johns Hopkins Center for ...

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“ainda não fui explicado... aqui, nunca.” (E2-211008, H, Matola, Maputo)<br />

“aqui, desde que eu comecei a tomar os comprimidos não teve nenhuma palestra...<br />

não, não, neste momento ainda não.” (E3-211008, H, Matola, Maputo)<br />

4.4. A prevenção da reinfecção<br />

Adesão ao TARV: <strong>Desafios</strong> <strong>Comportamentais</strong> - Análise Rápida de Situação na Zambézia e Maputo<br />

O que mais chama a atenção no conjunto de depoimentos é certa mudança nos padrões de<br />

relacionamento sexual, desde diminuir o número de parceiros a adopção da abstinência<br />

sexual. Vários in<strong>for</strong>mantes opinam que, por orientação dos profissionais de saúde, devem<br />

fazer intervalos nas relações sexuais como uma <strong>for</strong>ma de cuidar-se e não agravar o quadro da<br />

infecção. Porém fica difícil saber se receberam este tipo de conselho ou se compreenderam<br />

desta <strong>for</strong>ma a in<strong>for</strong>mação que receberam. E mais, é possível que esses in<strong>for</strong>mantes tenham<br />

negado sua actividade sexual por achar que esta seria a expectativa do entrevistador,<br />

tratando-se de seropositivos.<br />

“Mudei sim. Não tenho parceiros, estou a viver assim até que em cada reuniões com os<br />

Doutores eu faço perguntas. Doutor, é normal uma mulher ficar assim sem fazer sexo?<br />

Então, o Doutor às vezes responde-me que é muito melhor. Então eu vivo segura.<br />

Eu pensava que fazia mal ficar assim sem fazer sexo.” (E3-111108, M, Namacurra,<br />

Zambézia)<br />

“Depois de saber o meu estado de saúde, apesar de ter duas mulheres eu antes para<br />

além das minhas mulheres eu tinha outras. E essas coisas de preservativo eu não<br />

usava, nem com uma, nem com a outra e nem por onde eu andava. Desta altura<br />

(desde quando soube que era seropositivo) , até o momento que cai doente não<br />

tive vontade de fazer relações sexuais e nem sei se haverá medicamento de fazer com<br />

que eu volte a ter vontade de fazer relações sexuais.” (E2-141008, H, Quelimane,<br />

Zambézia)<br />

“Não tenho, nem preciso, estou bem assim se não vai me dar dor de cabeça, prefiro<br />

viver assim doutora, é mais preferível, vou ao serviço, atender os dois meus filhos,<br />

chega! Se arranjo um amigo vai me criar problemas.” (E7-231008, M, Boane,<br />

Maputo)<br />

“eu sempre procurei me cuidar, está a ver, agora por exemplo, desde que o meu<br />

marido, com quem tive a minha última filha de dois anos, morreu quando eu ainda<br />

estava grávida nunca mais dormi com nenhum homem e eu gostaria que continuasse<br />

assim para ver como é que se comporta a minha doença” (E5-061108, M, Boane,<br />

Maputo)<br />

“Depois de saber o meu estado de saúde, o nosso relacionamento sexual mudou<br />

bastante, antigamente eu não me protegia, mas agora eu não faço relações<br />

sexuais, eu parei.” (E3-151008, M, Quelimane, Zambézia)<br />

“já não mantenho relações sexuais, desde que soube desta doença nunca mais<br />

mantive relações sexuais, nem tenho vontade.” (E9-211008, M, Matola, Maputo).<br />

Esta senhora tem 44 anos de idade e o marido é falecido.<br />

“eh, depois de eu saber que eu estou assim, infectado com a doença quase que, bem,<br />

não era uma pessoa de muitas amizades não é, mas cortei definitivamente, em que<br />

não gostaria mais de me envolver com mais ninguém, a não sendo a minha própria<br />

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