caracterização do polímero do óleo de girassol ... - Revista Analytica
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Equação I: cálculo <strong>do</strong> peso molecular médio<br />
(I)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
T= número total <strong>de</strong> prótons;<br />
V= número <strong>de</strong> prótons olefínicos.<br />
Portanto, o peso molecular médio calcula<strong>do</strong> por RMN <strong>de</strong><br />
H1 <strong>do</strong> <strong>polímero</strong> é 735,27g.<br />
Equação II: cálculo <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> io<strong>do</strong> por RMN H1 (II)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
I = índice <strong>de</strong> io<strong>do</strong>;<br />
V = número <strong>de</strong> prótons vinílicos (olefínicos);<br />
PM = peso molecular médio <strong>do</strong> composto.<br />
Logo, o índice <strong>de</strong> io<strong>do</strong> (I.I) para o <strong>polímero</strong> <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>girassol</strong> é 60,05. Aqui se verifica uma perda consi<strong>de</strong>rável das<br />
insaturações <strong>do</strong> <strong>óleo</strong>, compara<strong>do</strong> com o I.I inicial <strong>de</strong> 139,75<br />
(17) indican<strong>do</strong> que as ligações duplas foram quebradas pelo<br />
processo térmico a que foi submeti<strong>do</strong> o <strong>óleo</strong>.<br />
Equação III: cálculo <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> saponificação (IS)<br />
IS = -0,2358 PM + 398,42 [r = 0,9998; r2 = 0,9997; n = 5] (III)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
PM = peso molecular médio <strong>do</strong> composto.<br />
Assim, o índice <strong>de</strong> saponificação <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> polimeriza<strong>do</strong> é<br />
igual a 225,04. Calculan<strong>do</strong>-se o IS <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong> in natura<br />
com base no seu PM, tem-se 201,12. Nota-se um aumento<br />
<strong>do</strong> IS <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a perda <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua massa, o que reforça a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong> ter sofri<strong>do</strong> uma mudança em<br />
sua constituição, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> parte <strong>de</strong> sua estrutura para dar<br />
origem ao <strong>polímero</strong>.<br />
Figura 2. Espectro <strong>de</strong> RMN H 1 <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong> in natura. Os sinais <strong>do</strong>s<br />
prótons H 1 da metila <strong>do</strong> áci<strong>do</strong> linolênico em 0,98 ppm [sinal em b], aqui<br />
praticamente inexistem<br />
Análise espectroscópica por FTIR<br />
Na Figura 3 observa-se, com a progressão <strong>do</strong> aquecimento,<br />
uma gran<strong>de</strong> alteração na banda <strong>de</strong> 1300-1100 cm -1 , região<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>do</strong>s grupos C-O-C e C-OH, assim como na<br />
faixa <strong>de</strong> ~1450 cm -1 , região <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação <strong>do</strong>s grupos C-H.<br />
É possível que esta alteração esteja relacionada com o aumento<br />
progressivo <strong>do</strong> grau polimerização <strong>do</strong> <strong>óleo</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />
aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> ligações cruzadas (10,14) e diminuição<br />
sistemática das ligações duplas (~3010 cm -1 ). Também se<br />
observa uma banda clara em 1700 cm -1 referente ao grupo<br />
carbonil e também entre 3000 e 3500 cm -1 , on<strong>de</strong> tem-se uma<br />
banda larga referente aos grupos hidroxil e peroxil, igualmente<br />
<strong>de</strong>correntes das ligações cruzadas formadas no perío<strong>do</strong><br />
final <strong>de</strong> aquecimento. Isto está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o encontra<strong>do</strong><br />
por LI e LAROCK (2003) para o composto polimérico obti<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> tungue.<br />
Análise por difração <strong>de</strong> raios-X (XRD)<br />
A Figura 4 mostra o espectro <strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raios-x<br />
(XRD) <strong>do</strong> <strong>polímero</strong> <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong>, obti<strong>do</strong> com 56 horas<br />
<strong>de</strong> aquecimento, o qual se apresenta 85,4% amorfo e 14,6 %<br />
Figura 3. Espectro <strong>de</strong> infravermelho <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong> em diferentes<br />
tempos <strong>de</strong> aquecimento<br />
preto = 0 h / vermelho = 8 h / ver<strong>de</strong>-claro = 16 h / azul = 24 h / rosa = 32 h<br />
amarelo = 40 h / ver<strong>de</strong>-oliva = 48 h / alaranja<strong>do</strong> = 56 h<br />
Figura 4. Espectro por difração <strong>de</strong> raios-x <strong>do</strong> <strong>polímero</strong> <strong>do</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> <strong>girassol</strong><br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>•Outubro/Novembro 2006•Nº25 49<br />
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