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I D A D E M É D I A<br />
E X E R C Í C I O S<br />
1. (FGV) "O sacerdote, tendo-se<br />
posto em contato com Clóvis,<br />
levou-o pouco a pouco e secretamente<br />
a acreditar no verdadeiro<br />
Deus, criador do Céu e da<br />
Terra, e a renunciar aos ídolos,<br />
que não lhe podiam ser de<br />
qualquer ajuda, nem a ele nem<br />
a ninguém (...) O rei, rendo pois<br />
confessado um Deus todo<br />
poderoso na Trindade, foi batizado<br />
em nome do Pai, do Filho<br />
e do Espírito Santo e ungido do<br />
santo Crisma com o sinal-dacruz.<br />
Mais de três mil homens<br />
do seu exército foram igualmente<br />
batizados (...]." (São Gregório<br />
de Tours. A conversão de Clóvis.<br />
Historiae Eclesiasticae Francorum.<br />
Apud Pedrero-Sánches, M.G., História<br />
da Idade Média. Textos e testemunhas.<br />
SP: Ed. Unesp, 20OO).<br />
A respeito dos episódios descritos<br />
no texto, é correto afirmar:<br />
a) A conversão de Clóvis ao<br />
arianismo permitiu aos francos<br />
uma aproximação com<br />
os lombardos e a expansão<br />
do seu reino em direção ao<br />
Norte da Itália.<br />
b) A conversão de Clóvis, segundo<br />
o rito da Igreja Ortodoxa<br />
de Constantinopla,<br />
significou um reforço político<br />
-militar para o Império Romano<br />
do Oriente.<br />
c) Com a conversão de Clóvis,<br />
de acordo com a orientação<br />
da Igreja de Roma, o reino<br />
franco tomou-se o primeiro<br />
Estado germânico sob influência<br />
papal.<br />
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo<br />
levou o reino franco a um prolongado<br />
conflito religioso, uma vez que<br />
a maioria dos seus integrantes<br />
manteve-se fiel ao paganismo.<br />
e) A conversão de Clóvis ao<br />
cristianismo permitiu à dinastia<br />
franca merovíngia a anexação<br />
da Itália a seus domínios<br />
e a submissão do poder pontifício<br />
à autoridade monárquica.<br />
2. No ano de 786, Carlos Magno<br />
afirmou: “A nossa função é, segundo<br />
o auxílio da divina piedade, (...)<br />
defender com as armas e em<br />
todas as partes a Santa Igreja de<br />
Cristo dos ataques dos pagãos e<br />
da devastação' dos infiéis”. (Pinsky,<br />
Jaime (Org.). "O modo de produção<br />
feudal". 2. ed. SP: Global, 1982..<br />
O fragmento acima expressa a<br />
orientação política do Império Carolíngio<br />
no governo de Carlos Magno.<br />
O objetivo dessa política pode<br />
ser definido como um(a):<br />
a) esforço para estabelecer uma<br />
aliança entre os carolíngios e a<br />
Igreja Bizantina para fazer frente<br />
ao crescente poderio papal.<br />
b) intenção de anexar a península<br />
Ibérica aos domínios do papado,<br />
com a finalidade de impedir o<br />
avanço árabe.<br />
c) desejo de subordinar os<br />
domínios bizantinos à dinastia<br />
carolíngia, no intuito de<br />
implantar uma teocracia<br />
centralizada no Imperador.<br />
d) tentativa de restaurar o Império Romano,<br />
com vistas a promover a união da<br />
cristandade da Europa Ocidental.<br />
3. (UECE) Analise as frases<br />
abaixo, a respeito da sociedade<br />
e da Cultura Medievais:<br />
I. A reação aos dogmas da Igreja<br />
Católica se manifestou através<br />
do surgimento das heresias.<br />
II. A existência de relações<br />
servis restringia-se às pequenas<br />
propriedades.<br />
III. Os direitos feudais, defendidos<br />
pela cavalaria, garantiam<br />
a conservação da ordem onde<br />
uns “rezam, outros combatem<br />
e outros trabalham”.<br />
De acordo com as frases apresentadas,<br />
é correto afirmar:<br />
a) as frases I e II estão corretas;<br />
b) as frases I e III estão corretas;<br />
c) as frases II e III estão corretas;<br />
d) apenas a frase II está correta.<br />
4. (Uniderp-MS) “O enfraquecimento<br />
gradual do poder central<br />
(...) leva insensivelmente, e sem<br />
que se dê por isso, ao deslocamento<br />
dos diretos do Estado. Os<br />
Condes, Duques etc. alcançam<br />
tão grande poderio, no decorrer<br />
do século X, que as suas funções<br />
se tornam, de fato, hereditárias<br />
(...). Nesta altura, reduzido<br />
o soberano à simples função<br />
de senhor feudal, como suserano<br />
dos suseranos, a organização<br />
dos feudos transforma-se<br />
em regime político e aparece<br />
verdadeiramente constituído o<br />
Feudalismo.” (Mattoso. In: Aquino).<br />
O texto aborda um dos principais<br />
elementos constitutivos do sistema<br />
feudal vigente, nas sociedades<br />
da Europa ocidental, durante<br />
a Idade Média, ou seja,<br />
a) a descentralização política<br />
e administrativa.<br />
b) o absolutismo monárquico dos<br />
soberanos franceses e ingleses.<br />
c) a pequena interferência da<br />
Igreja Católica nos assuntos<br />
de natureza política.<br />
d) o crescente predomínio do<br />
Império Romano sobre os<br />
poderes locais.<br />
e) a estrutura política radicalmente<br />
democrática predominante<br />
nos feudos.<br />
5. (Mackenzie-SP) “O cavaleiro<br />
se situava no centro de vários<br />
círculos concêntricos, cuja coesão<br />
se devia à lealdade dele.<br />
Devia ser leal aos componentes<br />
de todos esses círculos. Porém,<br />
havendo exigências contraditórias,<br />
devia prevalecer a fidelidade<br />
aos mais próximos.” (DUBY<br />
Georges. Guilherme, o marechal).<br />
Assinale a alternativa que apresenta<br />
alguns deveres e valores que<br />
faziam parte da ética de um cavaleiro<br />
medieval.<br />
a) Ser leal a todos os componentes<br />
de seu exército; agir<br />
com valor e coragem, combatendo<br />
com o objetivo de vencer<br />
e obedecendo a determinadas<br />
leis, como a de enfrentar<br />
o inimigo à vista dele e<br />
em campo aberto.<br />
b) Em troca de proteção, os cavaleiros<br />
deviam aos senhores<br />
feudais algumas obrigações e<br />
taxas. Obrigações, como o<br />
juramento de fidelidade que os<br />
obrigava a combater os inimigos<br />
dos vassalos e taxas, como<br />
a talha e a corvéia.<br />
c) Os ideais de honra eram baseados<br />
em um rígido sistema de<br />
castas, e as normas de fidelidade<br />
e conduta dos cavaleiros<br />
baseavam-se em relações<br />
dinâmicas de produção que<br />
determinavam a posição econômica<br />
dos suseranos e dos<br />
senhores feudais.<br />
d) Seus deveres compunham-se de<br />
compromissos de reciprocidade<br />
vertical entre senhores e cavaleiros.<br />
Os seus valores definiam a<br />
sua condição de submissão e a<br />
sua exploração pelos membros da<br />
nobreza e do clero.<br />
e) Através da cerimônia da homenagem,<br />
era oficializada uma<br />
relação de dependência recíproca<br />
entre os cavaleiros que<br />
passavam a obedecer a seus<br />
suseranos. Essa cerimônia era<br />
o alicerce da relação entre os<br />
servos e os senhores feudais.<br />
6. (UFPE) Sobre o sistema feudal<br />
europeu, é incorreto afirmar que:<br />
a) o feudo constituía sua unidade<br />
básica de produção.<br />
b) a economia era baseada no<br />
comércio, devido à alta produção<br />
de excedentes agrícolas.<br />
c) neste regime, os servos eram<br />
obrigados a prestar serviços<br />
gratuitos e ceder a maior parte<br />
da produção ao senhor feudal<br />
e, em troca, recebiam do senhor<br />
feudal proteção militar.<br />
d) as duas principais camadas<br />
sociais eram a dos senhores<br />
feudais e a dos servos da gleba.<br />
e) cada feudo representava uma<br />
unidade politicamente autônoma.<br />
7. (Unioeste-PR) “Das duras<br />
condições em que viviam, os<br />
vilões na Idade Média<br />
Página 10<br />
Eu me queixo, pois, a São Miguel,<br />
que é o mensageiro do senhor do<br />
céu, de todos os vilões de Verson...<br />
Os vilões devem carregar pedras<br />
todos os dias que for necessário...<br />
Eles devem serviço todos os dias que<br />
se fizer construção no forno e no<br />
moinho; devem servir de pedreiro,<br />
quer para trabalhar a pedra quer<br />
para fazer a argamassa. Tudo isto os<br />
vilões fazem com freqüência. O primeiro<br />
dia de serviço do ano eles<br />
devem no dia de São João: eles devem<br />
ceifar o campo, depoisajuntar,<br />
emparelhar e empilhar o feno.”<br />
(ARRUDA. 1986, p. 368).<br />
Disto podemos concluir que:<br />
01. o texto trata das punições aplicadas<br />
a pessoas malvadas durante<br />
a Idade Média;<br />
02. se trata de uma prece dirigida a São<br />
João, protetor dos vilões;<br />
04. é um texto que se refere ao trabalho<br />
dos moradores das vilas na<br />
Idade Média;<br />
08. é uma queixa sobre as condições<br />
de vida dos vilões;<br />
16. o texto pode servir para a escrita<br />
da história do trabalho no período<br />
da Idade Média;<br />
32. conforme o texto, São Miguel é o<br />
mensageiro dos vilões;<br />
64. o texto se refere a um período e a<br />
um lugar nos quais o forno, o moinho<br />
e a alimentação do gado não<br />
tem papel de destaque.<br />
Dê, como resposta, a soma das alternativas<br />
corretas.<br />
8. (UFMT) A Europa ocidental, entre os<br />
séculos V e XV, estava organizada sob<br />
a estrutura denominada, por estudiosos,<br />
modo de produção feudal. São<br />
características desse momento:<br />
( ) Os camponeses possuíam pequenas<br />
propriedades onde eram produzidos<br />
os gêneros com os quais pagavam<br />
os impostos devidos ao Estado.<br />
( ) A produção acontecia basicamente<br />
nos feudos que eram de propriedade<br />
da nobreza e do alto clero e a mão-deobra<br />
era servil.<br />
( ) Ideologicamente, a exploração dos<br />
camponeses era garantida pela Igreja<br />
por meio da divulgação de um conjunto<br />
de valores que justificava tal situação.<br />
( ) A produção era basicamente agrícola<br />
mas a atividade comercial não foi<br />
totalmente interrompida, ocorrendo a<br />
comercialização de matérias primas,<br />
de produtos artesanais e também de<br />
produtos do oriente.<br />
9. (UnB-DF) “Para os homens da Idade<br />
Média, com efeito, as realidades econômicas<br />
assumem um aspecto secundário.<br />
São epifenômenos. As verdadeiras estruturas<br />
são de caráter espiritual e pertencem<br />
à ordem da sobrenatureza.” (DUBY,<br />
George. Economia rural e vida no campo no<br />
ocidente medieval. Lisboa. Edições 70,<br />
volume II, p. 147 (com adaptações)).