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Opinião
Folha Cidade Baixa - Março de 2011
Estado constrói
terminal pesqueiro
na Cidade Baixa
Para dinamizar a atividade
pesqueira baiana, a Secretaria
da Agricultura, Irrigação
e Reforma Agrária da Bahia
(Seagri), por intermédio da Bahia
Pesca, iniciou, no último mês de
fevereiro, a construção do primeiro
Terminal Pesqueiro de Salvador. “O
investimento é de R$ 10 milhões”,
informa o presidente da Bahia Pesca,
Isaac Albagli. Segundo ele, quando
estiver pronto, o terminal atenderá a,
aproximadamente, 20 mil pescadores
de toda o estado, que terão um
local apropriado para desembarcar,
benefi ciar e armazenar sua produção.
Além de Salvador, o município
de Ilhéus também está sendo atendido
com um terminal pesqueiro, que
começou a ser construído em novembro
do ano passado. Na capital,
o terminal será localizado na Ribeira,
na Enseada dos Tainheiros, e sua
área de abrangência inclui, além de
Salvador, seis municípios do Litoral
Norte, nove municípios da Região
Metropolitana e sete municípios do
Recôncavo baiano.
“O objetivo é melhorar a qualidade
e a produtividade do pescado
local, as condições de trabalho do
pescador, reduzir o custo do peixe
para os moradores da cidade e região,
entre outros”, assegura Albagli.
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O espaço trará benefícios também
para os moradores do tradicional
bairro da Ribeira, auxiliando, inclusive,
no processo de revitalização da
orla da Cidade Baixa.
O equipamento ocupará a área
do imóvel onde funcionou o antigo
restaurante Quintela e que nos
últimos anos serviu de abrigo para
usuários de drogas e de animais nocivos
à saúde pública. O prédio será
demolido para implantação do terminal.
O otimismo é compartilhado
pelo vice-presidente da Federação
de Pescadores do Estado da Bahia,
Emílio Alves. “Tínhamos um problema
de infraestrutura que será
fi nalmente solucionado. Os colegas
da região não tinham local para
aportar, era tudo feito no improviso.
O terminal vai solucionar um
problema que temos há décadas”,
afi rma.
Infraestrutura
Os terminais contarão com unidades
de benefi ciamento do pescado,
apoio e comercialização. O
equipamento será dotado de câmaras
e túneis de espera, congelamento
e estocagem de iscas e refrigerados
e casa de máquinas. Na unidade de
comercialização, os usuários poderão
desfrutar ainda de lanchonete e
estacionamento.
A unidade de apoio disponibilizará
fábrica de gelo, abastecimento
de água e combustível, central de
fornecimento de energia, píer de
embarque e desembarque, refeitório,
sala de rádio, posto bancário, boxes
de vendas, almoxarifado, ofi cina de
manutenção de embarcações, carreira
com guincho e central de higienização
de caixas.
A Bahia é o terceiro maior produtor
de pescados do Brasil, com
produção estimada em 120 mil toneladas
por ano. Entre os grandes
produtores do Brasil, é o estado que
mais cresce. “Porém, toda produção
é levada para ser benefi ciada nas
suas origens. Aqui não há desembarque
industrial de pescados porque
não temos infraestrutura portuária.
O preço quem paga é o consumidor.
Com o terminal pesqueiro, essa anomalia
será abolida. Ganha o pescador
e ganha o consumidor”, completa
Isaac Albagli.
De acordo com Isaac Albagli, a
construção do terminal está dentro
dos planos da Bahia Pesca. A meta
é atingir a produção de 140 mil toneladas
por ano de pescado, e a liderança
no ranking nacional do valor
de produção.
Fonte: Agecom
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Estação Rodoviária, Estação do Ferry-boat. Departamentos
de Turismo, Companhia de Navegação Baiana, Cursos prévestibulares,
Postos de combustível.
Periodicidade: 20.000 exemplares/mês.
02
EDITORIAL
É com enorme satisfação que trazemos
até você a primeira edição do
Jornal Folha da Cidade Baixa. Um veículo
totalmente novo e independente.
Neste momento em que Salvador se organiza
para receber a Copa do Mundo
de 2014, não poderíamos deixar de registrar
alguns dos muitos problemas do
bairro do Comércio, que já ostentou o
título de maior centro fi nanceiro do país.
Ciquenta anos depois, lixo, ruínas e descaso
corroem a imagem deste belo retrato
de nossa cidade (que no próximo
dia 29 completará 462 anos).
Em nossa editoria de turismo, publicamos
uma matéria sobre o projeto
que retrata a Cidade Baixa do futuro,
com tudo o que ela tem de melhor: sua
gente bonita e trabalhadora, seus pontos
turísticos, de lazer, sua história e cultura
próprias, seu modo de vida diferente
de qualquer lugar, seu comércio forte
e acessível.
Nosso entrevistado do mês é Jorge
Codami. Um empresário apaixonado
por esta localidade e que aponta,
com inteligência, o que pode ser feito
para melhorar e evitar a degradação
da região em que vive há 59 anos. Aliás,
quem enxergou com muita propriedade
que algo devia ser feito por essa
gente daqui foi a cantora Margareth
Menezes, que nos ensina que podemos
fabricar sonhos, mesmo quando não
são os nossos.
Do ponto de vista médico, convidamos
a Dra. Fabíola Mansur, uma das
maiores autoridades em oftalmologia
do Brasil, para falar da importância do
diagnóstico precoce e tratamento do
glaucoma.
E quem não gosta de economia?
Aqui, você vai entender porque, cada
vez mais, o consumidor da Cidade Baixa
está trocando o luxo dos grandes supermercados
pela versatilidade dos hiperatacados.
Todo mundo concorda que é um privilégio
morar, trabalhar e, principalmente,
viver aqui. Percebemos esta sinergia
durante uma caminhada ao amanhecer,
nas diversas opções da sorveteria
da Ribeira ou durante o pôr-do-sol na
ponta do Humaitá. Com alto astral e
sob as bênçãos do verão da Bahia, está
nascendo o Jornal Folha da Cidade Baixa.
Contamos com seu envolvimento e
cumplicidade. Afi nal, esse canal de informação
foi desenvolvido pensando
em gente como você, que se orgulha
da Cidade Baixa e acredita, como nós,
que o melhor lugar do mundo é aqui. Estamos
de portas abertas para, sempre
que você quiser, aparecer. Dotados da
hospitalidade e simpatia que Deus ungiu
todo baiano, falamos de coração:
pode entrar meu rei, a casa é sua.
Dilton Santiago
Editor