751 - Bureau de Comunicação e Eventos

Embate sobre
reuso das areias
de fundições
Denúncia feita pela Defensoria Social ganha repercussão nacional e expõe prefeitura
de Joinville e maior fundição da América Latina
Além de ser transformada em matéria-prima para a produção de lajotas usadas em calçadas,
as areias da Tupy Fundições S.A. também estão sendo usadas pela prefeitura em obras da
Cia Águas de Joinville; e indústria afirma que ela também é “boa para a agricultura”
A Comissão de Saúde da Câmara de
Vereadores de Joinville quer esclarecimentos.
Em conjunto com a comissão
de Urbanismo, Obras, Serviços Públicos
e Meio Ambiente quer discutir
com a Acij, Fundema, MPF, Cia Águas
de Joinville e Defensoria Social sobre
o reuso das areias da Tupy Fundições
S.A. “Sempre ouvi falar que os resíduos
de areia de fundição deveriam ser adequadamente
destinados por se tratarem
de material contaminado com fenol,
portanto cancerígeno. Se as suspeitas
Jornal panfletário a serviço da
comunidade e defesa do ambiente
Ano XX - Nº 751 - 04/2011 - Semana 18 - Gória, América e Centro - 10.000 Exemplares - Região 2
forem confirmadas, tal medida do executivo
de liberar o uso das areias de
fundição em obras públicas, ao nosso
ver, estará implicando em prejuízos incalculáveis
à saúde da população joinvilense.
Além do que, o poder público
estará resolvendo um passivo ambiental
de responsabilidade exclusiva da empresa,
o que é uma ilegalidade”, justifica
o propositor do evento, vereador
Adilson Mariano (PT).
Páginas 4 e 5
Sinais típicos de
terremoto em
Joinville
Moradores da rua Benjamim Constant tomaram
um grande susto. Uma via particular
que acessa dois domicílios começou a rachar
e tudo indicava que desmoronaria
Instituto de preservação e recuperação
da biodiversidade de Joinville e região
www.institutocachoeira.org.br
contato@institutocachoeira.org.br
Página 8

JOV 751 - Semana 18 - Abril 2011
Editorial Do leitor
Foi Dito
Vinte anos com O Vizinho
Neste mês de abril o JOV
(Jornal O Vizinho) completou
vinte anos de existência. Essa
edição comemorativa mantém
conteúdo que nos últimos
anos consagrou o semanário
como um dos únicos do país
a se manter debatendo insistentemente
os problemas ambientais
numa relação “glocal”,
ou seja, global e local.
A mudança para marcar tamanha
conquista se faz no visual.
A partir de agora o JOV
tem novo projeto gráfico e
inteiramente colorido, num
mundo cada vez mais cinza
de tanta poluição e desrespeito
ao meio ambiente.
Nesses mais de 160 anos
de história do município não
se enche os dedos de uma das
mãos para enumerar-se quantos
jornais permaneceram por
tantos anos consecutivos na
consolidação da comunicação
social na maior cidade
catarinense. Nossa equipe vibra
com essa edição histórica.
Fruto de persistência e deter-
Estas foram as principais manchetes
da edição anterior do JOV
Se você não leu, acesse o arquivo virtual na internet no sítio www.ovizinho.com.br.
Clique no link de “Edições Anteriores” para ler todas a
partir da edição 700. No Arquivo Histórico de Joinville você encontra as
edições impressas desde o número um.
Lei para as bicicletas
O desafio de superar a
própria história
Instituto Viva o Cachoeira
é fiscalizado pelo
CRBio
Bispo aponta uma das
chagas da “Cidade das
Flores”
Defensoria Social faz
graves acusações em
Joinville
Oposição inicia
campanha contra aumento
do número de
vereadores
Fundema e Tupy
unem-se para resolver
passivo ambiental da
fundição
minação principalmente nos
momentos mais difíceis, que
não têm sido poucos.
Estamos a caminho da
maioridade absoluta e não temos
dúvidas do quanto o JOV
é jovem. Ainda há muito para
aprender, e cada vez menos
podemos errar. A empresa
passa por mudanças estruturais
físicas e administrativas,
sintonizada com estes tempos
da era digital e da racionalização
para a sobrevivência no
mercado cada vez mais competitivo.
O JOV pretende continuar
sendo um “jornal panfletário a
serviço da comunidade e defesa
do ambiente” e distribuição
gratuita de porta-em-porta.
Isso só tem sido possível por
conta dos anunciantes, patrocinadores
desse empreendimento
nascido em Joinville e
que está permitindo ampliação
para outros municípios. O
mínimo que podemos fazer é
agradecer o apoio. Muito obrigado.
Artigos: Textos com até 1500 caracteres devem ser enviados para ovizinho@bureau.com.br, fax 47 34331044 de preferência
acompanhado de uma foto de rosto.
Cartas: Com até 800 caracteres devem ser identificadas com nome completo, número da carteira de identidade, profissão, nome da
cidade e fone de contato. Quando enviadas por e-mail, o leitor deve autorizar sua divulgação por escrito na própria mensagem. O JOV
reserva-se ao direito de selecionar as cartas e resumi-las para publicação.
Artigos e textos do leitor não refletem, necessariamente, a opinião do JOV, são de responsabilidade exclusiva dos seus autores.
“Não é possível que o
Poder Executivo continue
com plenos poderes
para editar normas com
forças de lei sobre praticamente
todos os temas
e que isso mantenha
o Legislativo incapaz
de se dirigir a outros
assuntos e definir sua
agenda”, Senador Paulo
Bauer (PSDB) ao criar
a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC)
que pretende impedir o
governo de usar o expediente
para criar cargos e
órgãos públicos.
“Se, realmente, isto
entrar em vigor, será
um golpe contra o eleitor.
Muita gente não se
interessa por política e
se o cidadão não puder
escolher o seu candidato,
haverá uma desmobilização
geral. A quem
interessa isso? Somente
aos que queiram perpetuar-se
no poder”,
Vereador Alodir Cristo
(DEM), contra a proposta
de votação em lista fechada
(o eleitor vota em
uma lista de candidatos
escolhidos pelo partido),
aprovada por uma comissão
do Senado.
Divirta-se
O soldado Fritz estava
“dando guarda” quando
se aproxima um jipe com
outro soldado; ele aponta
o fuzil para a cabeça
do motorista do jipe e
pergunta rispidamente: -
Você sabe a senha?
- Sei.
- Tudo bem, pode passar,
umaveiz.
Sorvete de
laranja
Ingredientes: 1 lata
de leite condensado; 1
medida (lata) de suco
de laranja; raspas de
laranja a gosto.
Modo de fazer: Bata
todos os ingredientes
no liquidificador
até ficar homogêneo.
Despeje em forminhas
de gelo e leve ao congelador
por três horas
antes de servir.
Mudanças de verdade
Carlito Merss
Prefeito de Joinville
O jornal “O Vizinho”
chega aos 20 anos com
uma linha editorial que
prioriza a defesa do meio
ambiente, a qualidade de
vida e o desenvolvimento
sustentável. Por isso
foi com muita satisfação
que recebi o convite para
participar desta edição
histórica. É uma oportunidade
para apresentar aos
leitores nossas ações para
melhorar a cidade, para
acabar com passivos que
nos entristecem e nos envergonham.
Ao longo das últimas
décadas, Joinville cresceu
econômica e demograficamente
de maneira surpreendente,
superando a
média nacional.
Nossas indústrias se
transformaram de pequenas
oficinas em modelo
para o mundo graças ao
espírito empreendedor e
a grande disposição para
o trabalho de nossa gente.
Construímos uma grande
cidade, importante centro
tecnológico, industrial,
educacional e fonte de
oportunidades.
Só que muitas ações do
Poder Público não foram
proporcionais a esse crescimento.
Hoje menos de
16% do esgoto doméstico
que produzimos é tratado.
Repeti ao longo de minha
vida política que saneamento
é básico. Mais
que um jogo de palavras,
minha assertiva expressa
o sentimento de quem por
décadas testemunhou o
rio Cachoeira se degradar
sob promessas e receitas
mágicas que nada resultaram,
senão o dispêndio
equivocado de dinheiro
público. E de quem viu na
periferia valas servindo de
criadouros de mosquitos
transmissores de muitas
doenças.
Outro dia, após uma
agenda com os Vereadores
Mirins em meu
gabinete, fiz questão de
levá-los até o pátio da
Prefeitura para que presenciassem
um ato emble-
2
Foto: Mauro Artur Shclieck
mático para nossa cidade.
Naquele momento o esgoto
da Prefeitura estava
sendo oficialmente ligado
à rede de coleta e tratamento.
Não seria mais
jogado diretamente no rio
Cachoeira.
As crianças ficaram
surpresas em saber que o
esgoto do prédio da Prefeitura
não era tratado
adequadamente. Como
boa parte dos leitores também
deve ficar surpreso
que o mesmo ocorre com
o prédio da Câmara, do
Fórum e de milhares de
casas de nossa cidade.
Estamos trabalhando
de forma efetiva para mudar
esse quadro. E a Companhia
Águas de Joinville
será o instrumento de nosso
governo para mudar
esta realidade. São mais
de R$ 220 milhões de
investimentos no saneamento
básico, incluindo a
instalação da rede de coleta
e tratamento de esgoto,
ampliação da rede de água
tratada e destinação dos
resíduos sólidos.
Já inauguramos o megarreservatório
R10, no
bairro São Marcos, e em
maio entregaremos a rede
de coleta e tratamento no
Morro do Amaral, incluindo
uma Estação de Tratamento
de Esgoto modularizada.
Os resultado desses investimentos
começam a
aparecer. Tudo isso resulta
em menos demanda na
saúde pública, valorização
dos imóveis e maior qualidade
de vida para toda
a nossa gente. Isto é mudança
de verdade. É uma
nova história que “O Vizinho”
pode nos ajudar a
contar.

JOV 751 - Semana 17 - Abril 2011 3
Notas
Mais 640 - Foi confirmado,
no dia 12, para o bairro
Jardim Paraíso, o novo empreendimento
do Programa
"Minha Casa, Minha Vida"
destinado a famílias com
renda de zero a três salários
mínimos. Serão 640 apartamentos
do Condomínio Engenheira
Rúbia Kaiser em
área localizada no final da rua
Calixto com a rua Crux.
Uma semana antes, a Prefeitura,
por intermédio da
Habitação, sorteou os 784
apartamentos do Residencial
Trentino I e Trentino II, no
bairro Boehmerwald, zona
Sul da cidade. O próximo
empreendimento nesta faixa
salarial será no bairro Jardim
Iririú, cujo edital de licitação
deve ser publicado nos próximos
dias.
Fones Úteis
Jornal O Vizinho –
3433.9121
Aeroporto – 3467.1000
Bombeiros – 193 e
3431.1112
Caixa – 0800 7260101
Câmara de Vereadores –
0800 7093311
Celesc – 0800480120
Cia Águas de Joinville –
0800 7230300
Clube de Oratória –
3433.9121
Conurb – 3431.1500
Correios – 0800 7257282
Criança desaparecida -
100
Defesa Civil - 199
Delegacia da Mulher –
180 e 3433.9737
Delegacia de Trânsito –
3461.3800
Disk Denúncias - 181
Fórum – 3461.8500
Hospital Bethesda –
3424.1311
Hospital Dona Helena –
3451.3333
Hospital São José –
3441.6666
INSS - 135
Maternidade – 3461.5700
Polícia Civil - 197
Polícia Militar – 190
Polícia Rodoviária Estadual
- 198
Polícia Rodoviária Federal
- 191
Prefeitura – 156
Procon - 151
Rodoviária – 3433.2991
S D R J o i n v i l l e –
3431.2800
Samu - 192
Transporte Coletivo –
0800 475001
Entrevista
Oratória, ferramenta para
o sucesso na carreira
O representante comercial e assessor de investimentos na bolsa
de valores, Mário Lúcio Floriani diz que o curso do Clube de Oratória
o ajudou “muito” na carreira profissional
Depois de fazer o
Curso de Oratória e
Liderança com Ênfase
em Desinibição, o representante
comercial
ganhou muitos prêmios
nas competições
de vendas promovidas
por empresa fabricante
de formulários contínuos
para computadores.
“Fiz o curso
em 2004. Eu sentia a
necessidade de superar
ainda mais meus
problemas de inibição.
M i n h a p e r f o r m a n -
ce melhorou muito,
desde então”, destaca
Mário Lúcio Floriani,
48. Nascido em Rio
do Sul e criado em
Blumenau, mora em
Joinville desde 1987.
Floriani e sua diretoria
têm como maior
meta realizar o “Curso
de Excelência em
Comunicação”, uma
especialização em oratória
com ênfase em
liderança com duração
de 90 horas previsto
para se completar num
período de quatro meses.
“É um curso para
quem já é do ramo
(oratória) e tem necessidade
de se reciclar,
de se aprimorar ainda
mais com novas técnicas”,
diz o presidente.
Continuar levantando
a bandeira em
defesa da despoluição
e recuperação
do Rio
Cachoeira
é outra
meta da diretoria
que
tomou posse
no início
do mês em
solenidade
q u e t a m -
bém comem
o r o u o s
32 anos de
fundação
d o c l u b e .
“Estamos
juntos com o IVC
(Instituto Viva o Cachoeira)
para fazermos
acontecer a reabertura
do Canal do
Linguado”, defendeu
Floriani no seu discurso
de posse.
Realizar, no mínimo,
três cursos básicos,
de 20 horas,
anualmente, é outro
desafio a ser mantido.
Eles acontecem nos
meses de março, julho
e novembro.
O recém formado e
eleito melhor orador
da turma participante
do curso realizado no
mês passado, André
Luiz da Rocha Coutinho
diz que o curso é
para ser recomendado
aos amigos. “Porque
nos conscientiza das
nossas inadequações
e nos liberta para um
campo de oportunidades”,
justifica o engenheiro
de tecnologia
da Whirpool Latin
America. A estudante
Agnes Schmidt também
comemora o resultado
por ela conquistado.
“Este curso
abre novos horizontes
e com certeza possibi-
Mário Lúcio Floriani (direita), num
dos primeiros atos na presidência do
clube entregou o troféu de “Orador
Maior Evolução” ao recém formado
Anderson Bendo
lita muito sucesso tanto
na vida profissional
quanto na pessoal”.
O presidente informa
que os interessados
já podem fazer
suas reservas para o
curso de julho que
acontece no período
de 04 a 08 das 18h45
às 22h45. “Professores
e estudantes têm
preços subsidiados”,
informa Floriani. Mais
informações no sítio
do clube na internet
(www.clubedeoratoria.
org.br).
Diretoria COL
2011/2013
Presidente: Mário
Lúcio Floriani
Ex-Presidente
Imediato: Roberto
Neotti
Vice-Presidenta:
Mônica da Silva Robert
Diretora Social:
Jessica Boege Andrade
Diretora Administrativa:
Genoveva
Francescone Cruz
Diretora Financeira:
Fabiane Carvalho
Diretor de Cursos:
Altamir A. Andrade
Sobreviver a um
mar de publicações,
a maioria comandada
por grandes grupos
econômicos fortes, e
com bases fundadas
há muitas décadas, não
é tarefa fácil. Maior
ainda deve ser a dificuldade
de um jornal
que se dedica a contar
a história não só
de sua aldeia, mas do
detalhe de cada rua,
bairro e região de sua
terra. E o jornal O
Vizinho completa 20
anos, duas décadas de
atuação comunitária e
panfletária em defesa
da boa informação local,
pertinente, objetiva
e corajosa diante de
fatos e ações que por
vezes afetam a vida de
milhares de pessoas.
De casa em casa,
semana a semana, a
comunidade se vê acolhida
neste jornal tão
importante para a democracia
e a liberdade
de expressão e pensamento.
Diante da globalização
que reduz a
distância entre povos,
nações e continentes
a um clique via internet,
o jornal O Vizinho
mantém sua presença
local, visceral com
sua gente. Integrou-se
à rede mundial, mas
não deixou de marcar
presença física em
cada casa. Um modelo
de empreendedorismo
bem ao caráter
de Joinville, com sua
força criativa e visionária.
No auge da sua juventude,
com apenas
20 anos, O Vizinho
não pára, e sempre se
renova editorialmente,
busca novos espaços
na região, e faz
da força de sua distribuição
eficiente a
sua marca registrada.
Do leitor
O Vizinho no auge da
juventude
Mauro Mariani
Deputado Federal (PMDB/SC)
Já conheci de perto o
poder de chegada dessa
equipe para colocar
minha informação, de
forma correta, legal
e responsável, no lar
de milhares de pessoas.
Sua equipe, desde
a coordenação geral,
passando pelo comercial,
até o exército de
colaboradores que sai
às ruas estampando a
marca forte da informação,
é diferenciada,
forte e competente.
Meus parabéns por
essa história de trabalho
que certamente vai
ultrapassar gerações e
se consolidar por longas
décadas.
Acredito que a partir
desse marco histórico
o jornal toma impulso
para uma nova
fase, ainda mais importante
para o jornalismo
local, regional,
para a comunicação
que aproxima as pessoas
de sua cidade e
suas histórias. Seus
personagens comunitários
cada vez mais
terão vez e voz, diante
da inevitável mudança
tecnológica que
pasteuriza a todos, e
faz da vida de cada
pessoa, comunidade,
aldeia, cidade, região,
estado, país ou
continente, algo fugaz.
Com O Vizinho
a vida se torna real,
porque é na cidade,
no bairro que vivemos,
e nos vemos por
toda vida. Sucesso
sempre!

JOV 751 - Semana 18 - Abril 2011
4 JOV 751 - Semana 18 - Abril 2011 5
Comunidade
Denúncia da Defensoria Social contra Tupy Fundições S.A. é tema de debate na
Câmara de Vereadores de Joinville
Tupy Fundições pede direito de resposta às matérias veiculadas no JOV
(Jornal O Vizinho)
Na edição 748, comemorativa
aos 160 anos
de Joinville, publicamos
entrevista exclusiva com
o Secretário Geral da Defensoria
Social, jornalista
Leonardo Aguiar Morelli.
A matéria denuncia
a inadequada reciclagem
das areias de fundição da
Tupy na produção de tijolos
que pavimentam a
calçada que contorna o
62 o BI (Batalhão de Infantaria)
no bairro Atiradores.
Morelli afirma que
o material é contaminante
de graves conseqüências
à saúde humana por conter
elemento cancerígeno
que se desprende com o
aumento da temperatura
e também pela dissolução
nas águas das chuvas ao
longo dos anos. Classifica
a ação da empresa e da
prefeitura como prática de
crime ambiental e diz que
pode ser pedida a prisão
do prefeito Carlito Merss.
Na edição 750, outra
entrevista, com o bispo
diocesano de Joinville,
Dom Irineu Roque Scherer,
líder na região de
Joinville da Campanha da
Fraternidade da CNBB,
que nesse ano tem como
tema “Fraternidade e
Vida no Planeta”. Nessa
reportagem, o bispo
comenta a denúncia da
Defensoria Social e diz
que é um caso complexo,
mas que a igreja também
tem essa função, de debater
o tema e contar com o
apoio de especialistas no
assunto.
Nessa mesma edição
o JOV ocupa o espaço
editorial para opinar sobre
a gravidade da denúncia
e se posiciona, como faz
há mais de quinze anos,
em favor do meio ambiente
e contra “qualquer
Vereador Adilson Mariano (PT), presidente da Comissão de
Saúde da Câmara de Vereadores de Joinville quer esclarecimentos
oficiais e de especialistas sobre o uso de areias de
fundição em obras da prefeitura
possibilidade da prática de
crime ambiental”. As duas
edições estão publicadas
na íntegra no sítio virtual
da internet www.ovizinho.
com.br.
No dia 13 de abril, a
Tupy Fundições envia nota
e pede publicação da mesma
no JOV, o que fazemos
na íntegra (ao lado). A nota
faz graves acusações contra
o secretário geral da Defensoria
Social que também
tem suas respostas publicadas
em seguida à nota da
Tupy e desafia a indústria
joinvilense para uma “acareação”
na CVJ (Câmara
de Vereadores de Joinville).
Atento às reportagens e
preocupado com as denúncias,
o vereador Adilson
Mariano (PT), que preside
a Comissão de Saúde da
CVJ está convocando representantes
da empresa
e de outras entidades para
o debate e esclarecimentos
no dia 11 de maio, em
reunião específica sobre o
tema.
Ele diz saber também
do “grande passivo am-
biental da Tupy, e do
processo que foi movido
pelo MPF (Ministério Público
Federal), há poucos
anos, em que a indústria
foi condenada” o que
gerou um TAC (Termo
de Ajuste de Conduta).
“A empresa inclusive
foi condenada a repassar
determinado valor para
recuperar área degradada
(Parque Caieira) como
compensação pelo crime
ambiental cometido”, diz
o vereador.
Diante desses fatos,
o vereador, que tem
como atribuição fiscalizar
as ações do executivo,
tomou a iniciativa
de debater o assunto na
comissão que preside
(Saúde). “Pareceu-nos
um tanto estranho que
esse resíduo industrial,
com fenol, que é cancerígeno,
tenha sido liberado
para esses usos,
pois contribuiriam ainda
mais para agredir o nosso
já tão contaminado
lençol freático”, comenta
Mariano.
Na íntegra, a nota enviada pelo departamento de recursos humanos da Tupy Fundições S.A. pedindo a publicação no JOV (Jornal O Vizinho)
Ref.: Matérias “Joinville
se destaca com pior
poluição e riscos à saúde
pública no sul do pais”,
“Defensoria das Aguas
faz graves acusações
em Joinville” veiculadas
nos dias 10.03.2011 e
11.04.2011, no Jornal “O
Vizinho”.
A T U P Y S . A .
(“Tupy”), inscrita no
CNPJ/MF sob o n O
84.683.374/0003-00, vem,
em razão do teor das matérias
em epígrafe, buscar
seu legítimo direito de
resposta, à luz do inciso V
do art. 5° da Constituição
Federal, pelo que faz os
seguintes esclarecimentos,
os quais requer sejam publicados
nas páginas desse
periódico nos mesmos
moldes das mencionadas
reportagem .
1. Nas últimas semanas,
V.S a s. veicularam as
matérias mencionadas em
epígrafe, nas quais o Sr.
Leonardo Morelli, alegado
representante da suposta
ONG denominada “Defensoria
Social”, teria feito
acusações muito sérias,
porém inverídicas, sobre a
Tupy e outras instituições
governamentais de notória
e respeitável reputação 1 .
2. Quando da veiculação
da primeira matéria,
esperava-se que V.S a s.
buscassem a verdade dos
fatos, o que, por si só, evidenciaria
a precariedade e
temeridade das alegações
do Sr. Leonardo Morelli.
Todavia, para nossa surpresa,
o trabalho de verificação
dos fatos não foi
feito.
3. Como se denota da
edição n O 750 da publicação
em voga, V.S a s. não
apenas trazem novamente
à baila os devaneios do
Sr. Morelli como também
suportam tais alegações
inverídicas e caluniosas ao
se manifestarem em seu
editorial.
4. Nesse contexto, é
dever da Tupy informar à
comunidade, para que esta
não seja vítima da veiculação
de falsas declarações,
como nos parece ter sido
o caso do Bispo Dom Irineu
Roque Scherer, o qual
teria concedido entrevista
a V.S a s. tomando por base
afirmações tecnicamente
infundadas do Sr. Leonardo
Morelli.
5. Em relação à suposta
ONG “Defensoria Social”,
cabe salientar que a Tupy
não encontrou qualquer
evidência de que a mesma
exista formalmente, situação
idêntica à observada
em relação à “Defensoria
das Águas”, ONG de cuja
existência não estamos
certos, também supostamente
representada pelo
Sr. Leonardo Morelli.
6. Tanto em um caso
como no outro, não conseguimos
localizar seus atos
constitutivos arquivados
em registro público algum,
muito menos temos qualquer
evidência de que o
Sr. Leonardo Morelli fosse
representante de tais supostas
entidades.
7. Ora, no campo prático,
cabe a reflexão, como
se pode atribuir seriedade
às alegações de entidades
que não existem? Quem
e como elas defendem, se
elas não existem?
Da mesma forma,
como se pode valorar alegações
de cidadão que se
diz representante de entidades
que não existem?
8. A esse respeito, pessoas
que vêm a público
acusar instituições serias
e legitimamente constituídas
devem se apresentar
Calçada que circunda o 62 o BI foi toda pavimentada com blocos produzidos
com areia da Tupy Fundições S.A.
formalmente, assumir suas
declarações e, o mais importante,
responder por
elas, indicando seu endereço
para receber notificações
extrajudiciais e/ou
citações judiciais.
9. Entretanto, como
o público desconhece as
pràticas do Senhor Morelli
- de acusar e não se
dispor às consequências
- nos obrigamos a prestar
os esclarecimentos que
se seguem, já que não é a
primeira vez que o Sr. Morelli
faz tais acusações, inverídicas,
contra a Tupy e
outras entidades. Da mesma
forma, não é a primeira
vez que o faz sem apresentar
a sustentação técnica
e científica minimamente
necessária para tanto.
10. Em momento anterior,
a Tupy emitiu notificações
ao Sr. Morelli
explicando a correição e
legalidade de todos os seus
processos, e solicitando
que este esclarecesse suas
declarações ou as reconsiderasse
integralmente.
Porém, o referido “ambientalista”
simplesmente
silenciou.
11. Ao contrário do que
se pode conjeturar sobre
essas supostas entidades
e o Sr. Morelli, a Tupy
tem endereço fixo e certo,
podendo ser contatada a
qualquer momento, pelo
que está à disposição para
esclarecer toda e qualquer
argumentação ou denúncia
sobre seus processos,
desde que tal manifestacão
provenha de pessoa que tenha
esse mesmo status.
12. Ademais, para que
não restem dúvidas sobre
a Tupy e considerando
que verdadeiro jornalismo
investigativo não foi feito
nesse caso, cabe salientar
que todos os resíduos de
sua atividade são devidamente
tratados, conforme
estreita observância da lei,
sendo que:
a. Efluentes líquidos
são integralmente tratados
e reaproveitados;
b. Resíduos aéreos são
capturados por sistemas
de exaustão e observam os
parâmetros legais estabelecidos;
c. Estudos técnicos re-
alizados não apenas pela
Tupy, mas por diversas
outras entidades respeitáveis
em todo o mundo,
demonstram o caráter inofensivo
das areias de fundição;
d. A exigência de destinar
areias de fundição
exclusivamente a aterro
industrial 2 tem origem em
entendimento considerado
ultrapassado. Em outros
paises, o reaproveitamento
desse material para outras
finalidades, inclusive para
a agricultura, é normalmente
aceito. A esse respeito,
destacam-se nações
com regulamentação ambiental
notoriamente exigente,
como Estados Unidos
e Alemanha;
e. Com base em estudos
científicos feitos
também aqui no Brasil
- os quais corroboram a
experiência internacional
- concluiu-se que as
areias de fundição permitem
várias formas de
reaproveitamento, sem
qualquer prejuízo ao ser
humano ou ao meio ambiente;
f. Com efeito, órgãos
ambientais estaduais dos
Estados de São Paulo
(CETESB), em 2007,
e de Santa Catarina
(CONSEMA), em 2008,
emitiram normas autorizando
o uso de areias
de fundição na composição
de massa asfáltica,
sendo que em ambos os
Estados foi autorizada a
manufatura de artefatos
de concreto sem funções
estruturais, tais como tijolos
e lajotas para calçadas
(pavers) ;
g. A composição dos
referidos pavers (utilizados
na calçada ao redor
do 62° Batalhão de Infantaria
de Joinville) está
em total conformidade
com a legislação existente,
sem apresentar qualquer
substãncia tóxica
danosa ao meio ambiente
e ao ser humano.
13. Por fim, reiteramos
que a Tupy é uma
companhia séria e integralmente
comprometida
com a proteção do meio
ambiente e suas relações
com todos os órgãos públicos
mencionados na
citada reportagem são
regulares, institucionais
e, consequentemente,
dentro da lei. Qualquer
alegação em contrário espelha
a acusação falsa de
crime, cujo autor, caso o
encontrarmos, responderá
na esfera civil e criminal.
Atenciosamente,
Tupy S/A
1 ensejando fortes indicies
de prática de crimes de calúnia
e difamação, além dos
consequentes desdobramentos
na esfera da re sponsabilização
civil.
2 o aterro industrial da Tupy
encontra-se em total conformidade
com a legislação
específica
“Esclarecendo Manipulações da empresa Tupy Fundições S.A.
A respeito de nota da
Fundição Tupy, sobre
matéria publicada pelo
jornal “O Vizinho”, de
Joinville – SC, relativa
a entrevista concedida
por mim em relação ao
destaque negativo dado
à cidade de Joinville por
conta de contaminação
das águas e do solo promovida
pela referida
empresa, com sérios reflexos
na saúde pública,
em relatório da Defensoria
Social, no contexto da
Campanha da Fraternidade
de 2011 cujo lema
é “Fraternidade e a Vida
no Planeta”, cumpre-me
esclarecer:
1. Ao tentar personificar
a questão, a empresa
poluidora – inclusive já
condenada em diversos
processos judiciais – busca
ofuscar o real problema
do que vem fazendo,
ao reutilizar material com
contaminantes cancerígenos;
A DEFENSORIA
SOCIAL, derivada da
criação da DEFENSO-
RIA DA ÁGUA no contexto
das Campanhas da
Fraternidade de 2004 a
2009, nunca foi, não é e
nunca será uma ONG,
que – aliás - não é a única
forma legitima e legal da
sociedade se organizar.
Trata-se de um colegiado
formado por diversas instituições,
entre elas a Secretaria
Executiva da CF/
CNBB; Universidade Federal
do Rio de Janeiro;
Ministério Público Federal;
Movimento Grito das
Águas (esse, a propósito,
o movimento que represento
no colegiado onde
atuo como Secretário Geral);
2. A Tupy - e nenhum
técnico sério - pode negar
a presença do FENOL na
areia utilizada no processo
de fundição, contaminante
cancerígeno que, embora
na proporção de 20% do
volume total gerado, por
não ser corretamente segregado
e destinado, contamina
os 80% restantes, tornando-o
resíduo CLASSE
1 – tóxico e contaminante;
3. As autorizações para
seu reuso, inclusive pela
FATMA, derivam de manobras
das empresas junto
à Associação Brasileira de
Normas Técnicas (formada
e mantida por empresas)
que resultaram numa alteração
artificial da norma
ABNT 10.004 excluindo a
análise do fenol em alguns
dos procedimentos de avaliação,
desde a lixiviação,
especialmente para testes
em laboratório. Tudo porque
custa caro dar a destinação
correta dos resíduos
industriais gerados;
4. Em nenhum país do
mundo ocorre o reaproveitamento
desse material sem
a segregação do fenol,
5. Quanto à emissão de
partículas contaminantes
na atmosfera, é importante
considerar correta a argumentação
da Tupy de que
faz a captação para filtros.
Mas o problema denunciado
ocorre justamente
depois dessa etapa do processo,
quando o material
capturado é lançado na área
do aterro da própria empresa,
a céu aberto e nas margens
da Baía Babitonga,
provocando novamente a
suspensão e dispersão, sujando
inclusive as casas dos
bairros vizinhos à unidade
industrial;
6. Muitos outros aspectos
caberia comentar, mas
acaba sendo limitado o espaço
para tanta informação.
Portanto – pelo tom policialesco
da Nota da Tupy
- sugiro uma “acareação”
direta com representantes
da empresa numa das
reuniões da Comissão de
Saúde ou numa audiência
pública sobre o tema
na Câmara Municipal de
Joinville, afinal é a saúde
da população que está em
risco;
Com isso, a empresa
não terá muitas dificuldades
para encontrar o tão
temido “Leonardo Morelli”.
Numa sessão pública,
terei o maior prazer
em dar-lhes meus dados
pessoais para um inevitável
processo da empresa
contra mim, pois é assim
que pensam acuar o denunciante
sem ter de esclarecer
em profundidade
a denúncia. Pena – para
eles – que não estamos
mais numa ditadura militar.
Se assim fosse, talvez
nem tivessem se dado ao
trabalho de editar um comunicado
intimidador ao
Jornal “O Vizinho”
7. Por fim vale lembrar
que a Tupy é hoje uma
empresa sob controle
público e seus dirigentes
em Joinville, na verdade,
temem repercussões do
caso frente aos Fundos
de Pensão que a mantém,
bem como a reação
de seus clientes europeus
e americanos, ao terem
conhecimento das omissões
e fraudes tributárias
com sérias omissões de
seus passivos ambientais
nos balanços, inclusive ao
tentar burlar o tratamento
e destinação de seus resíduos
perigosos.
Leonardo Aguiar
M o r e l l i - R G
12.894.523-0
Secretário Geral da
DEFENSORIA SO-
CIAL
Estrada Delegado
Bruno de Almeida, 8989
Curitiba – PR”

JOV 751 - Semana 17 - Abril 2011
Do leitor
Jornal O Vizinho 20 anos:
Modelo de Perseverança
Vereador Odir Nunes,
Presidente da Câmara de Vereadores
de Joinville
Aniversariar 20 anos
de fundação para um
jornal impresso em pleno
século 21 é bem mais
que simplesmente aniversariar.
No entanto este
é apenas um dos motivos
pelos quais O Jornal O
Vizinho merece ser parabenizado.
Fundado na
década de 90 pelo jornalista
Altamir Andrade, O
Vizinho é filho do período
em que se falava no
fim dos meios impressos,
no avanço da tecnologia
e no início de novas ferramentas
de comunicação.
A tecnologia prosperou
e novas ferramentas,
as “digitais”, foram criadas
e hoje permitem uma
comunicação interativa e
mais direta. No entanto,
os meios impressos permaneceram
e mais que
isso acompanharam as
inovações se renovando
e se fortalecendo.
Além disso, O Vizinho
se diferencia pelo
seu modo específico de
levar a informação para
os leitores, vislumbrando
cada região e valorizando
a informação local
com preocupação ambiental,
social e política.
Sem contar que o jornal
é entregue de porta em
porta e gratuitamente,
ou seja, desde o cidadão
mais humilde aos grandes
empresários, todos
sem distinção recebem
as informações de sua
região. O Vizinho retrata
em suas páginas as informações
das necessidades
das regiões onde ele atua,
e faz essas informações
chegarem até as autoridades
públicas, o que é
uma ação que minimiza
a comunicação entre sociedade
e poder público.
Por estes e outros
motivos que o Jornal O
Vizinho merece os parabéns
pelos seus 20 anos
de fundação e desejo
que essas duas décadas
se multipliquem, assim
como a difusão das informações
que o Jornal
O Vizinho leva para a
população de Joinville e
região!
Jornal O Vizinho - JOV - Diretor e editor responsável: Altamir A. Andrade
DRT/SC 003371 JP . Veículo de comunicação social fundado em 10 de abril de 1991 e
propriedade do Bureau de Comunicação e Eventos Ltda. Registro no Cartório Regional
Especial de Títulos e Documentos sob nº 05-B às folhas 14V/16 no livro nº 01-B, em
18/07/1997 CNPJ 79873451-0001-93 Inscrição Municipal (CMC) 27855
Joinville – SC - Caixa Postal 781 - 89201-270 - Fone/fax 47 34331044
Sítio na Internet www.ovizinho.com.br - End. eletrônico: ovizinho@bureau.com.br
Tiragem desta edição (região): 10.000 exemplares de 8 páginas tamanho tablóide.
Distribuição gratuita de porta-em-porta na região do Glória, América e Centro
Impressão Editora o Estado do Paraná - Rua João Tschannerl 800
Vista Alegre - Curitiba Paraná
O Ministério Público
de Santa Catarina lançou
há poucos dias a cartilha
ambiental voltada
à proteção das áreas de
preservação permanente
existentes no entorno dos
cursos d'água em pequenas
propriedades rurais.
Essas áreas representam
Agricultura
Cartilha
mais de 90% das áreas
de plantio no Estado.A
publicação destaca a importância
do cuidado com
o solo e com a vegetação
ciliar para a continuidade
da atividade agrícola.
Também ensina uma técnica
de recuperação ambiental
de baixo custo e
alta eficiência, denominada
sistema de nucleação,
e orienta sobre a possibilidade
de aproveitamento
econômico dos espaços
protegidos, no modelo de
manejo agroflorestal sustentável
previsto no Código
Florestal Brasileiro
atualmente em vigor.
Mais valorização do campo
O secretário de Agricultura
e Pesca, João Rodrigues
(DEM), anunciou
importantes projetos para
a região. O primeiro deles
é que a GTA (Guia
de Transporte Animal)
a partir de julho poderá
ser tirada no computador
da casa do agricultor.
Também informou que
serão implantadas a telefonia
fixa e internet banda
larga na zona rural.
Acrescentou ainda que o
financiamento destinado
a agricultura e pesca terá
juro zero. Acompanhado
do deputado estadual
Darci de Matos (DEM)
o secretário participou de
encontro, no Morro do
Amaral, com presidentes
de 14 colônias de pesca
do litoral Norte (de Florianópolis
a Itapoá), com
a presença do presidente
da Federação dos Pescadores
de Santa Catarina,
Ivo da Silva. Em seguida
João Rodrigues conheceu
as instalações do Cidap
(Centro Integrado de DesenvolvimentoAgropecuário
e Pesca da Região de
Joinville) e do Cetreville,
em Pirabeiraba. “Joinville
é uma cidade industrial,
mas também tem uma
agricultura e pesca forte.
Por isso é importante
que o secretário conheça
esta realidade já que sua
secretaria fará o maior investimento
na área rural
nos próximos quatro anos,
cerca de R$ 150 milhões”,
diz Darci de Matos.
Esporte
Fabiane Carvalho
6
Arremesso de
chinelo
Não é nenhum esporte
novo, é ignorância mesmo.
O Joinville Esporte
Clube foi julgado pela
3ª Comissão Disciplinar
do TJD por infração ao
artigo 213 do CBJD. Foi
devido a um arremesso
de chinelo no campo, na
partida contra o Avaí, pela
sexta rodada do returno.
O JEC foi absolvido
por unanimidade, mas se
condenado corria o risco
de pagar multa de de R$
100 a R$ 100 mil
Lembrando que no Parágrafo
Terceiro do próprio
Art. 213:
§ 3º A comprovação
da identificação e detenção
dos autores da desordem,
invasão ou lançamento
de objetos, com
apresentação à autoridade
policial competente e registro
de boletim de ocorrência
contemporâneo ao
evento, exime a entidade
de responsabilidade, sendo
também admissíveis
outros meios de prova suficientes
para demonstrar
a inexistência de responsabilidade.
(NR).
Resumindo, devemos
identificar e punir tais indivíduos
para que o clube
não corra o risco de arcar
com tais consequências.
Abalo ao timão
Adriano mal chegou
ao Corinthians e já se
tornou desfalque.Durante
um simples trabalho físico
no gramado, acompanhado
dos fisioterapeutas,
o atacante rompeu o tendão
de Aquiles do pé esquerdo.
A previsão do departamento
médico é de
que o jogador leve cinco
meses para se recuperar.
Jacqueline Silva
A catarinense Jacqueline
Silva está internada
em Torquay, cidade ao
Sul da Austrália, onde se
recupera dos ferimentos
sofridos em um acidente
de carro. A surfista disputaria
a segunda etapa do
circuito mundial feminino.

JOV 751 - Semana 17 - Abril 2011
7

JOV 751 - Semana 17 - Abril 2011
A empresária Ieda
Aparecida Matos Elyas
e a dona de casa Rosvita
Mara da Silva e seus
familiares viveram momentos
de muita apreensão
há poucos dias.
Elas estavam inconformadas
com o que
qualificaram de “falta de
respeito” e “descaso” da
Construtora e Incorporadora
Correia que realiza
as obras de fundamento
do Edifício Graal Residence,
na esquina da rua
particular com a Benjamim
Constant.
O terreno em frente
às suas casas começou
a rachar e abrir brechas
típicas dos grandes terremotos.
A calçada sofreu
vários rompimentos que
se aproximava do muro
e garagem das residên-
Meio Ambiente
Parece, mas não é terremoto
cias. O risco de desmoronamento
era iminente
e os moradores ficaram
impedidos de acessar a
rua com seus veículos.
“Até mesmo a pé havia
risco”, relata indignada a
empresária que acionou
a Fundema e advogado.
O engenheiro responsável
pela obra diz-se
também surpreso com
o imprevisto. A construtora
havia contratado
estudo e projeto para o
trabalho, mas foi surpreendida
com uma forte
chuva antes de iniciar
o escoramento de contenção
das encostas que
foram escavadas para
a construção da cortina
de concreto. “Não prevíamos
a chuva tão forte
justo naquele momento
da obra, o que fez o solo
ceder. Foi uma fatalidade”,
justifica Fábio Hudler.
A empresária Ieda
Elyas diz que está acionando
advogado e
contratou também um
engenheiro para fazer
laudo sobre o ocorrido.
“Vamos entrar com uma
ação, medida cautelar de
preservação e integridade
da vizinhança, contra
a construtora”.
A Fundema esteve
no local e confirmou as
denúncias dos moradores
dando prazo de menos
de dez horas para
que a construtora fizesse
a contenção; o que
foi cumprido. “Estamos
acelerando a recuperação
da rua e proteção
das casas vizinhas.
“Também ficamos mui-
to preocupados e tristes
com o ocorrido.”, confessa
Hudler. Segundo o
engenheiro, se houvesse
previsão do acontecido
a construtora teria
conversado antes com
os moradores para informar
dos passos que
seriam seguidos e dos
cuidados. “Quando vimos
tivemos que nos
mobilizar para evitar o
pior e não foi possível
parar para conversar,
explicar e discutir a situação.
Tínhamos que
ser rápidos. A situação
era de emergência”.
A construtora diz
que a recuperação da
rua e da calçada tem
prioridade. “Vamos
deixar melhor do que
estava. Só pedimos a
compreensão dos mo-
8
Moradores estavam apreensivos com a possibilidade de
verem suas casas desmoronarem
radores. Não queríamos
mexer no acesso. O imprevisto
nos obrigou e
priorizamos a solução
do problema”, garante
o engenheiro.