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A profissão mais antiga do mundo - Bureau de Comunicação e ...

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R$ 0,25 Edição nº 38 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

C o r t e s i a<br />

A <strong>profissão</strong> <strong>mais</strong><br />

<strong>antiga</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

Para o criacionista convicto, Clau<strong>de</strong>mir Lourenço, “Deus foi o primeiro oleiro”,<br />

pois foi <strong>do</strong> barro que fez o homem (Adão)<br />

Há 25 anos Clau<strong>de</strong>mir Loureiro, 46, produz obras <strong>de</strong> arte com o barro<br />

Aluno <strong>do</strong> pioneiro artesão <strong>do</strong> barro <strong>de</strong><br />

Joinville (Antonio <strong>do</strong>s Santos), o Sãofrancisquense,<br />

Clau<strong>de</strong>mir Loureiro já foi o<br />

maior produtor <strong>de</strong> vasos <strong>de</strong> cerâmica <strong>de</strong><br />

Joinville. Uma reviravolta na sua vida e,<br />

no momento <strong>mais</strong> difícil, um <strong>do</strong>s seus emprega<strong>do</strong>s<br />

empreen<strong>de</strong>u na mesma área e<br />

manteve o amigo e ex-patrão no ofício.<br />

A relação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is ultrapassa a comer-<br />

cial. Respeito, admiração e reverência<br />

pelo professor é o que <strong>de</strong>monstra o joinvilense<br />

Celso Corrêa, 29, que iniciou na<br />

arte aos 16 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> com o “mestre<br />

<strong>do</strong> barro”.<br />

Hoje, a família Corrêa segue a milenar<br />

<strong>profissão</strong> e um garotinho <strong>de</strong> apenas quatro<br />

anos já põe a mão na massa.<br />

Páginas 4 e 5<br />

Instituto <strong>de</strong> preservação e recuperação<br />

da biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Joinville e região<br />

www.institutocachoeira.org.br<br />

contato@institutocachoeira.org.br<br />

O mito <strong>do</strong> lacre<br />

das latinhas<br />

“Quem conta um conto aumenta um<br />

ponto”. Essa máxima popular se confirma<br />

no mito que certa os lacres das latas <strong>de</strong><br />

bebidas<br />

São Paulo <strong>de</strong>ve<br />

ganhar um Clube<br />

<strong>de</strong> Oratória e<br />

Li<strong>de</strong>rança<br />

Há 31 anos a<br />

entida<strong>de</strong> vem<br />

forman<strong>do</strong> lí<strong>de</strong>res e<br />

ora<strong>do</strong>res pelo país<br />

Páginas 6 e 7<br />

Página 3<br />

Unida<strong>de</strong> Móvel <strong>de</strong><br />

Monitoramento<br />

Ambiental é<br />

ferramenta da<br />

Fun<strong>de</strong>ma para<br />

cuidar <strong>do</strong> meio<br />

ambiente<br />

Página 8


Edição 38 - 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

Não é novida<strong>de</strong> que Joinville<br />

seja uma cida<strong>de</strong> exporta<strong>do</strong>ra.<br />

Produtos joinvilenses <strong>do</strong>minam<br />

o merca<strong>do</strong> nacional e em<br />

vários outros países. Serviços<br />

também <strong>de</strong>stacam mundialmente<br />

algumas empresas daqui.<br />

Iniciativa com <strong>mais</strong> <strong>de</strong> 30<br />

anos e consolidada no voluntaria<strong>do</strong>,<br />

a formação <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res<br />

e ora<strong>do</strong>res, que tem receita <strong>de</strong><br />

sucesso na maior cida<strong>de</strong> catarinense,<br />

se expan<strong>de</strong> para São<br />

Paulo. O Clube <strong>de</strong> Oratória e<br />

Li<strong>de</strong>rança qualifica lí<strong>de</strong>res em<br />

Campinas para a instalação <strong>de</strong><br />

um clube lá, em breve.<br />

Ainda nessa edição um mito<br />

Editorial<br />

Joinville exporta <strong>mais</strong> que<br />

produtos <strong>de</strong> empresas lí<strong>de</strong>res<br />

Veículo <strong>de</strong> <strong>Comunicação</strong> Social <strong>do</strong> <strong>Bureau</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Comunicação</strong> e Eventos Ltda.<br />

CNPJ 79873451/0001-93<br />

Diretor e editor responsável:<br />

Altamir A. Andra<strong>de</strong> – DRT/SC 003371 JP<br />

Foi dito!<br />

que há décadas engana pessoas<br />

é <strong>de</strong>smitifica<strong>do</strong>. A lenda <strong>de</strong><br />

que os lacres das latas <strong>de</strong> bebidas<br />

são <strong>de</strong> um metal nobre <strong>mais</strong><br />

valioso que o ouro po<strong>de</strong> ter sua<br />

origem numa estratégia comercial<br />

que continua engana<strong>do</strong> milhões<br />

<strong>de</strong> pessoas mun<strong>do</strong> afora.<br />

A reportagem sobre uma das<br />

<strong>mais</strong> <strong>antiga</strong>s profissões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

revela quanta obra <strong>de</strong> arte o<br />

oleiro, artesão <strong>do</strong> barro, é capaz<br />

<strong>de</strong> criar. Enfim, com a proposta<br />

<strong>de</strong> ser um veículo volta<strong>do</strong> ao lí<strong>de</strong>r<br />

e forma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> opinião, esta<br />

edição 38 <strong>do</strong> Jornal O Joinvilense<br />

(JOI) se constroi num jornalismo<br />

que passa distante da<br />

superficialida<strong>de</strong>. Boa leitura.<br />

“A educação e a gestão <strong>de</strong>vem ser orientadas pela autorida<strong>de</strong> <strong>do</strong> argumento<br />

ao invés <strong>do</strong> argumento da autorida<strong>de</strong>”. Diretor <strong>de</strong> Educação Básica<br />

da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação (SED), Antônio Elízio Pazeto.<br />

“Vamos integrar ainda <strong>mais</strong> a relação entre polícia e comunida<strong>de</strong>”,<br />

Coronel Edgar José Françosi, na posse da 5ª Região da Polícia Militar (5ª<br />

RPM), no início <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> junho.<br />

"Em 2003, SC tinha uma população carcerária <strong>de</strong> 6 mil presos para quatro<br />

mil vagas. Hoje são 14 mil presos e oito mil vagas. E isso mostra que a<br />

polícia catarinense está fazen<strong>do</strong> um trabalho forte na área <strong>de</strong> repressão",<br />

Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Segurança Pública, André Men<strong>de</strong>s da Silveira<br />

“Quero agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que me apoiaram durante o tempo<br />

que coman<strong>de</strong>i a 5ª RPM. Ressalto a importante parceria com os governos<br />

municipal, estaduais e fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças políticas e empresariais e to<strong>do</strong>s<br />

aqueles que <strong>de</strong>positaram confiança na minha pessoa. Muito obriga<strong>do</strong> por<br />

tu<strong>do</strong>”, Coronel Ricar<strong>do</strong> Bröering, na <strong>de</strong>spedida <strong>do</strong> coman<strong>do</strong> da 5ª RPM.<br />

“Sei da responsabilida<strong>de</strong> que tenho com o gesto <strong>do</strong> PMDB, quero representar<br />

bem essa união. Tenho certeza que será uma caminhada junto<br />

com amigos, com muita força, fé e trabalho” Sena<strong>do</strong>r Raimun<strong>do</strong> Colombo,<br />

candidato a governa<strong>do</strong>r pelo DEM, na convenção <strong>do</strong> PMDB que<br />

<strong>de</strong>cidiu a coligação com Edudar<strong>do</strong> Pinho Moreira (PMDB) como candidato<br />

a vice.<br />

Sítio na internet: www.ojoinvilense.com.br<br />

Blog na internet: www.jornalojoinvilense.blogspot.com<br />

End. Eletrônico: ojoinvilense@bureau.com.br<br />

Fone: 47 34339121 Fax: 34331044<br />

Tiragem <strong>de</strong>sta edição: 5.000 exemplares<br />

Impressão: RBS Zero Hora Editora Jornalística<br />

A Notícia - Rua Caça<strong>do</strong>r, 112 – Joinville, SC<br />

O Congresso <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s da América<br />

(EUA) conclamou os produtores<br />

rurais e ma<strong>de</strong>ireiros<br />

a apoiarem os esforços da<br />

União Nacional <strong>de</strong> Agricultores<br />

no Projeto titula<strong>do</strong><br />

"Fazendas aqui, Florestas<br />

lá: Desmatamento Tropical<br />

“versus” Competitivida<strong>de</strong><br />

da Agricultura e <strong>do</strong> Cultivo<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira nos EUA",<br />

o qual revelou um cenário<br />

já percebi<strong>do</strong> por milhões<br />

<strong>de</strong> agricultores brasileiros e<br />

abraça<strong>do</strong> por ambientalistas<br />

que dizem lutar pela preservação<br />

<strong>do</strong> meio ambiente<br />

brasileiro: a estratégia internacional<br />

americana sobre<br />

as florestas brasileiras. Ou<br />

como falou o próprio vicepresi<strong>de</strong>nte<br />

da União Nacional,<br />

Fred Yo<strong>de</strong>r, da Associação<br />

<strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong> Milho<br />

<strong>de</strong> Ohio, “salvar as florestas<br />

tropicais não é <strong>mais</strong> apenas<br />

para os naturalistas protetores<br />

<strong>de</strong> árvores (ONGs)”.<br />

Segun<strong>do</strong> o relatório, que<br />

também foi apresenta<strong>do</strong> durante<br />

reunião da Comissão<br />

da Agricultura da Câmara<br />

<strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, em Brasília,<br />

a proteção das florestas brasileiras<br />

po<strong>de</strong> gerar um lucro<br />

<strong>de</strong> US$ 200,0 bilhões <strong>de</strong><br />

dólares para produtores <strong>de</strong><br />

soja, carne, ma<strong>de</strong>ira e oleaginosas<br />

<strong>do</strong>s EUA até 2030.<br />

A pesquisa americana só<br />

reforça a intenção <strong>de</strong> transformar<br />

o Brasil no “pulmão<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”, além <strong>de</strong> fortalecer<br />

um discurso já recorrente<br />

e pouco <strong>de</strong>staca<strong>do</strong><br />

pela socieda<strong>de</strong>, no qual os<br />

ambientalistas brasileiros<br />

são movi<strong>do</strong>s por interesses<br />

<strong>de</strong> Organizações Não Governamentais<br />

e não porque<br />

se preocupam, realmente,<br />

com o Brasil e os produtores<br />

familiares em especial.<br />

Roger Johnson, Presi<strong>de</strong>nte<br />

Do leitor<br />

Por Valdir Colatto, Engenheiro<br />

Agrônomo e <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> fe<strong>de</strong>ral (PMDB/SC)<br />

Análise realista <strong>do</strong> relatório apresenta<strong>do</strong> pelo<br />

Congresso Americano sobre a influência <strong>do</strong>s<br />

EUA nas <strong>de</strong>cisões ambientais brasileiras<br />

Desmata<strong>do</strong>res lá, ambientalistas aqui<br />

da União Nacional - que<br />

recentemente retornou <strong>de</strong><br />

uma viagem <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s<br />

ao Brasil – mesmo disse:<br />

“como os agricultores familiares<br />

brasileiros lutam para<br />

se manterem em suas terras,<br />

nós (americanos) temos que<br />

ter certeza <strong>de</strong> que isto não<br />

ocorrerá por práticas como<br />

o <strong>de</strong>smatamento irresponsável”.<br />

A meu ver, trata-se<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> contra-senso,<br />

pois eles já <strong>de</strong>smataram<br />

o que podiam. Assim, tal<br />

relatório <strong>de</strong>smascara os reais<br />

objetivos das ONGs e<br />

ambientalistas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s com relação a redução<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>smatamentos no<br />

Brasil.<br />

Enquanto to<strong>do</strong>s os outros<br />

países produzem e<br />

mantém sua economia a<br />

to<strong>do</strong> vapor, o Brasil sofre<br />

ingerência internacional<br />

para preservar suas florestas<br />

tropicais. É preciso atenção<br />

para não sermos engana<strong>do</strong>s<br />

com o discurso preservacionista<br />

e atentar para as reais<br />

intenções estrangeiras. Ou<br />

será que o Brasil vai ter que<br />

bancar a irresponsabilida<strong>de</strong><br />

ambiental <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>?<br />

O relatório estima que<br />

com a preservação <strong>de</strong> florestas<br />

tropicais pelo mun<strong>do</strong><br />

a receita final para os produtores<br />

americanos aumentaria<br />

entre US$ 196,0 e US$<br />

267,0 bilhões até 2030. Os<br />

principais pontos econômico-financeiros<br />

aponta<strong>do</strong>s no<br />

relatório compreen<strong>de</strong>m incentivos<br />

<strong>do</strong>s EUA com uma<br />

política climática internacional,<br />

o que aumentaria as<br />

receitas agrícolas americanas<br />

entre US$ 190,0 e US$<br />

270,0 bilhões entre 2012 e<br />

2030.<br />

Manter as florestas tropicais<br />

nada <strong>mais</strong> é <strong>do</strong> que<br />

financiar a repressão con-<br />

Altamir Andra<strong>de</strong><br />

Jornalista Ambiental<br />

Artigos: Textos com até 1500 caracteres <strong>de</strong>vem ser envia<strong>do</strong>s para ojoinvilense@bureau.com.<br />

br, fax 47 34331044 ou entregue na redação: rua Princesa Izabel, 508 – 3o andar, Sala 01, Centro,<br />

89201-270 Joinville, SC, <strong>de</strong> preferência acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma foto <strong>de</strong> rosto.<br />

Cartas: Com até 800 caracteres <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificadas com nome completo, número da<br />

carteira <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>profissão</strong>, nome da cida<strong>de</strong> e fone <strong>de</strong> contato. Quan<strong>do</strong> enviadas por e-mail, o<br />

leitor <strong>de</strong>ve autorizar sua divulgação por escrito na própria mensagem. O JOG reserva-se ao direito<br />

<strong>de</strong> selecionar as cartas e resumi-las para publicação.<br />

Artigos e textos <strong>do</strong> leitor não refletem, necessariamente, a opinião <strong>do</strong> JOI, são <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> exclusiva <strong>do</strong>s seus autores.<br />

2<br />

tra o setor produtivo num<br />

momento em que o Brasil<br />

discute uma nova legislação<br />

ambiental que harmonize setor<br />

produtivo e preservação<br />

<strong>do</strong> meio ambiente, relatório<br />

apresenta<strong>do</strong> pelo <strong>de</strong>puta<strong>do</strong><br />

fe<strong>de</strong>ral Al<strong>do</strong> Rebelo que entrará<br />

para votação no mês <strong>de</strong><br />

julho.<br />

Os agricultores muitas<br />

vezes são chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> criminosos<br />

por “<strong>de</strong>struírem a<br />

floresta brasileira”. Mas o<br />

pior <strong>de</strong>strui<strong>do</strong>r <strong>do</strong> meio ambiente<br />

é aquele que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

o <strong>de</strong>smatamento zero no<br />

Brasil movi<strong>do</strong> por interesses<br />

<strong>de</strong> outros países e preferem<br />

<strong>de</strong>ixar a própria pátria sem<br />

abastecimento interno <strong>de</strong> alimento,<br />

para proteger idéias<br />

<strong>de</strong> países que possuem nem<br />

1% <strong>de</strong> floresta nativa.<br />

Percebe-se que a socieda<strong>de</strong><br />

precisa conhecer <strong>mais</strong><br />

os <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s da questão e<br />

por isso precisam participar<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>bates. Dia 5 e 6 <strong>de</strong><br />

julho a Comissão Especial<br />

começará as discussões sobre<br />

o Código Ambiental e<br />

mostrará os reais interesses<br />

<strong>do</strong>s ambientalistas e a real<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Brasil aprovar<br />

essa nova legislação.<br />

Afinal, quem são os criminosos?<br />

Os agricultores<br />

brasileiros que são responsáveis<br />

por 16 milhões <strong>de</strong><br />

empregos, 90% <strong>do</strong> superávit<br />

da balança comercial e<br />

por <strong>mais</strong> <strong>de</strong> 40% <strong>do</strong> Produto<br />

Interno Bruto (PIB) e<br />

o Brasil que tem cerca <strong>de</strong><br />

70% <strong>de</strong> floresta nativa? Ou<br />

aqueles que querem acabar<br />

com o <strong>de</strong>smatamento por<br />

meio <strong>de</strong> incentivos americanos<br />

<strong>de</strong> uma política climática<br />

internacional levan<strong>do</strong><br />

o lucro <strong>de</strong> US$ 190,0<br />

a US$ 270 bilhões para<br />

as receitas agrícolas nos<br />

EUA?


Edição 38 - 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

Li<strong>de</strong>rança<br />

Clube <strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança<br />

<strong>de</strong> Joinville forma base para<br />

o <strong>de</strong> São Paulo<br />

Funda<strong>do</strong> em 10 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 1979, o Clube<br />

<strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança<br />

(COL) há <strong>do</strong>is anos<br />

vem forman<strong>do</strong> ora<strong>do</strong>res<br />

e lí<strong>de</strong>res no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Através <strong>do</strong> COL<br />

Joinville, 2539 brasileiros<br />

tiveram formação na<br />

área, a maioria catarinenses.<br />

O COL já ministrou<br />

cursos In Company nos<br />

esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> Sul, Minas Gerais,<br />

São Paulo e também<br />

Santa Catarina. Através<br />

das empresas, mora<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> vários outros esta<strong>do</strong>s<br />

passaram por essa qualificação.<br />

No entanto, em<br />

Campinas, o COL Joinville<br />

encontrou uma empresa<br />

parceira na área <strong>de</strong><br />

treinamento, a Ecamp.<br />

Há alguns anos mora lá<br />

também um ex-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>do</strong> clube, o ex-bancário<br />

e atualmente empresário<br />

<strong>do</strong> ramo imobiliário, Jorge<br />

Luiz Reimer.<br />

Reimer foi o articula<strong>do</strong>r<br />

para que o COL e a<br />

Ecamp consolidassem a<br />

parceria que em Campinas<br />

já formou quase 50<br />

paulistas no Curso Básico<br />

<strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança<br />

com Ênfase em Desinibição.<br />

O empresário campineiro,<br />

Caio Sakamoto<br />

veio a Joinville conhecer<br />

o clube e participou<br />

<strong>de</strong> um curso. “Digo aos<br />

nossos alunos, sem me<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> errar, que o COL tem<br />

um <strong>do</strong>s melhores cursos<br />

<strong>do</strong> país”, afirma o experiente<br />

empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r que<br />

transformou a Ecamp em<br />

marca <strong>de</strong> referência no<br />

setor.<br />

Os participantes também<br />

emitem suas opiniões<br />

sobre o Curso Básico<br />

<strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança<br />

Clube <strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança formou <strong>mais</strong> um grupo <strong>de</strong> ora<strong>do</strong>res neste<br />

mês <strong>de</strong> junho em Campinas (SP)<br />

com Ênfase em Desinibição:<br />

“O curso superou<br />

minhas expectativas, pois<br />

foi extremamente didático<br />

e online, pu<strong>de</strong>mos<br />

a to<strong>do</strong> o momento aprimorar<br />

as técnicas conduzidas,<br />

o que nos faz<br />

notar em algumas horas<br />

a evolução <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong>”,<br />

diz Thaisa Geraldi<br />

<strong>de</strong> Oliveira, funcionária<br />

da Robert Bosch – Freios<br />

e eleita pelos colegas <strong>do</strong><br />

curso a Melhor Ora<strong>do</strong>ra<br />

da turma <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 2010.<br />

Para Francisco Valen-<br />

te, que trabalha na Primo<br />

Schincariol, o curso é também<br />

um qualifica<strong>do</strong>r profissional.<br />

“Hoje viven<strong>do</strong><br />

num mun<strong>do</strong> corporativo<br />

tão concorri<strong>do</strong>, ter o total<br />

<strong>do</strong>mínio da fala e a a<strong>de</strong>quada<br />

expressão corporal é<br />

algo imensurável. O Curso<br />

<strong>de</strong> Oratória proporcionou,<br />

<strong>de</strong> maneira extremamente<br />

prática e objetiva, adquirir<br />

essa competência e<br />

habilida<strong>de</strong> tão requisitada<br />

no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho e<br />

também para a comunicação<br />

<strong>do</strong> ser humano. Recomen<strong>do</strong><br />

a to<strong>do</strong>s!”, estimula<br />

Valente.<br />

Outro participante <strong>do</strong><br />

curso em setembro <strong>do</strong><br />

ano passa<strong>do</strong>, Luís Leanza,<br />

que trabalha na Kraft<br />

Foods, também se diz<br />

satisfeito com o curso:<br />

“Busquei o curso porque<br />

sabia que tinha necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> melhorar minha<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oratória,<br />

mas não esperava encontrar<br />

um curso tão completo<br />

e <strong>de</strong> tão fácil aplicação<br />

prática. Vou seguir me<br />

aperfeiçoan<strong>do</strong> e consi<strong>de</strong>ro<br />

que o curso foi um excelente<br />

ponto <strong>de</strong> partida.”<br />

Turma <strong>de</strong> ora<strong>do</strong>res formada em setembro <strong>de</strong> 2009 em parceria com a Ecamp<br />

Próximo curso em Campinas<br />

3<br />

Curso <strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança com Ênfase em<br />

Desinibição<br />

Sexta-feira, dia 10/09/10: das 8h30 às 17h30<br />

Sába<strong>do</strong>, dia 11/09/10: das 8h30 às 17h30<br />

Local: Hotel Sol Inn Barão Geral<strong>do</strong> - Campinas<br />

- SP<br />

Apenas 16 participantes por turma<br />

16 horas <strong>de</strong> treinamento<br />

Inscrições po<strong>de</strong>m ser feitas pela internet no sítio<br />

www.ecamp.com.br<br />

C a i o S a k a m o t o<br />

acredita que a partir <strong>de</strong><br />

2011 a região já reúna<br />

um número mínimo <strong>de</strong><br />

alunos da Ecamp interessa<strong>do</strong>s<br />

na formação<br />

<strong>de</strong> um clube em Campinas.<br />

“Estou otimista,<br />

pois já tenho uma lista<br />

anima<strong>do</strong>ra”, revela. O<br />

clube reúne os sócios<br />

uma vez por mês. As<br />

reuniões são para a prática<br />

da oratória. “É uma<br />

continuação <strong>do</strong> curso<br />

que em Joinville já<br />

acontece há 31 anos”,<br />

explica Sakamoto.<br />

Para ser sócio <strong>do</strong><br />

clube basta participar<br />

<strong>do</strong> curso em Joinville<br />

ou em Campinas. As<br />

reuniões mensais acontecem<br />

em ambiente público<br />

que tenha espaço<br />

privativo para a prática<br />

da oratória <strong>do</strong>s sócios<br />

ou a participação <strong>de</strong><br />

palestrante convida<strong>do</strong><br />

e <strong>de</strong>bate. “Ao término<br />

da reunião o encontro<br />

termina com um jantar<br />

<strong>de</strong> confraternização. As<br />

<strong>de</strong>spesas que o sócio<br />

tem com o clube são<br />

relativas ao seu consumo<br />

no jantar”, explica o<br />

empresário campineiro.<br />

Próximo curso em Joinville<br />

Curso <strong>de</strong> Oratória e Li<strong>de</strong>rança com Ênfase em<br />

Desinibição<br />

De 26 a 30 <strong>de</strong> julho – Curso <strong>de</strong> férias, das 18h45<br />

às 22h45<br />

Local: Rua Otto Boehm, 48 (ao la<strong>do</strong> da Fun<strong>de</strong>ma)<br />

na Fitej da UDESC<br />

Inscrições po<strong>de</strong>m ser feitas pela internet no sítio<br />

www.clube<strong>de</strong>oratoria.org.br<br />

Empresas com grupos mínimos <strong>de</strong> cinco pessoas<br />

têm <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 20%<br />

Empresas com grupos mínimos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pessoas<br />

têm <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 25%<br />

Estudantes e professores têm <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 25%<br />

A vaga só é garantida mediante a comprovação<br />

<strong>de</strong> pagamento (Depósitos bancários na Agência<br />

Banco <strong>do</strong> Brasil 31550 - Conta Corrente 3328-6 <strong>de</strong>vem<br />

ser confirma<strong>do</strong>s via fax 47 3433-1044)<br />

Desistências po<strong>de</strong>m ser substituídas por outras<br />

pessoas ou gerar crédito para o próximo curso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que comunicadas por escrito e com antecedência<br />

mínima <strong>de</strong> sete dias úteis. O clube não <strong>de</strong>volve o<br />

dinheiro


Edição 38- 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

O diferencial <strong>de</strong> um<br />

automóvel Chevrolet<br />

Opala faz girar um<br />

eixo com pás feitas <strong>de</strong><br />

mola <strong>de</strong> caminhão <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um cilindro <strong>de</strong><br />

aço que tem uma saída<br />

na base. O barro molha<strong>do</strong><br />

joga<strong>do</strong> ali <strong>de</strong>ntro<br />

é mistura<strong>do</strong> e comprimi<strong>do</strong><br />

para o fun<strong>do</strong>.<br />

O reaproveitamento<br />

criativo produziu uma<br />

máquina extrusora <strong>de</strong><br />

tarugos <strong>de</strong> barro, também<br />

conhecida como<br />

maromba.<br />

Mas não pára por aí<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar<br />

com racionalida<strong>de</strong>.<br />

Um motor <strong>de</strong> lava<strong>do</strong>ra<br />

<strong>de</strong> roupa faz girar uma<br />

roda completa <strong>de</strong> bicicleta<br />

que tem um eixo<br />

central que na parte<br />

superior está uma base<br />

para receber o barro.<br />

4<br />

Cultura<br />

Edição 38- 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010 5<br />

Criativida<strong>de</strong> e reaproveitamento aumentam produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obras artesanais<br />

Detalhe da mesa <strong>de</strong> oleiro montada com roda <strong>de</strong> bicicleta e<br />

motor <strong>de</strong> lava<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> roupa<br />

É a mesa <strong>do</strong> oleiro. O<br />

tarugo <strong>de</strong> barro gira<br />

em alta velocida<strong>de</strong> e<br />

as mãos <strong>do</strong> artista dão<br />

a forma que o cliente<br />

<strong>de</strong>seja.<br />

Vasos, botijas, ba-<br />

Maromba feita com diferencial <strong>de</strong> um veículo<br />

cias, tigelas e outras<br />

peças se transformam<br />

em elementos ornamentais<br />

ou obras <strong>de</strong><br />

arte. Depois <strong>de</strong> moldadas<br />

e finaliza<strong>do</strong> o<br />

acabamento, as peças<br />

ficam, em média, 15<br />

dias secan<strong>do</strong> sob uma<br />

cobertura.<br />

Previamente secas<br />

(então a cor fica qua-<br />

Depois que saem da mesa <strong>do</strong> oleiro as peças estão encharcadas. A cor é escura<br />

No bairro Boehmerwaldt<br />

ninguém<br />

conhece o Clau<strong>de</strong>mir<br />

Lourenço ou o<br />

Celso Corrêa, mas o<br />

Nêne e o Teco, sim.<br />

Nêne é o ex-emprega<strong>do</strong><br />

que virou artesão<br />

empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r.<br />

Teco, o ex-patrão<br />

<strong>de</strong> Nêne. Agora,<br />

Teco trabalha para o<br />

Nêne.<br />

Mas, não só o<br />

Teco. Na Cerâmica<br />

<strong>do</strong> Teco trabalham<br />

também a esposa,<br />

Kelli Evangelista<br />

Corrêa, a cunhada,<br />

Karina Evangelista<br />

e a sogra, Ilza<br />

Evangelista.<br />

Kelli diz que ela<br />

é quem faz o <strong>mais</strong><br />

difícil. “Sou eu que<br />

<strong>do</strong>u o acabamento<br />

nas peças, como a<br />

montagem das alças”,<br />

exemplifica a<br />

companheira.<br />

O casal tem <strong>do</strong>is<br />

se branca) são inseridas<br />

num forno para que<br />

queimem até a vermelhidão<br />

por 15 horas. Depois<br />

<strong>de</strong> resfria<strong>do</strong>s natu-<br />

A mulher Kelli Evangelista Corrêa transforma em fatias<br />

um tarugo <strong>de</strong> barro usan<strong>do</strong> outro criativo dispositivo<br />

feito com fios <strong>de</strong> nylon<br />

filhos, Gabriele, <strong>do</strong>is<br />

anos, e Gustavo, quatro.<br />

O menino não<br />

po<strong>de</strong> ver o pai trabalhar<br />

que vem ajudar.<br />

“Ele até já faz alguns<br />

ralmente estão prontas<br />

para ganhar jardins, salas<br />

e on<strong>de</strong> haja um espaço<br />

que mereça uma bela<br />

peça feita <strong>de</strong> barro.<br />

vasinhos”, comenta,<br />

orgulhoso, o Teco.<br />

Enquanto eram produzi<strong>do</strong>s<br />

vasos especiais<br />

para a montagem<br />

<strong>do</strong> espetáculo <strong>de</strong><br />

Forno tem capacida<strong>de</strong> para “queimar” 15 dias <strong>de</strong><br />

produção da “Cerâmica <strong>do</strong> Teco”, uma empresa familiar<br />

<strong>do</strong> bairro Boehmerwaldt, à rua São Ricar<strong>do</strong>, 51, fone 47<br />

3465-5514 e 9943-9198<br />

Com apenas 4 anos, Gustavo já ajuda os pais e se prepara<br />

para continuar o ofício da família<br />

teatro (Sótão) que estreia<br />

em novembro, o<br />

menino lavava as peças<br />

on<strong>de</strong> os vasos são<br />

confecciona<strong>do</strong>s na<br />

mesa <strong>de</strong> oleiro. Num<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento<br />

o garotinho avisa o<br />

pai: “Agora tem que<br />

furar o barro, pai”,<br />

como se fosse o profissional<br />

ensinan<strong>do</strong><br />

o aprendiz. “É muito<br />

bom isso, né?”, comenta,<br />

Teco, faceiro<br />

com o filho.<br />

A Cerâmica <strong>do</strong> Teco<br />

ven<strong>de</strong> suas obras sob<br />

encomenda e também<br />

fornece para floriculturas<br />

e lojas da região. A<br />

matéria-prima, a argila<br />

misturada e compactada,<br />

também, principalmente<br />

para escolas<br />

como Elias Moreira,<br />

Santos Anjos e Univille.<br />

“Fornecíamos para<br />

a Casa da Cultura, mas<br />

fiquei algumas semanas<br />

sem telefone e,<br />

Fábio Kabelo explica como <strong>de</strong>ve ser cada peça e acompanha a<br />

produção<br />

então, perdi o cliente”,<br />

lamenta Nêne.<br />

Nêne era concunha<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> pioneiro oleiro<br />

Antônio <strong>do</strong>s Santos.<br />

Teco e Nêne são primos.<br />

Como se vê o<br />

ofício é familiar. “Mas<br />

pelo menos nove outros<br />

oleiros apren<strong>de</strong>ram<br />

comigo, na minha<br />

empresa”, enumera<br />

Nêne, que também já<br />

foi professor na Casa<br />

da Cultura, há uns <strong>de</strong>z<br />

anos.<br />

Na Cerâmica <strong>do</strong><br />

Teco o cliente tem<br />

atendimento personaliza<strong>do</strong>.<br />

Se mandar um<br />

<strong>de</strong>senho da peça eles<br />

produzem. Ou ain-<br />

da sob orientação in<br />

loco. Como fez Fábio<br />

Kabelo que saiu maravilha<strong>do</strong>.<br />

“Não vejo<br />

a hora <strong>de</strong> tocar nessas<br />

botijas”, exclama. É<br />

isso mesmo! As peças<br />

vão se transformar em<br />

instrumentos musicais<br />

no espetáculo <strong>de</strong> teatro<br />

que está em produção<br />

sob a direção <strong>de</strong> Carlos<br />

Franzói e Ilaine<br />

Melo que também é a<br />

atriz acompanhada <strong>de</strong><br />

Muriel Szym. Nesta<br />

obra, Fábio Kabelo faz<br />

sua estreia no palco,<br />

como ator, também.<br />

Ele é músico e construtor<br />

<strong>de</strong> instrumentos<br />

musicais alternativos.<br />

Sótão é uma peça <strong>de</strong> teatro<br />

patrocinada pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Santa Catarina que<br />

concorreu com quase <strong>do</strong>is mil projetos<br />

e foi um <strong>do</strong>s 189 premia<strong>do</strong>s pelo<br />

Edital Elisabete An<strong>de</strong>rle <strong>de</strong> Estímulo a<br />

Cultura em 2009<br />

Ilaine Melo e Fábio Kabelo no encontro noturno <strong>do</strong><br />

grupo em local assombra<strong>do</strong> para o início <strong>do</strong> processo<br />

criativo <strong>do</strong> bloco das bruxas<br />

Em 2006, com<br />

o projeto “Histórias<br />

<strong>de</strong> Nossa<br />

Gente” a historia<strong>do</strong>ra<br />

Ilaine Melo<br />

foi uma das premiadas<br />

<strong>do</strong> Prêmio<br />

Mirian Muniz da<br />

Funarte, promovi<strong>do</strong><br />

pelo Ministério<br />

da Cultura. Uma<br />

pesquisa foi realizada<br />

em cinco<br />

comunida<strong>de</strong>s da<br />

Região <strong>de</strong> Joinville,resgatan<strong>do</strong><br />

lendas, mitos,<br />

causos, que fazem<br />

parte <strong>do</strong> acervo<br />

cultural imaterial<br />

<strong>de</strong>stas comunida<strong>de</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> como<br />

objeto final a elab<br />

o r a ç ã o d e u m<br />

texto dramatúrgico.<br />

As regiões<br />

pesquisadas foram<br />

Estrada Palmeiras<br />

e Quiriri (comunida<strong>de</strong>s<br />

rurais <strong>de</strong><br />

Joinville), Morro<br />

<strong>do</strong> Amaral (comunida<strong>de</strong><br />

pesqueira<br />

<strong>de</strong> Joinville), Barra<br />

<strong>do</strong> Itapocu (comunida<strong>de</strong><br />

rural <strong>de</strong><br />

Araquari) e Vila<br />

da Glória (comunida<strong>de</strong><br />

pesqueira<br />

<strong>de</strong> São Francisco<br />

<strong>do</strong> Sul).<br />

O e s p e t á c u l o<br />

fun<strong>de</strong> histórias e<br />

mistério, o envolvimento<br />

com o<br />

fantástico, com o<br />

sobrenatural tão<br />

presente e vivo<br />

em comunida<strong>de</strong>s<br />

tradicionais e tem<br />

quatro blocos: Lobisomens,<br />

Bruxas,<br />

Benze<strong>de</strong>ira, Mortos<br />

e Assombração.<br />

O primeiro<br />

bloco já está finaliza<strong>do</strong><br />

o processo<br />

criativo. Agora<br />

o grupo trabalha<br />

no bloco das bruxas.<br />

A Cerâmica<br />

<strong>do</strong> Teco está<br />

produzin<strong>do</strong> peças<br />

<strong>de</strong> argila que vão<br />

compor o cenário<br />

<strong>de</strong>sse bloco.


Edição 38 - 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

Ambiente por inteiro<br />

Releituras <strong>de</strong><br />

uma Carta <strong>de</strong><br />

Amor à Vida<br />

"O CEI Raio <strong>de</strong> Sol<br />

lançou para este ano um<br />

<strong>de</strong>safio a to<strong>do</strong>s os profissionais<br />

da instituição: envolver<br />

toda a comunida<strong>de</strong><br />

escolar em ações e reflexões<br />

sobre quais atitu<strong>de</strong>s<br />

seriam necessárias para a<br />

construção <strong>de</strong> uma vida<br />

melhor para to<strong>do</strong>s. Por<br />

isso elaborou um projeto<br />

institucional intitula<strong>do</strong><br />

“Releituras <strong>de</strong> uma Carta<br />

<strong>de</strong> Amor à Vida” que visa<br />

um trabalho educativo<br />

nortea<strong>do</strong> pela arte e permea<strong>do</strong><br />

pelos princípios<br />

da Carta da Terra (versão<br />

para crianças).<br />

No primeiro semestre<br />

os projetos <strong>de</strong> sala abordaram<br />

temas relaciona<strong>do</strong>s<br />

à interação da criança<br />

com o meio ambiente,<br />

por isso as ações pedagógicas<br />

se voltaram à construção<br />

e revitalização <strong>de</strong><br />

espaços externos da instituição.<br />

Cada turma estu<strong>do</strong>u<br />

uma obra <strong>de</strong> arte específica,<br />

cujos elementos<br />

representam <strong>de</strong> alguma<br />

forma a beleza da natureza<br />

e <strong>do</strong> ser humano como<br />

um to<strong>do</strong>. Esse contato<br />

com a arte propiciou à<br />

criança elaborar relações<br />

entre a obra e os elementos<br />

reais <strong>do</strong> ambiente natural<br />

e da vida cotidiana.<br />

Também passeios <strong>de</strong><br />

pesquisa ao MAJ, ao<br />

Museu da Imigração,<br />

à residência <strong>do</strong> artista<br />

plástico Amandus Sell, e<br />

na Agrícola da Ilha, enriqueceram<br />

ainda <strong>mais</strong><br />

to<strong>do</strong>s os conhecimentos<br />

que iam sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>s<br />

em sala. Destes estu<strong>do</strong>s<br />

surgiram, além das<br />

produções artísticas das<br />

Altamir Andra<strong>de</strong><br />

Jornalista Ambiental<br />

crianças, espaços naturais<br />

como jardins, canto <strong>do</strong>s<br />

pássaros, pomar e outras<br />

possibilida<strong>de</strong>s construídas<br />

pelas crianças com a<br />

participação <strong>de</strong> seus familiares.<br />

Todas essas ações têm<br />

como objetivo principal,<br />

<strong>de</strong>senvolver nas crianças<br />

atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> respeito às diversida<strong>de</strong>s,<br />

tanto no âmbito<br />

das relações humanas<br />

quanto nas relações<br />

com to<strong>do</strong>s os seres <strong>do</strong><br />

planeta. Este é o início da<br />

educação para a sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

É uma educação<br />

infantil voltada para a<br />

sensibilida<strong>de</strong>.<br />

O resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong><br />

esse trabalho educativo<br />

po<strong>de</strong>rá ser conferi<strong>do</strong> na<br />

exposição “Releituras<br />

<strong>de</strong> uma Carta <strong>de</strong> Amor<br />

à Vida” que acontece no<br />

Centro <strong>de</strong> Educação Infantil<br />

(CEI) Raio <strong>de</strong> Sol,<br />

no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 30/06 a<br />

02/07, sen<strong>do</strong> que a abertura<br />

será no primeiro dia<br />

a partir das 10h15, quan<strong>do</strong><br />

será apresenta<strong>do</strong> ví<strong>de</strong>o<br />

monta<strong>do</strong> pela turma <strong>de</strong> II<br />

perío<strong>do</strong> da professora Tatiana<br />

que exibirá em formato<br />

<strong>de</strong> jornal televisivo,<br />

uma síntese <strong>do</strong>s projetos<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no primeiro<br />

semestre.<br />

CEI Raio <strong>de</strong> Sol I, rua<br />

Santa Edviges, 32, esquina<br />

com João Miers (Rua<br />

da NSO Borrachas), Vila<br />

Nova, Joinville, fone 47<br />

34340876", informa o<br />

CEI.<br />

Comportamento<br />

Lacres das latas <strong>de</strong> alumínio: décadas <strong>de</strong><br />

Mais uma vez a guerra produziu tecnologia que tem bilhões <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res no mun<strong>do</strong><br />

Compotas e<br />

conservas, uma<br />

tradição que tem<br />

origem na guerra<br />

Uma das <strong>mais</strong> célebres<br />

frases <strong>de</strong> Napoleão<br />

Bonaparte: “Um exército<br />

marcha por seu estômago”.<br />

Estrategista,<br />

o general, preocupa<strong>do</strong><br />

com o rápi<strong>do</strong> avanço<br />

<strong>de</strong> suas tropas mun<strong>do</strong><br />

afora e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alimentá-las, ofereceu<br />

um prêmio <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze mil<br />

francos a quem o ajudasse<br />

a resolver esse<br />

problema. Era o ano<br />

<strong>de</strong> 1795. O cozinheiro<br />

francês Nicolas-François<br />

Appert começa a<br />

pesquisar ten<strong>do</strong> como<br />

premissa que alimentos<br />

<strong>de</strong>veriam ser conserva<strong>do</strong>s<br />

em vidros, como o<br />

vinho.<br />

Confeiteiro em Paris<br />

e sócio <strong>de</strong> Grimond <strong>de</strong><br />

La Reynière, autor da<br />

“bíblia gastronômica”<br />

da época, Almanach dês<br />

Gourmands, por pura intuição,<br />

60 anos antes <strong>de</strong><br />

Pasteur <strong>de</strong>scobrir os mi-<br />

Segun<strong>do</strong> a Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Latas<br />

(Abralatas) também em<br />

1809 um Inglês chama<strong>do</strong><br />

Peter Durand recebeu<br />

uma patente <strong>do</strong> Rei<br />

George III pela i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

preservar comida em<br />

"recipientes <strong>de</strong> vidro,<br />

cerâmica, aço e outros<br />

metais". Durand pretendia<br />

superar Appert<br />

com a utilização <strong>de</strong> recipientes<br />

<strong>de</strong> aço. Feito<br />

<strong>de</strong> ferro coberto com latão<br />

para prevenir ferrugem<br />

e corrosão, as latas<br />

po<strong>de</strong>riam ser vedadas,<br />

impedin<strong>do</strong> a entrada <strong>de</strong><br />

ar mas não eram quebráveis<br />

como o vidro,<br />

afinal, um recipiente<br />

metálico cilíndrico com<br />

uma tampa soldada ,<br />

A indústria <strong>de</strong> conservas é uma das <strong>mais</strong> diversificadas no merca<strong>do</strong> da alimentação<br />

croorganismos, Appert<br />

conclui que o problema<br />

era isolar os alimentos<br />

<strong>do</strong> ar, pois os micróbio<br />

são oxidantes. Foi assim<br />

que começou a produzir<br />

conservas como se<br />

faz até hoje: pré-cozia<br />

os alimentos para matar<br />

eventuais organismos,<br />

colocava-os ainda quentes<br />

em vidros, pois o calor<br />

expulsa o ar <strong>do</strong> vidro<br />

e fechava-os rapidamente.<br />

Os vidros eram então<br />

imersos em água fervente<br />

por longo tempo<br />

seria muito <strong>mais</strong> fácil <strong>de</strong><br />

manusear que uma garrafa<br />

frágil, com uma rolha,<br />

<strong>de</strong> pouca confiança.<br />

“A primeira lata <strong>de</strong> bebidas<br />

<strong>de</strong> alumínio foi manufaturada<br />

pela Reynolds<br />

Metals Company, nos<br />

EUA em 1963 e usada<br />

para embalar um refrigerante<br />

<strong>de</strong> cola diet chama<strong>do</strong><br />

"Slen<strong>de</strong>rella." A Royal<br />

Crown a<strong>do</strong>tou a lata <strong>de</strong><br />

alumínio em 1964, sen<strong>do</strong><br />

seguida em 1967 pela<br />

Pepsi e Coca-Cola”, informa<br />

a Abralatas.<br />

Antes disso, as bebidas<br />

eram acondicionadas<br />

em latas <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong><br />

flandres, as mesmas das<br />

comidas enlatadas que<br />

são envernizadas internamente<br />

para evitar a conta-<br />

Do vidro para a lata<br />

e sela<strong>do</strong>s com parafina e<br />

arames para reforçá-los.<br />

Quatorze anos <strong>de</strong>pois<br />

Appert recebeu o cobiça<strong>do</strong><br />

prêmio ao enviar<br />

18 amostras conten<strong>do</strong><br />

perdizes assadas, vegetais<br />

diversos e molhos<br />

para o exército francês<br />

fazer testes, em 1809.<br />

O cozinheiro publicou<br />

o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> seus estu<strong>do</strong>s<br />

num clássico livro,<br />

O Livro <strong>de</strong> To<strong>do</strong>s os<br />

Lares: A Arte <strong>de</strong> Preservar<br />

Comidas por Muitos<br />

Anos, além <strong>de</strong> abrir a<br />

minação por oxidação.<br />

As primeiras latas fabricadas<br />

no Brasil, em<br />

folha-<strong>de</strong>-flandres, saíram<br />

da Metalúrgica Matarazzo<br />

no ano <strong>de</strong> 1968, a pedi<strong>do</strong><br />

da Skol International<br />

Beer, hoje uma marca da<br />

AmBev - Companhia <strong>de</strong><br />

6<br />

primeira fábrica <strong>de</strong> conservas<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em<br />

1812.<br />

Aos 80 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> benfeitor<br />

da humanida<strong>de</strong>.<br />

Com a entrada das<br />

latas nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

sua popularização<br />

foi instantânea e espalharam-se<br />

mun<strong>do</strong> afora.<br />

Appert morreu em julho<br />

<strong>de</strong> 1841 e ficou esqueci<strong>do</strong><br />

até 1955, quan<strong>do</strong><br />

entrou para o panteão<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s cientistas da<br />

França.<br />

Praticamente to<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> comida po<strong>de</strong> ser enlatada e<br />

consumida meses ou anos <strong>de</strong>pois<br />

Bebidas das Américas.<br />

A lata <strong>de</strong> alumínio chegou<br />

às mãos <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r<br />

brasileiro apenas<br />

em 1989 - novamente<br />

um lançamento da marca<br />

Skol, que importava as<br />

embalagens para aten<strong>de</strong>r<br />

a <strong>de</strong>manda nacional.<br />

Edição 38 - 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

Comportamento<br />

mito ainda engana milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

O lacre das latas<br />

<strong>de</strong> bebidas<br />

Durante os últimos<br />

anos da produção <strong>de</strong> latas<br />

<strong>de</strong> flandres, o lacre<br />

era feito <strong>de</strong> alumínio.<br />

Para aumentar o consumo<br />

<strong>de</strong> bedidas nessa<br />

embalagem os ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />

estimularam campanhas<br />

<strong>de</strong> juntar os lacres e<br />

trocá-los por ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

rodas, já que o alumínio<br />

tinha gran<strong>de</strong> valor e pureza.<br />

Clubes <strong>de</strong> serviço<br />

como Rotary e Lions engajaram-se<br />

e até hoje os<br />

lacres continuam sen<strong>do</strong><br />

coleta<strong>do</strong>s.<br />

A empresária Ieda<br />

Aparecida Matos Elyas,<br />

sócia <strong>do</strong> Rotary Club<br />

Joinville Sul é uma voluntária<br />

que participa<br />

<strong>de</strong>ssa campanha. Em<br />

“Isso vale <strong>mais</strong> que ouro”<br />

Não se sabe se o mito<br />

<strong>de</strong> que os lacres são feitos<br />

<strong>de</strong> uma liga especial<br />

e <strong>de</strong> altíssimo valor foi<br />

uma estratégia <strong>do</strong>s ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> bebidas enlatadas<br />

ou resulta<strong>do</strong> da<br />

máxima popular “Quem<br />

conta um conto aumenta<br />

um ponto”. Há quem<br />

afirme que os lacres são<br />

feitos <strong>de</strong> titânio. Quan<strong>do</strong><br />

a lata era <strong>de</strong> flandres<br />

(liga <strong>de</strong> quase nenhum<br />

valor comercial) e o lacre<br />

<strong>de</strong> alumínio (que já<br />

fora compra<strong>do</strong> por recicla<strong>do</strong>res<br />

por até R$ 5,00<br />

o quilo) não era falsa<br />

a afirmação <strong>de</strong> “gran<strong>de</strong><br />

valor”. Mas, alguns<br />

exageros foram se cristalizan<strong>do</strong><br />

e, ainda hoje,<br />

algumas pessoas acreditam<br />

que ficarão ricas<br />

O titânio é um <strong>do</strong>s metais<br />

<strong>mais</strong> nobres que se<br />

conhece em função da<br />

sua gran<strong>de</strong> resistência<br />

mecânica que contrasta<br />

com sua leveza. Confundi<strong>do</strong><br />

por leigos com<br />

A família Elyas guarda os lacres em casa e na empresa<br />

também incentiva os emprega<strong>do</strong>s ao mesmo<br />

O mito <strong>do</strong> lacre<br />

quan<strong>do</strong> ven<strong>de</strong>rem seus<br />

estoques que vem acumulan<strong>do</strong><br />

por anos. Em<br />

Itajaí, SC, um mecânico<br />

<strong>de</strong> bicicletas acredita<br />

que nas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> garrafas<br />

cheias <strong>de</strong> lacre que<br />

tem guardadas está a sua<br />

aposenta<strong>do</strong>ria. “Isso vale<br />

<strong>mais</strong> que ouro”, ilu<strong>de</strong>-se<br />

o mecânico.<br />

Mesmo entre as pessoas<br />

esclarecidas <strong>de</strong> que<br />

o lacre é apenas uma liga<br />

<strong>de</strong> alumínio como a própria<br />

lata, o mito ainda estimula<br />

o comportamento<br />

<strong>de</strong> guardar apenas essa<br />

pequena parte da lata.<br />

Enquanto uma lata <strong>de</strong> refrigerante<br />

pesa em média<br />

15 gramas, é necessário<br />

acumular 90 lacres para<br />

obter o mesmo peso. Se<br />

as pessoas que coletam<br />

Alumínio (al) é confundi<strong>do</strong> com o titânio (ti)<br />

o alumínio, e por essas<br />

duas importantes características,<br />

o titânio (ti) é<br />

muito emprega<strong>do</strong> na indústria<br />

espacial, em ogivas<br />

<strong>de</strong> mísseis, aviões<br />

militares. Encontramos o<br />

lacres optassem por fazer<br />

a coleta <strong>do</strong> vasilhame<br />

completo aumentariam a<br />

velocida<strong>de</strong> em 90 vezes.<br />

titânio em nosso dia-a-dia<br />

nas próteses e parafusos<br />

ortopédicos, nos implantes<br />

e próteses <strong>de</strong>ntárias,<br />

nas armações <strong>de</strong> óculos,<br />

no quadro <strong>de</strong> bicicletas<br />

e motos. O ti é um metal<br />

casa e na empresa (Lian<br />

Card) frascos coletores<br />

<strong>de</strong> lacres estão presentes.<br />

Cada garrafa PET<br />

<strong>de</strong> 2 litros armazena em<br />

torno <strong>de</strong> 1,2Kg. O preço<br />

<strong>do</strong> alumínio para reciclagem<br />

atualmente é compra<strong>do</strong><br />

por R$ 1,80.<br />

A campanha <strong>do</strong> clube<br />

que a empresária é voluntária<br />

ativa ainda tem<br />

como meta a compra<br />

das ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas.<br />

“Doamos para pessoas<br />

que não tem condições<br />

financeiras <strong>de</strong> comprálas”,<br />

explica. Uma ca<strong>de</strong>ira<br />

custa em torno <strong>de</strong> R$<br />

180,00. Assim, ao juntar<br />

umas 80 garrafas cheias<br />

<strong>de</strong> lacre tem-se alumínio<br />

suficiente para um escambo<br />

por uma ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> rodas.<br />

O lacre é apenas alumínio, como o das latas<br />

Os recicla<strong>do</strong>res não<br />

praticam preços diferencia<strong>do</strong>s<br />

para os lacres e as<br />

latas. O valor é o mesmo.<br />

<strong>de</strong> baixíssima toxida<strong>de</strong>,<br />

tanto que po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong><br />

nas próteses no interior<br />

<strong>do</strong> corpo humano sem<br />

que apresente qualquer<br />

consequência ou rejeição<br />

<strong>do</strong>s seus usuários.<br />

Brian <strong>de</strong> Catuha<br />

PP vive inferno astral<br />

em Garuva<br />

A edição 13 <strong>do</strong><br />

Jornal O Garuvense<br />

(JOG) noticiava que<br />

o Parti<strong>do</strong> Progressista<br />

(PP/Garuva) perdia<br />

uma das suas <strong>mais</strong><br />

expressivas li<strong>de</strong>ranças,<br />

o duas vezes exprefeito<br />

Sidnei Pensky<br />

que <strong>de</strong>cidiu apoiar a<br />

candidatura <strong>do</strong> joinvilense<br />

Fábio Dalonso<br />

(PSDB). Agora, <strong>mais</strong><br />

um prejuízo para o<br />

parti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa vez financeiro.<br />

Dez mil re-<br />

7<br />

ais é o que o prefeito<br />

João Romão e o seu<br />

parti<strong>do</strong> (PP) foram<br />

con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s a in<strong>de</strong>nizar<br />

por danos morais<br />

o ex-procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

município, o advoga<strong>do</strong><br />

Otávio Moreira da<br />

Silva Neto.<br />

Às vésperas <strong>de</strong> coligações<br />

e composições<br />

partidárias, a<br />

coisa não está nada<br />

boa para o parti<strong>do</strong><br />

que comanda o Paraíso<br />

das Águas.<br />

Reviravolta em Santa<br />

Catarina<br />

Mesmo sob risco<br />

<strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong><br />

diretório nacional o<br />

PMDB/SC <strong>de</strong>cidiu<br />

em convenção estadual<br />

que Eduar<strong>do</strong> Pinho<br />

Moreira é o vice <strong>do</strong><br />

candidato <strong>do</strong> DEM,<br />

sena<strong>do</strong>r Raimun<strong>do</strong><br />

Colombo na disputa<br />

ao governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.<br />

O ex-governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

Santa Catarina e histórico<br />

“eme<strong>de</strong>bista”<br />

<strong>do</strong> PMDB, Luiz Henrique<br />

da Silveira, uma<br />

das <strong>mais</strong> expressivas<br />

li<strong>de</strong>ranças <strong>do</strong> parti<strong>do</strong>,<br />

arregaça as mangas<br />

para reeditar a Tríplice<br />

Aliança (PMDB,<br />

PSDB e DEM) no<br />

Esta<strong>do</strong> em confronto<br />

direto com o PMDB<br />

nacional.<br />

A coligação nacional<br />

<strong>do</strong> PMDB &<br />

PT está impon<strong>do</strong> o<br />

mesmo nas estaduais,<br />

apesar <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mocráticos<br />

acor<strong>do</strong>s<br />

e anteriores compromissos<br />

políticos assumi<strong>do</strong>s.<br />

Candidato a vicegoverna<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> Joinville<br />

O ex-vice-prefeito<br />

<strong>de</strong> Joinville, Rodrigo<br />

Bornholdt, atual<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> PDT<br />

<strong>de</strong> Joinville, tem si<strong>do</strong><br />

uma das li<strong>de</strong>ranças<br />

<strong>mais</strong> lembradas para<br />

compor <strong>de</strong> candidato<br />

a vice-governa<strong>do</strong>r,<br />

bem como o empresário<br />

U<strong>do</strong> Dohler, <strong>do</strong><br />

PR. A candidata <strong>do</strong><br />

PT, sena<strong>do</strong>ra I<strong>de</strong>li<br />

Salvatti e a candidata<br />

<strong>do</strong> PP, <strong>de</strong>putada Ân-<br />

gela Amim já convidaram<br />

o jovem político<br />

pessoalmente.<br />

Rodrigo Bornholdt<br />

foi, no início, insistentementeincentiva<strong>do</strong><br />

pelo PDT a<br />

disputar o governo.<br />

Pru<strong>de</strong>nte, preferiu<br />

o legislativo, mas<br />

a vice governança<br />

po<strong>de</strong> se apresentar<br />

<strong>mais</strong> atraente para a<br />

consolidação da carreira<br />

política.<br />

Dilma na frente<br />

Pela primeira vez<br />

uma pesquisa préeleitoral<br />

aponta a candidata<br />

<strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />

Lula na frente. A ex<br />

ministra da Casa Civil,<br />

Dilma Rousseff já ultrapassou<br />

o candidato<br />

<strong>do</strong> PSDB, José Serra,<br />

na intenção <strong>de</strong> votos<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a <strong>mais</strong><br />

recente pesquisa.


Edição 38 - 2ª quinzena <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010<br />

Estudantes recebem kits<br />

<strong>de</strong> educação ambiental<br />

Em comemoração<br />

ao Ano Internacional da<br />

Biodiversida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clara<strong>do</strong><br />

pela Organização das<br />

Nações Unidas (ONU),<br />

a Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da<br />

Educação (SED) começou<br />

a distribuir no início<br />

<strong>do</strong> mês 63.750 Kits<br />

<strong>de</strong> Educação Ambiental<br />

para a re<strong>de</strong> pública Estadual.<br />

O investimento<br />

foi <strong>de</strong> R$ 9,7 milhões,<br />

oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recursos fe<strong>de</strong>rais.<br />

Cada kit possui seis<br />

livros ilustra<strong>do</strong>s, impres-<br />

sos em papel recicla<strong>do</strong>.<br />

As obras abordam temas<br />

relaciona<strong>do</strong>s à educação<br />

ambiental infanto-juvenil.<br />

O primeiro volume, por<br />

exemplo, explica como<br />

usar a água <strong>de</strong> forma racional.<br />

A obra também<br />

traz um alerta sobre o<br />

<strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> 700 litros<br />

<strong>de</strong> água a cada mil litros<br />

utiliza<strong>do</strong>s em uma casa<br />

com quatro mora<strong>do</strong>res.<br />

O segun<strong>do</strong> livro mostra<br />

as características <strong>do</strong>s<br />

biomas brasileiros e trata<br />

da legislação vigente no<br />

Seja um Eco-cidadão<br />

Associe-se ao Instituto <strong>de</strong><br />

Preservação e Recuperação da<br />

Biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Joinville e Região –<br />

Viva o Cachoeira – IVC. Acesse www.<br />

institutocachoeira.org.br<br />

Brasil a respeito da conservação<br />

da natureza. O<br />

terceiro volume explicita<br />

formas <strong>de</strong> sermos consumi<strong>do</strong>res<br />

responsáveis.<br />

A técnica é a "regra <strong>do</strong>s<br />

5 R's" - repensar, recusar,<br />

reduzir, reutilizar e<br />

reciclar - , que são ações<br />

simples e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto<br />

sobre a preservação<br />

<strong>do</strong> meio ambiente.<br />

Já os livros quatro, cinco<br />

e seis mostram os impactos<br />

da ação <strong>do</strong> ser humano<br />

sobre a atmosfera,<br />

o litoral e o solo.<br />

Disque<br />

<strong>de</strong>núncia<br />

Polícia<br />

Ambiental<br />

47 3439-5477<br />

47 3439-5533<br />

Ambiente<br />

Joinville usa tecnologia para<br />

proteger meio ambiente<br />

Des<strong>de</strong> o dia 24 <strong>de</strong> junho<br />

a Fundação Municipal<br />

<strong>do</strong> Meio Ambiente<br />

<strong>de</strong> Joinville é a única <strong>do</strong><br />

Sul <strong>do</strong> país a ter uma<br />

uma Unida<strong>de</strong> Móvel <strong>de</strong><br />

Monitoramento Ambiental.<br />

O furgão adapta<strong>do</strong><br />

como laboratório permite<br />

que sejam realizadas<br />

em tempo real análises<br />

químicas <strong>de</strong> 22 parâmetros<br />

<strong>de</strong> líqui<strong>do</strong>s e efluentes,<br />

medições <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> e<br />

avaliação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

escapamento <strong>de</strong> gases <strong>de</strong><br />

veículos à diesel, gasolina,<br />

álcool e gás natural.<br />

"A Fun<strong>de</strong>ma tem a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar<br />

<strong>do</strong> meio ambiente<br />

<strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> que é privilegiada<br />

pela diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seu ecossistema. O<br />

laboratório é uma gran<strong>de</strong><br />

ferramenta para esse tra-<br />

balho", disse o prefeito<br />

Carlito Merss. Ele completou<br />

que o veículo vai<br />

permitir agilida<strong>de</strong>, eficiência<br />

e inibição das infrações<br />

ambientais.<br />

Entre os equipamentos<br />

<strong>do</strong> laboratório constam<br />

opacímetro, medi<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> pressão sonora, analisa<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> oxigênio, <strong>de</strong><br />

compostos voláteis orgânicos,<br />

<strong>de</strong> água e óleo,<br />

<strong>de</strong> metais pesa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />

cor, <strong>de</strong> turbi<strong>de</strong>z, medi<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> vazão etc. Além<br />

disso, outros instrumentos<br />

como gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

energia, refrigera<strong>do</strong>res,<br />

notebook, GPS, máquina<br />

fotográfica, materiais<br />

<strong>de</strong> coleta e <strong>de</strong> segurança<br />

fazem parte <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong>.<br />

To<strong>do</strong>s os equipamentos<br />

estão certifica<strong>do</strong>s<br />

pelo Instituto Nacional<br />

8<br />

<strong>de</strong> Metrologia, Normalização<br />

e Qualida<strong>de</strong> Industrial<br />

(Inmetro) e Re<strong>de</strong><br />

Brasileira <strong>de</strong> Calibração<br />

(RBC).<br />

O presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> órgão,<br />

Marcos Schoene, diz que<br />

a Fun<strong>de</strong>ma está fican<strong>do</strong><br />

cada vez <strong>mais</strong> técnica.<br />

"Somos a única fundação<br />

<strong>de</strong> meio ambiente <strong>do</strong> Sul<br />

a ter esse equipamento",<br />

complementou. Foram<br />

investi<strong>do</strong>s R$ 346,646.47<br />

na compra e adaptação. A<br />

transformação realizada<br />

em São Paulo faz <strong>do</strong> veículo<br />

um laboratório mo<strong>de</strong>rno<br />

e ágil que aten<strong>de</strong><br />

a resolução 357 <strong>do</strong> Conselho<br />

Nacional <strong>do</strong> Meio<br />

Ambiente (Conama), na<br />

qual estão especifica<strong>do</strong>s<br />

os índices <strong>de</strong> lançamento<br />

<strong>de</strong> efluentes nos cursos<br />

<strong>de</strong> água.

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