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O Primeiro Livro <strong>de</strong> Moisés chamado<br />
Gênesis<br />
O nome “Gênesis” origina-se <strong>de</strong> uma palavra grega que significa “princípio”. Este termo era o<br />
título do livro na Septuaginta (LXX), a antiga tradução do Antigo Testamento para o grego. O<br />
nome hebraico para Gênesis é b e rē’shith, “no princípio”. Os hebreus frequentemente i<strong>de</strong>ntificavam<br />
os livros do Antigo Testamento pelo primeiro vocábulo do texto. Desta maneira, quando um<br />
pergaminho fosse aberto, eles eram capazes <strong>de</strong> saber imediatamente qual livro ele continha.<br />
Além do livro <strong>de</strong> Gênesis, não há outros escritos bíblicos que nos informem sobre os eventos<br />
anteriores à época <strong>de</strong> Moisés. A primeira parte do livro <strong>de</strong>screve os eventos principais na<br />
história antiga do homem. O restante, registra a história dos patriarcas.<br />
O livro <strong>de</strong> Gênesis foi escrito em uma era pré-científica, e não pretendia ser um documento<br />
científico. Consequentemente, somente a inspiração divina po<strong>de</strong> explicar a perfeita exatidão da<br />
sua informação técnica. No livro <strong>de</strong> Gênesis, fica claro que todas as coisas foram <strong>de</strong>signadas<br />
e criadas por Deus, e continuam a operar nos limites do propósito divino. Embora a raça humana<br />
tenha se afastado do plano original <strong>de</strong> Deus, o Senhor, afetuosamente, provi<strong>de</strong>nciou um<br />
plano para que os homens se reconciliem com Ele.<br />
Embora o livro <strong>de</strong> Gênesis não contenha nenhum registro expresso quanto a quem o escreveu,<br />
não há razões lógicas para negar que seja Moisés o autor, não somente do livro <strong>de</strong><br />
Gênesis, mas <strong>de</strong> todo o Pentateuco. A unida<strong>de</strong> do Pentateuco é atestada em várias partes do<br />
Antigo Testamento, bem como em partes do Novo Testamento. Mesmo a sentença inicial do<br />
livro <strong>de</strong> Êxodo – “Estes, pois, são os nomes” – fornece clara evidência <strong>de</strong> tal unida<strong>de</strong>. O prefixo<br />
hebraico que é traduzido como “pois” é a forma comum da conjunção hebraica (muito frequentemente<br />
traduzida como “e” ou “mas”), e indica que havia outro livro anterior ao livro <strong>de</strong> Êxodo.<br />
Jesus se refere a Moisés como o autor das Escrituras em Lucas 16.31; 24.44; e João 5.46,47.<br />
Em João 7.23, o Novo Testamento se refere à circuncisão como uma parte da Lei <strong>de</strong> Moisés<br />
(Gn 17.12; Êx 12.48; Lv 12.3).<br />
Sugeriu-se também que Moisés fez uso <strong>de</strong> certos documentos e tradições orais para escrever<br />
a obra. Certos termos foram citados como prova <strong>de</strong> autoria prévia para <strong>de</strong>terminadas partes.<br />
Por exemplo, consi<strong>de</strong>ra-se que a palavra tōl e dōth (8435), “gerações”, seja usada para i<strong>de</strong>ntificar<br />
o autor <strong>de</strong> certas porções (Gn 6.9; 11.27). O exame <strong>de</strong> outros textos ou a familiarida<strong>de</strong> com<br />
eles não é sem prece<strong>de</strong>ntes, entre os autores bíblicos; nem isto é contrário à inspiração bíblica<br />
(Lc 1.1-4). Contudo, <strong>de</strong>vemos nos lembrar <strong>de</strong> que a escrita do livro <strong>de</strong> Gênesis fora feita por<br />
Moisés, sob a inspiração do Espírito Santo.<br />
O livro <strong>de</strong> Gênesis é uma introdução apropriada para toda a <strong>Bíblia</strong>. Ele apresenta respostas<br />
para as perguntas universais sobre a origem <strong>de</strong> todas as coisas vivas, o universo, o pecado, e o<br />
mal, no mundo. Mais da meta<strong>de</strong> da história humana é coberta em seus cinquenta capítulos.<br />
Contudo, o livro <strong>de</strong> Gênesis não <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado um livro introdutório ao Pentateuco,<br />
mas, na verda<strong>de</strong>, é a sua fundação, a fundamentação <strong>de</strong> todo o Antigo Testamento, ou melhor,<br />
<strong>de</strong> todas as Escrituras. Sem o livro <strong>de</strong> Gênesis, o que se conheceria sobre a criação do universo,<br />
o pecado do homem, o juízo <strong>de</strong> Deus sobre o homem, ou a promessa <strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção? Uma vez que<br />
Deus “habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16), o homem po<strong>de</strong> conhecê-lo somente por intermédio<br />
das suas obras, que são vistas na criação, reveladas nas Escrituras, e realizadas na vida do<br />
crente. E quão <strong>de</strong>ficiente seria o nosso conhecimento sobre Deus, sem este livro! Tanto “o seu<br />
eterno po<strong>de</strong>r como a sua divinda<strong>de</strong>” não estão exibidos na sua criação? (Sl 19.1; Rm 1.20).