BIOSSEGURIDADE NA SUINOCULTURA: ASPECTOS PRÁTICOS
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V Seminário Internacional de Aves e Suínos – AveSui 2006<br />
Suinocultura<br />
25, 26, 27 de abril de 2005 - Florianópolis – SC<br />
A segregação por idade pode ser usada para minimizar a transmissão suíno para<br />
suíno. Suínos com idades muito próximas podem ser agrupados e transferidos como<br />
contemporâneos na granja. A produção usando o sistema “todos dentro-todos fora”<br />
permite a limpeza e desinfecção entre lotes e, caso haja um surto, ele pode ser contido<br />
e a transmissão para o próximo lote evitada.<br />
Desmame precoce, segregação por idade e medicação estratégica ou vacinação<br />
quando necessário podem ser usados para minimizar a transmissão de certos<br />
patógenos da matriz para os leitões (Clark et al, 1994). A teoria que respalda o<br />
desmame precoce é a que os leitões consomem o colostro que o protege de alguns<br />
dos patógenos que a matriz possui por um curto período de tempo. Se o leitão é<br />
transferido para um ambiente limpo livre de patógenos enquanto estiver sob a proteção<br />
colostral, a transmissão de alguns patógenos da matriz para os leitões pode ser<br />
prevenida ou minimizada. Em alguns casos como no caso do Streptococcus suis, o<br />
desmame precoce não previne a transmissão porque os leitões já se infectam ao<br />
nascer. Em outros casos o desmame precoce somente diminui a dose de patógenos<br />
transferidos para os leitões de maneira a que eles se tornem portadores<br />
assintomáticos. Se o rebanho já possui um alto status de saúde usando idades<br />
convencionais de desmame uma troca para desmames mais precoces provavelmente<br />
não trará benefícios e pode prejudicar o rebanho em termos de desempenho<br />
reprodutivo.<br />
A segregação por ordem de parto usa a mesma teoria da segregação por idade.<br />
Nesse sistema as leitoas são separadas das matrizes de dois ou mais partos. Isso<br />
propicia tempo para um melhor desenvolvimento da imunidade nas leitoas antes de se<br />
tornarem infectadas pelos patógenos eliminados pelas matrizes. Os leitões filhos de<br />
leitoas são separados dos filhos de matrizes. O sistema imune das leitoas pode não ser<br />
tão eficiente como o das matrizes porque as primeiras foram expostas a menos<br />
agentes. Portanto as leitoas podem ser mais infectantes para as suas proles. Além<br />
disso, suínos filhos de leitoas podem infectar outros leitões na creche.<br />
Minimizar a transferência cruzada limitando-a às primeiras 24 horas de vida. Essa<br />
prática após as 24 horas de nascimento pode colocar em risco por promover o contato<br />
com uma fêmea adotiva que esteja eliminando patógenos cujos leitões não tenham<br />
recebido imunidade colostral.<br />
O uso de baias de enfermaria pode segregar parcialmente os suínos doentes do<br />
resto do grupo. Entretanto, esses animais vão ainda compartilhar o mesmo espaço<br />
aéreo com os saudáveis e a menos que sejam usados divisórias e portões compactos<br />
eles terão contato direto com os suínos das baias adjacentes.<br />
Manter os suínos com os seus contemporâneos, incluindo aqueles nas baias de<br />
enfermaria. Algumas granjas atrasam o desmame dos leitões com baixo<br />
desenvolvimento ou transferem os mesmos para uma sala com leitões mais novos com<br />
o mesmo tamanho. Essas práticas podem por em risco os animais saudáveis.<br />
Vacinação estratégica e protocolos de medicação podem limitar a transmissão<br />
direta de patógenos entre suínos por limitar o número de patógenos eliminados pelos<br />
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