Untitled - RUN UNL - Universidade Nova de Lisboa

Catherine Eddowes nasceu em 14 de Abril de 1842, viveu
em comunhão de facto com Thomas Conway e teve três crianças
desse relacionamento: Annie em 1865, George por volta de 1868
e outro filho nascido cerca de 1875. Em 1880 a vida em comum
com o pai das crianças terminou e, no ano seguinte, Catherine
mudou-se para uma workhouse, em Flower and Dean Street,
onde teria conhecido o seu futuro companheiro, John Kelly.
Em 1888 ter-se-ia mudado para Hunton, em Kent, e regressado
a Londres no dia 28 de Setembro do mesmo ano. Nessa
altura teria dito ao director da workhouse que voltara “to earn
the reward offered for the apprehension of the Whitechapel murderer.
I think I know him”. (Anónimo, 1888b: http://www.casebook.org/press_reports/east_london_observer/elo881013.
html). No dia seguinte, 29 de Setembro, Catherine foi vista num
estado de embriaguez total, reproduzindo o som de uma sirene
de bombeiros. Presa por volta das oito e meia da noite foi conduzida
à esquadra de Bishopsgate, onde permaneceu sob a vigilância
da polícia. Segundo os relatos da polícia dormiu até cerca da
meia-noite, altura em que teria começado a trautear uma cantiga,
o que chamou a atenção do guarda de serviço, George Hutt.
De acordo com a entidade policial, Catherine ter-lhe-ia perguntado
quando poderia sair da prisão ao que Hutt teria respondido:
“When you are capable of taking care of yourself.” A esta afirmação
Catherine teria replicado: “I can do that now.” (Anónimo,
1888c: http://www.casebook.org/victims/eddowes.html)
Deste modo, a polícia decide libertá-la por volta da uma da
madrugada. Catherine dirigiu-se a Mitre Square, passando por
Aldgate High Street e Duke Street, num percurso que demoraria
cerca de quinze minutos. O corpo foi encontrado cerca da uma
e quarenta e cinco da madrugada. O médico legista, Frederick
Gordon Brown, chegou por volta das duas da madrugada ao local
do crime, e no relatório da autópsia há referência a um corte
na garganta, alegadamente feito com a vítima deitada no chão.
O abdómen estava completamente exposto e dele tinham sido
retirados os intestinos, que se encontravam colocados em cima
do ombro direito. Tendo em conta que o corpo ainda se encontrava
quente estimou-se que o crime teria ocorrido há apenas
meia hora. A causa da morte foi hemorragia da carótida, o que
provoca morte imediata, comprovando-se, assim, que as mutilações
só poderiam ter sido infligidas post-mortem. Catherine
Eddowes foi a enterrar no dia 8 de Outubro no cemitério de
Manor Park.
Estas duas mortes – de Elizabeth e de Catherine –, ambas
ocorridas na noite de 30 Setembro de 1888, são denominadas
pelos ripperologistas “double event”.
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