Corrente nº 34 – ago/2012 - WIZO Brasil
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ferência de recursos financeiros e agentes com<br />
habilidades especializadas vindos de Portugal, de<br />
Galiza e das Canárias.<br />
Se nos anos iniciais a comercialização do açúcar<br />
ficou em poder dos portugueses e de alguns<br />
investidores alemães, no princípio do século<br />
XVII a maior parte do açúcar era transportada<br />
nas urcas holandesas, com destino aos portos do<br />
norte europeu.<br />
Desde 1630, os judeus portugueses de Amsterdã<br />
espalharam-se pelo Nordeste dedicando-se,<br />
sobretudo, aos negócios do açúcar, que, por muito<br />
tempo, foi umas das principais riquezas daquela<br />
região. Com o fim do domínio holandês e a retomada<br />
de Pernambuco pelos portugueses em 1654,<br />
uma nova “passagem” conduz um dos grupos de<br />
refugiados saídos do Recife até Nova Amsterdam<br />
<strong>–</strong> mais tarde, Nova Iorque. A razão foi a mesma:<br />
a intolerância pela qual seus ancestrais haviam<br />
sido expulsos da Península Ibérica. Só que, desta<br />
vez, além das singularidades do judaísmo na bagagem,<br />
o grupo levava o conceito de “cidadania”,<br />
apreendido e aprendido no curto espaço do tempo<br />
de Maurício de Nassau como governador do <strong>Brasil</strong><br />
Holandês. Daqui partiram e lá ficaram, dando<br />
início à Congregação Shearit Israel, até hoje ativa.<br />
Recife no século<br />
xvII, retratada<br />
em duas cenas<br />
pelo pintor<br />
holandês<br />
franz Post<br />
corrente 31