13.04.2013 Views

O Espírito da Verdade - GE Fabiano de Cristo

O Espírito da Verdade - GE Fabiano de Cristo

O Espírito da Verdade - GE Fabiano de Cristo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

102<br />

A reivindicação<br />

Cap. X – Item 17<br />

Há muito aspirava Saturnino Peixoto ao interesse <strong>de</strong> algum<br />

homem público para favorecê-lo na abertura <strong>de</strong> certa estra<strong>da</strong>.<br />

Para isso, conversou, estudou, argumentou...<br />

Concluiu, por fim que a pessoa indica<strong>da</strong> seria o <strong>de</strong>putado<br />

Otaviano, recém-eleito, homem ao qual se referiam todos <strong>da</strong><br />

melhor maneira, pela atenção e carinho com que se <strong>de</strong>dicava à<br />

solução dos problemas <strong>da</strong> extensa região que representava.<br />

Depois <strong>de</strong> ouvir o escrivão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, Saturnino redigiu longa<br />

carta-memorial, minu<strong>de</strong>nciando a reivindicação.<br />

E ficou aguar<strong>da</strong>ndo a resposta.<br />

Correram dias, semanas, meses.<br />

Nenhum aviso.<br />

Revoltado, Saturnino começou a exprobrar a conduta política<br />

do <strong>de</strong>putado que nem sequer lhe respon<strong>de</strong>ra à carta.<br />

Sempre que se lembrava do assunto, criticava o político, censurando-o<br />

asperamente, a envolver todos os homens públicos em<br />

con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>sabri<strong>da</strong>.<br />

Na<strong>da</strong> valiam pon<strong>de</strong>rações <strong>da</strong> companheira, Dona Estefânia,<br />

espírita convicta, que lhe pedia perdoar e esquecer.<br />

Transcorreram três anos, até que a solicitação caducou.<br />

Saturnino, obrigado a <strong>de</strong>sistir <strong>da</strong> idéia, guardou, contudo, profundo<br />

ressentimento do legislador que terminava o man<strong>da</strong>to.<br />

Certo dia, porém, revolvia os guar<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> velha prateleira<br />

no escritório, quando encontrou, surpreendido, entre livros e<br />

papéis relegados à traça, o memorial que escrevera ao <strong>de</strong>putado,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> envelope sobrescritado, selado e recoberto <strong>de</strong> pó.<br />

Saturnino se esquecera <strong>de</strong> enviar a carta...<br />

Hilário Silva

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!