O Espírito da Verdade - GE Fabiano de Cristo
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Fazendo sol<br />
Cap. V – Item 18<br />
Amanheceste chorando pelos que te não compreen<strong>de</strong>m.<br />
Amigos diletos rixaram contigo.<br />
Nos mais amados, viste o retrato <strong>da</strong> ingratidão.<br />
Aspiravas a <strong>de</strong>sentranhar o carinho nos corações queridos,<br />
com a pureza e a simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> abelha que extrai o néctar <strong>da</strong>s<br />
flores sem alterá-las, e, porque não conseguiste, queres morrer...<br />
Não te encarceres, porém, nos laços do <strong>de</strong>sespero.<br />
Afirmas-te à procura do amor, mas não te recor<strong>da</strong>s <strong>da</strong>queles<br />
para quem o teu simples olhar seria assim como o sorriso <strong>da</strong><br />
estrela, <strong>de</strong>scerrado nas trevas.<br />
Mostram a cabeça encaneci<strong>da</strong>, à feição <strong>de</strong> nossos pais, são<br />
irmãos semelhantes a nós ou são jovens e crianças que po<strong>de</strong>riam<br />
ser nossos filhos... Contudo, estiram-se em leitos <strong>de</strong> pedra ou<br />
refugiam-se em antros, fincados no solo, quais se fossem proscritos<br />
atormentados.<br />
Não te pe<strong>de</strong>m mais que um pão, a fim <strong>de</strong> que lhes restaurem<br />
as energias do corpo enfermo, ou uma palavra <strong>de</strong> esperança que<br />
lhes console a alma dori<strong>da</strong>.<br />
Não percas o tesouro <strong>da</strong>s horas, na aflição sem proveito.<br />
Po<strong>de</strong>s ser, ain<strong>da</strong> hoje, o apoio dos que esmorecem, <strong>de</strong>salentados,<br />
ou a luz dos que jazem nas sombras; po<strong>de</strong>s esten<strong>de</strong>r o<br />
cobertor agasalhante sobre aqueles a quem a noite pe<strong>de</strong> perdão<br />
por ser longa e fria, aliviar o suplício dos companheiros que a<br />
moléstia carcome ou dizer a frase calmante para os que enlouqueceram<br />
<strong>de</strong> sofrimento...<br />
Sai, pois, <strong>de</strong> ti mesmo para conhecer a glória <strong>de</strong> amar!...<br />
Perceberás, então, que a existência na Terra é apenas um dia<br />
na eterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, apren<strong>de</strong>ndo a iluminá-la <strong>de</strong> amor, como quem<br />
an<strong>da</strong> fazendo sol, nos caminhos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, e encontrarás, mais