A história da Fundação Banco do Brasil: realizar

O Programa BB Educar é de alfabetização de jovens e adultos. Fiz
parte dele na condição de alfabetizador e isso acabou sendo também
uma variável importante para minha vinda para a Fundação Banco do
Brasil, porque eu já conhecia a temática da militância social.
Quando eu trabalhava lá no Banco na área de Gestão de Pessoas,
e o Programa BB Educar era gerenciado pelo Banco, eu me inscrevi
para fazer um Curso de Formação de Alfabetizadores. Uma vez formado
e preparado, resolvi abrir um Núcleo no Lixão do Estrutural, com
o apoio do Sindicato dos Bancários e da Associação Comunitária dos
Moradores do Lixão. Fui alfabetizador de jovens e adultos durante um
ano. Tínhamos aulas três vezes por semana, das 7 até as 9h30, 10 h,
sempre com luz de lampião, porque lá não tinha luz. Com todas as dificuldades,
eu diria que foi uma das experiências mais recompensadoras,
porque aprendi muito com aquela comunidade. Eles viviam numa situação
de degradação social extrema, catavam lixo no dia-a-dia para sobreviver
e, à noite, estudavam para tentar se alfabetizar. Foi muito rica a
experiência. Esse conhecimento adquirido como alfabetizador fez uma
diferença grande na gestão do programa aqui na Fundação. Eu sempre
ressalto a experiência de alfabetizador na condição de voluntário como
muito significativa na minha vida.
Outro programa interessante que temos é chamado Escola Campeã,
que se encontra em fase de avaliação e finalização com a sua sistematização.
Realizado em parceria com o Instituto Ayrton Senna, revela o
quanto é importante enfrentar questões sociais de um ponto de vista
mais sistêmico e atacar o problema da gestão da educação. As questões
que fazem a educação ter disfunções estão geralmente ligadas à
má gestão. Esse é um programa de grande contribuição em termos de
geração de conhecimento, de expertise para melhorar o atendimento
de demandas sociais na área de educação.
ESTAÇÃO DIGITAL
Acreditando que o acesso à informação
é fundamental para a construção do
conhecimento, para a participação
em sociedade e para a ampliação de
oportunidades de trabalho, a Fundação
Banco do Brasil criou o Programa
Inclusão Digital em 2004. O programa
consiste na implantação de estações
digitais nas comunidades desprovidas
de tais tecnologias, em parceria com
entidades locais e organizações do
Terceiro Setor, buscando, sempre que
possível, o fortalecimento de suas
ações em programas já desenvolvidos
pela própria Fundação. Para tanto,
quatro tipos de estações foram
implementados: Estações com
Iniciação em Informática; Estações
com Iniciação em Informática e Acesso
à Internet; Estações com Iniciação,
Acesso à Internet e Serviços Bancários
e Estações com Rádios Comunitárias.
Nos três anos do programa, foram
implantadas 164 estações, mais 21 por
meio do Projeto Tecendo a Rede, que
busca integrar as estações, totalizando
185 estações digitais em todo o país.
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