Avaliação da Psicoterapia Breve de adulto: contribuição da técnica ...
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processo psicoterápico para o paciente e terapeuta. Além disso, <strong>de</strong>monstrar como a reaplicação<br />
<strong>de</strong> um teste projetivo usado no processo <strong>de</strong> Psicodiagnóstico, neste caso o TAT (Thematic<br />
Aperception Test), po<strong>de</strong> ser usado no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> psicoterapia para evi<strong>de</strong>nciar os<br />
ganhos e mu<strong>da</strong>nças favoráveis do paciente ocorri<strong>da</strong>s durante o processo.<br />
Método:<br />
Para avaliação <strong>de</strong> resultados foi utilizado um método comparativo <strong>de</strong> trechos <strong>de</strong> quatro pranchas<br />
do TAT que foram aplica<strong>da</strong>s em psicodiagnóstico, no início do tratamento, e reaplica<strong>da</strong>s ao<br />
término do processo psicoterapêutico, após 40 sessões (período <strong>de</strong> dois anos). Além disso, foram<br />
utilizados recortes <strong>de</strong> sessões a respeito dos atendimentos e <strong>da</strong> realização do teste, sempre<br />
mantendo o objetivo principal <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a Evolução do caso.<br />
Foi escolhido o teste TAT como instrumento contribuinte para avaliação <strong>da</strong> evolução do processo,<br />
pois, entre diversas variáveis que avalia (já discuti<strong>da</strong>s anteriormente), tem como principal função<br />
avaliação do grau <strong>de</strong> percepção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> do paciente.<br />
Para avaliar a evolução <strong>da</strong> psicoterapia do caso em questão, será utilizado o processo sugerido<br />
por Braier (2000), no qual ele sugere que se avalie alguns aspectos principais, tais como: Insigth<br />
<strong>da</strong> problemática focal, resolução <strong>da</strong> problemática focal, melhoria sintomática, consciência <strong>da</strong><br />
enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>, auto-estima, modificações favoráveis (relações interpessoais, trabalho, lazer, vi<strong>da</strong><br />
sexual, estudo), e projetos para o futuro.<br />
Apresentação do Caso<br />
A paciente é uma mulher <strong>de</strong> 48 anos, <strong>de</strong> ensino médio completo, que trabalha <strong>de</strong> maneira<br />
autônoma como esteticista . É solteira, mas têm uma relação estável há 25 anos com um senhor<br />
bem mais velho que ela. Tem também uma relação <strong>de</strong> amante há 6 anos com um homem<br />
casado. Sua única filha, <strong>de</strong> 28 anos, cometeu suicídio um ano antes <strong>de</strong> a paciente vir procurar<br />
atendimento psicológico. Esta filha foi cria<strong>da</strong> pela avó materna, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu nascimento, quando<br />
a paciente saiu <strong>de</strong> sua ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e veio para São Paulo.<br />
Sua mãe sempre culpabilizou a cliente pelo abandono e pela morte <strong>da</strong> filha. Após o nascimento<br />
<strong>de</strong> sua filha, já em São Paulo, teve 9 abortos espontâneos sem causa específica com o atual<br />
companheiro.<br />
Veio encaminha<strong>da</strong> pelo médico por causa <strong>de</strong> seus sintomas: insônia, diversas fobias e suspeita<br />
<strong>de</strong> síndrome do Pânico. Estes sintomas, segundo a própria paciente ficaram mais evi<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong>pois <strong>da</strong> morte <strong>de</strong> sua filha. Apesar <strong>de</strong> seus sintomas somáticos exacerbados, <strong>da</strong> per<strong>da</strong> recente<br />
<strong>da</strong> filha, e <strong>de</strong> seus abortos, a paciente trouxe como priori<strong>da</strong><strong>de</strong> para psicoterapia sua dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
nos relacionamentos amorosos.<br />
O foco inicial esteve voltado para representação e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> no exercício <strong>de</strong> seus papeis<br />
femininos com o objetivo <strong>de</strong> estabelecer relações <strong>de</strong> seus sintomas psicossomáticos com seus<br />
relacionamentos afetivos.