Avaliação da Psicoterapia Breve de adulto: contribuição da técnica ...
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parece que ela se coloca <strong>de</strong> expectadora no relacionamento dos pais, e não mais como rival <strong>da</strong><br />
mãe e como “mulher” <strong>de</strong> seu pai.<br />
Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />
Percebe-se gran<strong>de</strong> evolução <strong>da</strong> paciente por meio <strong>da</strong> interpretação <strong>da</strong>s pranchas do Teste TAT,<br />
consi<strong>de</strong>rando-se os critérios para avaliação <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> psicoterapia, estabelecidos por Braier<br />
(2000)<br />
Dentre os critérios estabelecidos, mencionados anteriormente, <strong>de</strong>stacam-se como maior grau <strong>de</strong><br />
mu<strong>da</strong>nça: Insight <strong>da</strong> Problemática Focal (I.P.F.), melhoria sintomática (M.S.), consciência <strong>da</strong><br />
enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>, outras modificações favoráveis (vi<strong>da</strong> sexual, relações interpessoais, estudo,<br />
trabalho e lazer), projetos para o futuro.<br />
A consciência <strong>da</strong> enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> pô<strong>de</strong> ser observa<strong>da</strong> durante os tratamentos, na primeira etapa <strong>da</strong><br />
PB no qual a paciente apresentava sintomas físicos e suspeita <strong>de</strong> Síndrome do Pânico; assim<br />
como a melhoria sintomática, <strong>de</strong>staco uma fala <strong>da</strong> paciente: “Eu me sinto assim...como posso<br />
dizer...mais leve! Antes eu sentia um peso mesmo nos meus ombros, uma aflição, uma<br />
ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>...”<br />
Outras modificações favoráveis também pu<strong>de</strong>ram ser mais bem observa<strong>da</strong>s durante os<br />
atendimentos, mas se refletem nos resultados do teste, nos quais se pô<strong>de</strong> observar,<br />
principalmente, mu<strong>da</strong>nça no que diz respeito às relações interpessoais e ao trabalho.<br />
Em relação a projetos para o futuro e auto – estima pu<strong>de</strong>ram ser observa<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças a partir<br />
dos resultados <strong>da</strong> prancha 2 (e também durante os atendimentos). Destaca-se uma fala <strong>da</strong><br />
paciente: “o que eu queria mesmo que é me aproximar <strong>da</strong> minha família, eu ain<strong>da</strong> não consegui,<br />
mas é estranho, porque agora eu vejo isso como uma coisa possível <strong>de</strong> acontecer”.<br />
E finalmente, o critério mais importante, segundo Braier (2000), o Insight <strong>da</strong> problemática focal<br />
pô<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciado nos resultados do teste TAT, nos quais a paciente entra em contato com o<br />
conflito central trabalhados em ca<strong>da</strong> prancha, e principalmente porque consegue relacionar as<br />
histórias conta<strong>da</strong>s nas pranchas com sua própria vi<strong>da</strong>, ressignificando situações traumáticas.<br />
Como por exemplo nesta fala: “consegui ver coisas minhas lá <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro mesmo que eu não fazia<br />
idéia...claro que eu sabia <strong>da</strong>s mulheres do meu pai, mas não sabia como isso po<strong>de</strong>ria influenciar<br />
na minha vi<strong>da</strong>”.<br />
Resumindo, po<strong>de</strong>-se dizer que a importância <strong>da</strong> reaplicação <strong>de</strong> um teste projetivo usado no<br />
psicodiagnóstico para avaliar a evolução do paciente durante o processo, não é só em nível <strong>de</strong><br />
clarividência por parte do psicoterapeuta em relação a resultados e nível <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça; mas<br />
também para o próprio paciente torna-se uma experiência <strong>de</strong> evidência <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça efetiva.<br />
Para evi<strong>de</strong>nciar este processo do ponto <strong>de</strong> vista do paciente em relação às mu<strong>da</strong>nças obti<strong>da</strong>s<br />
durante o processo, <strong>de</strong>staco uma fala <strong>da</strong> paciente em relação a aplicação do teste: “Da outra vez<br />
as imagens estavam embaça<strong>da</strong>s, difícil <strong>de</strong> ver. As historias eram muito tristes, <strong>de</strong> sofrimento.