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DE MARGARET MEAD À REVOLUÇÃO DOS SENTIMENTOS

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Revista Litteris – ISSN 19837429<br />

Março 2011. N. 7<br />

hoje tão perseguida e difundida, de que há masculinidades e feminilidades múltiplas e<br />

concebidas pelas suas interfaces. As categorias binárias, simplistas e restritivas, além de<br />

fugirem do real, levam ao sexismo que pode surgir pela condenação de um sexo em<br />

detrimento do outro. A questão da dominação masculina, vista como uma entidade<br />

generalizada e totalitária, não nos permite enxergar que há homens nos quais é preciso<br />

combater o comportamento machista e mulheres que reforçam continuamente esse<br />

comportamento na criação de seus filhos e na reposição dos discursos que dizem refutar.<br />

Afasta-se, assim, através do uso de conceitos estanques, qualquer possibilidade de se<br />

encarar a questão com a complexidade que ela nos exige, percebendo que homens e<br />

mulheres influenciam-se continuamente na construção de suas identidades.<br />

Assim, é primordial encerrar este artigo, corroborando as idéias de Mead e das<br />

muitas outras feministas que a precederam, percebendo que nada é da ordem do<br />

“natural”, pois a maior parte das “verdades” apregoadas, mesmo aquelas tidas por<br />

científicas, são provisórias e circunscritas a um contexto, resultando de variadas<br />

posições sócio-culturais construídas discursivamente no curso da história. Conforme<br />

detalhamos, esperamos que tenha fica claro que, em nossa visão, masculino e feminino<br />

são representações que trazem dentro de si um jogo multifacetado de significados<br />

construídos em diferentes tempos e culturas em virtude daquilo que se pretende mostrar<br />

e ocultar.<br />

5- Referências Bibliográficas<br />

ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de si, uma interpretação<br />

antropológica da masculinidade. 2.ed. Lisboa: Fim de Século, 2000.<br />

ARRILHA, Margareth; UNBEHAUM, Sandra G.; MEDRADO, Benedito (org).<br />

Homens e Masculinidades: Outras Palavras. 1.ed. São Paulo: Editora Ecos 34, 1998.<br />

1986.<br />

BADANTER, Elisabeth. Um é o outro. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteria,<br />

------. XY: Sobre a identidade masculina. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova<br />

Fronteira AS, 1993.<br />

------. ------. Rumo equivocado: O feminismo e alguns desvios. Rio de<br />

Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.<br />

Revista Litteris – www.revistaliteris.com.br<br />

Março 2011. N. 7

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