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O VERBO<br />
Igreja na <strong>Diocese</strong><br />
Símbolos do Natal ajudam a celebrar o tempo do advento<br />
No início do tempo do<br />
advento, o jornal O<br />
VERBO convida seus<br />
leitores a se prepararem para<br />
o Natal do Senhor. A liturgia<br />
<strong>de</strong>ste tempo é rica em sinais<br />
e nos convida a momentos<br />
<strong>de</strong> profunda reflexão, que<br />
buscam resgatar os valores<br />
<strong>de</strong> diversos símbolos, que se<br />
per<strong>de</strong>ram ao longo dos <strong>ano</strong>s.<br />
A seguir, você acompanha a<br />
origem da coroa do advento,<br />
da árvore <strong>de</strong> natal e do presépio,<br />
símbolos que nos ajudam<br />
a celebrar melhor o advento<br />
do Senhor.<br />
A Coroa do Advento<br />
Origem: Tem a sua origem<br />
em uma tradição pagã<br />
europeia. No inverno, se<br />
acendiam algumas velas que<br />
representavam o “fogo do<br />
<strong>de</strong>us sol” com a esperança<br />
<strong>de</strong> que a sua luz e o seu calor<br />
voltassem. Os primeiros missionários<br />
aproveitaram esta<br />
tradição para evangelizar as<br />
pessoas.<br />
A forma circular: O círculo<br />
não tem princípio, nem<br />
fim. É sinal do amor <strong>de</strong> Deus<br />
que é eterno, e também do<br />
nosso amor a Deus e ao próximo<br />
que nunca <strong>de</strong>ve terminar.<br />
Além disso, o círculo dá<br />
uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> “elo”, <strong>de</strong> união<br />
entre Deus e as pessoas.<br />
As ramas ver<strong>de</strong>s: Ver<strong>de</strong><br />
é a cor da esperança e da<br />
vida. Deus quer que esperemos<br />
a sua graça, o seu perdão<br />
misericordioso e a glória da<br />
Na Paróquia Santo Antônio,<br />
em Jundiaí, a missa das<br />
19h do dia 22 <strong>de</strong> novembro<br />
acolheu as famílias que montaram,<br />
em seus lares, a coroa<br />
do advento. Ao final da<br />
celebração, o administrador<br />
paroquial, padre Carlos José<br />
Virillo chamou os fiéis ao<br />
presbitério para abençoar os<br />
vida eterna.<br />
As quatro velas: As quatro<br />
velas da coroa simbolizam,<br />
cada uma <strong>de</strong>las, as semanas<br />
do advento. À medida que vai<br />
se aproximando o Natal, vamos<br />
acen<strong>de</strong>ndo uma a uma as<br />
quatro velas (da vigilância, da<br />
preparação, do testemunho e<br />
do serviço), que representam<br />
a chegada do Senhor Jesus,<br />
luz do mundo, que dissipa<br />
toda escuridão.<br />
Cores: Há diversas orientações,<br />
variando <strong>de</strong> acordo<br />
com cada liturgista. A que<br />
mais se encaixa <strong>de</strong>ntro da espiritualida<strong>de</strong><br />
do tempo são as<br />
cores roxa e rosa, seguindo as<br />
cores litúrgicas do tempo <strong>de</strong><br />
advento. Porém, quem mon-<br />
ta a coroa com velas coloridas<br />
(ver<strong>de</strong>, roxa, vermelha<br />
e branca) não está errado, já<br />
que por analogia, elas representam<br />
esperança, conversão,<br />
martírio e santida<strong>de</strong>/serviço,<br />
respectivamente.<br />
A Árvore <strong>de</strong> Natal<br />
Os antigos germânicos<br />
acreditavam que o mundo e<br />
todos os astros estavam sustentados,<br />
pen<strong>de</strong>ndo dos ramos<br />
<strong>de</strong> uma árvore gigantesca<br />
chamada o “divino Idrasil”<br />
ou o “<strong>de</strong>us Odim”, a quem<br />
rendiam culto no solstício <strong>de</strong><br />
inverno, quando se supunha<br />
que se renovava a vida. A celebração<br />
<strong>de</strong>sse dia consistia<br />
2ª QUINZENA - NOVEMBRO/2009 - Nº 307<br />
em adornar um pinheiro com<br />
tochas que representavam as<br />
estrelas, a lua e o sol.<br />
Contam que São Bonifácio,<br />
evangelizador da Alemanha,<br />
<strong>de</strong>rrubou a árvore que<br />
representava o <strong>de</strong>us Odim, e<br />
no mesmo lugar plantou outro<br />
pinheiro, símbolo do amor<br />
perene <strong>de</strong> Deus e o adornou<br />
com maçãs e velas, dandolhe<br />
um simbolismo cristão: as<br />
maçãs representavam as tentações<br />
e as velas, Cristo. Este<br />
costume se difundiu por toda<br />
a Europa na Ida<strong>de</strong> Média, até<br />
chegar à América.<br />
A tradição foi evoluindo:<br />
as maçãs foram trocadas por<br />
bolas e as velas por luzes, que<br />
representam a alegria e a luz<br />
Fiéis montam coroas e iluminam presépios<br />
símbolos. Mais <strong>de</strong> 80 coroas<br />
foram levadas pelas famílias.<br />
Já em Várzea Paulista, as<br />
nove comunida<strong>de</strong>s que pertencem<br />
à Paróquia São Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis, iluminaram<br />
seus presépios. O pároco,<br />
padre Joaquim Gonçalves da<br />
Cruz quis enfatizar o sentido<br />
da luz que veio ao mundo para<br />
dissipar as trevas. Em todas<br />
celebrações vespertinas do<br />
1º Domingo do Advento, os<br />
presépios foram iluminados<br />
e abençoados. Após a bênção,<br />
a imagem do Menino<br />
Jesus foi retirada do presépio<br />
e, sairá em peregrinação<br />
por todos os grupos que realizarão<br />
a novena do Natal.<br />
que Jesus Cristo trouxe ao<br />
mundo. As bolas atualmente<br />
simbolizam as orações que<br />
fazemos durante o período do<br />
advento. As bolas azuis são<br />
orações <strong>de</strong> arrependimento,<br />
as prateadas <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento,<br />
as douradas <strong>de</strong> louvor e as<br />
vermelhas <strong>de</strong> preces.<br />
Costuma-se colocar uma<br />
estrela na ponta do pinheiro,<br />
que representa a fé que <strong>de</strong>ve<br />
guiar nossas vidas. Já os <strong>de</strong>mais<br />
adornos na árvore <strong>de</strong><br />
Natal representam as boas<br />
ações e sacrifícios, os “presentes”<br />
que daremos a Jesus<br />
no seu nascimento.<br />
O Presépio<br />
A tradição católica diz que<br />
o presépio surgiu no século<br />
XIII, quando São Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis quis celebrar um<br />
Natal o mais realista possível<br />
e, com a permissão do<br />
Papa, montou um presépio<br />
<strong>de</strong> palha, com uma imagem<br />
do Menino Jesus, um boi e<br />
um jumento vivos perto <strong>de</strong>la.<br />
Nesse cenário foi celebrada,<br />
em 1223, a missa <strong>de</strong> Natal.<br />
O sucesso <strong>de</strong>ssa representação<br />
do presépio foi tanta que,<br />
rapidamente se esten<strong>de</strong>u por<br />
toda a Itália.<br />
Logo se introduziu nas<br />
casas nobres europeias e <strong>de</strong><br />
lá foi <strong>de</strong>scendo até as classes<br />
mais pobres.<br />
Colaboração: Padre Carlos José<br />
Virillo, coor<strong>de</strong>nador da<br />
Comissão Diocesana <strong>de</strong> Liturgia.<br />
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