Obra Completa - Universidade de Coimbra
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activida<strong>de</strong> um novo e mais vasto<br />
camj|E> <strong>de</strong> laboração e <strong>de</strong> lucta!®.<br />
No dia 8 passa o luctuoso<br />
annjáversáiío do passamento do<br />
estgpista que mais honrou e glorificou<br />
as |aureadas páginas da<br />
nofijlépícaáhistória... Organisemse&JÓfs,<br />
néfse dia cortejos cívicos<br />
ein homenagem ao immortal Mar-<br />
centros do país como Lisbôa,<br />
Porto, <strong>Coimbra</strong>, Aveiro, Setúbal,<br />
Évora e em muitos outros pontos,<br />
acompanhados, <strong>de</strong> significativas e<br />
imponentíssimas manifestações do<br />
sentir do povo que mais <strong>de</strong>ve ao<br />
emérito, .estadista.. • da Nação<br />
que maior e mais significativa<br />
divida tem a solver ao homem<br />
sublimemente superior que a fez<br />
.grjinw $[) respeitada durante a<br />
segunda "meta<strong>de</strong> do século xvm'<br />
impondo o nome português á consi<strong>de</strong>ração<br />
da Europa!<br />
Lisbôa, que tem a resgatar mais<br />
-dom século <strong>de</strong> vergonhas, lem<br />
brou-se agora d'crigir uma irrisória<br />
estatua ao gran<strong>de</strong> Marquês!..<br />
A sua santa e veneranda memória<br />
merece mais e muito mais!...<br />
A verda<strong>de</strong>ira consagração, quê lhe<br />
é <strong>de</strong>vida, vai ser prestada na trasladação<br />
dos seus restos para o<br />
Pantheon Nacional, on<strong>de</strong> já estam<br />
dois vultos mais proeminentes do<br />
(fclécak) xvi; mas a suprema homenagem<br />
será o stricto e rigoroso<br />
cumprimento das suas leis contra<br />
Os jesuitas... cumprimento que<br />
havemos forçosamente <strong>de</strong> obter!<br />
«B EL FAZENDA JÚNIOR.<br />
/<br />
> Grata IVotícia<br />
Foi, por felicida<strong>de</strong>, sem fundatxiento,<br />
o insistente boato <strong>de</strong> sab<br />
bado ácêrca do sr. Manuel José<br />
Esteves conductor d'obras publicas.<br />
Referimo-lo visto o cunho<br />
<strong>de</strong> veracida<strong>de</strong> que o revestia,<br />
apesar <strong>de</strong> coisa alguma o justificar,<br />
pois que, ao contrario do<br />
que se dizia, esse'distincto e sympáthfco<br />
funccionário tem melhorado<br />
da doença que vem sóffrendo,<br />
esperando se que em breve<br />
possa voltar ao <strong>de</strong>sempenho do<br />
logar que tam honestamente occupa<br />
e ao convívio dos seus numerosos<br />
ãmigos que anceiam vê-lo restabelecido.<br />
.fp. . •<br />
A Companhia Real dos Camirihtífe<br />
efe ferro, tem installada na<br />
estação <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> B <strong>de</strong>s<strong>de</strong> abril<br />
dé 1900 uma escóla para praticantes<br />
<strong>de</strong> factores e guardas freios,<br />
tendo no curto espaço dum anno<br />
habilitado 29 praticantes, que se<br />
acham collocados.<br />
Na mesma escóla se admittem<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já ós preten<strong>de</strong>ntes que se<br />
achem nai condições.<br />
Conferencias<br />
A conferência do sr. dr. Lopes<br />
Vfi4r«í sc/lre a tuberculose, ontem,<br />
no IdBtitiit», foi <strong>de</strong>vei a» interessan<br />
te em <strong>de</strong>monst.açfos. O illustre pro<br />
féesor falíou durante uns 3 quartos<br />
dMitíra, sendo ouvido cora notável<br />
interesse. Ao fim, foi dist.ibuida,<br />
impressa, á eua oração.<br />
otrtjmivUMnfnsjííu oL> 'j DI-^ÍL^'.?^ ' k<br />
s~A- 1 nau . a<br />
• .Domingo, pela 1 hora da tar<strong>de</strong>,<br />
ha na yaçtasala da Associação dos<br />
Artistas uma conferência, pelo illustre<br />
professor do medicina, sr. dr.<br />
Serras e Silva, sobre a influência<br />
da alimentação na tuberculose.<br />
Ilusen <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong>s<br />
O museu <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong>s do<br />
Instituto acha-se aberto das 11<br />
horas ás 3 da tar<strong>de</strong>, todos os domingos<br />
e dias santificados.<br />
Para a visita nos outros dias,<br />
basta procurar o guarda, João<br />
Rodrigues Cbristóvam, rua Borges<br />
Carneiro, n.° 0.<br />
A' boa paz<br />
Ao sr. commissário <strong>de</strong> polícia<br />
.foi or<strong>de</strong>nado que fizesse segunda<br />
inquirição <strong>de</strong> testemunhas para a<br />
:syndicáncia ácêrca da questão religiosa,<br />
e, ao que lemos no Co<br />
?nimbricense,• na or<strong>de</strong>m ia a indicação<br />
<strong>de</strong> que <strong>de</strong>via chamar «a <strong>de</strong>por<br />
pessoas <strong>de</strong> reconhecida respeitabilida<strong>de</strong>,<br />
como lentes, negociantes,<br />
proprietários, etc.».<br />
Se a recommendação foi como<br />
a vemos escripta, terá <strong>de</strong> reconhecer<br />
se que èlla envolve uma<br />
incorrecção, que não era licito<br />
esperar do sr. governador civil,<br />
para com o sr. commissário <strong>de</strong><br />
polícia e para com os primeiros<br />
<strong>de</strong>poentes.<br />
O sr. commissário apresentou o<br />
seu relatório. Declara nelie que não<br />
só a syndicáncia a que proce<strong>de</strong>u,<br />
mas ainda os seus próprios conhecimentos<br />
no assumpto lhe sam<br />
motivo para a opinião <strong>de</strong> que <strong>de</strong>vem<br />
ser fechadas as Therezinhas<br />
e Santa Clara, secularizadas as<br />
Ursulinas reduzindo as a um simples<br />
coliégio <strong>de</strong> educação, e exercida<br />
vigilância sobre o Paço do<br />
Con<strong>de</strong>. Assim, com a recommendação<br />
a que nos reportámos,<br />
ao mesmo tempo que se tomam<br />
por menos verda<strong>de</strong>iras as <strong>de</strong>clarações<br />
dos primeiros <strong>de</strong>poentes,<br />
lança se uma dúvida grave sobre<br />
a lealda<strong>de</strong> das opiniões do sr.<br />
commissário, que as diz fundadas<br />
ainda no seu. conhecimento<br />
sobre essas<br />
casas; e isto é positivamente<br />
incorrecto.<br />
Não <strong>de</strong>ve haver, contudo, da<br />
parte dos <strong>de</strong>poentes, máguà <strong>de</strong><br />
maior, visto que na dssconfiança<br />
os envolvem côm aquêlle funccionário;<br />
resta-lhes, quando muito, a<br />
estranheza <strong>de</strong> que para attingirse<br />
um fim se não tivesse dúvida<br />
<strong>de</strong> recorrer a um expediente tam<br />
carecido <strong>de</strong> aprumo. Os factos<br />
sam elucidativos.<br />
O sr. commissário proce<strong>de</strong>ra á<br />
syndicáncia com a maior correcção<br />
e imparcialida<strong>de</strong>. Elaborou<br />
o seu relatório com todo o escrú<br />
pulo, comprehen<strong>de</strong>ndo nitidanien<br />
te o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> levar, tudo o que<br />
sabia^ vira e indagára, ao conhe<br />
cimento do seu chefe, para cumprimento<br />
duma lei. Soube-se <strong>de</strong><br />
pois cá fora quaes eram as suas<br />
opiniões, e isso provocou uma<br />
enorme celeuma, cuidando se <strong>de</strong><br />
accudir ao facto, para resultados<br />
que já começaram a ver se:<br />
Primeiro o apparecimento da<br />
provisão do sr. bispo con<strong>de</strong>, acto<br />
que apreciámos; <strong>de</strong>pois a visita<br />
aos conventos, coincidindo com<br />
a or<strong>de</strong>m para novas inquirições<br />
<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> reconhecida respei<br />
tabilida<strong>de</strong>. e. agora a notícia, a<br />
correr mundo, <strong>de</strong> que a commissão<br />
visitadora dos conventos, presidida<br />
pelo chefe do districto, ficou<br />
bem impressionada com a<br />
communida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. José <strong>de</strong> Cluny,<br />
enclausurada no convento <strong>de</strong><br />
Santa Clara.<br />
Attenda-se já a que esse convento<br />
é um dos que o sr. commissário<br />
opina que sejam fechados,<br />
e ter se-ha explicado o motivo<br />
das visitas, a mira da provisão<br />
do sr. bispo, e ao que se <strong>de</strong>stina<br />
a or<strong>de</strong>m, com a incorrecção<br />
já anotada, <strong>de</strong> novas inquirições.<br />
O <strong>de</strong>sfecho <strong>de</strong> tudo isto prevêse:<br />
— collocado <strong>de</strong> parte o relato<br />
rio do sr. commissário, lançandose<br />
sobre esse trabalho digno e consciente,<br />
e por consequência sobre<br />
a confiança que s. ex. a <strong>de</strong>ve merecer<br />
aochefe do districto,umanodoa<br />
tam injusta como <strong>de</strong>primente; e<br />
por último ren<strong>de</strong>r-se tudo á im<br />
posição e influência mitral, pára<br />
que os dois coios sejam mantidos<br />
e para que a acção das autorida<strong>de</strong>s<br />
civis sobre êlles fique riulla<br />
como até aqui.<br />
Isto é, a protecção ao jesuitismo,<br />
a contuiuação dos ridículos<br />
espectáculos, noite e dia, r;m Santa<br />
Therêzá, dós votos e profissões<br />
nas Ursulinas, do açoitar <strong>de</strong><br />
BESISTEíf CIA— Quinta feira, 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1901<br />
freiras em Santa Clara, e d; tudo,<br />
enfi.n, que no assumpto a boa<br />
moralida<strong>de</strong> con<strong>de</strong>mna e as leis,<br />
do país prohioem.<br />
Aguar<strong>de</strong>mos os últimos acontecimentos,<br />
e veiemos se não é<br />
êsse o propósito.<br />
4}<br />
."Visita e s a r a u<br />
Espè^a-se que, regressando <strong>de</strong><br />
Lisbôa on<strong>de</strong> fôram <strong>de</strong> visita aos<br />
seus camaradas, os bombeiros voluntários<br />
do Porto cheguem a es<br />
ta cida<strong>de</strong> na terça feira, <strong>de</strong>morando<br />
se dois dias, e realisando<br />
qua-ta feira, no theatro-circo, um<br />
importante sarau <strong>de</strong> gala que constará<br />
<strong>de</strong> zarzuellas e operetas,<br />
<strong>de</strong>sempenhadas por um distincto<br />
grupo <strong>de</strong> amadores, que fazem<br />
parte da corporação.<br />
E' <strong>de</strong> esperar que a concorrência<br />
áquella festa seja abundante,<br />
significando se ai.sim aos briosos<br />
e sympáihicos visitantes que também<br />
aqui se admiram os humanos<br />
e heróicos serviços que prestam<br />
na capital do norte.<br />
Manifestação liberal<br />
Promove separa <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ámanhã<br />
dc tar<strong>de</strong>, uma reúnião da assembleia<br />
geral da aca<strong>de</strong>mia, no<br />
circo, para assumptos referentes<br />
á luta contra o reaccionarismo<br />
jesuítico que ora preoccupa todo<br />
o país. Ao que nos dizem serám<br />
apre sentidas propostas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
valor para a causa liberal, havendo<br />
o intuito <strong>de</strong> lembrar se que<br />
sejam convidados a fazer parte<br />
duma g r andt: commissão, para<br />
trabalhos anti-jesuíticos, cavalhei<br />
ros das differentes classes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o piofes:;orado superior até à indústria.<br />
Irapõe-se aqui, a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> i Iguma coisa se fazer em prol<br />
da liberda<strong>de</strong>. Ind'ha pouco, espíritos<br />
simples, senão apaixonados,<br />
noticiavam repetidc~mente<br />
que <strong>Coimbra</strong> não tinha jesuitas,<br />
e que por isso a questão aqui ia<br />
per<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> moda. Dir-se-ía que<br />
<strong>de</strong> si próprios <strong>de</strong>sejam <strong>de</strong>sviar as<br />
attenções, e não seria talvez injusto<br />
quem o suppozesse pelo menos<br />
dum dêlles, visto que, em<br />
bort. sendo informador dum jor<br />
nal que tem sustentado levantadamente<br />
a campanha contra a<br />
negiegada seita, se dá ao prazer<br />
<strong>de</strong>, com pru<strong>de</strong>nte cautella para<br />
que o não vejam, ir espalhar pelas<br />
ca<strong>de</strong>iras duma ou outra loja<br />
<strong>de</strong> barbeiro, exemplares do Correio<br />
Nac.onal, da Palavra, e até<br />
<strong>de</strong> manifestos reaccionários. Nem<br />
sempre essas coisas se fazem com<br />
o preciso recato, e d'ahi o ter sido<br />
satisfeita a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecer-se<br />
como nas lojas citadas<br />
appareciam aquellas coisas.<br />
O que vem succe<strong>de</strong>ndo em matéria<br />
<strong>de</strong> syndicáncia, visitas e relatório,<br />
a que noutro logar nos<br />
referimos, <strong>de</strong>smente positiva,e cathegóricamente<br />
a blasonar dos<br />
taes espíritos, <strong>de</strong> que em <strong>Coimbra</strong><br />
não ha... provando mais que<br />
é preciso seguir na agitação começada<br />
para inutilisar os empenhos<br />
e influências que aí se movem<br />
no fim <strong>de</strong> conseguir a manutenção<br />
daquêlle tablado das<br />
Therezinias, do coio <strong>de</strong> Santa<br />
Clara e <strong>de</strong> tudo o mais que a jesuitada<br />
ai conseguiu estabelecer.<br />
A assembleia geral académica<br />
<strong>de</strong> sabbado, será, pois, dum alto<br />
valor, porque, digamos as coisas<br />
como ellas sam: — a não partir<br />
do elemento académico a inicia<br />
tiva e a promoção das manifestações,<br />
a cida<strong>de</strong> fica-se quieta a ver<br />
o que vai lá por fóra.<br />
Porque não tenha <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong><br />
reagir? L"nge disso. Por que sam<br />
bastantes as influências movidas<br />
em favor das or<strong>de</strong>ns, e num meio<br />
pequeno como este surgem a cada<br />
paço os emba açoi contra as iniciati"as...<br />
Tome ns pois a aca<strong>de</strong>mia, e<br />
ver-se ha segu.da, estamos cerips,<br />
Não foi...<br />
Também nós noticiámos quê o<br />
padre Ramalho ia prégar a Sernache<br />
pela festa da Senhora dos<br />
Milagres. E não nos peza a consciência<br />
<strong>de</strong> o termos feito, nem<br />
nos fica o remorso <strong>de</strong> menos verda<strong>de</strong>iro,<br />
apesar do <strong>de</strong>smentido<br />
que aí appareceu em cavacos vá<br />
rios e que vimos num telegramma<br />
do correspon<strong>de</strong>nte do Século, correspon<strong>de</strong>nte<br />
que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> chamar<br />
ao Ramalho perigoso jesuíta,<br />
disse num gran<strong>de</strong> aprumo <strong>de</strong> convicto<br />
:<br />
Po<strong>de</strong>mos asseverar que nem a<br />
autorida<strong>de</strong> civil nem a celesiastica<br />
consentiriam que alli subisse<br />
ao púlpito o famigerado ultramontano.<br />
Vamos por partes:<br />
Sabe aí toda a gente que os<br />
sermões <strong>de</strong> Quaresma em Sernache<br />
foram prégados pelo Ramalho,<br />
o «famigerado ultramontano»,<br />
e, sem querermos agora fallar do<br />
que foram êsses serraõea nem das<br />
consequências que tiveram, pior<br />
que é muita outra a liquidação a<br />
fazer, temos a notar to correspon<strong>de</strong>nte<br />
que o seu po<strong>de</strong>mos asseverar<br />
é falho <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
bom senso. Porque, se o Ramalho<br />
allí pregou pela Quaresma,<br />
como nem o correspon<strong>de</strong>nte nem<br />
os seus informadores se atrevem<br />
a negar, <strong>de</strong>monstrado fica que<br />
as auctorida<strong>de</strong>s civis e éccíeslás<br />
tica consentiram que o eperigo<br />
so jesuíta e famigerado ultramontano»<br />
Ramalho aí subisse ao púlpito,<br />
a convite do párocho da<br />
freguesia, que assim <strong>de</strong>monstrou<br />
o seu accordo com as doutrinas e<br />
intuitos do Ramalho, havendo por<br />
isso mesmo que consi<strong>de</strong>rá lo como<br />
o correspon<strong>de</strong>nte consi<strong>de</strong>ra o<br />
outro — <strong>de</strong> perigoso jesuíta e famigerado<br />
ultramontaiKi. Mas o<br />
Maneira é um pouco mais do que<br />
isso — um espírito avesso à com<br />
prehensão da benignida<strong>de</strong> e cordura<br />
que <strong>de</strong>vem caracterisar o<br />
exercício dum párocho. Demonstra<br />
isto allí o tribunal, e não nos<br />
seria diffícil prová lo se nos <strong>de</strong>cidisse-mos<br />
a requerer um certificado<br />
do seu registo criminal.<br />
Temos, pois, que havendo o<br />
«perigoso jesuíta» allí subido ao<br />
púlpito, repetidas vezes numa epocha,<br />
sem cjue as auctorida<strong>de</strong>s ci<br />
vis e ecclesiásticas llfo impedissenl,<br />
o correspon<strong>de</strong>nte, dizendo<br />
po<strong>de</strong>r asseverar que as mesma»<br />
auctorida<strong>de</strong>s lho não concerniriam,<br />
fez uma mentirola bregeira com<br />
foros <strong>de</strong> rasteira obediência.<br />
Mas o Ramalho não pregou em<br />
Sernache, pela festa... Não porque<br />
os commcntários que ai andavam<br />
a propósito foram ouvidos<br />
e a interferência appareceu a tempo.<br />
Maneira anteviu o e tinha-se<br />
prevenido. Quer dizer, se o caso<br />
não vem para a rua, o famigerado<br />
tinha subido ao púlpito pela<br />
festa, sem que as autorida<strong>de</strong>s lh'o<br />
impedissem, como pela Quares<br />
ma lh'o não impediram.<br />
Creia o correspon<strong>de</strong>nte que não<br />
preten<strong>de</strong>mos dar lhe uma novida<strong>de</strong>,<br />
pois sabemos que tudo isto é<br />
do seu conhecimento, apesar da<br />
sua gran<strong>de</strong> modéstia lhe não permittir<br />
que o confesse.<br />
Beneficio<br />
Depois dámanhã realisa-se no<br />
theatro-circo um espéctaculo, promovido<br />
por uma troup <strong>de</strong> ama<br />
dores, movidos pelo generoso e<br />
sacrosanto empenho <strong>de</strong> accudirem<br />
á situação penosíssima em que se<br />
encontra o sr. Ramiro Augusto<br />
Pereira, rapaz merecedor <strong>de</strong> todo<br />
o auxílio, não só porquí a tirri<br />
vel tuberculose o inutillsou, mas<br />
ainda porque enquanto lhe restou<br />
uin pouco <strong>de</strong> saii<strong>de</strong>, utilisou a sua<br />
viril activida<strong>de</strong> e sua reconhecida<br />
intelligéncia leccionando instrucção<br />
primária. Ao fim. vencido<br />
pela tertivel enfermida<strong>de</strong>, vê se<br />
a míngua <strong>de</strong> recurso», c m con-<br />
dições <strong>de</strong> vidajque bem mej-ççem<br />
Hgccorro.' ' ' " ^<br />
O espectáculo em 3 a:tos, O<br />
bombeiro e duma cançoneta.<br />
Que o publico, pois, collabore<br />
nessa obra meritória, indo em auxílio<br />
do infeliz enfermo.<br />
«<br />
Conspiração jesuítica<br />
Começa a aclari r-se que a negra<br />
seita está urdindo uin tram » centra<br />
as instituições, paia a restiursçârj<br />
do miguelismo, iim2o siaaiês do<br />
alt «r ul tramout a no. Cei lamenta<br />
que o perigo não [-o<strong>de</strong> ser grandé,<br />
o que, a levarem os corvca 0 eetè<br />
projecto pof diatito, el!« irt poifCO<br />
aleiu dumas «!ter«;5o8 <strong>de</strong> riaior ou<br />
menor iinpoitnncia.<br />
E' que parf. abi.fá las «e congregará<br />
lodo o pt.rtido librai, qUe representa<br />
s. qur.si totalida<strong>de</strong> do pai*.<br />
Contud