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369 OS MEDIA E O REGIONALISMO Isabel Ferin da Cunha - Acidi

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IX <strong>OS</strong> <strong>MEDIA</strong> E O <strong>REGIONALISMO</strong><br />

386<br />

Ain<strong>da</strong> neste nível, por potenciar o regionalismo dentro <strong>da</strong> globalização, se<br />

situa o Projecto «Televisão <strong>da</strong> Lusofonia», «Televisão <strong>da</strong> CPLP» ou «Plata for -<br />

ma Lusófona de Partilha de Conteúdos» que, integrando-se na europeia «Es -<br />

tra tégia de Lisboa», visam atingir todos os públicos dos países que têm o<br />

Português como língua oficial. O objectivo desta proposta é produzir, co-produzir<br />

e trocar conteúdos de televisão via satélite e Internet, assumindo contudo<br />

que a rádio é, ain<strong>da</strong>, o grande meio de comunicação nos países africanos<br />

de Língua Portuguesa. Trata-se de um projecto para um espaço regional<br />

com identi<strong>da</strong>de própria nos processos de globalização (Santos, 2005, 49),<br />

que congrega os operadores públicos de televisão de Angola, Brasil, Cabo<br />

Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e<br />

Prín cipe, e pretende agregar contributos e parcerias de empresas priva<strong>da</strong>s e<br />

outras instituições, tais como universi<strong>da</strong>des e centros culturais e tecnológicos<br />

de investigação. Na base desta construção regional, encontram-se interesses<br />

económicos, políticos e estratégicos do conjunto e de ca<strong>da</strong> um dos<br />

países em função de outros espaços geográficos regionais partilhados.<br />

No entanto, a crescente convergência tecnológica e o desenvolvimento <strong>da</strong>s<br />

pla taformas digitais têm vindo a entrecruzar os conceitos de informação ao<br />

ser viço de comuni<strong>da</strong>des dispersas e de informação de proximi<strong>da</strong>de. Se,<br />

no passado, a informação de proximi<strong>da</strong>de só chegava, por exemplo, aos portugue<br />

ses emigrados, através dos jornais locais enviados por correio e recebidos<br />

mui tos dias ou semanas depois, hoje em dia, o portal <strong>da</strong> imprensa e <strong>da</strong><br />

rádio re gional e local tornam acessível qualquer informação em tempo real e<br />

imediato.<br />

Os media ao serviço <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des de proximi<strong>da</strong>de<br />

Nesta parte <strong>da</strong> exposição, entende-se regionalismo como historicamente en -<br />

raizado em culturas que mantêm um espaço físico delimitado e padrões estáveis<br />

de interacção, onde as pessoas se pensam como partilhando laços de<br />

sangue, vizinhança, proprie<strong>da</strong>de, interesses, horizontes geográficos e fronteiras.<br />

Nesta acepção, os meios de comunicação direccionam-se para uma<br />

região ou comuni<strong>da</strong>de local delimita<strong>da</strong>s, mantendo os laços de proximi<strong>da</strong>de<br />

física e vizinhança. No entanto, esta concepção de comunicação regional<br />

tem vindo a evoluir na Europa à medi<strong>da</strong> que se consoli<strong>da</strong> o alargamento e se<br />

aprofun<strong>da</strong>m políticas de convergência dentro de um espaço físico delimi-

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