1374-1384 - Universidade de Coimbra
1374-1384 - Universidade de Coimbra
1374-1384 - Universidade de Coimbra
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
que significava aquillo. Era, me respon<strong>de</strong>u<br />
attenciosamente, o exercício<br />
dos recrutas.<br />
Mas recrutas para quê? aventurei<br />
eu.<br />
Recrutas para o exercito...<br />
Ahl... Então é só aquillo o que<br />
elles têm aprendido?I...<br />
E não o sabem ainda bem. Repare<br />
como aquelle movimento <strong>de</strong> apresentar<br />
armas é tão mal executadol...<br />
E movimentos <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>,<br />
exercícios <strong>de</strong> applicação na arte da<br />
guerra 1<br />
Isso <strong>de</strong>pois vae <strong>de</strong>pressa.<br />
Mas já têm aprendido o manejo<br />
do fogo?...<br />
Qual?l Não pô<strong>de</strong> ser, po<strong>de</strong>m estragar-se<br />
as espingardas...<br />
Ne.íte momento um sargento com<br />
voz <strong>de</strong> estentor, com firmeza, como<br />
querendo gravar bem naquelles cerebros<br />
broncos o seu ensino, explicava<br />
o movimento <strong>de</strong> armar bayoneta,<br />
não sei em quantos tempos. Depois<br />
<strong>de</strong> explicado, começou elle proprio<br />
a executar. Um... dois... três<br />
e, não sei se neste tempo se no quarto<br />
elle ficou prolongando a voz, brigando<br />
com a bayoneta que parecia recusar-se<br />
a entrar na arma.<br />
Gran<strong>de</strong> celeuma do official que se<br />
dirige ao sargento, talvez para o increpar<br />
pela imperícia <strong>de</strong>sastrada.<br />
Afinal o homem tinha razão; é que<br />
a pobre bayoneta, cujo punho parecia<br />
fabricado <strong>de</strong> chumbo, tinha-se<br />
amolgado <strong>de</strong> tal modo que era impossível<br />
fazê-la armar.<br />
Ter-me-ia rido. se tudo aquillo<br />
não fosse motivo <strong>de</strong> sobra para tristeza.<br />
Fui seguindo, affastando os olhares<br />
d'aquella comedia, que tão cara<br />
nos fica, para as terras que á esquerda,<br />
em baixo, se continuam com o talu<strong>de</strong><br />
sobre que eu caminhava, na adoração<br />
que eu ainda experimento pela<br />
terra d'on<strong>de</strong> provem, em ultima analyse,<br />
toda a riqueza que gosamos.<br />
t Desoladamente observava a cêrca<br />
que d'aii <strong>de</strong>sce até ao aquartelamento<br />
do 23, inculta e embrenhada.<br />
Ainda, porém, ao meu espirito se<br />
não <strong>de</strong>parava incentivo a profundar<br />
quanta philosophia ali se encerrava.<br />
Depressa encontrei estimulo á comparação<br />
que gera o raciocínio.<br />
Poucos passos a<strong>de</strong>ante, para alem<br />
d'um pequeno muro, diverso era o<br />
•Jcnoí-tn da i?]f>ha 111" fnrma a<br />
ta, pare<strong>de</strong>s meias com a cerca charneca<br />
que tão mal me impressionára.<br />
E nos pequeninos e variados talhões<br />
agricultados, on<strong>de</strong> as culturas<br />
se entremeiam caprichosamente, contrasta<br />
com o <strong>de</strong>smazelo do cerrado<br />
do quartel o quintal do Asylo da<br />
Mendicida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se. albergam pobres<br />
velhos quasi inválidos!<br />
Choca <strong>de</strong>certo toda a gente, que<br />
veja, aquella proporção inversa das<br />
SI!SISTENCIA — £nfnta-felr», 7 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1909<br />
S. Thiago<br />
Veiu o architecto e...<br />
Diz-se que elle affirmára que o<br />
adro <strong>de</strong> S. Thiago é parte integrante<br />
da egreja, e que, ou se restaura<br />
o adro, ou não se restaura a egreja.<br />
Mas, <strong>de</strong>sculpe o illustre architecto;<br />
a restauração nem assim ficaria<br />
completa, completa, o que se chama<br />
bem completa.<br />
O adro foi feito para cemiterio, o<br />
cemiterio para as ossadas. Necessário<br />
é, por isso, restaurar o cemiterio<br />
e entregar os ossos a um classificador,<br />
já que os misturaram.<br />
Os ossos <strong>de</strong>vem ir para as sepulturas;<br />
porque as sepulturas foram<br />
feitas para os ossos, os ossos para<br />
as covas, e as covas para o adro, e<br />
o adro para ser restaurado pelo architecto...<br />
que o meu pé pren<strong>de</strong>.<br />
Anda tudo contentíssimo. Nós affirmáramos<br />
que as escavações que se<br />
faziam á roda da egreja eram inutei;<br />
e vai agora elles poseram a <strong>de</strong>scoberto<br />
uma escadinha e um murinho;<br />
e os architectos concluíram que<br />
para subir á egreja havia uma escadinha<br />
<strong>de</strong> um lado, e outra di o outro,<br />
e um patamarzinho di um e outro<br />
lado e vae ao <strong>de</strong>pois, logo a seguir,<br />
outra escadinha por um lado e outra<br />
pelo outro e <strong>de</strong>pois o patamar da<br />
egreja.<br />
E anda tudo enthusiasmado a ver<br />
se se encontra as capellinhas no<br />
patamar, e a cascatinha ao fundo,<br />
como se vê no escadorio do Bom Senhor<br />
Jesus do Monte, que é da mesma<br />
época, como toda a gente sabe.<br />
Decididamente isto exce<strong>de</strong> os limites<br />
do burlesco e nós acabamos por<br />
arrebentar como aquella nossa pri-<br />
alguns sitios para a concertar, o que<br />
nos leva a crer que alguma coisa se<br />
pensou fazer para melhorar a communicação<br />
d'aquelle logar com a cida<strong>de</strong>,<br />
mas o que é necessário e urgente<br />
é que immediatamente se proceda<br />
á sua reparação, o que se não<br />
tem feito.<br />
A estrada é das mais transitadas;<br />
porque alli passam diariamente centenas<br />
<strong>de</strong> operários que vem trabalhar<br />
á cida<strong>de</strong>.<br />
Alem d'isso, como arrabal<strong>de</strong> da<br />
cida<strong>de</strong>, o valle <strong>de</strong> Coselhas é dos<br />
mais pittorescos e <strong>de</strong> ha muito dos<br />
mais concorridos pela população <strong>de</strong><br />
<strong>Coimbra</strong>, ao domingo, como o é também<br />
<strong>de</strong> forasteiros que visitam a nossa<br />
terra.<br />
Bom seria por isso que se atten<strong>de</strong>sse<br />
ao estado <strong>de</strong>sta estrada que é<br />
verda<strong>de</strong>iramente vergonhoso e por<br />
ser um dos mais aprazíveis passeios<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />
MOIMENTO A JOAQUIM ANTONIO D'AGUIAR<br />
A' commissão promotora do monumento<br />
a Joaquim Antonio d'Aguiar<br />
foi entregue a quantia <strong>de</strong> 4#500 réis,<br />
importancia da subscripção promovida<br />
pelo sr. Francisco Fernan<strong>de</strong>s<br />
Costa Mourão, entre o pessoal da Imprensa<br />
Académica<br />
Folgamos <strong>de</strong> mencionar este facto,<br />
tanto mais que somos informados <strong>de</strong><br />
que em vários estabelecimentos commerciaes<br />
e industriaes <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong><br />
se estão promovendo subscripções<br />
analogas.<br />
Temos publicado periodicamente<br />
a importancia da subscripção que até<br />
Balanço financeiro<br />
Abriu mal o anno, e não se po<strong>de</strong><br />
dizer que feche bem. Colheitas notoriamente<br />
escassas, com a sua natural<br />
repercussão nas industrias e no<br />
commercio, aggravamento <strong>de</strong> câmbios,<br />
baixa consi<strong>de</strong>rável dos nossos<br />
fundos, retraimento <strong>de</strong> capitaes e<br />
<strong>de</strong>sconfiança geral, são factos da<br />
nossa vida nacional, que ficam assignalando<br />
o anno que hoje tinda. De<br />
par com estas pragas economicas,<br />
ainda mais se turvou o aspecto das<br />
nossas finanças, aggravadas por operações<br />
incomprehensiveis, sem que<br />
o inextinguível <strong>de</strong>ficit orçamental<br />
<strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> pesar sobre o paiz com<br />
a gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre. Assim se<br />
encerra este anno com a economia<br />
perturbada, com as finanças publicas<br />
cada vez mais avariadas, e ainda<br />
por cima com a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m na administração<br />
e a <strong>de</strong>sintelligencia na politica.<br />
Dizer por isso que vae tudo<br />
<strong>de</strong> mau para peor talvez fosse a <strong>de</strong>-<br />
finição exaggerada <strong>de</strong> um pessimista,<br />
mas não ha optimismos que possam<br />
ter da actual situação politica,<br />
economica e financeira do paiz qual<br />
quer impressão, que não seja <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<br />
agrado e melancolia. A muitos não<br />
terá ainda abandonado a esperança,<br />
e é bom que assim seja, mas a ninguém<br />
por certo <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> pungir o<br />
<strong>de</strong>sgosto <strong>de</strong> tudo quanto se tem passado,<br />
e vae passando. Não serão pois<br />
muito alegres as breves consi<strong>de</strong>ra-<br />
ções que vamos expôr, mas não serão<br />
também <strong>de</strong> um <strong>de</strong>scrente as nossas<br />
palavras.<br />
lor annual médio pô<strong>de</strong> ser calculado<br />
em 11 mil contos, e com isto íica já<br />
o nosso <strong>de</strong>ficit commeicial reduzido<br />
a 19 mil contos. Por outro lado, as<br />
alfan<strong>de</strong>gas não exercem sobre os<br />
productos exportados, a mesma vigilância<br />
que sobre os productos importados,<br />
havendo quem calcule em<br />
15 e mesmo 20 por cento, a differença<br />
entre as quantida<strong>de</strong>s e valores<br />
<strong>de</strong>clarados e as quantida<strong>de</strong>s e valores<br />
effectivos. Supponhamos porém<br />
10 por cento apenas, e teremos 3.000<br />
contos. Já não ficam senão 16 mil<br />
contos. E' sabido que nas mercadorias<br />
importadas se inclue a importancia<br />
do frete marítimo, e veriticase<br />
que 150 mil toneladas <strong>de</strong> mercadorias,<br />
annualmente importadas para<br />
consumo, são trazidas em navios<br />
portuguezes. A importancia d'esse<br />
frete tem <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>duzida da totalida<strong>de</strong><br />
dos pagamentos em ouro, e<br />
calculando 6#000 réis por tonelada,<br />
temos 900 contos a <strong>de</strong>scontar, ficando<br />
assim 15:100 contos. Ora nestes<br />
15:100 contos ha ainda uma parte<br />
importante, que não tem <strong>de</strong> ser paga<br />
em ouro. Nas importações para consumo<br />
contam-se muitos productos<br />
vindos das nossas possessões, que<br />
se pagam em moeda portugueza, e<br />
não tem sido nestes últimos tempos<br />
inferior a 2:250 contos o valor annual<br />
médio d'esses productos. Já não<br />
ficam d'esta vez senão 12:850 contos,<br />
sendo esta somma <strong>de</strong> ouro, com<br />
maior ou menor approximação, o<br />
que o commercio tem <strong>de</strong> pagar lá<br />
fora em cada anno.<br />
ma, a sr.<br />
faculda<strong>de</strong>s dos nabitadôres com os<br />
cuidados prestados á terra fértil, contribuindo<br />
assim os pobres velhos, pelo<br />
seu trabalho abençoado, para um<br />
motivo <strong>de</strong> ensinamento a quem por<br />
ali passe com filhos ou educandos.<br />
Não quiz ver mais.<br />
Voltei para o lado do cemiterio<br />
em busca da verda<strong>de</strong> na paz dos tumulos.<br />
Depressa me arrependi. Esculpidos<br />
nos hombraes se liam lá<br />
sentenças dictadas por mortos excessivamente<br />
judiciosas, para podarem<br />
ser ditas por elles.<br />
Devem ser documentos apócrifos.<br />
Arripiei caminho e prometti a<br />
mim proprio seguir ávante, consi<strong>de</strong>rando<br />
os dons da Natureza, sempre<br />
verda<strong>de</strong>ira, e fugindo ás mentiras e<br />
hipócritas convenções dos homens.<br />
Somente então pu<strong>de</strong> refrescar e<br />
recrear o espirito, mergulhando-o<br />
<strong>de</strong>scuidosamente na vida simples,<br />
mas verda<strong>de</strong>ira, do supposto inconsciente,<br />
immerso num banho dulcíssimo<br />
e acariciador <strong>de</strong> calor e luz que<br />
lá mais além se reflectia scintilante<br />
no Mon<strong>de</strong>go enquadrado, nas suas<br />
margens matizadas pelo oiro fôsco<br />
dos canaviaes fanados.<br />
Pioro Henrique*<br />
Parece que a draga Aurora, que<br />
está actualmente no porto da Figueira<br />
da Foz, vai fazer serviço no porto<br />
<strong>de</strong> Aveiro, por assim o ter solicitado<br />
o chefe d'aquelle districto.<br />
As aguas <strong>de</strong> abastecimento municigal<br />
são dadas como puras pela<br />
ultima analyse feita no Laboratorio<br />
<strong>de</strong> Microbiologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />
a Vamos vêr agora quaes são as<br />
Um dos factos economicos e fi-<br />
agora é <strong>de</strong>vida na maior parte aos<br />
obrigações do thesouro no estrannanceiros,<br />
que mais tem impressio-<br />
D. Maria Ritta que mor- donativos <strong>de</strong> pessoas extranhas a<br />
geiro, e quanto por isso se tem <strong>de</strong><br />
nado a opinião publica nestes últireu<br />
a rir...<br />
<strong>Coimbra</strong>, mas para quem o gran<strong>de</strong><br />
pagar em ouro todos os annos por<br />
mos tempos, é o premio do ouro,<br />
liberal é um símbolo ae uma gran<strong>de</strong><br />
conta do Estado. Além dos juros e<br />
que, tendo estado quasi extincto, su-<br />
i<strong>de</strong>ia libertadora.<br />
amortisações dos dois empiestimos<br />
biu já neste anno a 30 por cento,<br />
Leite <strong>de</strong> Vasconcellos<br />
Folgamos em noticiar agora este<br />
dos Tabacos, contamos os seguintes<br />
conservando-se agora entre 20 a 22.<br />
movimento da população <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />
pagamentos obrigatorios, em contos:<br />
Esta situação cambial, continuando<br />
Partiu hoje para Lisboa o sr. Lei- que é expontâneo e por isso muito assim em todo o anno economico,<br />
te <strong>de</strong> Vasconcellos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma<br />
Do 3% externo 4:600<br />
mais para louvar e aplaudir. viria a pesar sobre o orçamento do<br />
visita á Figueira e <strong>de</strong> um <strong>de</strong>morado<br />
Juros da divida fluctuante .., 700<br />
E' necessário que todos nós cor- Estado com mais <strong>de</strong> 2 mil contos, e<br />
estudo do nosso muzeu <strong>de</strong> archeolo-<br />
Pelo ministério dos estrangeirespondamos<br />
ao movimento <strong>de</strong> sym- sobre o commercio d'importação com<br />
gia.ros<br />
400<br />
pathia que se levanta á volta <strong>de</strong> Joa- 10 ou 12 mil. Seria nada menos do<br />
0 sr. Leite <strong>de</strong> Vasconcellos tem quim Antonio d'Aguiar para que se que a súbita duplicação <strong>de</strong> todos os<br />
5:400<br />
reunido no seu muzeu ethnologico não diga que mais louvores merece impostos <strong>de</strong> consumo, e do costuma-<br />
mais <strong>de</strong> vinte mil objectos, e isso é a sua obra a extranhos do que aos do <strong>de</strong>ficit orçamental. Isto traz mui- Esta somma a pagar em ouro é<br />
uma prova da sua rara activida<strong>de</strong> e conterrâneos.<br />
ta gente aterrada, e sobresaltado o porém nominal, porque meta<strong>de</strong> da<br />
amor ao estudo.<br />
mundo dos negocios, não faltando divida externa está em mãos <strong>de</strong> por-<br />
Do muzeu <strong>de</strong> Lisboa quer fazer<br />
HIQ íQUZfiH 1 o «>c\x*»i1 ^/tfí tuiibO<br />
Uma uUeria<br />
quem faça confrontos com a crise tuguezes, que recebem a importancia<br />
ahi tudo o que na província existe,<br />
<strong>de</strong> 1891, e até quem a julgue mais dos seus coupons em réis, repa-<br />
Na reunião das commissões Mu-<br />
quer em objectos originaes, quer em<br />
grave. Não ha duvida que são duas triando-se o ouro, ou servindo este<br />
nicipal e Parochiaes celebrada hon-<br />
<strong>de</strong>senhos ou copias moldadas.<br />
crises pouco distanciadas uma da para saldar no estrangeiro contas do<br />
tem, ficou exarado na acta um voto<br />
Do nosso muzeu <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong>s<br />
outra, e feitas ambas ellas <strong>de</strong> medo thesouro ou do commercio. Tem-se<br />
<strong>de</strong> louvor e agra<strong>de</strong>cimento ao sr. dr.<br />
preten<strong>de</strong> reproduzir a inscripção mo-<br />
e especulação. Na <strong>de</strong> 91 predominou por isso <strong>de</strong> abater 2:300 contos d'a-<br />
João <strong>de</strong> Deus Ramos, pela offerta<br />
<strong>de</strong>rnamente obtida <strong>de</strong> Montemor, e os<br />
talvez o- medo, na actual é acaso quella somma, 'que ficará assim re-<br />
que fez á escola do Centro José Fal-<br />
restos <strong>de</strong> arte arabe que na mesma<br />
maior a parte da especulação, mas duzida a 3:400 contos Pelos dois emcão<br />
do livro — álbum para apren<strong>de</strong>r<br />
villa foram encontrados e que o mu-<br />
no que ellas principalmente se diffepréstimos dos Tabacos pagam-se an-<br />
ler pelo methodo <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Deus.<br />
zeu archivou.<br />
renciam, é nos mezes <strong>de</strong> saldo. Em nualmente 2:784 contos, e o serviço<br />
Egualmente se <strong>de</strong>u um voto <strong>de</strong> lou-<br />
Alem <strong>de</strong>stes objectos, vae mandar<br />
1891 havia no paiz 50 ou 60 mil con- das obrigações dos caminhos <strong>de</strong> fervor<br />
ao cidadão Julio Dias da Costa<br />
reproduzir a inscripção que o nos"so<br />
tos em ouro, ao passo que não haro do Norte e Leste, emquanto se<br />
que pediu ao sr. dr. João <strong>de</strong> Deus<br />
muzeu possue e que acabou com a<br />
verá agora a sétima ou oitava parte não pagar por inteiro o coupon <strong>de</strong><br />
Ramos aquelle livro, e ao cidadão<br />
questão antiga entre Aeminium e<br />
d'isso, e essa mesma quantida<strong>de</strong>, rendimento variavel, po<strong>de</strong> caicuiar-<br />
Antonio <strong>de</strong> Souza, professor da es-<br />
<strong>Coimbra</strong>.<br />
guardada como está, é como se não<br />
se em 14 milhões <strong>de</strong> francos, ou<br />
cola, <strong>de</strong> quem partiu a iniciativa<br />
O mesmo illustre professor está<br />
existisse para o giro dos negocios.<br />
2:500 contos. São 5:900 contos, mas<br />
d'aquelle pedido.<br />
publicando o terceiro e ultimo volu-<br />
Ha porém hoje uma disponibilida<strong>de</strong><br />
como 40 por cento d'este papel <strong>de</strong>vem<br />
me das religiões da Lusitania.<br />
<strong>de</strong> recursos, que durante a passada<br />
estar na posse <strong>de</strong> portuguezes, ha-<br />
E, a proposito e como novida<strong>de</strong>,<br />
crise nos tinha faltado.<br />
verá a <strong>de</strong>duzir 2:350 contos, ficando<br />
Partida<br />
assim estas parcellas em 3:550 con-<br />
<strong>de</strong>monstra que Viriato não era do<br />
E' por um lado o augmento <strong>de</strong><br />
tos. D'este modo, a conta a pagar<br />
norte, mas sim um lavrador do Alem- Partiu hoje para Cabo Ver<strong>de</strong> o productos ultramarinos <strong>de</strong> exporta-<br />
annualmente em ouro no estrangeitejo.<br />
nosso patrício sr. Joaquim Tavares, ção, por outro lado a nacionalisação<br />
ro, englobando os saldos <strong>de</strong>vedores<br />
Lá se vae a lenda da Serra da que ali exerce o cargo <strong>de</strong> tenente- <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> parte da nossa divi-<br />
do commercio, do thesouro e das<br />
Estrella!<br />
pharmaceutico.da<br />
externa, e ainda por outro lado a Companhias, fica assim reduzida:<br />
Lá se vae a gloria <strong>de</strong> Vizeu 1... Boa e feliz viagem.<br />
maior affluencia do dinheiro do Bra-<br />
E por aqui ficamos nas in<strong>de</strong>scrizil.<br />
Esta fonte <strong>de</strong> ouro, que um campções.bio<br />
prohibitivô veiu seccar durante<br />
Do Commercio 12:850 contos<br />
Penedo da sauda<strong>de</strong> alguns annos, voltou a correr abun-<br />
Do Thesouro 3:400 »<br />
A quem competir<br />
A camara resolveu ouvir o paredantemente<br />
para <strong>de</strong>ntro do nosso Das Companhias.... 3:550 »<br />
cer do sr. dr Julio Henriaues, An-<br />
paiz, e com tal pendor que dá bem<br />
19:800 »<br />
Queixam-se os nossos assignantonio Augusto Gonçalves, Augusto<br />
para saldar mais <strong>de</strong> um terço do <strong>de</strong>tes<br />
<strong>de</strong> S. Thomé da falta <strong>de</strong> recepção da Silva Pinto e dr. Teixeira <strong>de</strong> Carficit<br />
geral, que tem <strong>de</strong> ser saldado D'esta somma alguma cousa ha-<br />
do nosso jornal, que é todavia expevalho sobre a edificação <strong>de</strong> casas no em ouro. Deve-se dizer que este <strong>de</strong>verá ainda a <strong>de</strong>duzir, sendo certo<br />
dido sempre, a tempo, e com cuida- novo bairro do Penedo da Sauda<strong>de</strong> ficit costuma ser apreciado em mui- que já hoje uma gran<strong>de</strong> somma <strong>de</strong><br />
do que nos autorisa a atribuir a fal- entre a casa feita para paço episcoto mais do que o seu valor effectivO. capitaes portuguezes collocados no<br />
ta a <strong>de</strong>scuido ao correio.<br />
pal e alameda que pren<strong>de</strong> o seminá- A differença annual média entre as estrangeiro, quer em <strong>de</strong>positos quer<br />
Nesta expedição, que corre unirio, bem como sobre a venda para importações e as exportações é <strong>de</strong> em fundos <strong>de</strong> Estados, principalmencamente<br />
por nossas mãos, temos a edificações dos terrenos situados no 30 mil contos, e a somma dos pagate russos, egypcios, hespanhoes e<br />
certeza <strong>de</strong> não ter comettido qual- bairro <strong>de</strong> Santa Cruz em frente do mentos em ouro a cargo do thesou- brazileiros O rendimento d'estes caquer<br />
falta, que aliaz seria facilmente do hospital e da cerca dos jesuítas. ro, e das Companhias que pagam pitães, segundo um calculo feito<br />
verificada no registo competente.<br />
coupons no estrangeiro, monta a grosso modo, porque nenhum outro<br />
Ao sr. director dos correios re-<br />
10:500 contos pouco mais ou menos. se pô<strong>de</strong> fazer, não <strong>de</strong>ve ser inferior<br />
commendamos este assumpto.<br />
Clelçôes<br />
Estes 40:500 contos ficam reduzidos a 600 contos, que teremos ainda <strong>de</strong><br />
a muito menos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> feitas com- <strong>de</strong>duzir da somma acima referida,<br />
Terá logar no dia 17 do mez corpensações <strong>de</strong> proveniência varia. reduzindo-a assim <strong>de</strong>finitivamente a<br />
Caminhos em mau estado rente as eleições da junta <strong>de</strong> paro- Vae-se ver como.<br />
cerca <strong>de</strong> 19 mil contos. E' este o vachia<br />
das freguezias <strong>de</strong> Arzilla, An- Comecemos pelo <strong>de</strong>ficit commerlor em ouro, que todos os annos tem<br />
Queixa-se um nosso assignante tuze<strong>de</strong>, S. Martinho <strong>de</strong> Arvore e S cial. Como fica dito, a differença an- <strong>de</strong> ser lançado na balança dos nos-<br />
do estado em que se encontram os Silvestre, que não se realizaram no nual média entre importações e exsos pagamentos internacionaes para<br />
caminhos dos arredores da cida<strong>de</strong>. dia competente.<br />
portações, conforme ao que vem <strong>de</strong>- a equilibrar. D'on<strong>de</strong>vem esse ouro?<br />
A estrada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Casa do Sal, Os presi<strong>de</strong>ntes das mezas são os clarado na estatistica do nosso com- Antigamente provinha dos repetidos<br />
até á fértil povoação <strong>de</strong> Coselhas, es- srs.: Domingos Antonio <strong>de</strong> Carvalho, mercio especial, tem sido nestes úl- emprestimos, que <strong>de</strong>terminavam um<br />
tá estragada nó ultimo ponto e, em para S. Martinho <strong>de</strong> Arvore; Dionitimos tempos <strong>de</strong> 30 mil contos. Esta movimento <strong>de</strong> metaes preciosos, ma-<br />
alguns sítios intransitável para peões, zio Soares Pinto Mascarenhas, para somma colossal soffre comtudo imnifestado nas estatísticas do commer-<br />
sendo um verda<strong>de</strong>iro crime não a Arzilla; José Henriques <strong>de</strong> Souza portantes reducções. Em primeiro cio por algarismos, que expressavám<br />
mandar arranjar immediatamente. Secco, para Antuze<strong>de</strong>; Antonio Ave- logar temos <strong>de</strong> contar os productos todos os annos, em muitos milhares<br />
fia, é certo, brita aos montes em lino, para §. Silvestre,<br />
ultramarinos re-exportados, cujo va- <strong>de</strong> contos, ora a sua importação, cr»