CUBA 40 GRAUS:
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Beatbrasilis: Como foi o começo de tudo no mundo da música?<br />
EDY STAR: Desde pequeno fui envolvido pelo ambiente musical das<br />
Rádios. Aos 14 anos ingressei num programa infanto-juvenil na Radio<br />
Sociedade da Bahia y não parei mais... a dizer tenho 60 anos de carreira, né?<br />
2011 — Edy REVISTA Star, Jim 8 Duran BEATBRASILIS<br />
e Silvio Passos na Galeria do Rock<br />
Beatbrasilis: O que você anda ouvindo de bom?<br />
EDY STAR: Continuo ouvindo muitos clássicos, muita ópera y muita salsa<br />
caribeña. Muita MPB velha, pois pouca coisa contemporânea me atrai, ando<br />
numa fase de fastio y desencanto com tanta besteira, tanta coisa ruim, em<br />
todos os segmentos, mas ainda consigo descobrir jóias como o grupo<br />
Sambô ou o Zeca Baleiro.<br />
Beatbrasilis: Como foi assumir a homossexualidade em uma época em<br />
que tudo era reprimido ou muito bem escondido?<br />
EDY STAR: A mim foi muito natural y nada proposital. Lidava y vivia num<br />
meio artístico, onde praticamente esse ‘problema’ não existe tão<br />
acintosamente. Afora minha fase colegial de bulling, nunca sofri restrições<br />
por ser gay... a grande repressão vinha mesmo da polícia com seus abusos<br />
machistas, não era bem da ditadura. Mas sempre se driblava o cerco, y todo<br />
mundo fazia suas bacanais, concursos de misses, festinhas de embalo... Bons<br />
tempos, pois apesar de tudo, não havia AIDS nem o execrável<br />
‘politicamente correto’, y uma maior liberdade y liberalidade quanto aos<br />
costumes sexuais.<br />
Beatbrasilis: Como foi a sua ida pra Espanha?