palcos #3 - Federação Portuguesa de Teatro
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conversas <strong>de</strong> bastidores<br />
PAULO PRATA RAMOS<br />
O ARQUITECTO... DA LUZ<br />
Manuel Ramos Costa<br />
Dramaturgo e Encenador<br />
Atentem nas respostas que dá a esta<br />
entrevista e nas fotos que a ilustram e<br />
encontrarão algumas das evidências ou<br />
resplan<strong>de</strong>cências da sua personalida<strong>de</strong>: Uma<br />
pessoa tranquila, contemplativa, generosa,<br />
apaixonada e segura da sua fortuna – o<br />
trabalho e a família.<br />
Tenho-me cruzado com ele nos últimos fóruns<br />
da <strong>Fe<strong>de</strong>ração</strong> <strong>Portuguesa</strong> <strong>de</strong> <strong>Teatro</strong> e, mesmo<br />
sem termos trocado gran<strong>de</strong>s prosas, pu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sfrutar do seu trabalho e do modo como o<br />
exerce junto daqueles que fazem a sua<br />
aprendizagem na arte da luz.<br />
Neste campo, o seu contentamento é o êxito,<br />
não só o seu mas também o dos outros, já que<br />
a sua generosida<strong>de</strong> exce<strong>de</strong> qualquer<br />
sentimento egocentrista. O respeito que exige<br />
para si é o mesmo que <strong>de</strong>dica aos outros on<strong>de</strong> quer que esteja e com quem seja. O seu<br />
leve sorriso e o seu olhar profundo revelam um homem íntegro, apaixonado, criativo,<br />
educador e <strong>de</strong>terminado a fazer o melhor para o bem comum, principalmente, do<br />
universo em que se move e <strong>de</strong>staca.<br />
Falo-vos <strong>de</strong> Paulo Prata Ramos, cuja mestria na arte da luz e magnanimida<strong>de</strong> pessoal<br />
gostaria <strong>de</strong> enaltecer nesta pequena aventura <strong>de</strong> perguntas e respostas. Nada,<br />
porém, do que eu pu<strong>de</strong>sse dizer seria suficiente para honrar a chama e a exegese das<br />
suas próprias palavras. Está tudo muito bem <strong>de</strong>senhado. E límpido.<br />
PAULO PRATA RAMOS, nasceu em Angola em 1970, viveu em Moçambique e, no pós 25 <strong>de</strong><br />
Abril, os seus pais acharam sensato mudarem-se para o Brasil, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> regressaram a Portugal<br />
na década <strong>de</strong> 80. Nunca viveu muitos anos no mesmo sítio, o que sem dúvida marcou a sua<br />
infância, adolescência e juventu<strong>de</strong>, razão pela qual sempre se sentiu <strong>de</strong>senraizado. Soube<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequeno que queria ser arquiteto, apesar <strong>de</strong> os testes psicotécnicos indicarem que<br />
Revista<br />
# <strong>palcos</strong> 03<br />
03<br />
março ‘12