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palcos #3 - Federação Portuguesa de Teatro

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coletivamente é <strong>de</strong> importância nacional.<br />

MRC: Pelo que te é dado conhecer, achas que os grupos <strong>de</strong> teatro têm sabido explorar<br />

as potencialida<strong>de</strong>s dos equipamentos <strong>de</strong> luz <strong>de</strong> que dispõem? O que mais seria preciso,<br />

então?<br />

PPR: Ainda há muito por fazer. Nem todas as companhias veem a luz como uma arte<br />

mas apenas como uma técnica. Fazer um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> luzes não tem nada a ver com<br />

garantir que há luz que chegue para ver o espetáculo. Não tem a ver com a qualida<strong>de</strong> ou<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos mas sim com a forma como se usa. É preciso intercâmbio,<br />

formação e sobretudo experimentação.<br />

MRC: Achas que o nosso país, no campo das artes, está bem servido <strong>de</strong> técnicos <strong>de</strong><br />

luz? Ou reina por aí ainda muita ignorância?<br />

PPR: Por vezes falta conhecimento teórico que potencie o conhecimento prático. A<br />

formação não po<strong>de</strong> ser baseada apenas na experiência.<br />

MRC: Profissionalmente, és uma pessoa muito exigente contigo mesmo?<br />

PPR: Sou muito exigente, o que não é necessariamente bom. Por vezes perco tempo<br />

com pormenores. É preciso alguma objetivida<strong>de</strong> para dosear a exigência e eu nem<br />

sempre tenho essa objetivida<strong>de</strong>.<br />

MRC: Que espetáculos iluminaste? E qual foi aquele que mais gozo <strong>de</strong> te iluminar?<br />

PPR: Iluminei coisas muito diferentes: teatro, espetáculos para televisão, musicais,<br />

dança. São abordagens muito diferentes. O que me <strong>de</strong>u mais gozo foi um dos primeiros,<br />

Divina Comédia, <strong>de</strong> Jean Paul Bucchieri, que estreou no CCB em 2000. Era um<br />

espetáculo em que a luz tinha enorme importância dramatúrgica, era mais uma<br />

personagem em palco. Aprendi imenso.<br />

MRC: O que te apraz dizer sobre os fóruns realizados pela <strong>Fe<strong>de</strong>ração</strong> <strong>Portuguesa</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Teatro</strong>?<br />

PPR: Que cumprem na perfeição aquilo que anteriormente referi como sendo<br />

necessário: intercâmbio, formação e experimentação.<br />

MRC: Todos somos atraídos por projetos que, pela sua gran<strong>de</strong>za ou pela sua<br />

envergadura, vamos adiando. Quais são os teus?<br />

PPR: Fazer o doutoramento. Tudo passa à frente. Já <strong>de</strong>via ter aceite a realida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>sistido mas acho sempre que no mês seguinte conseguirei ter tempo.<br />

MRC: Que conselho darias aos jovens que pensam estudar e fazer carreira no teatro? A<br />

profissão <strong>de</strong> «<strong>de</strong>senhador <strong>de</strong> luz» seria uma boa saída?<br />

PPR: A motivação para estudar e fazer carreira em teatro não po<strong>de</strong> ser orientada pelo<br />

pensamento <strong>de</strong> se é ou não uma boa saída, mas sim se se sentem compelidos para tal.<br />

Por um lado em Portugal dificilmente a arte é uma boa saída, por outro lado porque<br />

sendo o trabalho em teatro arte, <strong>de</strong>ve haver vocação. Para se ser <strong>de</strong>senhador <strong>de</strong> luz<br />

não é diferente disto.<br />

MRC: Além da arquitetura e do teatro, que outras artes te dão alegria <strong>de</strong> viver?<br />

Revista<br />

# <strong>palcos</strong> 03<br />

06<br />

março ‘12

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