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Nesta edição - Revista Jornauto

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Fenatran<br />

Ricardo Conte<br />

São Paulo - SP<br />

Début das autopeças<br />

A Fenatran 2009, maior feira de transportes da América Latina,<br />

despertou de vez o interesse das empresas de autopeças.<br />

Fabricantes de renome participaram pela primeira vez para<br />

promover seus produtos. Alguns, voltados exclusivamente para o<br />

mercado de reposição, buscaram captar novos negócios também<br />

junto às montadoras.<br />

A maioria dos freqüentadores era formada por empresários e funcionários<br />

de transportadoras, operadoras logísticas e frotistas em geral, ligados<br />

tanto ao transporte de carga como de passageiros.<br />

A Allison, fabricante de transmissões automáticas e sistemas híbridos<br />

de propulsão, não perdeu<br />

essa oportunidade. “Estamos<br />

mostrando as novas<br />

características da nossa linha<br />

de produção a serem disponibilizadas<br />

em 2010”, disse<br />

Clovis Vendramini Kitahara,<br />

gerente de Marketing para a<br />

América Latina.<br />

Segundo ele, são softwares<br />

mais inteligentes, com avançados<br />

comandos eletrônicos que equiparão novas transmissões automáticas,<br />

levando benefícios – principalmente a otimização e economia<br />

de combustível – já conhecidos pelo mercado.<br />

A empresa americana, fundada em 1915, em Indianópolis, onde fica<br />

sua sede mundial, está presente em 80 países e tem escritórios na China,<br />

Holanda, Índia, Japão e no Brasil. “Mundialmente, aumenta o número de<br />

veículos comerciais equipados com transmissões automáticas e não será<br />

diferente no mercado latino americano, inclusive no Brasil”, garante.<br />

Para determinadas aplicações, essas transmissões são responsáveis por<br />

uma melhoria de desempenho e produtividade entre 10% e 20%, se<br />

comparadas com as do tipo manual ou automatizada.<br />

O Brasil, segundo Kitahara, é a base das operações para América do Sul.<br />

Este ano, as exportações da Allison, 70% da sua receita, foram afetadas,<br />

registrando quedas entre 30% a 40%, em especial junto a seus principais<br />

mercados: a Argentina, o Chile e a Venezuela. Resultados semelhantes<br />

que atingem toda a indústria<br />

automobilística nacional.<br />

Ventos melhores sopram<br />

para as autopeças que atuam<br />

de forma mais segmentada. É<br />

o caso da Indústria Metalúrgica<br />

Frum, tradicional fornecedora<br />

de peças para freios e<br />

chassi para veículos pesados<br />

e comerciais leves, que assinou<br />

acordo para, a partir de<br />

14<br />

Janeiro 2010, fornecer<br />

com exclusividade cubos<br />

de roda disco, cubos de<br />

roda raiada, tambores<br />

de freio e castanha de<br />

roda para toda a linha da<br />

Guerra S/A Implementos<br />

Rodoviários, uma das<br />

maiores fabricantes de<br />

implementos rodoviários<br />

da América Latina.<br />

Os produtos apresentarão<br />

tecnologia de ponta<br />

desenvolvida em conjunto<br />

com entre as engenharias<br />

Marco A. De Sordi, vice Presidente da<br />

FRUM e Rodimar Cardinali, presidente da<br />

GUERRA, assinam contrato de fornecimento<br />

de cubos e tambores de freio.<br />

de ambas as empresas. A idéia é obter a melhor performance de frenagem<br />

com menor peso e maior troca de calor, proporcionando maior durabilidade<br />

para todo o conjunto e, consequentemente, mais economia de<br />

combustível. Novas parcerias estão em andamento.<br />

A Frum segue o mesmo ritmo das indústrias em geral que este ano apresentam<br />

declínios nas vendas comparadas ao ano atípico de 2008. As montadoras<br />

hoje representam 70% do seu faturamento de R$ 150 milhões.<br />

Para 2009, novos negócios junto à Ford sustentaram, em parte, as perdas<br />

de volume das montadoras, principalmente as de implementos rodoviários.<br />

Contudo, atua em outros mercados para os quais parte de seus negócios<br />

foi desviada, em especial, para o de reposição. “Foi também afetada,<br />

mas nem tanto”, disse Roberto Del Papa, diretor Comercial.<br />

Como resultado deverá registrar queda de 5 pontos percentuais no<br />

faturamento junto às montadoras,<br />

passando de 70% para<br />

65%, sendo que destes 60%<br />

estão representados pelo<br />

mercado interno e 5% pelas<br />

exportações. Já os 30% restantes,<br />

referentes às vendas<br />

ao mercado de reposição, são<br />

oriundos do mercado nacional<br />

(25%) e do exterior (5%).<br />

Por isso, a empresa mineira,<br />

estabelecida em Extrema,<br />

manterá seus investimentos<br />

Roberto Del Papa<br />

iniciais de US$ 60 milhões planejados até 2011. “Estamos sempre investindo<br />

continuamente em tecnologia, capacitação de pessoal e aprimoramento<br />

dos nossos processos industriais já que o volume das montadoras<br />

não diminuiu”, disse Del Papa.<br />

Produzindo quase 40 mil toneladas de fundidos para freios de veículos pesados,<br />

espera até lá ampliar para 75 mil toneladas. “Queremos levar ao mercado<br />

mais qualidade para uma melhor rentabilidade para o cliente”, disse.<br />

Outra autopeça que não sabe o que é crise é a Platodiesel Indústria e<br />

Comércio de Embreagens, que fabrica e remanufatura platô, discos, rolamentos<br />

e mancais de embreagem para o mercado de reposição.<br />

Apesar de um ano pouco favorável para as fornecedoras de autopeças<br />

das montadoras, a Platodiesel, empresa 100% nacional, não tem o que<br />

reclamar. “Nossas vendas estão contínuas e deveremos faturar mais que<br />

2008”, disse João Carlos Garlin, diretor Comercial.<br />

Sem falar em cifras, lembra<br />

que todos querem esquecer<br />

2009 e comparar volumes com<br />

o ano de 2007, justamente<br />

pela atipicidade do ano passado.<br />

Enquanto isso, investe<br />

na sua produção, que alcança<br />

hoje 12 mil conjuntos remanufaturados<br />

por mês.<br />

Instalada em São Caetano<br />

do Sul (SP), pensa grande e<br />

investe agora na sua marca,<br />

prospectando novos clientes<br />

em grandes eventos, como a Fenatran. “Estamos investindo nosso marketing<br />

de relacionamento junto a frotistas de maior porte”, esclarece.<br />

Com 35 anos de atividades na área de remanufaturamento de platôs<br />

e discos de embreagens para ônibus, caminhões e tratores, aproveitou a<br />

oportunidade e, pela primeira vez, participou da Fenatran, lançando novas<br />

embreagens de 430mm. Expôs também sua linha Premium de embreagem<br />

que abastece o mercado e equipam caminhões da F-Truck.<br />

O mesmo acontece com a Motopeças Transmissões, mais uma empresa<br />

100% nacional, fundada em 1956. Afirmou que o mercado de reposição<br />

cresceu o ano todo. “A crise não passou por aqui”, comentou Roberto<br />

Arazera, coordenador Técnico.<br />

Considerada hoje “a maior fornecedora de coroa e pinhão” para o mercado<br />

de reposição, é reconhecida pelo Prêmio “Mérito Reconhecido” em<br />

pesquisa realizada pela <strong>Revista</strong> <strong>Jornauto</strong>, duas vezes consecutivas. Ro-<br />

berto brinca, dizendo que, sem dúvida, é a “Rainha das Coroas”.<br />

De fato, a sua gama de produtos consiste essencialmente de coroas e pinhões,<br />

engrenagens de câmbio, eixos, semi-eixos, sincronizadores e caixa<br />

de satélites, totalizando quase 900 itens disponíveis.<br />

“As nossas coroas e pinhões abrangem um elevadíssimo número de<br />

modelos, utilizados em veículos de todas as categorias: comerciais leves,<br />

caminhões, ônibus e produtos<br />

agrícolas”, detalhou.<br />

A empresa sorocabana disponibiliza<br />

peças as marcas Agrale<br />

(Volare), CBT, GM, Ford, Massey/<br />

Agco, Mercedes-Benz, Scania,<br />

Valmet, Volvo e Volkswagen<br />

(agora MAN). “Nossa linha de<br />

diferencial aumenta a cada ano.<br />

Produzimos hoje também para<br />

Arvin Meritor e Dana”, disse.<br />

A Fenatran foi surpreendida<br />

com a presença da gigante BBTS<br />

(Bandag Truck Service), resultado<br />

da união de duas marcas líderes<br />

mundiais em seus segmentos de<br />

atuação: a Bridgestone, um dos<br />

maiores fabricantes mundiais<br />

de pneus, e a Bandag Incorporated,<br />

também líder mundial de<br />

recapagem a frio, concluída em<br />

meados de 2007.<br />

Ricardo Drygalla Moreira<br />

Mas, até meados deste ano,<br />

aguardava a repercussão do<br />

mercado e dos organismos internacionais. “Queríamos que certificassem<br />

que essa operação foi em nível mundial - não apenas no Brasil<br />

- e que não representava nenhum prejuízo comercial”, disse Ricardo<br />

Drygalla Moreira, gerente de Marketing da Divisão Carga.<br />

No Brasil, a Bandag chegou em 1975, estabelecendo fábrica, quatro<br />

anos depois, em Campinas. Mais tarde, em 1997 inaugurou sua segunda<br />

fábrica de manufatura de bandas, na cidade de Mafra (SC) com<br />

capacidade de produção de 7 mil toneladas.<br />

A fusão, segundo o executivo, agregou valores. Foi realizado o melhor<br />

aproveitamento dos atuais 3 mil empregados no País. “Hoje, a cultura<br />

é bastante permeável. Já conseguimos trazer ganhos não só para<br />

funcionários, mas e principalmente para os clientes”,<br />

declarou.<br />

Escolheu a Fenatran como primeiro grande passo<br />

para divulgar a nova marca designada ao setor de<br />

cargas (recapagem para caminhões e ônibus). O setor<br />

de produção pneus continua Bridgestone/ Firestone.<br />

A BBTS mostrou no evento a elevada tecnologia de<br />

ponta e os serviços alcançados, resultado do compartilhamento<br />

de processos produtivos. Entre outros,<br />

o funcionamento de softwares de gerenciamento de<br />

pneus, como o Survey que, assegura, proporciona aos<br />

frotistas redução de 30% nas despesas com pneus.<br />

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