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gastamos muito tempo e energia estabelecen<strong>do</strong> limites <strong>para</strong> ele durante<br />
anos. E ainda que fosse quase sempre difícil <strong>para</strong> ele (e <strong>para</strong><br />
nós), valeu a pena. Talvez nosso filho tenha deixa<strong>do</strong> de se divertir por<br />
não fazer todas as coisas <strong>do</strong> seu jeito, mas em compensação foi desenvolven<strong>do</strong><br />
o caráter. Acreditamos que qualquer desconforto causa<strong>do</strong><br />
pelo estabelecimento de limites foi muito menor <strong>do</strong> que o sofrimento<br />
que teria na vida se não houvesse esses limites. Deus nos disse que<br />
“toda correção, com efeito, no momento não parece motivo de alegria,<br />
mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que foram exercita<strong>do</strong>s<br />
um fruto de paz e de justiça”.<br />
PESSOAS FErIDAS FErEM<br />
“Vede que ninguém retribua o mal com o mal;<br />
procurai sempre o bem uns <strong>do</strong>s outros e de to<strong>do</strong>s.”<br />
I Tessalonicenses 5:15<br />
Às vezes, quan<strong>do</strong> somos magoa<strong>do</strong>s ou agredi<strong>do</strong>s, queremos “acertar<br />
as contas” <strong>para</strong> que o outro sinta a mesma <strong>do</strong>r. Pessoas feridas<br />
e ressentidas atacam impie<strong>do</strong>samente quem as agride, prejudican<strong>do</strong><br />
sobretu<strong>do</strong> a si mesmas. Por isso, lembre-se que quan<strong>do</strong> nos sentimos<br />
feri<strong>do</strong>s corremos o risco de ferir quem nos atacou.<br />
Se você foi feri<strong>do</strong>, corre o risco de ferir também.<br />
Erramos ao pensar que alguém é mau porque nos fez mal. Isso nos<br />
dá motivos <strong>para</strong> feri-lo também. O raciocínio subjacente é: pessoas<br />
más fazem mal a outras e por isso devem sofrer. Talvez nossa <strong>do</strong>r não<br />
diminua, porém achamos que isso nos fará sentir um pouco melhor.<br />
Mas nem sempre é verdade.<br />
ruth e Alex se apaixonaram quan<strong>do</strong> estavam no último ano da faculdade.<br />
Tinham muito em comum. Ela queria se formar enfermeira<br />
e depois casar, ter filhos e ser <strong>do</strong>na-de-casa. Alex queria ser médico e<br />
se casar com uma mulher de princípios tradicionais, que valorizasse o<br />
papel de <strong>do</strong>na-de-casa. Os <strong>do</strong>is combinavam em suas posições políticas<br />
e religiosas e se sentiam atraí<strong>do</strong>s um pelo outro. Seis meses depois<br />
ficaram noivos.<br />
Contu<strong>do</strong>, no amor nem sempre as coisas são como se planeja.<br />
Depois de forma<strong>do</strong>s, Alex ingressou na residência médica e ruth<br />
começou a trabalhar como enfermeira em um hospital numa cidade<br />
vizinha. Conviveram pouco no ano seguinte, mas isso não constituía<br />
problema, pois tinham planos maiores <strong>para</strong> a vida. Encontravam-se<br />
nos finais de semana quan<strong>do</strong> Alex tinha algum tempo disponível, o<br />
que era difícil, mas os <strong>do</strong>is sentiam que estavam lutan<strong>do</strong> por algo que<br />
valia a pena.<br />
Com o passar <strong>do</strong> tempo, o relacionamento mu<strong>do</strong>u. Alex aproximou-se<br />
de seus companheiros de estu<strong>do</strong>, e ruth se sentia mais bem<br />
compreendida pelos colegas <strong>do</strong> hospital <strong>do</strong> que pelo noivo. Um dia os<br />
<strong>do</strong>is chegaram à conclusão de que precisavam ter uma conversa.<br />
– O que está acontecen<strong>do</strong> conosco? – ruth perguntou após alguns<br />
minutos de silêncio. – Não somos mais carinhosos um com o outro,<br />
só falamos de trabalho, e não me lembro da última vez em que você<br />
disse que me amava.<br />
– Eu sei – falou Alex com tristeza. – Acho que as coisas mudaram.<br />
– O que isso significa? – perguntou ruth. – Concordamos em nos<br />
se<strong>para</strong>r durante algum tempo <strong>para</strong> construir nossos sonhos <strong>para</strong> o<br />
futuro. Está tentan<strong>do</strong> dizer que não me ama mais?<br />
– Não sei – respondeu Alex, baixan<strong>do</strong> os olhos. – Nós nos afastamos<br />
muito. Se já não nos sentimos como antes, não sei se devemos<br />
nos casar. Simplesmente não sei.<br />
– Ah, mas eu sei – exclamou ruth com raiva. – Sei que você prometeu<br />
casar comigo quan<strong>do</strong> ficamos noivos e não posso acreditar que<br />
esteja desistin<strong>do</strong> da promessa. Depois de tu<strong>do</strong> o que fiz <strong>para</strong> conseguir<br />
esse trabalho, agora você vem me dizer que não sabe mais! Detesto<br />
ouvir o que você está dizen<strong>do</strong> e detesto você por fazer isso comigo.<br />
Como pude ser tão idiota!<br />
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