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Silicones de Condensação - Dentsply

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<strong>Silicones</strong> <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>nsação<br />

Departamento Técnico <strong>Dentsply</strong><br />

Introdução<br />

Os elastômeros sintéticos não-aquosos foram <strong>de</strong>senvolvidos<br />

principalmente para aplicações na área industrial.<br />

No entanto, tem sido consi<strong>de</strong>rados como materiais <strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> potencial como material <strong>de</strong><br />

moldagem <strong>de</strong> precisão para odontologia, superando os<br />

problemas <strong>de</strong> baixa resistência ao rasgamento e pobre<br />

estabilida<strong>de</strong> dimensional dos hidrocolói<strong>de</strong>s.<br />

Dentre os elastômeros, <strong>de</strong>stacamos como os <strong>de</strong> maior<br />

popularida<strong>de</strong> no mercado brasileiro que os silicones <strong>de</strong><br />

polimerização por con<strong>de</strong>nsação, também chamados <strong>de</strong><br />

polidimetilsiloxano. Atualmente sua apresentação<br />

comercial mais comumente encontrada é constituída <strong>de</strong><br />

uma massa <strong>de</strong>nsa pesada (ISO tipo 0), uma pasta (leve)<br />

fluida (ISO tipo 3) e uma pasta catalisadora tanto para a<br />

pasta leve quanto para a pesada.<br />

O presente artigo discutirá os diversos aspectos técnicos<br />

relativos às proprieda<strong>de</strong>s físicas, técnicas <strong>de</strong> moldagem<br />

e manuseio clínico dos silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação,<br />

objetivando beneficiar o leitor no aprimoramento dos<br />

seus resultados clínicos.<br />

Composição<br />

Pasta Fluida e Massa Densa:<br />

A pasta fluida (leve) e a massa <strong>de</strong>nsa são polímeros <strong>de</strong><br />

silicone a base <strong>de</strong> polidimetilsiloxano e com grupamentos<br />

terminais hidroxila. Cargas são adicionadas (sílica entre<br />

outras) para o controle da viscosida<strong>de</strong> e modificação das<br />

proprieda<strong>de</strong>s tal qual se faz em um compósito resinoso<br />

(ex. micropartículas, macropartículas, microhíbridas,<br />

etc...). Pigmentos são adicionados para se dar características<br />

<strong>de</strong> cor. Portanto, po<strong>de</strong>-se dizer que a massa <strong>de</strong>nsa<br />

pesada difere da leve praticamente no tocante à quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> carga e a um pigmento diferente. Com isso esta<br />

massa apresenta uma menor contração <strong>de</strong> polimerização,<br />

maior resistência mecânica e menor grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação<br />

permanente do que a pasta fluida. Em contrapartida, a<br />

pasta fluida apresenta uma superior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escoamento, rico registro <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes e maior flexibilida<strong>de</strong>.<br />

Portanto, compreen<strong>de</strong>-se que a combinação das duas<br />

consistências é <strong>de</strong> suma importância na obtenção <strong>de</strong><br />

moldagens precisas. Mais ainda, estas diferenças possuem<br />

implicações clinicamente significativas tanto na manipulação<br />

do material quanto na técnica a ser empregada,<br />

fatos que serão discutidos mais a frente.<br />

Catalisador:<br />

O catalisador consiste <strong>de</strong> um agente <strong>de</strong> ligação cruzadas<br />

(responsável pela união entre as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> polímeros)<br />

do tipo alquil silicato (tetraetilsilicato) a um composto<br />

<strong>de</strong> estanho (dibutildilaurato <strong>de</strong> estanho ou octoato<br />

estanoso) como catalisador. Cargas po<strong>de</strong>m ser adicionadas<br />

para auxílio na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reação e pigmentos<br />

para quando da mistura com a base (fluida ou <strong>de</strong>nsa) se<br />

verifique a obtenção <strong>de</strong> uma mistura homogênea livre <strong>de</strong><br />

estrias, caracterizando uma boa mistura.<br />

9<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P Profissional<br />

rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Reação <strong>de</strong> Polimerização<br />

Após a mistura das pastas base e catalisadora, se inicia<br />

imediatemente uma reação na qual os grupamentos<br />

terminais hidroxila do polímero <strong>de</strong> silicone reagem com<br />

o agente <strong>de</strong> ligações cruzadas sob a influência do<br />

catalisador. Cada molécula <strong>de</strong> agente <strong>de</strong> ligação cruzada<br />

po<strong>de</strong> reagir com até quatro ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> polímeros <strong>de</strong><br />

silicone ocasionando em um alto grau <strong>de</strong> ligações<br />

cruzadas entre os polímeros <strong>de</strong> silicone. Esta reação<br />

po<strong>de</strong> ser verificada pelo progressivo aumento <strong>de</strong><br />

viscosida<strong>de</strong> e rápido <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

elásticas. Durante esta reação ocorre a formação <strong>de</strong> um<br />

subproduto (álcool etílico), fato que clinicamente se<br />

traduz em uma contração do material. Ou seja, neste tipo<br />

<strong>de</strong> reação as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> polímeros <strong>de</strong> silicone se<br />

con<strong>de</strong>nsam para formar uma maior ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ligações<br />

cruzadas. Como resultado <strong>de</strong>sta “con<strong>de</strong>nsação”, temos<br />

um subproduto e a eliminação <strong>de</strong>ste ocasiona numa<br />

alteração dimensional da moldagem. Recomenda-se para<br />

estes materiais o vazamento do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso <strong>de</strong>ntro<br />

do prazo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> até 30 minutos, afim <strong>de</strong> que a volatilização<br />

<strong>de</strong>ste subproduto não ocasione distorções<br />

significativas.<br />

Características<br />

· Memória elástica: Os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação apresentam<br />

memória elástica superior aos polissulfetos, e ainda<br />

similar aos silicones <strong>de</strong> adição e poliéter. Em função <strong>de</strong>sta<br />

proprieda<strong>de</strong>, alguns autores preconizavam o retardamento<br />

do vazamento (por volta <strong>de</strong> 20 a 30 minutos) do gesso para<br />

que o mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> elastômero (material <strong>de</strong> comportamento<br />

viscoelástico) progressivamente obtivesse sua recuperação<br />

elástica. No entanto, este comportamento se faz mais<br />

pertinente aos polissulfetos, enquanto que nos silicones <strong>de</strong><br />

con<strong>de</strong>nsação esta recuperação se faz mais rápido. Mais<br />

ainda, ressaltamos que simultaneamente à espera <strong>de</strong><br />

eventual recuperação elástica dos silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação,<br />

ocorre ao mesmo tempo uma contração <strong>de</strong>vido a<br />

volatilização <strong>de</strong> seu subproduto. Vale a pena lembrar que<br />

entre os procedimentos <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong>sinfecção da<br />

moldagem e <strong>de</strong> preparo do gesso para o vazamento,<br />

transcorrem-se pelo menos 15 minutos, fato que permitirá<br />

com facilida<strong>de</strong> qualquer recuperação elástica “tardia”.<br />

Alguns autores consi<strong>de</strong>ram ainda que o termo vazamento<br />

imediato se restringiria em até 30 minutos após a remoção<br />

da moldagem. Para se obter o comportamento mais<br />

elástico possível, a moldagem <strong>de</strong> qualquer elastômero <strong>de</strong>ve<br />

ser feito similar a dos alginatos, ou seja, em golpe único.<br />

Esta manobra clínica minimiza eventuais distorções e<br />

acelera a recuperação elástica. Por não serem tão rígidos<br />

quanto os poliéteres, os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação são <strong>de</strong><br />

fácil remoção em áreas retentivas sem distorção, bem<br />

como está facilitada a remoção do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gesso e<br />

minimizada a chance <strong>de</strong> fratura do mo<strong>de</strong>lo ou <strong>de</strong> partes<br />

vitais <strong>de</strong>ste (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o gesso tenha sido proporcionado<br />

e manipulado <strong>de</strong> modo i<strong>de</strong>al, mantendo-se assim sua<br />

resistência i<strong>de</strong>al).<br />

· Tempo <strong>de</strong> presa e <strong>de</strong> trabalho: A temperatura possui<br />

gran<strong>de</strong> influencia nos tempos <strong>de</strong> trabalho e presa dos


elastômeros. Quanto maior a temperatura, menores<br />

serão estes tempos. Isto também significa que, na<br />

temperatura da cavida<strong>de</strong> oral, estes materiais terão sua<br />

reação acelerada. Os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação possuem<br />

tempos <strong>de</strong> trabalho e presa similares aos dos silicones<br />

<strong>de</strong> adição e a dos poliéteres. Os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação<br />

mais mo<strong>de</strong>rnos po<strong>de</strong>m ter seu tempo <strong>de</strong> presa e<br />

trabalho alongado em cerca <strong>de</strong> 10 a 15 segundos pelo<br />

acréscimo <strong>de</strong> um pequeno percentual <strong>de</strong> pasta base ou<br />

discreta redução na pasta catalisadora. No entanto, o<br />

profissional <strong>de</strong>ve atentar para as estritas recomendações<br />

<strong>de</strong> cada fabricante que indicam se em seu produto isto<br />

po<strong>de</strong> ser feito. Um tempo <strong>de</strong> presa longo como dos<br />

polissulfetos (<strong>de</strong> 8 a 12 minutos) po<strong>de</strong> causar extremo<br />

<strong>de</strong>scomforto aos pacientes pela <strong>de</strong>mora e uma remoção<br />

precoce po<strong>de</strong>ria levar a significativas distorções.<br />

· Toxicida<strong>de</strong>: Os elastômeros <strong>de</strong> silicone são consi<strong>de</strong>rados<br />

essencialmente não tóxicos. No entanto, cuidados<br />

<strong>de</strong>vem ser tomados para se evitar contato com os olhos,<br />

fato que po<strong>de</strong>ria levar a reversíveis irritações.<br />

· Manipulação: Ao contrário dos silicones <strong>de</strong> adição, os<br />

silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação po<strong>de</strong>m ser manipulados com<br />

luvas. Este fato em nada alteraria a presa <strong>de</strong>stes materiais<br />

ao contrário dos <strong>de</strong> adição. Outro fato relevante é <strong>de</strong><br />

que ao contrário dos polissulfetos, os silicones <strong>de</strong><br />

con<strong>de</strong>nsação diante <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes não mancham permanentemente<br />

as roupas.<br />

· Custo: Dentro <strong>de</strong> todos os elastômeros, os silicones<br />

<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação são os que apresentam menor custo.<br />

Ressaltamos que, respeitando-se sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vazamento <strong>de</strong>ntro dos primeiros 30 minutos, além <strong>de</strong><br />

seus requisitos <strong>de</strong> manipulação, os resultados clínicos<br />

obtidos são extremamente satisfatórios. A gran<strong>de</strong><br />

vantagem dos silicones <strong>de</strong> adição sobre os <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação<br />

estaria na estabilida<strong>de</strong> dimensional maior (em até 7<br />

dias em média) e na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se verter mais <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo a partir <strong>de</strong> um mesmo mol<strong>de</strong>. Por outro<br />

lado, diante <strong>de</strong> um erro <strong>de</strong> moldagem, o custo <strong>de</strong><br />

repetição seria muito maior com os silicones <strong>de</strong> adição.<br />

· Desinfecção: Para o procedimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção<br />

das moldagens, recomenda-se a lavagem com água<br />

corrente e posterior imersão por um tempo <strong>de</strong> 10<br />

minutos em uma solução <strong>de</strong> glutaral<strong>de</strong>ido a 2%.<br />

· Ângulo <strong>de</strong> Contato: O ângulo <strong>de</strong> contato <strong>de</strong> um<br />

fluido po<strong>de</strong> ser traduzido clinicamente pela facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ste fluido se espalhar por uma superfície (“molhamento”),<br />

como durante uma moldagem por exemplo<br />

ou no caso inverso, quando se vaza o gesso sobre um<br />

mol<strong>de</strong>. Dentre os elastômeros, os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação<br />

seriam os que ten<strong>de</strong>m a possuir maior ângulo <strong>de</strong><br />

contato. Isto se traduz na maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

“molhamento” durante a moldagem ou <strong>de</strong> se permitir<br />

um escoamento mais fácil do gesso. No entanto,<br />

formulações <strong>de</strong> silicones <strong>de</strong> alta perfomance (“advanced<br />

performance silicones”) possuem uma pequena<br />

10<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redutores <strong>de</strong> tensão superficial que<br />

significativamente ten<strong>de</strong>m a reduzir o ângulo <strong>de</strong><br />

contato. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do material <strong>de</strong> moldagem<br />

empregado, a área a ser moldada <strong>de</strong>ve estar seca<br />

(isenta <strong>de</strong> saliva e sangue) e limpa (isenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos)<br />

e o preparo <strong>de</strong>ve ser nítido e bem <strong>de</strong>finido. Nos casos<br />

<strong>de</strong> terminações intra-sulculares um correto afastamento<br />

gengival se faz necessário. Estas condições clínicas<br />

aliada a técnica a<strong>de</strong>quada asseguram um resultado<br />

clínico extremamente satisfatório. Para se reduzir<br />

ainda mais a chance <strong>de</strong> bolhas <strong>de</strong>correntes do vazamento<br />

do gesso, alguns profissionais após a <strong>de</strong>sinfecção<br />

da moldagem aplicam um redutor <strong>de</strong> tensão<br />

superficial (anti-bolhas). Similar ao procedimento <strong>de</strong><br />

inclusão para fundições, é imperativo que se use uma<br />

mínima quantida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixe o produto evaporar após<br />

alguns minutos. Isto não <strong>de</strong>ve fazer com que se<br />

ultrapasse os 30 minutos recomendados como tempo<br />

limite <strong>de</strong> vazamento do gesso.<br />

· Indicações: Os silicones <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação estão<br />

indicados para todos os casos <strong>de</strong> próteses fixas (unitárias<br />

e parciais). Além disso, a massa <strong>de</strong>nsa (pesada) po<strong>de</strong><br />

ser empregada como material para obtenção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> estudo e antagonista em pacientes aos quais o maior<br />

escoamento dos alginatos gera um <strong>de</strong>sconforto durante a<br />

moldagem.<br />

Técnicas <strong>de</strong> Moldagem com <strong>Silicones</strong> <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>nsação<br />

Nestes materiais a massa pesada, que possui melhores<br />

proprieda<strong>de</strong>s mecânicas e menor contração, tem a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> constituir o corpo da moldagem ou<br />

mesmo transformar-se em uma “mol<strong>de</strong>ira individual”,<br />

enquanto que cabe à pasta fluida a captação e registro<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes do preparos, aos quais não se permite<br />

registrar com a massa <strong>de</strong>nsa (<strong>de</strong> baixo escoamento).<br />

Portanto, para os casos <strong>de</strong> prótese fixa, a combinação<br />

das diferentes consistências se faz essencial. Duas<br />

técnicas são as mais recomendadas para se obter<br />

resultados clínicos excelentes e consistentes:<br />

· Moldagem em passo único ou dupla mistura:<br />

Nesta técnica, as moldagens pesada e leve são<br />

feitas simultaneamente. O profissional manipula a<br />

pasta leve e injeta por intermédio <strong>de</strong> uma seringa para<br />

moldagens o material no preparo. O exce<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong><br />

ser injetado nas faces oclusais dos <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>ntes. Ao<br />

mesmo tempo, um auxiliar manipula a massa <strong>de</strong>nsa e<br />

então o profissional assenta a mol<strong>de</strong>ira com a massa<br />

<strong>de</strong>nsa na cavida<strong>de</strong> oral. Com isto, a massa <strong>de</strong>nsa irá<br />

fazer com que a pasta leve escoe mais ainda, limitando<br />

a esta o registro <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes aos quais a <strong>de</strong>nsa não<br />

registraria (terminações cervicais, <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong><br />

retenções adicionais, etc...). Esta manobra requer um<br />

perfeito sincronismo entre profissional e auxiliar, pois<br />

os dois materiais tomarão presa juntos. As gran<strong>de</strong>s<br />

vantagens <strong>de</strong>sta técnica são a economia <strong>de</strong> tempo<br />

(pois a moldagem é feita em único passo) e limitar a<br />

massa leve (maior contração e menores proprieda<strong>de</strong>s<br />

mecânicas) ao mínimo necessário.


Sequência <strong>de</strong> moldagem em manequim.<br />

Técnica <strong>de</strong> passo único<br />

Preparos cavitários<br />

Medição da massa <strong>de</strong>nsa (putty)<br />

Medição do Silon2 APS Catalisador. Observe que no<br />

cabo da colher medida existe a marcação da quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> catalisador a ser utilizada para cada medida<br />

Início da mistura da massa <strong>de</strong>nsa com o catalisador. Obs.:<br />

este material po<strong>de</strong> ser manipulado com luvas <strong>de</strong> latex sem<br />

que haja interferência no processo <strong>de</strong> polimerização.<br />

11<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P Profissional<br />

rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Massa <strong>de</strong>nsa homogeneizada<br />

Massa <strong>de</strong>nsa posicionada na mol<strong>de</strong>ira<br />

Simultaneamente à manipulação da massa <strong>de</strong>nsa <strong>de</strong><br />

Silon2 APS, realizar a manipulação da massa fluida <strong>de</strong><br />

Silon2 APS<br />

Medição do Silon APS2 Fluido e do Catalizador<br />

Mistura da massa fluida


Aplicação da massa fluida nos preparos cavitários com<br />

auxílio <strong>de</strong> uma seringa<br />

Preparos cavitários preenchidos com a massa fluida <strong>de</strong><br />

Silon2 APS<br />

Mol<strong>de</strong>ira posicionada no local <strong>de</strong>sejado. Observe que,<br />

nesta técnica, tanto a massa <strong>de</strong>nsa quanto a massa fluida<br />

são levados até a cavida<strong>de</strong> bucal simultaneamente. A<br />

presa também se dará simultaneamente.<br />

Resultado final da moldagem<br />

12<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Resultado final da moldagem<br />

Caso clínico realizado no curso <strong>de</strong> especialização da UNIGRANRIO<br />

CD Rodrigo Reis<br />

Caso clínico realizado no curso <strong>de</strong> especialização da UNIGRANRIO<br />

CD Ilda Teresa<br />

Resultados <strong>de</strong> moldagens clínicas realizadas com<br />

SILON2 APS. Preparo para confecção <strong>de</strong> coroa total e<br />

<strong>de</strong> cavida<strong>de</strong> tipo MOD com cobertura <strong>de</strong> cúspi<strong>de</strong>.<br />

Observe a qualida<strong>de</strong> dos bordos das moldagens e do<br />

ombro do preparo MOD.<br />

· Dupla moldagem ou pesada e leve em duas etapas:<br />

Nesta técnica, primeiramente transforma-se a moldagem<br />

pesada em uma mol<strong>de</strong>ira individual e posteriormente faz-se<br />

uma moldagem “corretiva” para que a pasta leve registre os<br />

<strong>de</strong>talhes. O profissional inicia a manipulação da massa<br />

<strong>de</strong>nsa e a coloca na mol<strong>de</strong>ira. Depois, <strong>de</strong>ve cobrir a massa<br />

<strong>de</strong>nsa com uma folha <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> PVC e realizar a<br />

moldagem. Esta película plástica bem fina terá o papel<br />

<strong>de</strong> realizar um mínimo e uniforme alívio permitindo o<br />

espaço para a futura moldagem com a pasta leve. Após<br />

a presa da massa <strong>de</strong>nsa, a mol<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>ve ser removida e<br />

a folha plástica <strong>de</strong>scartada. Em seguida, o profissional<br />

<strong>de</strong>ve manipular a pasta leve e injetá-la através <strong>de</strong> uma<br />

seringa para moldagens no preparo. O restante <strong>de</strong> pasta


leve remanescente na placa <strong>de</strong> mistura <strong>de</strong>ve forrar toda a<br />

moldagem <strong>de</strong>nsa e então inserir na cavida<strong>de</strong> oral do<br />

paciente. Esta técnica consome mais tempo e exige o<br />

emprego <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> pasta leve. No<br />

entanto, po<strong>de</strong> facilmente ser executada sem o auxílio <strong>de</strong> um<br />

assistente. Vale a pena ressaltar que a não realização do<br />

alívio dificultará a reinserção da mol<strong>de</strong>ira e o posicionamento<br />

original da moldagem preliminar (massa <strong>de</strong>nsa) e<br />

po<strong>de</strong>rá acarretar em uma maior espessura <strong>de</strong> pasta leve,<br />

fatos que aumentam as chances <strong>de</strong> <strong>de</strong>formações.<br />

Fotos: Sequência <strong>de</strong> moldagem em manequim.<br />

Técnica <strong>de</strong> dupla moldagem<br />

Preparos cavitários<br />

Medição da massa <strong>de</strong>nsa (putty)<br />

Medição do Silon2 APS Catalisador. Observe que no<br />

cabo da colher medida existe a marcação da quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> catalisador a ser utilizada para cada medida<br />

13<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P Profissional<br />

rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Início da mistura da massa <strong>de</strong>nsa com o catalisador.<br />

Obs.: este material po<strong>de</strong> ser manipulado com luvas <strong>de</strong> latex<br />

sem que haja interferência no processo <strong>de</strong> polimerização.<br />

Massa <strong>de</strong>nsa homogeneizada<br />

Material posicionado na mol<strong>de</strong>ira com a presença <strong>de</strong> filme<br />

<strong>de</strong> poliéster para criar um alívio na moldagem<br />

Moldagem sendo realizada


Moldagem já realizada<br />

Recorte da moldagem inicial para eliminar o excesso <strong>de</strong><br />

material <strong>de</strong>nso, que po<strong>de</strong> interferir no reposicionamento<br />

da mol<strong>de</strong>ira na cavida<strong>de</strong> bucal<br />

Moldagem inicial recortada<br />

Dosagem do Silon2 APS Fluido: três tiras <strong>de</strong> massa<br />

fluida para uma tira do Catalisador.<br />

Obs: para se obter maior tempo <strong>de</strong> trabalho, po<strong>de</strong>-se<br />

dispensar uma quarta tira da massa fluida<br />

14<br />

Início da mistura<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Material homogeneizado<br />

Carregando a seringa <strong>de</strong> moldagem<br />

Aplicação <strong>de</strong> Silon2 APS no preparo cavitário


Preparos cavitários preenchidos com Silon2 APS Fluido<br />

Silon2 APS Fluido aplicado no interior da moldagem<br />

inicial<br />

Reposicionamento da mol<strong>de</strong>ira no local dos preparos<br />

cavitários<br />

Resultado final da moldagem<br />

· Dicas clínicas para otimização dos resultados:<br />

Relativos à precisão:<br />

Um campo limpo e seco permite um registro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhes sem a ocorrência <strong>de</strong> bolhas ou rugosida<strong>de</strong>s.<br />

Respeitar os tempo <strong>de</strong> trabalho, evitando se assentar a<br />

15<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P Profissional<br />

rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

mol<strong>de</strong>ira com o material quase tomando presa.<br />

Aguarda a presa final antes da remoção da mol<strong>de</strong>ira,<br />

verificando se a perfuração feita com uma sonda exploradora<br />

some rapidamente após a remoção do instrumento.<br />

Após assentamento da mol<strong>de</strong>ira, não exercer pressão<br />

excessiva, apenas mantenha a mesma na posição.<br />

Remoção da moldagem em golpe único favorece o<br />

comportamento elástico.<br />

Desprezar moldagens nas quais o material parcialmente<br />

se soltou da mol<strong>de</strong>ira, pois isto resulta em distorções.<br />

Respeitar os tempo máximos <strong>de</strong> vazamento do gesso<br />

que por sua vez <strong>de</strong>ve ter sua proporção água/pó i<strong>de</strong>al.<br />

Relativos à manipulação:<br />

Respeitar as proporções <strong>de</strong> base e catalisador<br />

preconizados na bula.<br />

Diante do recomendação <strong>de</strong> armazenamento em<br />

gela<strong>de</strong>ira, retirar o material da mesma pelo menos 2<br />

horas antes <strong>de</strong> se realizar a moldagem.<br />

Uma mistura vigorosa da pasta leve aumenta ainda<br />

mais a sua flui<strong>de</strong>z.<br />

Obter após a mistura (no menor espaço <strong>de</strong> tempo<br />

possível) uma massa homogênea e livre <strong>de</strong> estrias.<br />

O aumento da pressão no êmbolo da seringa durante a<br />

injeção aumenta mais ainda o escoamento da pasta leve.<br />

Respeitar os limites <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> trabalho.<br />

Relativos às mol<strong>de</strong>iras<br />

Utilizar mol<strong>de</strong>iras rígidas (evita distorções), prefencialmente<br />

<strong>de</strong> aço inoxidável com retenções <strong>de</strong> canaleta ou<br />

perfuradas ou uma <strong>de</strong> plástico rígido perfurada (<strong>de</strong>scartáveis).<br />

Mol<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> alumínio e plástico flexível po<strong>de</strong>m<br />

sofrer pequenas <strong>de</strong>formações durante a remoção da<br />

moldagem que por conseguinte serão transmitidas a<br />

moldagem como um todo, gerando imprecisões.<br />

As mol<strong>de</strong>iras selecionadas <strong>de</strong>vem permitir uma<br />

espessura mínima <strong>de</strong> material <strong>de</strong> moldagem <strong>de</strong> 3 a 5mm.<br />

Dados Técnicos segundo DIN EN 248234<br />

SILON 2 APS- SILON 2 APS-<br />

DENSO FLUÍDO<br />

Tipo Tipo 0<br />

Tipo 3<br />

alta consistência baixa consistência<br />

Dosagem Para cada colher Para cada 12,3 cm <strong>de</strong><br />

medida <strong>de</strong> Silon 2 Silon 2 APS Fluido<br />

APS Denso usar 6 usar 2,8 cm <strong>de</strong><br />

cm <strong>de</strong> catalisador catalisador<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

mistura<br />

30 segundos 30 segundos<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

Trabalho<br />

1 minuto<br />

1minutoe30<br />

segundos<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

espera na boca<br />

2minutose30<br />

segundos mínimo<br />

4 minutos mínimo<br />

Tempo <strong>de</strong> presa 3minutose30 5 minutos e 30<br />

total<br />

segundos<br />

segundos<br />

Resistência à<br />

<strong>de</strong>formação<br />

1,2 – 2,5 % 12 – 16%<br />

Recuperação da<br />

<strong>de</strong>formação<br />

Alteração<br />

99,5-100% 98,7-99,5%<br />

dimencional<br />

linear após 24h<br />

0,35% 0,9%<br />

Reprodução <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhes<br />

0.05mm 0.02mm


Leitura Recomendada<br />

16<br />

Clinical Update<br />

Publicação ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong> Atualização Atualização P PProfissional<br />

P rofissional da da <strong>Dentsply</strong> <strong>Dentsply</strong> Brasil<br />

Brasil<br />

Anusavice, KJ. Materis Dentários <strong>de</strong> Phillips, 10 a edição, 1996, Ed. Guanabara Koogan.<br />

Craig, RG. Restorative Dental Materials, 10 edição, 000, Ed. Mosby<br />

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McCabe JF, Walls AWG. Applied Dental Materials. 8a edição,1998,Ed. Blackwell Science.<br />

O´Brien WJ. Dental Materials: Properties and Selection. 1997, Ed. Quintessence.<br />

Shillingburg HT. Fundamentos <strong>de</strong> Prótese Fixa 3 a edição, 1998, Ed. Quintessence.<br />

Silon2APS APS<br />

Dosage Scale - Escala <strong>de</strong> Dosagem - Escala <strong>de</strong> Dosificación<br />

Fluid<br />

Fluido<br />

For Slower Setting: add This Stripe<br />

Para Presa Estendida: Adicione Esta Faixa<br />

Para Fraguado Lento: Añada Esta Franja<br />

BRASIL<br />

Catalyst<br />

Catalisador<br />

Catalizador

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