Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Heber J.Grant
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CAPÍTULO 12<br />
experiência pessoal, fala<strong>da</strong>s ou escritas, têm mais força e exercem<br />
um impacto mais duradouro sobre a mente <strong>dos</strong> ouvintes e<br />
leitores do que qualquer outra coisa. Essa é minha justificativa<br />
para relatar tantos acontecimentos de minha própria carreira.<br />
Quando eu [era] um jovem estu<strong>da</strong>nte, apontaram-me um homem<br />
que trabalhava como guar<strong>da</strong>-livros no Banco Wells, Fargo<br />
and Co’s., em Salt Lake City, e disseram-me que ele recebia um<br />
salário mensal de cento e cinqüenta dólares. Lembro-me de calcular<br />
que ele ganhava seis dólares por dia, excluindo os domingos,<br />
o que me parecia uma quantia imensa. (…) Sonhei trabalhar<br />
como guar<strong>da</strong>-livros para aquele banco e imediatamente matriculei-me<br />
no curso de escrituração <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Deseret [atualmente<br />
a Universi<strong>da</strong>de de Utah], na esperança de algum dia<br />
receber aquele que eu considerava um enorme ordenado.<br />
Cito com prazer (…) o escritor inglês Lord Bulwer Lytton: ‘O<br />
que falta ao homem não é talento, mas propósito; não é a capaci<strong>da</strong>de<br />
de vencer, mas o desejo de trabalhar’. O escritor escocês Samuel<br />
Smiles disse: ‘Assim como a galinha precisa chocar os ovos<br />
para que eles produzam filhotes, precisamos traduzir os propósitos<br />
em ações, ou eles, como os ovos, também se estragarão’.<br />
Lord Lytton decerto pressupunha que quando um jovem nutria<br />
sonhos nobres e destemi<strong>dos</strong>, isso o inspiraria a ter um propósito<br />
na vi<strong>da</strong> e a traduzi-lo em ações, em vez de deixá-lo<br />
estragar-se. Quando decidi tornar-me guar<strong>da</strong>-livros, de imediato<br />
comecei a empenhar-me para alcançar essa meta. Lembro-me<br />
bem do quanto meus colegas caçoavam de mim. Um deles observou<br />
ao ver meus livros: ‘O que é isso, garranchos?’ Outro disse:<br />
‘Será que um relâmpago atingiu um pote de tinta?’ Embora<br />
os autores dessas críticas, bem como de outras, não tivessem por<br />
objetivo magoar-me e sim divertir-se sem mal<strong>da</strong>de, acabaram por<br />
deixar marcas profun<strong>da</strong>s em mim, o que fez nascer um espírito<br />
de determinação. Resolvi superar meus limites, e acabei por fazer<br />
cópias manuscritas para to<strong>dos</strong> os alunos <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de e<br />
por tornar-me o professor de caligrafia e escrituração <strong>da</strong>quela<br />
instituição. Como eu tinha um propósito e também o ‘desejo de<br />
trabalhar’ e como eu concor<strong>da</strong>va com Lord Lytton que dissera<br />
que ‘no resplandecente dicionário <strong>da</strong> juventude não consta o<br />
verbo fracassar’, comecei a praticar caligrafia em meu tempo livre,<br />
por anos a fio, até que meus amigos passaram a chamar-me<br />
de ‘melhor calígrafo do mundo’.