Sessão Solene - Câmara dos Deputados

DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA
REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 260.3.51.O
DATA: 11/12/01
TURNO: Matutino
TIPO SESSÃO: Sessão Solene - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
HORA INÍCIO: 10h
HORA TÉRMINO: 11h59min

CÂMARA DOS DEPUTADOS
Ata da 260ª Sessão, em 11 de dezembro de 2001
Presidência dos Srs. ...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
...................................................................
ÀS 10 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:
Aécio Neves
Efraim Morais
Barbosa Neto
Severino Cavalcanti
Nilton Capixaba
Paulo Rocha
Ciro Nogueira
Pedro Valadares
Salatiel Carvalho
Enio Bacci
Wilson Santos

trabalhos.
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I - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.
II - LEITURA DA ATA
O SR. ..........................................................., servindo como 2° Secretário,
procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações,
aprovada.
O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. ..........................................................., servindo como 1° Secretário,
procede à leitura do seguinte
III - EXPEDIENTE
401

passar à
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O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) - Finda a leitura do expediente, vai-se
IV - HOMENAGEM
O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) – Esta sessão solene destina-se a
homenagear a Igreja de Deus no Brasil e foi requerida pelo nobre Deputado Lincoln
Portela.
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O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) – Convido para compor a Mesa o Pastor
Expedito Ferreira de Melo, Supervisor Nacional da Igreja de Deus no Brasil (palmas),
o eminente Vice-Governador do Distrito Federal, Benedito Domingos (palmas), o
Pastor David Rodrigues da Silva, Supervisor da Região Central da Igreja de Deus no
Brasil (palmas ) e o Pastor Eli Januário dos Reis, Supervisor da Região Sudeste da
Igreja de Deus no Brasil. (Palmas.)
Esta Presidência convida todos os presentes a ouvirem a música “Razão do
meu viver”, de autoria de Jairo Silva, interpretada por Elisama. (Palmas.)
(Apresentação musical.)
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O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) – Sr. Pastor Expedito Ferreira de Melo,
Supervisor Nacional da Igreja de Deus no Brasil, meu caro Vice-Governador do
Distrito Federal, nosso ex-companheiro nesta Casa, Benedito Domingos, Sr.
Supervisor da Região Central da Igreja de Deus no Brasil, Pastor David Rodrigues
da Silva, Sr. Pastor Eli Januário dos Reis, Supervisor da Região Sudeste da Igreja
de Deus no Brasil, Sras e Srs. Parlamentares, meus senhores e minhas senhoras,
ao comemorar o 115º aniversário de fundação da Igreja de Deus no Brasil, a
Câmara dos Deputados reúne-se em sessão solene para homenagear os milhares
de fiéis brasileiros hoje atuantes, cuja fé vem se expandindo em todas as regiões.
Historicamente, o advento da Igreja de Deus no Brasil, no início da década de
20, está associado à imigração européia, notadamente no sul do País. Mais
tardiamente, fortaleceu-se com a chegada de missionários norte-americanos, cuja
experiência em sua terra natal culminaria com a primeira denominação evangélica
pentecostal de todo o mundo. Suas atividades no Brasil foram oficialmente
inauguradas em 1955, quando a pequena célula da Igreja de Deus fundiu-se à Igreja
do Calvário Pentecostal. Atualmente, o Brasil integra uma grande comunidade de
137 países, que abrigam igrejas organizadas segundo os princípios da unidade
cristã, da vida santificada e da estrita interpretação dos ensinamentos bíblicos.
Além da busca pela unificação do povo de Deus, da condenação espiritual ao
mundanismo e da adesão à literalidade da palavra sagrada, tal como se verifica no
conteúdo dos cultos e pregações, os membros da Igreja de Deus, no Brasil e no
mundo, dedicam-se a várias atividades filantrópicas e assistenciais, enriquecendo a
prática missionária com a efetiva ajuda ao próximo, por meio de creches, orfanatos,
asilos e casas de recuperação de toxicômanos.
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São também muito importantes para a Igreja de Deus os centros de
treinamento missionários e os seminários teológicos regionais, onde a declaração da
fé pentecostal é apurada no sentido do dinamismo, da genuinidade e da unidade do
povo cristão. A própria denominação Igreja de Deus reflete o apego à letra das
Sagradas Escrituras, tal como consta dos Atos dos Apóstolos, para significar a
grande família de Deus.
No Brasil, a Igreja de Deus tem sua sede nacional em Brasília, além de sedes
regionais localizadas em sete outras cidades. A finalidade precípua é a
evangelização, baseada nas regras de conduta estabelecidas no Novo Testamento.
Nessa medida, o reconhecimento da figura de Jesus Cristo como o salvador é
fundamental para a realização do batismo e da conversão definitiva como membro
da Igreja de Deus.
Gostaríamos de ressaltar, particularmente, a alegria que envolve as práticas
de culto evangélico, expressando a autenticidade e a profundidade dessa fé.
Devemos destacar também o incansável trabalho de pregação, que busca
disseminar a palavra de Deus, levando a paz e o consolo espiritual a todos os
corações.
A importância desse fenômeno facilmente se justifica. Vivemos tempos
especialmente conturbados, onde predominam o materialismo, o consumismo e o
individualismo, em um horizonte alheio a valores morais e espirituais.
Independentemente da especificidade de cada credo ou doutrina, é certo que todos
sentimos a necessidade de nos reconhecer como filhos de Deus, buscando na
palavra sagrada uma senda de renovação e esperança.
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O povo brasileiro tem-se mostrado especialmente receptivo ao chamado do
Evangelho, exercendo, também por essa via, sua extraordinária vocação religiosa.
Aqui, o objetivo é aproximar os homens da salvação pessoal, pela superação do
egoísmo e do apego excessivo aos bens materiais.
Certos de que a incorporação de valores espirituais é fundamental para a
construção de uma sociedade mais justa e mais humana, não podemos deixar de
render graças à Igreja de Deus, que tanto vem contribuindo para a conscientização
religiosa do povo brasileiro.
Por isso, na condição de Presidente em exercício, parabenizo o eminente
Deputado Lincoln Portela, autor da proposição desta sessão de homenagem, assim
como a todos os que fazem a Igreja de Deus no Brasil, aqui representados pela
pessoa de seu Supervisor Nacional, Pastor Expedito Ferreira de Melo.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) – Concedo a palavra ao eminente
Deputado Lincoln Portela, autor do requerimento desta sessão de homenagem.
O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PSL-MG. Sem revisão do orador.) – Sr.
Presidente, Deputado Efraim Morais, cuja presença muito nos honra, senhores
pastares que compõem a Mesa, Sras. e Srs. Deputados, senhores pastores e
respectivas esposas, demais presentes nesta bela manhã de terça-feira, deixei
sobre a mesa o discurso que havia preparado, já que outros colegas hão de ocupar
esta tribuna e provavelmente falarão algumas coisas semelhantes às que eu ia
dizer.
Entretanto, minha fala a respeito da Igreja de Deus no Brasil é um pouco
diferente. Essa Igreja foi o meu berço, minha casa. Em Brasília, dei meus primeiros
passos, há trinta anos. O tempo passa muito depressa. Freqüentava um lindo templo
da Igreja de Deus, localizado na SQS 409. Lá conheci não apenas as primeiras
letras do Evangelho, mas o bê-a-bá de uma vida de ação social, de recuperação de
vidas e de valorização do ser humano. Pude entender que precisávamos ser
suporte. Quando a Escritura diz: "Suportai-vos uns aos outros", ela quer dizer para
sermos suporte um do outro, que nosso ombro esteja sempre pronto para poder
ajudar o ser humano em sua caminhada, em sua lida diária.
O saudoso Júlio Dantas do Amaral, meu primeiro modelo nesta caminhada
cristã, com seu jeito simples de ser, pôde me passar muitas informações sobre o
novo viver que eu estava me propondo a levar. Ali, na 409 Sul, tive várias
experiências tremendamente agradáveis de relacionamento interpessoal. Estava
com 17 anos e vivia outro tipo de vida, acostumado com a noite e com a baderna
dos jovens dessa idade, com seus pensamentos e até mesmo seus desvarios. Pude,
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naquele local, encontrar pessoas que me ensinaram o que é ter um relacionamento
interpessoal, o que é o amor, o que é o estar junto do outro sem querer sugar-lhe
alguma coisa, mas para compartilhar, para repartir com ele.
Lá aprendi que pessoas medíocres falam sobre pessoas; pessoas comuns
falam sobre coisas e pessoas inteligentes discutem sobre idéias. Aprendi muitas
idéias novas e pude ver muita coisa que eu não havia visto ainda, porque eu estava
no campo das coisas comuns, no campo da mediocridade. Pude, então, passar a
navegar no campo da inteligência, no campo da experimentação, onde essas idéias
novas deixavam de ser puramente filosóficas e passavam a ser ciência, a partir do
momento em que eram levadas para o campo do experimentação. Ali aprendi muito
e, com o passar do tempo, soube, naquele lindo templo, com aquelas pessoas
maravilhosas que ali estavam, que a Igreja de Deus tinha um seminário chamado
Instituto Bíblico da Igreja de Deus, em Goiânia. De repente, uma chama ardeu
dentro de mim, um fervor e alguma coisa me impulsionou a tomar mais informações
sobre o Instituto Bíblico da Igreja de Deus, sobre o que era aquele seminário.
Seguindo os trâmites normais, todo aquele envolvimento, toda aquela unção
que pairava no ar, dirigi-me àquele seminário e ali cheguei, na Praça Dona Seráfica,
em Goiânia. Lá encontrei o prédio edificado no meio de uma praça. Ao lado, não
havia nada, só terra, nem cercado estava o prédio. Lembro-me bem de que havia ao
redor do templo da Igreja de Deus: em frente a escola, ao lado a casa do diretor —
falarei sobre ele depois —, a casa de um supervisor e o botequim de madeira da D.
Josefa. Passei por muitas experiências naquele lugar. Quando cheguei fui procurar o
diretor. Pensava encontrar um irmão de idade mais avançada, talvez um missionário
americano, porque até então apenas os missionários americanos haviam presidido
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aquela bela instituição. De repente, encontro um jovem magro, alto, metido a bom de
bola, que jogava vôlei melhor que futebol. Eu, com 18 anos, menino, deparei-me
com David Rodrigues da Silva, outro jovem, e pensei: é este o diretor da instituição?
Esperava um homem como ele está agora: mais gordinho, cabelos grisalhos —
como diz a sua esposa, mais bonito.
E aconteceu: pude ter em David Rodrigues da Silva um grande arquétipo, um
grande modelo para a minha vida. Naquele lugar, só quem viveu aquela experiência
sabe o que se vivenciou realmente. Lá, junto com ele, pude encontrar outras
pessoas. Lembro-me também de um moço vindo de Mogi das Cruzes, com um
violãozinho debaixo do braço, de botas e um casaquinho amarelo horroroso que, por
certo, ele achava lindo. Era um sujeito simples, queria estudar, queria crescer,
queria progredir. Tinha um linguajar muito peculiar aos pernambucanos, um sotaque
forte. Perguntamos a ele: “Você trouxe a peixeira?”
Ali conheci também Expedito Ferreira de Melo, outro jovem simples e humilde
que cresceu, que concluiu o seu curso naquele lugar a duras penas, porque não era
fácil, era muito difícil. Levávamos uma vida de abnegação, de renúncia, uma vida de
seminário, enclausurados e com um diretor extremamente rígido. Rígido era pouco.
Tivemos até de cercar o lugar. Compramos madeira, passamos betume embaixo,
abrimos os buracos, plantamos, cercamos e ajardinamos todo aquele lugar. Fizemos
um grande trabalho ali.
Como disse, nosso diretor era rígido. Os seminaristas que queriam namorar
eram proibidos de fazê-lo. Os mais rebeldes, que chegaram a ficar noivos durante o
curso, foram obrigados, como foi o meu caso, a desfazer o noivado para poder
terminar o curso.
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No seminário, quando terminávamos o almoço, íamos lavar os pratos, depois
capinar, estudávamos mais duas horas na capela ou na biblioteca e à noite
estudávamos mais duas horas na biblioteca. Durante dois anos, nossa carga horária
foi de quase duas mil horas.
Aquilo foi muito bom para mim, porque vi pessoas crescerem. Vi o Expedito
crescer, terminar seu curso e depois ir estudar no Panamá, o sonho de todos nós.
Depois do curso no Panamá, parece-me que foi para a Lee University, onde também
pôde especializar-se e crescer. Hoje, ao ver o Expedito Ferreira de Melo já parecido
comigo, principalmente os cabelos, lembro-me de irmãos queridos, como o saudoso
Natanael, a Helenice, o Abimael, com quem disputava cada dois décimos de pontos.
Naquele tempo, tirávamos nota 100, 98, 97 — naquele tempo a contagem era
essa. Quando um tirava menos que o outro, o que tirava menos deitava-se de
braços abertos e dizia estar frustrado. (Risos.)
Ali conhecemos figuras extraordinárias, como a missionária Ruth Crowford,
exemplo de vida, decente, íntegra. Com um metro e noventa e cinco centímetros de
altura, olhos azuis, era uma linda mulher. Lembro de certa vez em que precisei
recorrer por causa de alguns décimos que havia perdido em uma prova — a disputa
era acirrada. Encontrei assentada à mesa, com os braços cruzados e cotovelos por
cima dos braços. Disse-lhe, então: “Irmã Ruth Crowford, a coisa não é assim”. Ela
olhou para mim e retrucou: “É assim, irmão”. “Mas, irmã Ruth, esses dois décimos
eu os mereço, a palavra que usei é sinônima". “Mas, irmão Lincoln, o que fiz está
feito”, disse ela. “Mas eles têm dois décimos na minha frente agora". “Irmão Lincoln,
está feito”.
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Nunca me esqueço de que, ao sair dali, a única coisa que me vinha à mente
era sua mão enorme, que havia crescido, crescido. O episódio foi uma grande lição
na minha vida, porque a perda daqueles dois décimos gerou em mim uma revolta
muito grande. Durante sete dias tive um comportamento diferente do normal, mas
era um aprendizado que eu estava tendo. Até que o Davi Rodrigues me chamou ao
seu gabinete, abraçou-me, conversou comigo e ministrou que as coisas não eram da
maneira que eu as estava vendo, e assim aprendi a ter o meu ego diminuído.
Não se trata de abaixar a auto-estima. Pelo contrário, ali era um lugar onde se
firmava a auto-estima. Mas, às vezes, é preciso perder o ego, porque, como disse o
maior arquétipo que a Humanidade conheceu, o modelo, Cristo, se alguém quiser
ganhar a sua alma — e alma é a psique, mente, emoção e vontade, o que penso, o
que sinto, o que quero — perdê-la-á, mas quem perder a sua alma por amor a Ele,
esse achá-la-á. Aquele que se destituir do seu próprio ego, negar a si mesmo, tomar
a cada dia a sua cruz e segui-Lo, esse sim terá o grande galardão.
Ali aprendi esses ensinamentos. Não é com o topete alto — e talvez o meu
fosse bem mais alto que o do Governador Itamar Franco, com respeito a S.Exa., e
falo literalmente de topete — que se aprende. Ali aprendi abaixar a crista. Ali
aprendi lições que trouxe para esta Casa hoje, o que foi muito significativo para mim.
A Igreja de Deus também é tremendamente significativa na minha vida. Por
esta razão a homenagem que hoje prestamos a ela, que em 1886 levantou-se em
uma nova unção para se tornar o primeiro movimento pentecostal de todo o mundo.
A Igreja de Deus é discreta. Não se ouve falar de escândalos. É uma igreja
que não deixa dúvidas. O lastro que deixa é o bom aroma de Cristo. Igreja de
pessoas de bom testemunho, de bom comportamento, de pessoas decentes,
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coerentes e que fazem com que o Brasil seja cada vez melhor. Igreja que a cada dia
dá sua parcela de colaboração sem alardear o que faz e que leva os seus membros
a cumprir com todas suas obrigações, sem sobre eles colocar fardos insuportáveis,
porque não se preocupa com o fardo da religião, mas com o fardo leve e suave que
Cristo nos deixou para ser carregado.
Com humildade, com serenidade, com sobriedade, com competência, com
decência, com coerência, a Igreja de Deus prossegue o seu caminho de 1886 a
1922, 1924, 1955 e 2001, sendo homenageada, neste fim de ano, por esta Câmara
dos Deputados.
Parabéns aos que fazem esse trabalho! Parabéns aos que dão parcela de
colaboração para o nosso Brasil e para o Reino maior, o reino Daquele que nos
chamou do reino das trevas para o Reino do Seu amor.
Parabéns aos que estão aqui sendo homenageados na presença do 1º Vice-
Presidente do Congresso Nacional, Deputado Efraim Morais; do Vice-Governador do
Distrito Federal, Benedito Domingos, de seus líderes maiores e com a certeza de
que cada um é extremamente importante. Através de um trabalho de psicossíntese,
de cura interior, todos aprenderam na Igreja de Deus que têm o seu valor e que
podem levar outras pessoas a serem também valorizadas.
Muito obrigado a todos pelo privilégio de esta Casa poder homenageá-los.
Muito obrigado, Expedito Ferreira de Melo, pelo seu exemplo, e a tantas pessoas da
Igreja de Deus que realizaram seu trabalho e já partiram. Muito obrigado a esses
que não podem me ouvir, mas que deixaram o seu legado.
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Muito obrigado, Pastor David Rodrigues da Silva, por tudo o que o senhor
representou na minha vida. Muito obrigado a todos! Que Deus os abençoem. (O
plenário, de pé, aplaude demoradamente.)
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O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais) – Concedo a palavra ao nobre
Deputado Aldir Cabral, que falará pelo PFL.
Antes, porém, convido o eminente Deputado Lincoln Portela a assumir a
presidência dos trabalhos.
O SR. ALDIR CABRAL (Bloco/PFL-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Pastor Expedito Ferreira de Melo, Sr. Vice-
Governador do Distrito Federal, Benedito Domingos, Srs. Pastores, Srs. Ministros,
senhores convidados, honrou-me a Liderança do Partido da Frente Liberal com a
indicação do meu nome para que, ocupando a tribuna nesta oportunidade,
expressasse os sentimentos maiores de agradecimento e de homenagem do PFL e
da Câmara dos Deputados à Igreja de Deus, pela sua presença no Brasil e por sua
participação no processo contínuo e eficiente que se realiza em nosso País, por
meio das Igrejas Evangélicas, da recuperação moral e espiritual do nosso povo.
O crescimento da população evangélica no Brasil é perfeitamente notado não
só por meio das estatísticas oficiais, mas, sobretudo, pela visualização perceptível
de templos, de instituições, de movimentos e de comunidades evangélicas que
surgem a cada dia em todos os Municípios brasileiros, o que facilita o acesso do
povo à Palavra de Deus.
Como “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus”, quanto mais se prega, mais o
povo se converte, mais vidas são transformadas pelo poder do Evangelho e mais
igrejas são estabelecidas.
Nesse processo de restauração espiritual do Brasil e dos brasileiros está
inserida a Igreja de Deus, que, em sua Declaração de Fé, afirma, enfaticamente, a
crença da Igreja “na inspiração verbal da Bíblia” e “em um só Deus, existente
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eternamente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. Seguindo esses
dois princípios básicos e fundamentais para se reconhecer uma igreja como
verdadeiramente evangélica, a Igreja de Deus declara, ainda, crer “que todos,
homens e mulheres, pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e que o
arrependimento é ordenado por Deus a todos como necessário para o perdão dos
pecados”; “que justificação, regeneração e novo nascimento são operados pela fé no
sangue de Jesus Cristo”.
Em outros pontos de sua Declaração de Fé, a Igreja de Deus centraliza sua
atenção na importância da vida de santificação e de humildade. Crê a Igreja de Deus
“na santificação subseqüente ao novo nascimento, pela fé no sangue de Cristo, pela
Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e pelo Espírito Santo”. Crê, ainda, na santidade
“como modelo de vida de Deus para o seu povo”.
Assim, é de se ver como extraordinariamente importante a existência de uma
Igreja que prega e sustenta a santificação e a vida de santidade de seus fiéis. Nisso
reside um dos veios de trabalho para a recuperação do homem, caído em seus
delitos e pecados. Felizmente, em sua quase totalidade, as igrejas
reconhecidamente evangélicas pregam esses mesmos princípios de fé. Há
exceções no chamado mundo cristão, especialmente nas igrejas cristãs não
evangélicas, que dogmatizam outros princípios de fé e não asseguram a seus fiéis a
certeza da salvação pessoal em Cristo Jesus, transferindo à “igreja” o poder salvífico
exclusivo do Filho de Deus, Jesus Cristo. A salvação não está na Igreja, nem no
batismo, nem nos dogmas. E bem diz a Declaração de Fé da Igreja de Deus “que
justificação, regeneração e novo nascimento são operados pela fé (pessoal) no
sangue de Jesus Cristo”.
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Mas se, historicamente, a santidade de vida é uma das características desta
Igreja que hoje homenageamos, outro aspecto decorrente de sua Declaração de Fé
merece ser mencionado. Refiro-me à consciência doutrinária de que a humildade é
indispensável à prática do verdadeiro cristianismo. Tanto assim é que a Igreja de
Deus mantém como sacramentos o Batismo, a Santa Ceia e o Lava-pés. Foi na
lavagem dos pés de Seus discípulos que Jesus deu a maior lição de humildade para
toda a humanidade. A Igreja de Deus, repetindo sistematicamente esse ato, assume
comportamento e humildade somente próprios aos que vivem realmente a vida de
santidade.
A santidade e a humildade, juntas, combatem a vaidade e eliminam o orgulho
e a jactância espirituais. Por isso, os “Ensinos da Igreja de Deus”, adotados desde
1910 e ministrados pela Igreja de Deus à sua membresia e a seu Ministério Pastoral,
são enfáticos nestes pontos e, se bem observados, aqueles “Ensinos” conduzem os
seus atentos observadores ao cerne das Escrituras Sagradas, fazendo-o em
linguagem simples e facilmente assimilável.
Sei que a Igreja de Deus, como denominação evangélica, foi fundada no dia
19 de agosto de 1886. Sei que historicamente é a primeira denominação evangélica
pentecostal do mundo. Iniciada com a reunião de apenas oito pessoas, simples
camponeses residentes na região montanhosa do Estado da Carolina do Norte,
Estados Unidos da América, a Igreja de Deus hoje se espraia pelo mundo,
marcando presença em mais de 140 países, entre os quais o Brasil, onde chegou
em 12 de maio de 1955, unindo-se à então Igreja Calvário Pentecostal, que, à
época, reunia cerca de setecentos fiéis. Daquela abençoada união resultam hoje
mais de quinhentas congregações e igrejas organizadas, com um Ministério de
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aproximadamente 450 pastores e líderes, que orientam espiritualmente cerca de 25
mil membros professos, além de crianças, congregados e visitantes não professos.
Acolhendo os que sofrem com a pobreza, a orfandade, o vício e as diferenças
sociais, a Igreja de Deus mantém no Brasil instituições filantrópicas tais como
orfanato, casa de recuperação de toxicômanos, casa para idosos e creche. Estas
instituições independem do auxílio governamental e são mantidas pelas
contribuições dos membros de igrejas e congregações locais.
Além disso, prepara seus futuros pastores em Faculdade Teológica própria,
que, de orientação não sectária, abre suas portas a alunos oriundos de outras
denominações evangélicas.
Por sua densa e substancial grade de matérias, pelo nível de seus
professores, pela seriedade com que ministra o Evangelho teológico, pela freqüência
na oferta de cursos e de seminários de reciclagem e de capacitação de obreiros, a
Faculdade Teológica da Igreja de Deus, que funciona em Brasília, tem merecido a
melhor apreciação da comunidade evangélica, reconhecimento este que não poderia
ser omitido na oportunidade destas justas homenagens.
A sede nacional da Igreja de Deus no Brasil é na cidade de Brasília, no
Distrito Federal, mas sua força de atuação se faz presente em todas as regiões
geográficas do País. Isto lhe assegura um expansionismo evidente, o que ocorrerá
para a honra e a glória do Nome do Senhor Jesus.
Quero, em nome da Liderança do meu partido, o Partido da Frente Liberal,
agradecer à Igreja de Deus, na pessoa de seu Supervisor Nacional, Pastor Expedito
Ferreira de Melo, e na dos demais membros do Conselho Executivo Nacional pelo
muito que essa amada Igreja vem realizando em favor do nosso Brasil através de
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sua atuação evangelizante, capaz de arrancar do crime, do vício, do pecado, das
trevas e das mãos de Satanás milhares de brasileiros que hoje, transformados em
cidadãos aptos ao exercício da vida em sociedade, asseguram ao Brasil maior
equilíbrio moral e social. São pessoas que, aceitando a mensagem salvadora de
Jesus, se tornam não apenas melhores cidadãos deste mundo e deste País, mas
também em cidadãos dos Céus e embaixadores do Reino de Deus. São pessoas
que não dão trabalho ao Estado, que não freqüentam estabelecimentos correcionais,
que não protagonizam o tráfico de entorpecentes e nem a violência no trânsito; que
cumprem os seus deveres para com a família, a Igreja, o Estado e a sociedade. São
“os santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos com todos os que,
em todo lugar, invocam o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
A Igreja de Deus existe, a partir dos oito camponeses da Carolina do Norte,
há exatos 115 anos. No Brasil, como Igreja Evangélica do Calvário Pentecostal
desde 1935 e, como Igreja de Deus, desde 1955. São 66 anos de caminhada em
prol do Reino de Deus. Incontáveis são os frutos desse trabalho que somente na
Eternidade poderão ser realmente dimensionados.
Sr. Presidente, agradecendo à Liderança do meu partido, na pessoa do
Deputado Inocêncio Oliveira, por esta oportunidade de saudar a Igreja de Deus no
Brasil, quero manifestar minha certeza de que essa Igreja há de prosseguir, fiel a
seus princípios, a proclamar o Evangelho da Graça de Deus em Cristo Jesus e que
sua expansão se dará ainda em maior intensidade pela dedicação de seus pastores
e obreiros, aos quais estendo minha destra de companheirismo cristão, de
solidariedade e do mais absoluto respeito.
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(Palmas).
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Muito obrigado a todos. Que Deus os abençoe em nome do Senhor Jesus.
Durante o discurso do Sr. Aldir Cabral, o Sr. Efraim
Morais, 1º Vice-Presidente, deixa a cadeira da
presidência, que é ocupada pelo Sr. Lincoln Portela, § 2º
do art. 18 do Regimento Interno.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – O nobre Deputado Aldir Cabral teve
que se levantar hoje às 4h para vir do Rio de Janeiro e estar aqui conosco. Esse foi
um dos motivos pelos quais permitimos que seu tempo fosse um pouco extrapolado.
S.Exa. é um homem que tem estado nesta Casa com um testemunho fiel de fé
cristã.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Esta Presidência convida o Pastor
Erasque da Rocha Viana, Supervisor Regional da Região Centro-Oeste da Igreja de
Deus no Brasil, para compor a Mesa.
A Mesa registra ainda as presenças do Pastor Djair Pinho Alves, Pastor
Auxiliar da Igreja de Deus do Guará; da Sra. Regina Marta, Diretora Regional do
Ministério Feminino da Igreja de Deus do Guará I; do Pastor Gerson Berbet, Pastor
Titular da Igreja de Deus do Guará; do Pastor Auxiliar Sebastião de Assis, da Igreja
de Deus de Sobradinho; do Pastor José Raspante; do Pastor Supervisor Eli Januário
dos Reis, Supervisor da Região Sudeste da Igreja de Deus no Brasil; da Sra. Vera
Lúcia Rocha e do Pastor Jonas Freitas, da Igreja de Deus no Brasil e do Sr. Moacir
da Silva, Diretor do Orfanato Nacional da Igreja de Deus. Registramos também a
presença da Escola Estadual Santo Agostinho, de Pirenópolis, Goiás.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Dando prosseguimento a esta
sessão, convido o próximo orador inscrito, o nobre Deputado Jorge Pinheiro, do
PMDB do Distrito Federal e que disporá de até 7 minutos.
O SR. JORGE PINHEIRO (PMDB-DF. Sem revisão do orador.) – Sr.
Presidente, Deputado Lincoln Portela, a quem parabenizo pela iniciativa de
homenagear a Igreja de Deus no Brasil; Pastores Expedito Ferreira de Melo, Eli
Januário dos Reis, David Rodrigues da Silva e Erasque da Rocha Viana; Vice-
Governador do Distrito Federal, Benedito Domingos, um homem evangélico, um
homem de Deus, representante da Assembléia de Deus, mas, sobretudo, do povo
evangélico na Vice-Governadoria do Distrito Federal; Vice-Presidente do Conselho
de Pastores, Bispo Renato Andrade; evangelistas, diáconos, membros da Igreja de
Deus e todos os nossos irmãos em Cristo, que Deus os abençoe abundantemente,
em nome do Senhor Jesus.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Igreja de Deus foi fundada nos
Estados Unidos em 1886, tornando-se a primeira denominação evangélica
pentecostal do mundo.
A característica marcante dos cultos pentecostais é a crença nos milagres do
cristianismo e no aspecto sobrenatural das escrituras sagradas. Esses traços
carismáticos haviam sido em parte perdidos pelo protestantismo tradicional, que, em
sua ânsia por se diferenciar dos católicos, chega a dizer que a Bíblia é apenas
metafórica e não deve ser interpretada ao pé da letra.
Voltando a valorizar a Bíblia como repositório objetivo da vontade divina, o
movimento pentecostal cresceu. A Igreja de Deus está presente em 137 países do
globo e originou muitas outras denominações religiosas pentecostais e
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neopentencostais. Suas raízes brasileiras datam de 1922, plantadas pela imigração
germânica no sul do Brasil.
Graças ao desprendimento daquelas famílias de agricultores pobres, que
colocaram seu tempo e bens à disposição da pregação do Evangelho, a Igreja teve
um crescimento inicial forte e constante, permitindo que apenas três anos depois,
em 1924, fosse erguido o primeiro templo, em Santa Catarina.
Em 1931, além de estar registrada junto aos órgãos competentes nacionais, a
Igreja chegava a São Paulo. Mas apenas em 12 de maio de 1955, quando
aconteceu sua união com a Igreja Calvário Pentecostal, tomou sua forma definitiva.
Na década de 60, estabeleceu-se a sede nacional, em Curitiba, no Paraná,
transformada em local oficial das convenções nacionais, cada vez mais concorridas.
Na década de 70, foi criado o Instituto Bíblico, responsável pelo grande impulso no
trabalho evangelizador, especialmente se considerarmos que se somou ao
estabelecimento de um programa radiofônico e ao início das obras sociais e
educacionais da Igreja — estas últimas são responsáveis pelo atendimento de
quase mil famílias carentes por dia.
Também nos anos 70, a Igreja atingiu a Região Norte de nosso País, com a
ajuda da Junta Missionária Norte-Americana. Um templo foi construído às margens
do Rio Tapajós, no Pará, e diversas capelas erguidas à margem da
Transamazônica. O Nordeste foi atingido apenas em 1981, a partir do Estado do Rio
Grande do Norte, e atualmente nossa homenageada está presente em todas as
cinco regiões do País, embora alguns Estados ainda não tenham templos lá
erigidos.
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Os dados de 1999 dão conta de que há 23 mil membros ativos em 299
templos organizados. Além disso, há um orfanato, um centro de recuperação de
toxicômanos, um asilo de idosos, cinco creches, uma faculdade de teologia, um
centro de treinamento missionário, quatro seminários teológicos regionais e duas
escolas primárias.
Senhoras e senhores, a “Igreja de Deus” é um termo bíblico e nomeia esta
nossa homenageada, nascida com o propósito de unir os cristãos numa fé renovada.
Trata-se de um propósito admirável, e, mesmo que não seja atingido, não menos
admirável permanece sendo o trabalho dessas pessoas que visam não apenas ao
tempo de suas vidas, mas à eternidade.
Como já foi dito pelo Deputado Lincoln Portela, autor da proposição da
presente sessão, preparamos sempre um discurso. Eu registrei alguns fatos, a meu
ver, interessantes, mas penso que a tônica desta sessão é o que há no coração dos
pastores, dos seus líderes.
Eu, como Pastor, entendo que o Senhor Jesus nos deu uma ordem: "Ide pelo
mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Aquele que crê e for batizado será
salvo; quem não crê, será condenado".
Vejo que a Igreja de Deus tem desempenhado exatamente essa missão: ir
pelo mundo, por vários países. No caso do Brasil, vamos a muitos Estados, a muitas
cidades para pregar o Evangelho. Todas as pessoas têm de ouvir o Evangelho. Se
elas vão se converter e ser batizadas para, então, serem salvas, Deus é quem sabe.
Mas as pessoas tem de ter oportunidade de ouvir a palavra de Deus.
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Vivemos dias difíceis, senhores pastores, Srs. Deputados, Sr. Presidente,
Srs. Líderes. O Brasil atravessa momentos de muita dificuldade e exatamente
nesses momentos de incertezas, de dúvidas, as pessoas têm abraçado a fé.
Costumo dizer que a fé é o único instrumento pelo qual uma pessoa, um
cidadão pode conseguir plena paz, vitória, prosperidade, saúde e plena realização. É
isso que a Igreja de Deus faz: prega a fé e leva as pessoas a ter um encontro com o
Senhor Jesus, através do Evangelho. Onde chega o Evangelho, a mente da pessoa
se abre, descortina-se diante dela um novo horizonte. A pessoa é valorizada
mesmo sendo humilde, pobre, ainda que desprezada pela sociedade, rejeitada pela
família, sem oportunidades, porque o Evangelho mostra que ela é importante para
Deus.
E, a partir do momento em que a pessoa aceita o Evangelho, o milagre
começa a acontecer, as portas vão se abrindo. Essa é a tônica, o espírito de todo o
trabalho feito pela Igreja do Reino de Deus: levar esperança.
As pessoas têm fome e sede de justiça. E Deus é justiça. O trabalho que os
pastores e os evangelistas fazem é tentar, com a justiça de Deus, resolver os
problemas que a justiça dos homens não soluciona.
Ora, como Pastor da Igreja Universal, co-irmão em Cristo Jesus, também
pregador do Evangelho e representante do meu partido, o PMDB, parabenizo a
Igreja do Reino de Deus, seus pastores e seus membros pelo lindo trabalho que
vêm realizando. Não há trabalho mais bonito e gratificante, apesar dos sacrifícios, do
que pregar o Evangelho e levar a boa nova.
O Sr. Mauro Benevides – Nobre Deputado Jorge Pinheiro, permite-me
V.Exa. um breve aparte?
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O SR. JORGE PINHEIRO – Com prazer, nobre Deputado
O Sr. Mauro Benevides – Nobre Deputado Jorge Pinheiro, estava eu ainda
no meu gabinete quando se instalou formalmente esta solenidade e tive o privilégio
de ouvir o discurso inaugural daquele que é o responsável por sua realização. Autor
do requerimento desta homenagem, o nobre Deputado Lincoln Portela é uma das
figuras mais destacadas desta Casa, por saber pregar simultaneamente a
democracia e o Evangelho, desta tribuna e dos púlpitos, que não são laicos, mas
religiosos de sua Igreja. Ouvi atentamente o relato de S.Exa. sobre a atuação da
Igreja, assim como também ouvi o Pastor Aldir Cabral falar sobre o que significou, ao
longo do tempo, o trabalho da Igreja do Reino de Deus. V.Exa. vem à tribuna neste
instante e faz com que realcemos aquilo que tem sido marca permanente neste
plenário: o caráter ecumênico das nossas sessões solenes que aqui se realizam
com este objetivo. Quando vejo, por exemplo, o grande Vice-Governador Benedito
Domingos, deste mesmo microfone que ocupo neste instante, pontificar tantas e
seguidas vezes a defesa da democracia e também os princípios étnicos e religiosos
que professa, eu mais me convenço de que solenidades como esta devem ser
reprisadas com mais assiduidade. Sobretudo, nobre colega Jorge Pinheiro, para que
nós — V.Exa., eu e tantos outros — nos compenetremos, legisladores que somos no
cumprimento de nossa tarefa primordial, Deputados e Senadores — fui Senador até
pouco tempo e hoje sou Deputado —, de nossa missão primordial: legislar. E
deveremos ter sempre por inspiração as lições sapientíssimas do Evangelho. Neste
instante, estou a deslustrar o brilhante pronunciamento de V.Exa. para render minha
homenagem aos integrantes da Igreja do Reino de Deus, que desde 1955 funciona
com essa denominação em todo o País. Que eles prossigam orando, rezando,
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buscando na Bíblia os ensinamentos indispensáveis e se lembrem, sim, dos
representantes do povo brasileiro. Que os Deputados e Senadores errem menos,
procurem acertar e, conseqüentemente, propiciar felicidade ao povo brasileiro.
(Palmas.)
O SR. JORGE PINHEIRO - Deputado Mauro Benevides, agradeço a V.Exa. o
aparte. Aproveitando o gancho e concluindo, Sr. Presidente, vamos orar pelos
Parlamentares.
A Igreja de Deus é uma igreja de Deus. E seguindo aquilo que as Escrituras
dizem: “Orai pelas autoridades”, a Igreja vai orar pelos Senadores e Deputados que
aqui estão para que possam errar menos. Não somos infalíveis e erramos,
evidentemente, mas vamos tentar fazer com que esta Nação seja próspera e
abençoada.
Concluo minhas palavras, Sr. Presidente, parabenizando o autor desta justa
sessão solene, e, de todo o meu coração, orando mais ainda para que a Igreja de
Deus possa crescer cada vez mais.
Como Pastor e Deputado Federal eleito pelo Distrito Federal, Capital do
Brasil, estou à disposição da Igreja de Deus de Brasília e de todo o território
nacional, onde nossa atuação nos permitir.
Parabenizo todos os pastores, aqueles que lutam, aqueles que trabalham,
que labutam e aqueles que ganham almas, porque esses são sábios.
Que Deus abençoe a Igreja de Deus no Brasil! Que Deus abençoe o Brasil!
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Agradeço ao nobre Deputado Jorge
Pinheiro, que no Distrito Federal tão brilhantemente apresenta programa de
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televisão. Agradeço também ao Deputado Mauro Benevides o aparte. S.Exa. foi
Presidente do Congresso Nacional e atuou de forma competente.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Registro a presença dos seguintes
convidados: Pastor José Quirino Rodrigues, contemporâneo; Maria Ruth Silva,
contemporânea; Pastor Salomão Ribeiro, meu primeiro supervisor; João Eufrasino
de Castro, de Brasília; Francisca Maria de Souza, de Senador Canedo; Maria
Fernandes de Souza; Maria Aparecida de Jesus Leão; Luiz Antonio Arantes Leão;
Dário de Sousa Campos; Waltoir Monteiro Soares; Everton José Vieira; Juliano
Pereira de Sousa e José João do Nascimento.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Concedo a palavra ao nobre
Deputado Silas Câmara, pelo PTB. S.Exa. dispõe de sete minutos.
O SR. SILAS CÂMARA (PTB-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente,
Deputado Lincoln Portela, Srs. Membros da Mesa, Sr. Benedito Domingos, Vice-
Governador do Distrito Federal, a quem dirijo cumprimento especial, por estar
sempre presente em sessões de interesse do público evangélico brasileiro, o que
demonstra o compromisso de V.Exa. com o cargo que exerce. Deus, com certeza,
escreve em pedras esse fato para que não seja esquecido. E V.Exa. será honrado
mais ainda em tempo próprio.
Meus queridos irmãos, fico feliz por poder participar de sessão solene para
homenagear a Igreja de Deus. Trouxe discurso pronto, mas não o lerei. Quero
apenas dizer aos senhores que esta Legislatura da Câmara dos Deputados tem sido
das mais importantes para a Nação brasileira, pois o povo evangélico mobilizou-se e
mandou a esta Casa o maior número de missionários já visto nos últimos tempos.
Digo missionários porque, segundo a Bíblia, pelo fruto se conhece a árvore.
Se analisarmos a história da Câmara dos Deputados, veremos que nos
últimos tempos tem sido concedido ao povo evangélico o maior número de honrarias
já visto em toda a história do Brasil. Outrora à margem desta Casa de leis, sem
representantes que pudessem falar em nome do nosso povo, muitos fatos passavam
despercebidos do povo brasileiro.
A presente homenagem faz menção a uma Igreja histórica, que se preocupa
não somente com o Evangelho do Senhor Jesus Cristo — se só isso fizesse,
bastaria —, o que faz em cumprimento a ordem imperativa de Jesus: “Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Sei que vocês fazem isso muito bem,
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mas esta Igreja dá sinais de que tem preocupação ainda maior, como as outras
também têm.
Em nome da Igreja de Deus no Brasil, falo a todo o público brasileiro que nos
ouve por intermédio da TV Câmara; homenageio, também por seu intermédio, todo
o povo evangélico.
Sou membro da igreja evangélica Assembléia de Deus no longínquo Estado
do Amazonas, Região Norte. Lá também vocês realizam bonito e eficaz trabalho,
que faz a diferença. Talvez os telespectadores da TV Câmara e ouvintes da Rádio
Câmara estejam se questionando sobre como o povo evangélico vem ocupando
todos os lugares, homenageado que é em todo o mundo, embora sendo minoria.
Somos minoria, mas fazemos a diferença. Somos a luz do mundo e o sal da Terra.
Imaginem o mundo sem sal e sem luz.
Deus tornou-se homem por meio de seu Filho, Jesus Cristo, que por sua
capacidade de viver na Terra durante muito tempo provou ser o homem capaz de
constituir-se na diferença, de ser feliz, de poder abençoar a humanidade e de poder
anunciar a esperança, a paz e a transformação de vida. No Brasil, somente em
virtude de nossas ações na área social, do número de vidas que temos resgatado,
por meio do Evangelho do Senhor Jesus Cristo, das milhares de pessoas que
tiramos da situação de alcoólatras, viciados em drogas, marginais, já somos a
grande diferença. A economia que a Nação brasileira faz por si própria, se aplicada
no povo evangélico, para que pudéssemos fazer obras sociais, resultaria em grande
diferença. Mas ainda não alcançamos esse patamar.
Enquanto Jesus Cristo não voltar à Terra e nos tomar, este será nosso
objetivo: perseguir a perfeição e o reconhecimento de que somos um grande povo, o
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maior povo; de que agimos descomprometidos com o resultado que teremos
amanhã. Nosso objetivo é plantar no céu, onde a ferrugem não corrói, nem a traça
consome.
Meus irmãos queridos, estou feliz por poder estar aqui com vocês, por dizer
que vocês são abençoados, que vocês são a diferença, uma bênção para a vida do
povo brasileiro. Diferentemente até de poder falar em nome de um evangélico, quero
falar em nome da Nação brasileira, a qual estou aqui representando, orgulhoso de
saber que existe um povo neste País que constantemente ora para que o Senhor
possa verdadeiramente se tornar o Senhor desta Nação.
Segundo diz a Bíblia Sagrada, e é verdade, feliz é a nação cujo Deus é o
Senhor. Por meio do instrumento dessa igreja abençoada, maravilhosa,
comprometida e que tem história na Nação brasileira, uma história de bênção, de
comprometimento social, de mudança de vida, rogamos a Deus que ele se torne
verdadeiramente o Senhor da Nação brasileira, o Senhor da vida dos brasileiros e
das pessoas que aqui vivem.
Parabéns a vocês todos. Que Deus possa continuar prosperando o ministério
e a vida de vocês.
Em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, em nome do Presidente,
Deputado José Carlos Martinez, e de meu Líder, Deputado Roberto Jefferson, quero
abraçar todos vocês e dizer que estamos aqui, irmãos, não como políticos
quaisquer, mas como missionários do Senhor, Jesus Cristo, em um campo
avançado, como sentinela de Deus, para dizer: Deus é diferença entre quem crê e
quem não crê que o futuro pode ser muito melhor através da sombra do Onipotente.
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Não se esqueçam de que — está no Salmo 91 — Ele já deu ordem específica
para os guardarem em todos os seus caminhos. Deus abençoe vocês. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – O nobre Deputado Silas Câmara,
juntamente com sua família, tem também difundido a fé cristã por intermédio da
Rede Boas Novas de Televisão, no Norte do País, entrando pelas parabólicas e,
na época, pelo Jesus SAT.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Concedo a palavra ao nobre
Deputado De Velasco, que falará pelo PSL.
O SR. DE VELASCO (Bloco/PSL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr.
Presidente, Deputado Lincoln Portela, proponente desta sessão solene, em nome de
quem cumprimento todos os demais Deputados presentes; líderes, autoridades
eclesiásticas, meus irmãos, minhas irmãs — deixei de cumprimentar a Mesa porque
não me recordo de ocasião em que a Mesa de instalação tivesse uma plêiade de
representantes efetivos da Palavra de Deus em sua essência. Aí estava o Deputado
Efraim, que quer dizer elevado, mais do que elevado, quer dizer frutífero; está aí o
Pastor David, amado, frutífero, amado; está aí o Pastor Expedito, que quer dizer
ligeiro, esperto — numa boa significação da palavra esperto —, ladino, frutífero,
amado, esperto; e também está aí o Pastor Eli. Portanto, temos cinco
representantes da augusta Palavra de Deus: frutífero, amado, esperto, ladino e —
não poderia deixar de dizer — estava aí o bendito, que é o Benedito Domingos.
(Risos).
Teríamos, então, cinco significados da própria Palavra de Deus. Aquele que é
da Palavra de Deus é frutífero, é amado, é bendito e está elevado. Sendo
abençoado com todas as bênçãos das regiões celestes.
Diz a Palavra de Deus em Isaías, 52:7, que todos conhecemos, porque fala
diretamente a nossa vida, “que formosos são sobre os montes os pés do que
anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia as coisas boas, que faz
ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina.”
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Agora, mais do que nunca, esse Deus reina nesta Casa, onde deveria reinar
sempre, porque ele é o Senhor das leis. Está escrito e inscrito na sua Palavra aquela
advertência: maldito aquele que promulgar leis iníquas.
Que seja para a nossa Casa esta bênção de todos os presentes, dos
senhores que representam a Igreja de Deus, dos que representam a autoridade de
Deus sobre a Terra, daqueles que anunciam as boas novas, cujos pés formosos
passeiam sobre os montes das dificuldades, para que possam, ao descer a várzea
onde o charco normalmente se engalfinha com as almas, com a destra de Deus e
Sua autoridade, lançar mão dessas almas e trazê-las à luz do amor desse Deus que
encima o nome da Sua Igreja.
Meus irmãos, que esse Deus maravilhoso, que se apieda de nós a cada
instante, apiede-se também desta Nação, fazendo com que passe a lhe pertencer
para que Ele possa realizar a grande obra que pretende não apenas no coração de
cada qual, mas também no coração desta Pátria tão sofrida e ressentida do
comportamento daqueles que deveriam elevar o nome do Brasil aos píncaros das
nações.
Que o Senhor Jesus continue fortalecendo, amparando, sustentando e, mais
do que nunca, dando a cada qual força, determinação e, fundamentalmente, unção,
que, sei, não faltou e jamais faltará a cada uma de suas vidas.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – A Mesa registra a presença em
plenário de Eduardo da Silva Ramos, Supervisor Distrital da Igreja de Deus na
Bahia; do Bispo Renato Andrade dos Santos, Vice-Presidente do Conselho de
Pastores do Distrito Federal; de José Garcia Barbosa, Ministro ordenado Pastor de
Caldas Novas; de Cláudio Lima Farias, Pastor-Presidente da Igreja Nascente no
Distrito Federal; de José Evilásio Pereira, Pastor Titular da Igreja de Deus do Gama;
de Charleston David Milhomem, Pastor Titular da Igreja de Deus de Taguatinga; de
Nivaldo Maria Tavares, Pastor da Igreja de Deus no Brasil em Goiânia. Registro
também a presença de grupo significativo da cidade de Goiânia.
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O SR. PRESIDENTE (Deputado Lincoln Portela) – Concedo a palavra ao
nobre Deputado Bispo Rodrigues, do Estado do Rio de Janeiro e que falará pelo PL.
S.Exa. dispõe de 7 minutos.
O SR. BISPO RODRIGUES (Bloco/PL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr.
Presidente, Deputado Lincoln Portela, demais senhores pastores, senhoras
missionárias, esposas de pastores presentes, para mim, como evangélico, é uma
honra estar nesta cerimônia.
O Partido Liberal presta justa homenagem em reconhecimento ao
extraordinário valor e à dimensão do trabalho da Igreja de Deus, primeira
denominação evangélica pentecostal do mundo, cuja fundação se deu no dia 19 de
agosto de 1886, nos Estados Unidos. Desde então, tendo como uma de suas
principais características a visão missionária, expandiu-se rapidamente e hoje está
organizada oficialmente em mais de 140 países.
Ao lembrar os pioneiros, não se pode deixar de ressaltar o papel
desempenhado por Daniel Sidney na tarefa de evangelizar, doutrinar e difundir a
literatura cristã, distinguindo-se sobremaneira por suas virtudes, pela diligência,
bondade, paciência, humildade, fé e abnegação.
Os pioneiros do Movimento Reformador da Igreja de Deus já enfatizavam a
volta aos ensinos bíblicos, a unidade cristã e um viver puro na plenitude do Espírito.
A respeito da igreja, diziam: “Esta obra é de Deus” (Isaías 13:3).
Concorreram ainda para o crescente número de conversões as muitas
experiências de cura, milagres e o avivamento produzido pelos pastores da Igreja de
Deus.
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Outro dado impressionante refere-se à amplitude da atividade missionária,
confirmada, por exemplo, na África, onde se localiza o maior centro de missões, com
aproximadamente 2.120 unidades da Igreja de Deus.
Atualmente, a Igreja de Deus possui, nos Estados Unidos, centros de
literatura evangélica, creches, jardins, escolas, universidades, hospitais, centros de
recreação, gráficas, estúdios para programas de rádio e centros de convenções.
Data de 12 de maio de 1955 o início oficial das atividades da Igreja de Deus
no Brasil, quando ocorreu a união com a Igreja Calvário Pentecostal. As raízes da
história da Igreja de Deus em solo brasileiro remontam ao início do século passado
e estão profundamente relacionadas à imigração européia, em especial os alemães,
que se instalaram no Sul do País. Aqueles pioneiros da Igreja de Deus haviam
chegado ao Brasil em 1922. Já no ano de 1924, foi erigido e inaugurado o primeiro
templo, cabendo a Adolf Weidmann percorrer o Estado de Santa Catarina para
divulgar a palavra de Deus. Em 1931, dirigiu-se ao Estado de São Paulo, onde deu
prosseguimento à sua missão, convencendo muitas pessoas a abraçarem o
Evangelho. Sua atuação e a dos demais pastores, bem como a participação dos
fiéis, foram decisivas para a afirmação da Igreja de Deus no Brasil. No mesmo ano,
a denominação tinha já alcançado a condição de entidade devidamente registrada
nos órgãos competentes do País.
Na década de 60, a sede da obra nacional se estabeleceu em Curitiba, no
Paraná. Entre os fatores de grande importância para o crescimento da obra
nacional, destacam-se a criação do Instituto Bíblico, na década de 70, e a abertura
de vários programas radiofônicos.
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As obras sociais e educacionais da Igreja de Deus no Brasil foram outras
atividades iniciadas nos anos 70. Atualmente, com atendimento em diversos
Estados brasileiros, são beneficiadas aproximadamente setecentas famílias carentes
por dia.
A Igreja de Deus tem, hoje, sua sede nacional em Brasília e conta com sete
sedes regionais, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Goiânia, Brasília,
Uberlândia e Araguaína. Entidade civil e religiosa, sem fins lucrativos, desenvolve,
de fato, notável trabalho evangelístico, educacional, cultural, beneficente, filantrópico
e assistencial.
Na base do crescimento e das realizações da Igreja de Deus encontram-se
sólidos ensinamentos e a prática de ações verdadeiramente positivas,
compreendendo a busca pelo fortalecimento espiritual, a pureza moral, a integridade
pessoal, a responsabilidade familiar, o respeito à vida, a preservação da santidade
do matrimônio, a ordem divina do lar, a consciência cívica, a luta contra as injustiças
sociais.
Pregando sempre a unidade do povo de Deus, a obediência ao Novo
Testamento e conservando como finalidade principal o evangelismo, a Igreja de
Deus, mais que o reconhecimento, o aplauso e o elogio, merece, do Partido Liberal,
nosso integral apoio.
Graças à Igreja de Deus, milhões de pessoas no mundo podem sentir a
alegria inigualável de estar com Cristo, de saber que o Senhor é a luz e a salvação.
Que Deus, em sua bondade e sabedoria infinitas, continue, portanto, cobrindo de
muitas bênçãos as obras da Igreja de Deus no Brasil e no mundo.
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Desejo, em nome do Partido Liberal, com as merecidas congratulações aos
líderes da Igreja de Deus, a seus pastores, ministros, missionários, membros da
igreja e todos os responsáveis pela história de amor, solidariedade e crescimento da
Igreja de Deus. Que Deus continue abençoando e dirigindo essa obra. Muito nos
honra a idoneidade e a firmeza doutrinária dessa Igreja, que já atua no País há mais
de cem anos.
Sabemos que hoje é moda ser evangélico. As conversões, assim como as
desconversões, são muito fáceis. Ser evangélico hoje é quase um meio de subir de
status social, e as pessoas procuram o Evangelho para muitas coisas. Mas é um
prazer saber que essa Igreja está entre nós desde o tempo em que os evangélicos
eram perseguidos, presos e ridicularizados, seus filhos impedidos de estudar em
certas escolas, seus mortos impedidos de ser enterrados em certos cemitérios do
nosso País.
Por tudo isso, honra-nos saber que a Igreja de Deus tem mais de cem anos
de longevidade numa Nação que sempre discriminou o Evangelho, e seus membros
permaneceram firmes.
Ouço, com prazer, o Deputado Marcos de Jesus.
O Sr. Marcos de Jesus – Deputado Bispo Rodrigues, quero, antes de mais
nada, cumprimentar o nobre Deputado Lincoln Portela pela brilhante iniciativa de
prestar esta justa homenagem à Igreja que se tem esforçado em todos os momentos
por recuperar pessoas sofridas: toxicômanos, presidiários, bandidos, enfim, pessoas
que nunca viram a luz , nunca tiveram a oportunidade de ouvir a palavra de Deus. E
esses missionários, missionárias, pastores trabalharam e recuperaram essas
pessoas para o Reino Celeste. Quero cumprimentar o Pastor e Vice-Governador
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Benedito Domingos, Pastor David Rodrigues, Pastor Elias Januário dos Reis,
Erasque da Rocha e Expedito Ferreira de Melo. Que Deus lhes abençoe. Quero
deixar o meu abraço amigo e fraterno a todos os que fazem a Igreja de Deus no
Brasil, especialmente no meu Estado, Pernambuco. Como Deputado, pastor e
irmão, estou à disposição no que se fizer necessário, logicamente dentro das minhas
limitações. Deputados Lincoln Portela e Bispo Rodrigues, missionários, irmãos e
pastores aqui presentes, numa época tão dura de se pregar o Evangelho, como nos
primórdios de 1800 e 1900, imagino a perseguição, a humilhação e talvez as
afrontas que nossos irmãos sofreram naquela época. Se hoje sofremos o que
sofremos com a Constituição nos garantindo o direito de livre culto, de poder pregar
por todo o Brasil a toda criatura, imaginem naquela época, em que a religião
dominante, através de seus auxiliares e alguns amigos, oprimia aqueles que
procuravam pregar o Evangelho. Não vou me alongar, mas deixo para meditação
dos amados irmãos, para cada um de nós a mensagem do Senhor Jesus no Livro de
Marcos, no Capítulo X, que conta a estória do cego de Jericó. E é isso que a Igreja
de Deus tem feito no Brasil e no mundo. Vou ler a partir do versículo 49: "E Jesus,
parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom
ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e
foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe
disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo
viu, e seguiu a Jesus pelo caminho." É isso que a Igreja de Deus tem feito no Brasil
e no mundo. Não tem perguntado para a pessoa qual foi o pecado que cometeu,
mas “o que queres que te faça?” É essa a mensagem que o Senhor Jesus deixa
para cada um de nós. Não indagar o que fizeram, qual é o pecado que cometeram,
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mas sim: "Que queres que te faça? Qual é o teu problema? O que eu posso fazer
por você? Como posso te ajudar? " E ela está à disposição. Esse é o ensinamento
que o Senhor Jesus deixa para cada um de nós: chegar junto ao sofrido, ao
angustiado, ao oprimido, ao encarcerado, ao toxicômano, até de um próprio irmão e
perguntar-lhe o que queres que te faça. O que posso fazer por ti? Esse é o
ensinamento que o Senhor Jesus nos deixou e é isso que a Igreja de Deus tem feito.
Finalizando, Sr. Presidente, Exmo. Sr. Deputado Bispo Rodrigues, a Igreja de Deus
tem feito com que o Governo economize um bom montante de dinheiro, porque tem
escolas, universidades, centro de teologia, grupos que recuperam toxicômanos.
Enfim, o segmento evangélico tem feito o Governo economizar. Por isso, ele deveria
investir mais nos evangélicos para que este Brasil possa mudar. Muito obrigado, Sr.
Presidente, Sr. Deputado Bispo Rodrigues. Deixo meu abraço amigo e fraterno e
que Deus abençoe a todos, em nome do Senhor Jesus. (Palmas.)
oração.
O SR. BISPO RODRIGUES – Também concluo, Sr. Presidente, a minha
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – O Deputado Bispo Rodrigues tem-se
destacado como um dos grandes Parlamentares desta Casa. Havia dito ao
Deputado Marcos de Jesus que um dia desses, num desses apartes, ele faria esse
apelo. Que bom se muitos pudessem atender a esse apelo.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Registramos ainda a presença em
plenário dos pastores e pastoras Charleston David Milhomem, José Evilásio Pereira
de Souza, Nivalda Maria Tavares Monteiro, Marli da Silva Vieira, Manuel Otacílio da
Silva, da Faculdade de Teologia da Igreja de Deus; Joildo da Silva Leite; Luiz
Francisco, Pastor Distrital de Rio Verde; Sinvaldo Pereira Santos, Aldo Augusto da
Rocha, também da Faculdade de Teologia Evangélica; e de Jaci Pereira
Damasceno, de Sobradinho, Distrito Federal.
Neste instante, ouviremos a música Mudança, autoria de Carlinhos Rosa,
interpretada por Robinson Pereira.
(Apresentação musical. Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – A Mesa registra a presença em
plenário do Pastor Luiz Moura Cruz, de Anápolis.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) – Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, senhoras e senhores, fui procurado por alguns setores da imprensa que,
de maneira muito gentil, me questionaram sobre a realização de sessões solenes
em homenagem às igrejas evangélicas. Disse-lhes que tivemos nestes anos
algumas sessões solenes em homenagem às igrejas evangélicas. Eles perguntaram
por que razão. Retruquei: Por quê? Algum preconceito?
Quero dizer a vocês uma coisa: vejo algumas Prefeituras e Governos, tanto
estadual quanto federal, promovendo programas em favelas, conseguindo reunir ali
120, 150 crianças. Eles pagam a uma psicóloga, a uma assistente social, a
psiquiatras ou a professores de educação física por um trabalho como esse ainda se
vangloriam. Esses trabalhos são repetidos centenas, milhares de vezes pelas igrejas
evangélicas sem que um tostão dos cofres públicos seja gasto.
Artes, teatro, música, cultura, lazer, diversão, esporte, reintegração social,
isso as igrejas do Brasil fazem como nenhum outro grupo. Parabéns a todos vocês
que fazem parte dessa grande massa de evangélicos que trabalham por um Brasil
melhor.
No encerramento desta sessão solene, gostaria de dizer algo que aprendi, no
seminário da Igreja de Deus, a repetir todas as manhãs: "Que as palavras dos meus
lábios e a meditação do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor,
rocha minha e redentor meu". (Palmas.)
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V - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
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O SR. PRESIDENTE (Lincoln Portela) - Está encerrada a sessão.
(Encerra-se a sessão às 11 horas e 59 minutos.)
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