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alunos da escola secundária de são pedro do sul em taizé - Essps.pt

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30 ESCOLA SECUNDÁRIA DE S. PEDRO DO SUL | Junho <strong>de</strong> 2010<br />

LÍNGUA PORTUGUESA 12º ANO<br />

SAUDADE DO TEU<br />

REGAÇO<br />

Tenho sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> não cruzar<br />

Do s<strong>em</strong> me<strong>do</strong> atravessar<br />

Do correr e vaguear<br />

Do olhar e encontrar<br />

O <strong>de</strong>spretensioso gesto <strong>de</strong> amar<br />

Que <strong>em</strong> teu seio era estar.<br />

Tenho sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po<br />

Em que <strong>em</strong> teu regaço me aninhava<br />

E me sentia a mais completa<br />

Das flores ao mun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Per<strong>do</strong>a, Mãe, ter cresci<strong>do</strong>.<br />

Não foi por malquerença.<br />

Minha intenção era permanecer<br />

No teu <strong>do</strong>ce e terno colo,<br />

E aí, perpetuamente, viver.<br />

ADOLESCÊNCIA<br />

É uma revolução,<br />

Salve­se qu<strong>em</strong> pu<strong>de</strong>r.<br />

Não sei o que fazer …<br />

É viver ou morrer!<br />

O espelho estragou­se,<br />

Parece tu<strong>do</strong> diferente.<br />

Qu<strong>em</strong> me <strong>de</strong>ra po<strong>de</strong>r ser<br />

Aquela criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte!<br />

O armário está vazio<br />

O coração assombra<strong>do</strong><br />

O amor não correspon<strong>de</strong><br />

Sou um ser acaba<strong>do</strong>!<br />

O que posso eu fazer<br />

Se é o fim <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>?<br />

Sou só, sou assim…<br />

Estás a ler o que há <strong>em</strong> mim?<br />

Na<strong>da</strong>!...<br />

Ana Fernan<strong>de</strong>s, 12º D<br />

Isabel Queima<strong>de</strong>la – 7º A<br />

SONHO ESCURO AO MEU PAI, MEU ÍDOLO<br />

Procuro e não encontro<br />

Não sei mais on<strong>de</strong> procurar.<br />

O vagar <strong>da</strong> noite passa lento<br />

Aflição escura <strong>do</strong> recor<strong>da</strong>r.<br />

Não sei mais on<strong>de</strong> vasculhar!<br />

Abismo ténue que me ultrapassa<br />

A mesma noite que passa <strong>de</strong>vagar.<br />

Tento, <strong>em</strong> vão, o caminho percorrer,<br />

Sei que <strong>de</strong> sau<strong>da</strong><strong>de</strong> posso a<strong>do</strong>ecer,<br />

Se <strong>em</strong> breve teu abraço não apertar!<br />

Ce<strong>do</strong> foi o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que partiste,<br />

Tar<strong>de</strong> é o t<strong>em</strong>po que <strong>de</strong>moras a regressar.<br />

Anseio pelo sonho que era nosso,<br />

Desejo cumpri­lo to<strong>do</strong> pela meta<strong>de</strong>,<br />

Não é inteiro, porque não vais voltar.<br />

Quero, man<strong>do</strong>, mas não posso.<br />

Enquanto viver não te vou alcançar.<br />

Quarto azul <strong>de</strong> colcha branca on<strong>de</strong> vives,<br />

Um simples humano não po<strong>de</strong> tocar!<br />

Oh, que <strong>de</strong>silu<strong>são</strong> é este durar…<br />

Dos três homens <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>,<br />

Apenas com <strong>do</strong>is partilho o olhar.<br />

Contigo há muito que o perdi –<br />

Numa noite ao retar<strong>da</strong>r <strong>do</strong> luar,<br />

Foi a última vez que olhei para ti!<br />

Não sou inteira na vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sorrir,<br />

Muito por culpa <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> te levou.<br />

Sinto falta <strong>da</strong>quela inconsciência nossa,<br />

Que nos alagava <strong>de</strong> <strong>em</strong>oções fortes<br />

E me fazia acreditar que na<strong>da</strong> era tar<strong>da</strong>r!<br />

Quero e tento, mas não consigo…<br />

Ana Fernan<strong>de</strong>s, 12º D<br />

Sei que não sou mais <strong>do</strong> que qualquer outra pes­<br />

soa e que n<strong>em</strong> sequer tenho o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r o mun­<br />

<strong>do</strong> com um “click”, mas tive um privilégio que mais<br />

nenhuma outra teve, a não ser aquela que partilha comi­<br />

go o mesmo sangue: <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r conhecer e chamar “Pai”<br />

a um ser excepcional que, para além <strong>de</strong> pai, é o meu<br />

melhor amigo.<br />

Há uns t<strong>em</strong>pos atrás, não te conhecia. Via­te a<br />

entrar e a sair <strong>de</strong> casa, sabia que eras o meu pai, mas<br />

mesmo assim não te conhecia. Eras um ser ausente, era<br />

difícil chegar a ti. Posso mesmo dizer que não te com­<br />

preendia e que me eras um estranho. Saías <strong>de</strong> casa<br />

ce<strong>do</strong>, pouco t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> eu acor<strong>da</strong>r. Quan<strong>do</strong> che­<br />

gavas a casa estava a <strong>do</strong>rmir: ou eu a<strong>do</strong>rmecia no sofá<br />

na esperança <strong>de</strong> te ver entrar mais ce<strong>do</strong> ou simplesmen­<br />

te lá <strong>do</strong>rmia na esperança <strong>de</strong> acor<strong>da</strong>r quan<strong>do</strong> entrasses.<br />

No entanto, raramente isso acontecia. Sentia tanto a tua<br />

falta Pai! Porém, tu<strong>do</strong> o que fazias era para o nosso b<strong>em</strong><br />

e, hoje, percebo isso.<br />

Present<strong>em</strong>ente, enten<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as horas passa<strong>da</strong>s<br />

na rua, to<strong>do</strong>s os momentos longe <strong>de</strong> mim… Afinal, luta­<br />

vas por uma vi<strong>da</strong> melhor para to<strong>do</strong>s nós, para nos <strong>da</strong>res<br />

tu<strong>do</strong> o que po<strong>de</strong>s <strong>da</strong>r agora e para que nunca nos faltas­<br />

se na<strong>da</strong>. És um bom pai e não exagero quan<strong>do</strong> digo que<br />

és o melhor <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>! Para mim, não há outro que te<br />

possa substituir.<br />

Amo­te, Pai. Tu<strong>do</strong> o que te po<strong>de</strong>rei dizer não é<br />

na<strong>da</strong> compara<strong>do</strong> com tu<strong>do</strong> o que fizeste por nós. Se há<br />

na Terra um anjo que converte to<strong>do</strong>s os maus momen­<br />

tos <strong>em</strong> lições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, que torna tu<strong>do</strong> menos difícil e<br />

to<strong>da</strong>s as dúvi<strong>da</strong>s <strong>em</strong> certezas, esse anjo t<strong>em</strong> teu nome.<br />

És, s<strong>em</strong> dúvi<strong>da</strong>, o meu í<strong>do</strong>lo. Um dia, quero po<strong>de</strong>r ensi­<br />

nar aos meus filhos tu<strong>do</strong> aquilo que me transmitistes.<br />

Quero <strong>da</strong>r­lhes tu<strong>do</strong> o que me <strong>de</strong>ste e, aí, saberei que<br />

sou uma boa mãe.<br />

Obriga<strong>da</strong>, Pai, por ca<strong>da</strong> dia passa<strong>do</strong> ao teu la<strong>do</strong>,<br />

por ca<strong>da</strong> sorriso <strong>da</strong><strong>do</strong> quan<strong>do</strong> só havia lágrimas, por<br />

ca<strong>da</strong> incentivo quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> parecia <strong>de</strong>smoronar­se.<br />

Obriga<strong>da</strong> por tu<strong>do</strong> e por na<strong>da</strong>, meu Pai, meu<br />

porto seguro, meu ninho…<br />

Se os sonhos não existiss<strong>em</strong>,<br />

Não existiria vi<strong>da</strong>,<br />

Porque uma vi<strong>da</strong> s<strong>em</strong> sonhos<br />

É uma vi<strong>da</strong> perdi<strong>da</strong>!<br />

Se os sonhos nao existiss<strong>em</strong>,<br />

Não existiriam famílias,<br />

(n<strong>em</strong> a minha, n<strong>em</strong> a tua),<br />

Porque um Hom<strong>em</strong> s<strong>em</strong> sonhos<br />

É um Hom<strong>em</strong> na Lua!<br />

Se o Hom<strong>em</strong> sonhar,<br />

Basta querer para po<strong>de</strong>r<br />

Continuar a lutar<br />

S<strong>em</strong> se per<strong>de</strong>r!<br />

Uma vi<strong>da</strong> s<strong>em</strong> sonhos,<br />

É como uma flor s<strong>em</strong> pétalas!!!<br />

Ana Fernan<strong>de</strong>s, 12º D<br />

UMA VIDA SEM SONHOS<br />

Joana Santos, 7ºA

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