Infernus #16 - Associação Portuguesa de Satanismo
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No campo da moralida<strong>de</strong> não foi<br />
diferente. É preciso então reafirmar o<br />
que arquétipo <strong>de</strong> Satan nos sugere: seguir<br />
não o caminho dos extremos, mas<br />
o do entre.<br />
22 ~ <strong>Infernus</strong> XVI<br />
Entre o Vício e a Virtu<strong>de</strong><br />
Satan e o caminho<br />
do entre<br />
Compreen<strong>de</strong>r, questionar, e refletir sobre o homem, seus<br />
pensamentos e ações sempre foi uma direção do pensamento.<br />
Na tentativa <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r e organizar a realida<strong>de</strong>,<br />
acabamos por nos tornar vítimas <strong>de</strong> binarismos, que por<br />
sua vez, longe estão <strong>de</strong> dar conta da sua complexida<strong>de</strong>.<br />
De histórias infantis a discursos filosóficos<br />
dualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bom e mau,<br />
bonito e feio, e muitas outras sempre<br />
tiveram um espaço <strong>de</strong>ntro do pensamento<br />
e das idéias. Mais do que um<br />
julgamento individual pertencente em<br />
Vitor V.<br />
origem a alguns poucos, quando falamos<br />
<strong>de</strong> comportamento, acção, e tudo<br />
aquilo que possa dizer respeito à moralida<strong>de</strong>,<br />
acabamos por perceber que são<br />
estes exactos poucos que <strong>de</strong>terminam a<br />
postura <strong>de</strong> todos os outros. Ou quase<br />
todos...<br />
Isto significa dizer que, antes mesmo<br />
<strong>de</strong> nascermos e crescermos, conseguindo<br />
assim enten<strong>de</strong>r o que significa<br />
moral, seja como a disciplina filosófica<br />
ou o simples senso- comum das “regras<br />
<strong>de</strong> acção”, já estamos a fazer parte <strong>de</strong><br />
um mundo cheio <strong>de</strong>las, que, por sua<br />
vez, <strong>de</strong>terminam directamente o nosso<br />
comportamento e vida como um todo.<br />
Reconhecer que não somos <strong>de</strong>tentores<br />
<strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r tal que possa prescrever