PEDAGOGIA DA AUTONOMIA A Pedagogia da Autonomia ... - Uespi
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e os transformarão em seres autônomos e participantes do meio em que vivem. Ser<br />
desesperançosos não pode ser parte integrante do ser humano, pois ela traz a anulação do<br />
mesmo, imobilizando-o. Temos que tornar menos complexo o futuro para assim<br />
deslumbrarmos um horizonte melhor para todos, fazendo uso <strong>da</strong> alegria do aprender e<br />
ensinar.<br />
É preciso não aceitar o determinismo como um modo de explicação <strong>da</strong>s<br />
desigual<strong>da</strong>des no mundo, mas como sujeitos interventores. Não se usa a a<strong>da</strong>ptação sem a<br />
intervenção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Como educadores deve-se conhecer seus alunos, não podendo<br />
desconsiderar os saberes dos grupos populares e a reali<strong>da</strong>de histórico-político social vivi<strong>da</strong><br />
por eles, pois todos estão inseridos num ciclo de aprendizagem. A essa atitude, corresponde<br />
a expulsão do opressor de dentro do oprimido. Mu<strong>da</strong>r é difícil mas, é possível e é a partir<br />
disto que o professor deve programar sua ação político-pe<strong>da</strong>gógica.<br />
O exercício <strong>da</strong> curiosi<strong>da</strong>de convoca a imaginação, a instituição, as emoções, a<br />
capaci<strong>da</strong>de de conjeturar, de comparar. O fun<strong>da</strong>mental é que professores e alunos saibam<br />
que a postura é dialógica, ou seja, aberta, curiosa, in<strong>da</strong>gadora e não apassiva<strong>da</strong> enquanto<br />
fala ou enquanto ouve. O que importa é que professores e alunos se assumam<br />
etiológicamente curiosos. Mas, não podemos esquecer que a curiosi<strong>da</strong>de, assim como a<br />
liber<strong>da</strong>de deve está sujeita a limites eticamente assumidos por todos.<br />
Ensinar é uma especifici<strong>da</strong>de humana, claro que diferente dos homens os animais<br />
tentam perpetuar suas espécies, sua descendência, mas isso se dá de forma instintiva. Para<br />
o homem ensinar é um ato especifico e inerente do ser humano. É um dom que deve ser<br />
exercido com respeito, liber<strong>da</strong>de, e segurança em si mesmo. O educador legítimo é dono<br />
de um grande coração que pertence ao homem.<br />
Ao se estar diante de uma turma de alunos, independentemente <strong>da</strong> série, como<br />
educador deverá demonstrar muita segurança naquilo que está apresentando aos mesmos.<br />
Com esta confiança ficará perceptível sua competência profissional e com certeza estarão<br />
propensos ao aprendizado. Quando se esta diante de uma classe deve-se ter compromisso.<br />
Estar comprometido com sua profissão, com seus alunos e com sua prática.<br />
Paulo Freire diz que no ponto de vista dos interesses dominantes, não há dúvi<strong>da</strong> de<br />
que a educação deve ser uma prática embelezadora e ocultadora <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de. ( <strong>Pe<strong>da</strong>gogia</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Autonomia</strong>, Paulo Freire, pg. 99). Todo educador deve ter por certo o peso <strong>da</strong><br />
responsabili<strong>da</strong>de que carrega sobre os ombros. Por meio <strong>da</strong> educação os tão desvalorizados<br />
professores têm o poder de mu<strong>da</strong>r o mundo sem usar uma arma, sem ferir a nenhuma vi<strong>da</strong>.