24/04/2008 - Câmara dos Deputados
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />
Nome: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abast. e Desenvolvimento Rural<br />
Número: 0514/08 Data: <strong>24</strong>/<strong>04</strong>/<strong>2008</strong><br />
Qual é o maior problema para a polícia gerado pela Liga <strong>dos</strong> Camponeses<br />
Pobres? A morte de pessoas. Onde a Liga <strong>dos</strong> Camponeses Pobres está morrem<br />
pessoas. Em Jaru, em 1999, houve 58 homicídios; em 2003, 18 homicídios. Em<br />
20<strong>04</strong>, quando fizemos as reintegrações em 2003 e houve aquelas prisões, por isso<br />
coloquei em ordem cronológica, prendemos os líderes, que foram responder<br />
processo por homicídio. As áreas que estavam invadidas foram reintegradas. Nós<br />
tivemos, em 2003, 18 homicídios; em 20<strong>04</strong>, 6 homicídios. Caiu vertiginosamente a<br />
violência na região, quando começaram as autuações. O maior problema nosso é a<br />
morte de pessoas.<br />
Passo a exibir uma fita de áudio.<br />
(Segue-se exibição de imagens.)<br />
O SR. ENEDY DIAS ARAÚJO - Essa é a testemunha.<br />
(Segue-se exibição de imagens.)<br />
O SR. ENEDY DIAS ARAÚJO - Nós não temos a degravação. A testemunha<br />
é gaga e diz aí que eles saíram da terra, como eu disse, e depois retornaram; que<br />
houve uma reunião em Jaru, com o advogado da Liga que determinou que eles<br />
voltassem. Disse mais: que tinha que morrer alguém. Que esse alguém poderia ser<br />
o pistoleiro, como eles chamam jagunço da fazenda, ou até mesmo um do próprio<br />
movimento. Ele fala que tem de morrer alguém para gerar um conflito, para gerar um<br />
movimento. Isso justifica o motivo de termos conflitos e mortes.<br />
(Segue-se exibição de imagens.)<br />
O SR. ENEDY DIAS ARAÚJO - Então, ele confirma quem participou da<br />
morte, independente da identificação, que é feita por apelido. Ele diz que um deles<br />
estava usando roupa camuflada, inclusive foi apreendido, e nós já vimos a fotografia.<br />
E ele confirma. Quem é essa testemunha? É a testemunha mais próxima do local do<br />
crime. É do lote do lado. Nós chegamos, vimos o rastro e sabíamos que ele fazia<br />
parte também da invasão. Como ele morava do lado, se aquela fazenda fosse<br />
repartida, era bom para ele ganhar um lote ali. A fazenda do lado é do pai dele.<br />
Então, ele tinha interesse e participou da reunião. Enfatizei na pergunta: “O senhor<br />
participou? O senhor esteve nessa reunião que mandaram voltar e que tinha de<br />
morrer alguém?” Ele disse: “Sim. Eu estive lá”. Então, era uma testemunha.<br />
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