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24/04/2008 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abast. e Desenvolvimento Rural<br />

Número: 0514/08 Data: <strong>24</strong>/<strong>04</strong>/<strong>2008</strong><br />

em Rondônia, no Pará, em Alagoas e também aqui no Triângulo Mineiro existem<br />

associações que representam aquelas famílias.<br />

O primeiro acordo na Vara Agrária em Minas Gerais foi protagonizado pela<br />

Liga <strong>dos</strong> Camponeses, numa pendência envolvendo a Fazenda Guiné. Inclusive<br />

depois esse acordo foi revertido. E considerávamos que esse acordo, que na<br />

verdade passava por cima de verificar os requisitos da posse e verificar a real<br />

questão da propriedade, só teria um sentido se tivesse uma ação do Governo<br />

Federal pela reforma agrária. Não é isso o que acontece, aumenta o número de<br />

mortes no campo. A própria CPT, no relatório anual, divulgou que aumentaram as<br />

desocupações forçadas, as desocupações realizadas sem força policial, em mais de<br />

100%, no ano de 2007.<br />

Também no ano de 2007 aumentou em quase 50% o número de assassinato<br />

de indígenas em nosso País, particularmente no Mato Grosso. E todas as situações,<br />

inclusive a situação que hoje é denunciada como ação <strong>dos</strong> camponeses em<br />

Jacinópolis, foram denunciadas pela Liga, aqui no Ministério de Desenvolvimento<br />

Agrário, no ano de 2003, pelo o primeiro Ministro do Lula da Reforma Agrária. E a<br />

Ouvidoria Agrária pediu providências para aquela situação de assassinato de<br />

trabalhadores, para aquela situação de permanência da grilagem de terras, para<br />

aquela situação de destruição ambiental.<br />

Então, não aceitamos ser trata<strong>dos</strong> como criminosos, como bandi<strong>dos</strong>, não<br />

aceitamos ser criminaliza<strong>dos</strong>. As acusações se voltam contra nós, como essa da<br />

revista Istoé. Elas servem tanto para encobrir essa situação de ausência completa<br />

da reforma agrária no País, de ausência de justiça, como também a questão da<br />

disputa pela Amazônia, da disputa entre os grandes grupos, da disputa política<br />

eleitoral, que faz com que esse mesmo Governador que há pouco tempo criticava o<br />

IBAMA... E lá em Jacinópolis — ele foi em Jacinópolis —, quando passavam<br />

caminhões de madeira, ele afirmava: “Olha, esse é o nosso progresso”. Para agora<br />

falar que não. Essa Operação Arco de Fogo tem que ser contra os camponeses e<br />

não para corrigir os problemas.<br />

Afirmamos que é um absurdo querer tapar o sol com a peneira, querer<br />

descarregar e chamar os camponeses de combatentes, de guerrilheiros e de<br />

assassinos, para encobrir essa situação.<br />

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