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24/04/2008 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abast. e Desenvolvimento Rural<br />

Número: 0514/08 Data: <strong>24</strong>/<strong>04</strong>/<strong>2008</strong><br />

O SR. DEPUTADO MOREIRA MENDES - Sr. Presidente, quero inicialmente<br />

cumprimentar e agradecer a to<strong>dos</strong> a presença, trazendo sua contribuição no sentido<br />

de que possamos, da melhor forma possível, elucidar essa questão, desde o Nilo,<br />

passando pelos militares, pelo Dr. Pizzano, pelo Dr. Marcelo, pelo ilustre jornalista,<br />

com quem tive oportunidade de falar por telefone, e especialmente ao Dr. Jeferson<br />

que trouxe uma contribuição extraordinária para este debate.<br />

Eu anotei aqui uma frase que li em uma ocasião, não sei onde, nem sei quem<br />

é o autor: quem não usar os olhos para ver, terá que usá-los para chorar. Isso é<br />

muito oportuno neste dia e nesta hora que estamos discutindo isso aqui. E eu não<br />

quero aqui dizer e nem afirmar que temos guerrilha, ou que não temos guerrilha. Eu<br />

vou mais no caminho do Dr. Jeferson. Realmente nós temos uma situação de<br />

absoluta desordem no Estado de Rondônia, e penso que não é diferente no Pará,<br />

não é diferente em Roraima, não é diferente no Mato Grosso, não é diferente em<br />

Minas. Isso tem que ter um basta.<br />

Essa é a grande reflexão que nós devemos tirar dessa discussão. Já usei a<br />

tribuna da <strong>Câmara</strong> umas quatro vezes para falar sobre este assunto, alicerçado<br />

naquilo que li na Revista IstoÉ.<br />

E o jornalista lembrou aqui de um fato ocorrido, de uma reportagem publicada<br />

em 1999. Eu estava no Senado junto com o Amorim, como Senador denunciei este<br />

fato. Nos Anais do Senado está registrado. Lembro-me que, naquela ocasião, trouxe<br />

inclusive cartilhas publicadas — cartilhas rústicas, coisa bem feita mesmo, de fundo<br />

de quintal — em espanhol, falando do Sendero Lumisono, da FARC. Tudo isso foi<br />

apreendido. O coronel, naquele tempo, certamente estava começando sua carreira.<br />

No Jaru, já existia uma movimentação toda com essas características.<br />

E quero fazer uma separação. Eu não acredito que todas essas pessoas,<br />

esses sem-terras, esses pobres coita<strong>dos</strong> que estão aí em busca de um pedaço de<br />

terra estejam envolvi<strong>dos</strong> em alguma coisa como guerrilha. Eu acho que essas<br />

pessoas são massa de manobra. Existe alguém por traz disso organizado. E essas<br />

pessoas se prestam a isso porque eles não têm a presença do Estado.<br />

Há uma completa ausência do Estado em to<strong>dos</strong> os níveis, como disse o<br />

ilustre, o eminente juiz e meu companheiro do Pará. O Estado federal é omisso e os<br />

Esta<strong>dos</strong> federa<strong>dos</strong> têm sido também omissos, os municípios têm sido omissos. Isso<br />

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