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Gossip Girl - O Início - Só Podia Ser Você - Webnode

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- Eu vi esse filme com a minha mãe - confessou Nate, fazendo com que o coração das<br />

duas meninas derretesse em poças pegajosas no chão. - Na verdade, é meio estranho.<br />

Acho que devia ser romântico, mas não sei bem se entendi.<br />

Era disso que as meninas precisavam. Blair colocou o DVD no aparelho enquanto<br />

<strong>Ser</strong>ena preparava martínis no bar vintage de aço batido na biblioteca adjacente. Isto<br />

envolvia servir Bombay Sapphire em taças geladas de martíni e agitar com um abridor<br />

de cartas de prata. Era só meio-dia - não era exatamente hora de um coquetel – mas<br />

Blair estava em crise e Nate tendia a tirar a camisa quando ficava bêbado. Além de tudo,<br />

era sábado.<br />

- Pronto - anunciou <strong>Ser</strong>ena, como se tivesse acabado de dar os últimos toques numa<br />

receita muito complicada. Ela entregou as taças. – A nós. Porque nós merecemos.<br />

- A nós – entoaram Blair e Nate em coro, erguendo as taças.<br />

Saúde!<br />

até as cowgirls de vermont ficam melancólicas<br />

- De quem foi a ideia de me mandar para a Constance? – perguntou Vanessa Abrams, de<br />

15 anos, à irmã de 19, Ruby.<br />

- Sei lá, porra. - Ruby estava na banheira, lavando o suor e o fedor do show no Pete's<br />

Candy Store da noite anterior. Ela era baixista da banda SugarDaddy, a última sensação<br />

dos bares de Williamsburg, no Brooklyn, e ficou acordada a noite toda, se divertindo. -<br />

Faz diferença?<br />

Vanessa estava parada na soleira da porta do banheiro enquanto a irmã boiava nua na<br />

água morna com poucas bolhas, as mechas pretas e grossas de alternativa de<br />

Williamsburg coladas na testa branca e pegajosa.<br />

- Existe algum motivo para que eu não vá a uma escola mais conveniente, menos<br />

materialista e menos cheia de cretinas, digamos, no Brooklyn, que por acaso é o bairro<br />

onde moro? - reclama Vanessa.<br />

- <strong>Você</strong> sabe como é. - Ruby abraçou seus joelhos brancos e molhados. - Papai leu um<br />

artigo sobre aquela mulher que recicla objetos pessoais para fazer arte na Atlantic<br />

Monthly e a biografia da artista dizia que ela foi aluna da Constance Billard. Ele ficou<br />

tão impressionado, que quando você disse que queria vir morar comigo, ele<br />

simplesmente matriculou você lá. Ele não liga para a chatice que é estudar lá. E faz bem<br />

a ele que você esteja nessa escola de luxo o dia todo. É como se ele pensasse que a<br />

escola pode ser mãe substituta, porque está acostumada a lidar com famílias em que os<br />

pais sempre estão em Gstaad, Cannes ou sei lá onde. - Ruby se deitou de bruços, de<br />

modo que sua bunda rosa e achatada ficou em plena vista. Do lado de fora da janela<br />

encardida do banheiro, um caminhão rugiu rumo à fábrica de doces a três quadras dali.<br />

Essa era uma das coisas que Vanessa adorava em morar na áspera Williamsburg: o ar<br />

sempre tinha cheiro de algodão doce.<br />

- Legal - murmurou ela com severidade. Vanessa virou-se para o espelho da pia, pegou<br />

uma escova verde de Ruby e começou a passar em seu cabelo naturalmente preto e na<br />

altura da cintura. Seis meses antes, em seu primeiro dia de aula na Constance Billard,<br />

todas as meninas da oitava série ficaram loucas com seu cabelo, alisando-o e penteando-<br />

o, como se Vanessa fosse uma dessas cabeças de Barbie num salão, um pônei novo ou<br />

algo do tipo. Foi claramente a única coisa de que gostaram em Vanessa. - Tá legal,<br />

então ele leu o artigo tipo vinte anos atrás. As meninas da minha turma não dão a

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