Gossip Girl - O Início - Só Podia Ser Você - Webnode
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almoço e no banheiro. Nos fins de semana, ela navegava pela internet atrás de fotos<br />
dela. <strong>Só</strong> nesta manhã Jenny tinha baixado uma foto dos arquivos de um minúsculo<br />
jornal de Ridgefield, em Connecticut, de uma <strong>Ser</strong>ena de 8 anos comendo um sorvete de<br />
chocolate com menta na casquinha. Faltavam quatro de seus dentes da frente, mas ela<br />
ainda estava gloriosa.<br />
- Eu andei pensando. Por que não fazemos uma colagem? - sugeria Jenny agora. - Tipo<br />
assim, da vida toda dela, como imaginamos que seja.<br />
- Quer dizer da mamãe? - perguntou Dan, a testa enrugada de preocupação. Que<br />
péssimo que seu pai fosse totalmente contra terapia. A irmã meio que parecia precisar<br />
disso.<br />
- Não, seu bobo. De <strong>Ser</strong>ena - esclareceu Jenny, erguendo a foto do sorvete.<br />
Como se isso fosse menos louco.<br />
- Como é? - Dan se recusava a admitir que essa era a ideia mais empolgante que ele já<br />
ouviu na vida. - De jeito nenhum. - Ele foi até a pia e encheu a caneca do Ursinho Puff<br />
com a água meio quente da torneira, mexendo o pó do café instantâneo com uma colher<br />
de plástico. Tomou um gole. Perfeito.<br />
Perfeitamente nojento?<br />
Jenny digitou no MacBook branco da família, ignorando os protestos do irmão. Ela<br />
aprendeu que Dan era completamente inútil quando se tratava de <strong>Ser</strong>ena van der<br />
Woodsen.<br />
- Ah, caraca - murmurou ela enquanto a nova foto que tinha baixado começava a<br />
aparecer na tela. Ela girou o laptop para que Dan pudesse ver. - Olha só isso. Ela<br />
deveria estar na capa da Bride ou coisa assim.<br />
Dan queria fingir desinteresse, mas era impossível. <strong>Ser</strong>ena tinha um daqueles rostos<br />
extraordinários que mesmo quando distorcidos e reticulados reluziam uma beleza que<br />
não podia ser arruinada. Jenny podia ter desenhado um bigode, sobrancelhas imensas e<br />
um nariz peludo na imagem e ainda assim o efeito teria sido o mesmo: ele mal<br />
conseguia respirar.<br />
<strong>Ser</strong>ena usava um vestido frente-única longo com contas prateadas no corpete e parecia<br />
mesmo uma noiva, mas não uma modelo de vestido de noiva. Ela era linda demais para<br />
ser modelo. Sua beleza era tão extraordinária, genuína e inestimável que era impossível<br />
imaginar alguém usando-a para vender alguma coisa,<br />
A não ser, talvez, o MasterCard.<br />
- E agora, quer fazer a colagem? - insistiu Jenny, digitando no teclado. - A gente pode<br />
fingir que é tipo a foto do anúncio do seu casamento na seção Styles do New York Times<br />
e escrever a coluna. – Ela abriu um novo documento no Word. - <strong>Ser</strong>ena Antoinette van<br />
der Woodsen e Daniel Fartbreath Humphrey, 12 de julho na catedral de St. Patrick na<br />
Quinta Avenida. A noiva conheceu o noivo quando eles foram à Universidade de<br />
Columbia juntos. Ele era obcecado por ela há anos, mas intimidado demais para falar<br />
até o dia em que ela deslocou o tornozelo na biblioteca depois de tropeçar na antologia<br />
de Shakespeare de Daniel. Ele a carregou para seu alojamento fedorento, colocou seu pé<br />
no frigobar e leu livros existencialistas chatos em voz alta até que ela começou a chorar.<br />
A partir daí, eles se tornaram inseparáveis. Ele até começou a cheirar melhor. A<br />
voluptuosa irmã mais nova de Daniel, Jennifer, está noiva do irmão mais novo da noiva,<br />
Miles, e eles vão se casar no Dia de Ação de Graças.<br />
Dan estava acostumado com a tagarelice de Jenny e teria se desligado se não fosse pelo<br />
fato de que o que ela dizia era muito parecido com os devaneios que ele se permitia ter<br />
toda noite quando ia dormir.<br />
- Antoinette é mesmo o segundo nome dela? - perguntou ele, desconfiado.