Gossip Girl - O Início - Só Podia Ser Você - Webnode
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vencesse. E com isso, e peitos maiores, um dia podia ser alguma coisa - algo mais do<br />
que só baixinha, de cabelo crespo e esquecível.<br />
Bem, não se esqueça de ambiciosa. Não vamos a lugar nenhum sem ambição.<br />
os idiotas só prestam para uma coisa<br />
- É melhor pegar uma cópia enquanto eu ainda tenho – sussurrou audivelmente Chuck<br />
Bass no espaço entre sua carteira e a de Dan. Ele estendeu para Dan uma foto em preto<br />
e branco de sua cabeça e o torso nu. – Voltei de Berlim ontem à noite, onde fiz esse<br />
anúncio de colônia, entendeu? As mulheres alemãs são demais, cara. – Charles<br />
Bartholomew Bass, filho único de Bartholomew e Misty Bass e herdeiro fortuna de<br />
artigos de luxo e couro dos Bass, era alto e bonito, do tipo modelo de propaganda de<br />
loção pós-barba ou de cueca. O cabelo escuro cuidadosamente cortado era espesso e<br />
sedoso, ele exibia um bronzeado que parecia falso, o rosto era hidratado demais e os<br />
olhos azuis vítreos cintilavam de lascívia. Chuck usava um anel com monograma rosa e,<br />
no inverno, um cachecol de cashmere azul-marinho com um monograma em ouro, como<br />
que para demonstrar a todos que ele estava apaixonado por cada aspecto de si mesmo,<br />
inclusive suas iniciais.<br />
Em geral Dan era um cara muito legal, mas, particularmente, quando este colega da<br />
Riverside Prep falava com ele, sua reação física automática era torcer o nariz de<br />
completo nojo. Ele fingiu estar perdido em pensamentos, sonhando com a estrofe<br />
seguinte do novo poema que escrevia para <strong>Ser</strong>ena, embora eles estivessem na aula de<br />
geometria, mas seus olhos não conseguiram deixar de vagar para a cabeça irritante de<br />
Chuck.<br />
- É sério, cara, pegue enquanto ainda está fresca.<br />
Dan abriu um meio-sorriso rápido de afronta e enfiou a foto na bolsa de carteiro preta e<br />
suja.<br />
- Obrigado. - Ele voltou a devanear com a beleza inacreditável de <strong>Ser</strong>ena, a caneta Bic<br />
azul roída postada sobre uma nova página de seu caderno com capa de couro preta.<br />
Chuck não entendeu a dica.<br />
- Acha que se eu distribuir isso naquela festa de amanhã à noite, <strong>Ser</strong>ena van der<br />
Woodsen finalmente vai ceder e me deixar vê-la nua? Afinal, amanhã é Dia dos<br />
Namorados.<br />
Dan pestanejou. De repente não se importou com o ridículo fedor de perfume masculino<br />
de Chuck.<br />
- Que festa?<br />
Chuck apoiou os cotovelos na mesa de Dan.<br />
- Já que estou aqui, você tem as respostas para a planilha que a Srta. Porquete passou<br />
ontem? Tive de ir a um almoço, mas depois meu agente ligou para perguntar se eu podia<br />
fazer umas fotos para a Axé em Reykjavik neste domingo. Como se eu precisasse<br />
trabalhar tanto a ponto de estar disposto a congelar meu pau.<br />
A professora de geometria, a Srta. Pohrbet, sempre deixava a sala por cinco minutos e<br />
voltava, ou para testá-los ou porque tinha algum problema de bexiga e tinha de ir muito<br />
ao banheiro. No momento ela estava fora da sala. Dan passou sua planilha completa.<br />
Dizer não e depois discutir com Chuck exigiria muita energia - e, além de tudo, era só<br />
matemática.<br />
- Que festa? - repetiu ele, insistente.