revista-10 -final cmyk.pmd - Câmara Municipal de Loures
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Transportes<br />
Metropolitano Ligeiro <strong>de</strong> Superfície<br />
Troço <strong>Loures</strong> – Odivelas<br />
com máxima priorida<strong>de</strong><br />
É indiscutível a importância<br />
da execução do projecto do<br />
metropolitano <strong>de</strong> superfície no<br />
corredor <strong>de</strong> <strong>Loures</strong>, único gran<strong>de</strong><br />
acesso a Lisboa que não dispõe<br />
<strong>de</strong> qualquer meio<br />
<strong>de</strong> transporte pesado.<br />
Então, a pergunta fica no ar:<br />
por que continuamos à espera?<br />
Com o <strong>de</strong>senrolar dos trabalhos <strong>de</strong><br />
concepção da ligação entre Algés e <strong>Loures</strong>,<br />
através <strong>de</strong> Metropolitano Ligeiro <strong>de</strong><br />
Superfície, todos os estudos técnicos<br />
foram evi<strong>de</strong>nciando o seu interesse público<br />
e a viabilida<strong>de</strong> tecnico-económica do<br />
projecto não era posta em causa.<br />
Após alguns meses <strong>de</strong> estudos, o<br />
consórcio responsável pelo projecto<br />
(Carris/Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa)<br />
apontou para o arranque integral das<br />
obras em 2005.<br />
No entanto, <strong>de</strong>u-se uma inexplicável<br />
inversão na calendarização e priorização<br />
dos trabalhos. De acordo com Artur<br />
Bívar, um dos responsáveis pelo<br />
consórcio, “não há prazos <strong>de</strong>finidos para<br />
o troço Amadora – <strong>Loures</strong> nem sei se é<br />
prioritário face a uma outra circular interna<br />
entre a Amadora e Santa Apolónia”.<br />
Segundo a mesma fonte, “<strong>Loures</strong> vai ter<br />
<strong>de</strong> esperar por uma <strong>de</strong>cisão do Governo”.<br />
<strong>10</strong><br />
Ora é contra este estado <strong>de</strong> coisas que<br />
a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Loures</strong> se tem vindo a bater.<br />
A Autarquia <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, entre outras i<strong>de</strong>ias,<br />
que o corredor <strong>Loures</strong> – Odivelas <strong>de</strong>veria<br />
ter priorida<strong>de</strong> máxima, pois é o único<br />
que não tem qualquer meio <strong>de</strong> transporte<br />
pesado (metropolitano, comboio ou<br />
eléctrico) na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa<br />
(AML).<br />
Estudos<br />
Dos estudos até agora realizados,<br />
regista-se que são efectuadas 4,9 milhões<br />
<strong>de</strong> viagens diárias na AML, das quais 18<br />
por cento têm origem no corredor <strong>de</strong><br />
<strong>Loures</strong>. Dessas, 49 por cento são feitas<br />
em transporte individual, o que<br />
<strong>de</strong>monstra bem o peso que o automóvel<br />
tem nos acessos à capital. Para além dos<br />
graves prejuízos económicos e ambientais<br />
inerentes, a verda<strong>de</strong> é que os<br />
munícipes <strong>de</strong> <strong>Loures</strong> têm sido sucessivamente<br />
prejudicados nas <strong>de</strong>cisões<br />
políticas que são tomadas na área dos<br />
transportes colectivos.<br />
A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta “marcha-<br />
-atrás” é, em última instância, do Po<strong>de</strong>r<br />
Central. Contudo, também a recém-criada<br />
Autorida<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Transportes<br />
<strong>de</strong>verá ter uma palavra a dizer<br />
numa matéria que faz parte das suas<br />
atribuições.<br />
O estudo <strong>de</strong> procura elaborado pelo<br />
consórcio Carris/Metro aponta para um<br />
número que ronda os 46 mil utentes<br />
diários no troço Falagueira – <strong>Loures</strong>.<br />
Tendo em atenção que o metropolitano<br />
clássico chegará a Odivelas ainda no<br />
primeiro trimestre <strong>de</strong> 2004, percebe-se a<br />
urgência da criação da linha Odivelas –<br />
– <strong>Loures</strong> no mais curto espaço <strong>de</strong> tempo<br />
possível. Segundo foi apurado, subsistem<br />
alguns problemas na <strong>de</strong>finição do<br />
traçado entre a Falagueira e Odivelas, pelo<br />
que a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong> <strong>Loures</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o<br />
arranque da obra em duas frentes: uma<br />
em Algés e outra em <strong>Loures</strong>, o que aliás<br />
foi apoiado tecnicamente pelos responsáveis<br />
do projecto. Sabendo-se<br />
também que a priorida<strong>de</strong> do traçado entre<br />
<strong>Loures</strong> e Odivelas foi assumida publicamente<br />
pelos dois municípios, nada<br />
impe<strong>de</strong> que os trabalhos se iniciem, a não<br />
ser falta <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> política.<br />
Impactes<br />
Com a entrada em funcionamento<br />
<strong>de</strong>ste meio <strong>de</strong> transporte, o percurso <strong>de</strong><br />
<strong>Loures</strong> – Odivelas durará entre <strong>10</strong> a 15<br />
minutos, mesmo em hora <strong>de</strong> ponta, e<br />
daí <strong>de</strong>morar mais alguns minutos até<br />
Lisboa. Tudo isto utilizando transportes<br />
colectivos, garantindo rapi<strong>de</strong>z e qualida<strong>de</strong><br />
para utentes e moradores nas áreas <strong>de</strong><br />
intenso tráfego rodoviário que, consequentemente,<br />
iria gradualmente<br />
diminuir <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>. Se juntarmos o<br />
facto <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à natural requalificação<br />
urbana dos canais e das zonas envolventes<br />
on<strong>de</strong> circulará o metropolitano, é<br />
evi<strong>de</strong>nte a importância do projecto para<br />
o concelho <strong>de</strong> <strong>Loures</strong>.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> solicitou já,<br />
com carácter <strong>de</strong> urgência, uma audiência<br />
ao ministro das Obras Públicas para<br />
análise da situação.<br />
Ramais<br />
Hospital, Infantado, MARL e Sacavém<br />
em perspectiva<br />
Aquando da realização dos primeiros<br />
planos do projecto, logo ficou p<strong>revista</strong> a<br />
futura ligação a alguns locais estratégicos:<br />
o futuro Hospital <strong>de</strong> <strong>Loures</strong>, a<br />
urbanização do Infantado, o MARL e a<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sacavém. No primeiro caso a<br />
ligação far-se-ia directamente <strong>de</strong> Odivelas<br />
para Santo António dos Cavaleiros,<br />
passando pela urbanização do Jardim da<br />
Radial, com paragens na Cida<strong>de</strong> Nova,<br />
Torres da Bela Vista e Hospital <strong>de</strong> <strong>Loures</strong>.<br />
Estão também já estudados os<br />
trajectos para complementar a linha até<br />
ao Jardim <strong>Municipal</strong> Major Rosa Bastos,<br />
com paragens nas Sapateiras e Biblioteca<br />
<strong>Municipal</strong> José Saramago.<br />
No segundo caso, e porque a<br />
antecipação é uma palavra-chave em<br />
planeamento, os tácnicos estudaram<br />
também o trajecto <strong>de</strong> ligação da cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Loures</strong> à urbanização do Infantado.<br />
Este pólo populacional, em plena<br />
expansão, terá num futuro próximo um<br />
papel relevante no redimensionamento<br />
da se<strong>de</strong> do concelho, pelo que faz todo o<br />
sentido criar plataformas <strong>de</strong> transportes<br />
colectivos que sirvam, da melhor forma,<br />
os milhares <strong>de</strong> munícipes que ali já<br />
habitam ou os que se irão instalar nos<br />
próximos anos.<br />
Quanto ao MARL e a Sacavém as<br />
ligações ocorreriam numa terceira fase.<br />
Troço Odivelas/<strong>Loures</strong><br />
Definidas<br />
paragens<br />
Transportes<br />
Para os cerca <strong>de</strong> nove quilómetros que<br />
separam as duas se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> concelho, os<br />
dois municípios já encontraram solução<br />
para a localização <strong>de</strong> interfaces, terminais<br />
e paragens que vão servir os utentes do<br />
metropolitano <strong>de</strong> superfície. Deste<br />
modo será construído um interface com<br />
o metropolitano na estação <strong>de</strong> metro <strong>de</strong><br />
Odivelas (junto ao antigo mercado),<br />
seguindo o traçado para a Póvoa <strong>de</strong> Santo<br />
Adrião (sempre acompanhando o<br />
traçado da EN 8). Em território concelhio<br />
a primeira paragem situar-se-á na Flamenga<br />
– na zona on<strong>de</strong> hoje se encontram<br />
ambas as paragens para transporte<br />
rodoviário; seguida da <strong>de</strong> Santo António<br />
dos Cavaleiros – junto à rotunda sul <strong>de</strong><br />
acesso à localida<strong>de</strong>; Ponte <strong>de</strong> Frielas – na<br />
área do restaurante A<strong>de</strong>ga do Almirante;<br />
Quinta do Conventinho – junto à<br />
<strong>Loures</strong>Ford; e <strong>final</strong>mente <strong>Loures</strong>, com três<br />
paragens: Parque da Cida<strong>de</strong>, Pavilhão Paz<br />
e Amiza<strong>de</strong> e Jardim <strong>Municipal</strong>.<br />
No que toca ao Mercado Abastecedor,<br />
a importância do trajecto pren<strong>de</strong>-se com<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar uma linha que<br />
facilite o acesso por transportes públicos<br />
a uma área que será um dos centros<br />
estratégicos do concelho a nível<br />
económico.<br />
Em relação a Sacavém, o troço em<br />
estudo passaria por Frielas, Apelação,<br />
Camarate, e diminuiria drasticamente o<br />
tempo <strong>de</strong> ligação entre as duas cida<strong>de</strong>s<br />
do concelho, para além <strong>de</strong> permitir um<br />
novo interface com a futura linha <strong>de</strong><br />
metro que chegará primeiro a Moscavi<strong>de</strong>,<br />
já em 2007, e posteriormente a<br />
Sacavém.<br />
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