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86208-Revista MunGouveia N22.indd - Municipio de Gouveia

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Luís Fernan<strong>de</strong>s da Silva Gonçalves, nasceu em Luanda há 58 anos.<br />

Com vivências em Moçambique, África do Sul, Portugal e por fim com<br />

regresso ao País que o viu nascer, adquiriu uma forma <strong>de</strong> estar na<br />

vida, própria daqueles para quem os horizontes sem fim são o limite.<br />

Licenciado em engenharia, ocupa o cargo <strong>de</strong> Diretor Geral <strong>de</strong> uma<br />

empresa <strong>de</strong> construção em Angola. Em Portugal conheceu a D. Maria<br />

<strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Perfeito, natural <strong>de</strong> Vinhó. Surge a paixão, e esse arrebata-<br />

mento é visível em todos os intantes das suas vidas. A Quinta Madre<br />

d’Água é um dos frutos <strong>de</strong>ssa cumplicida<strong>de</strong>. Uma cumplicida<strong>de</strong> que<br />

se confirma em cada momento.<br />

Já tínhamos estado na Quinta algumas vezes, mas esta foi a primeira<br />

em que fomos com o propósito <strong>de</strong> visitar o Hotel Rural, já concluído.<br />

Esperámos algum tempo para sermos recebidos. Luís Gonçalves esta-<br />

va reunido com o seu staff. Trinta minutos volvidos, surge <strong>de</strong> sorriso<br />

aberto, acompanhado pela D. Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s. Conversámos durante<br />

algum tempo e o contágio foi imediato transmitido pelo entusiasmo<br />

das palavras e expressões gestuais. Com a visita ao hotel, conduzida<br />

por este empreen<strong>de</strong>dor casal, percebemos o porquê <strong>de</strong> tanta felici-<br />

da<strong>de</strong>. Concluímos, que afinal, O Hotel Rural era apenas o princípio<br />

do sonho.<br />

<strong>Revista</strong> Municipal - Sendo angolano, como é que <strong>Gouveia</strong> entra na sua vida?<br />

Luís Gonçalves - Tenho dupla nacionalida<strong>de</strong>, A família da minha mulher<br />

é <strong>de</strong> <strong>Gouveia</strong>, o que precipitou esta relação com <strong>Gouveia</strong>.<br />

RM - <strong>Gouveia</strong> foi amor à primeira vista, ou foi uma conquista lenta, mas<br />

consolidada?<br />

LG - Resultante dum namoro, uma conquista difícil e com muita persistên-<br />

cia; refiro-me á minha mulher, a mentora e a razão <strong>de</strong>ste projecto. Esta<br />

entrevista, no singular não reflecte a realida<strong>de</strong> do envolvimento, pelo que<br />

acho <strong>de</strong>veras importante que se mencione que o projecto Madre <strong>de</strong> Água<br />

só é possível porque existe um casal, a Lur<strong>de</strong>s e o Luís que resolveram<br />

nesta fase da sua vida, envolver-se num projecto <strong>de</strong> paixão.<br />

RM - Alguém o alertou para as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta região, ou foi pura<br />

intuição?<br />

LG - Confrontado com a realida<strong>de</strong> do Mundo <strong>de</strong> hoje, e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

voltar às origens, acreditei nas potencialida<strong>de</strong>s que esta região oferece...<br />

RM - Eng.º Luís Gonçalves apostou em investir numa área (a agricultura)<br />

NA PRIMEIRA PESSOA<br />

REVISTA MUNICIPAL<br />

GOUVEIA | 2012<br />

“Esta entrevista, no singular não reflecte a realida<strong>de</strong><br />

do envolvimento, pelo que acho <strong>de</strong>veras importante<br />

que se mencione que o projecto Madre<br />

<strong>de</strong> Água só é possível porque existe um casal, a<br />

Lur<strong>de</strong>s e o Luis que resolveram nesta fase da sua<br />

vida envolverem-se num projecto <strong>de</strong> paixão.”.<br />

que foi durante muitos anos menosprezada. O que o levou a tal?<br />

LG - Conforme já mencionei atrás, ao longo dos últimos 30 anos, conse-<br />

guimos <strong>de</strong>struir o melhor que tínhamos. E quando afirmo voltar às origens<br />

reconheço que a agricultura é uma oportunida<strong>de</strong>, num nicho <strong>de</strong> mercado,<br />

que privilegie o melhor que a região po<strong>de</strong> oferecer: o vinho, o queijo, o<br />

azeite, a natureza, o turismo a restauração, como veículo <strong>de</strong> venda <strong>de</strong>stes<br />

produtos, mas sempre associado á excelência, á inovação e ao rigor, sem<br />

esquecer a tradição.<br />

RM - Na área agrícola, o azeite, o vinho e o Queijo da Serra da Estrela são<br />

a sua gran<strong>de</strong> aposta. Porquê estas três áreas e não outras?<br />

LG - É óbvio. A região potencia estas activida<strong>de</strong>s, pelas suas condições<br />

naturais.<br />

“Acho importante salientar que o sucesso <strong>de</strong><br />

qualquer organização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos colaboradores,<br />

pelo que não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mencionar<br />

a excelente equipa que nos ro<strong>de</strong>ia...”<br />

RM - Que tipo <strong>de</strong> mercado tem em vista para estes produtos?<br />

LG - Uma aposta forte em nichos <strong>de</strong> mercado internacional, que cada vez<br />

mais procura e valoriza esta oferta, por exemplo países nórdicos e asiáticos.<br />

RM - O Hotel Rural que agora inaugurou, manifesta uma qualida<strong>de</strong> excecio-<br />

nal. Presumo que se pretenda posicionar para um segmento médio/alto?<br />

LG - O segmento ou alvo é sem dúvida a gama média/alta.<br />

RM - Com todos estes investimentos, está a gerar emprego. Quando o<br />

projeto estiver a funcionar em pleno, tem i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quantos postos <strong>de</strong><br />

trabalho vai gerar?<br />

LG - No caso específico do Hotel e restaurante empregamos 9 colaboradores,<br />

mas nos trabalhos das quintas participam 10 colaboradores, que se ocupam<br />

do gado, das vinhas, pomar, olival e manutenção das quintas. No futuro e<br />

com a construção da queijaria, serão criados, mais 6 postos <strong>de</strong> trabalho. Acho<br />

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