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86208-Revista MunGouveia N22.indd - Municipio de Gouveia

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MENSAGEM DO PRESIDENTE<br />

Os portugueses precisam, em especial neste Natal que se aproxima, <strong>de</strong><br />

verda<strong>de</strong>iros atos e expressões <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> que tornem mais suportável<br />

as dificulda<strong>de</strong>s que atravessamos e a complexida<strong>de</strong> das soluções<br />

para sairmos <strong>de</strong>sta crise que nos atormenta. Uma solidarieda<strong>de</strong> que se<br />

<strong>de</strong>senvolva entre as pessoas, e em que as campanhas do Banco Alimentar,<br />

da Cáritas e <strong>de</strong> tantas outras organizações são exemplos positivos e<br />

importantes <strong>de</strong>ssa atitu<strong>de</strong> solidária. Mas solidarieda<strong>de</strong> também do Estado<br />

– seja ele representado pelo po<strong>de</strong>r central ou pelo po<strong>de</strong>r local – em relação<br />

aos cidadãos em mais dificulda<strong>de</strong>s, sem o espírito assistencialista que<br />

frequentemente está na base <strong>de</strong> certo tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s.<br />

Os portugueses percebem e compreen<strong>de</strong>m os problemas do País. Mas<br />

também exigem que o País perceba e compreenda os seus. É nisto que se<br />

consubstancia a doutrina da solidarieda<strong>de</strong> social, o valor da equida<strong>de</strong> nas<br />

medidas e programas públicos, o princípio do equilíbrio nos sacrifícios e<br />

nos esforços exigidos a todos e cada um dos cidadãos para ultrapassar as<br />

dificulda<strong>de</strong>s do presente.<br />

Já por diversas vezes assinalei – e renovo esse testemunho – <strong>de</strong> que os<br />

po<strong>de</strong>res locais sempre foram e são sensíveis aos problemas das pessoas<br />

e tentam respon<strong>de</strong>r às suas dificulda<strong>de</strong>s. As autarquias e os eleitos locais<br />

são agentes das soluções do país e não, como por vezes se preten<strong>de</strong> fazer<br />

crer, um dos problemas relevantes. A municipalização das medidas e<br />

políticas públicas será, sempre, a melhor das vias e, mesmo na proteção<br />

social e na solidarieda<strong>de</strong>, a forma mais útil e eficiente <strong>de</strong> promover o<br />

equilíbrio social.<br />

E o que é certo é que os municípios souberam ajustar-se aos tempos difíceis,<br />

revocacionando investimentos, focando-se nas necessida<strong>de</strong>s essenciais dos<br />

cidadãos, ajustando as suas estruturas e o seu funcionamento, reformando<br />

a sua organização. Tudo isso como resposta às dificulda<strong>de</strong>s atuais.<br />

Foi o que procurámos fazer em <strong>Gouveia</strong>. Alguns sacrifícios e outros ajustamentos<br />

tornaram possível a adopção <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> medidas sociais<br />

05<br />

REVISTA MUNICIPAL<br />

GOUVEIA | 2012<br />

TEMOS O DIREITO<br />

A SER FELIZES<br />

Álvaro dos Santos Amaro | Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Gouveia</strong><br />

“As autarquias e os eleitos locais são agentes das<br />

soluções do país...”.<br />

<strong>de</strong> apoio às famílias mais carenciadas, sem esquecer alguns investimentos<br />

públicos tão importantes para o nosso <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Gostaríamos que este esforço fosse seguido por todos os agentes e instituições<br />

do Estado, que a proclamação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reforma<br />

estrutural do Estado não se ficasse pela mera enunciação retórica, que<br />

também nesta matéria vingasse o princípio da equida<strong>de</strong>.<br />

O tempo natalício é, por excelência, um momento <strong>de</strong> tolerância e <strong>de</strong><br />

compreensão. Vamos tentar celebrá-lo da melhor maneira possível – valorizando<br />

o que nos une e <strong>de</strong>svalorizando o que nos divi<strong>de</strong>, procurando<br />

em cada um alguma coisa que tenha a partilhar com os amigos, com a<br />

família, com a comunida<strong>de</strong>.<br />

Tudo indica que, infelizmente, os problemas com que hoje nos <strong>de</strong>frontamos<br />

não se resolvam no curto prazo, o que implica a continuida<strong>de</strong> do<br />

esforço <strong>de</strong> ajustamento da nossa economia e o reequilíbrio financeiro do<br />

País. O que todos mais <strong>de</strong>sejamos, <strong>de</strong>certo, é que isto sirva para alguma<br />

coisa. Que não fiquemos exatamente na mesma para que os factores críticos<br />

se renovem ano após ano, num ciclo infernal.<br />

É essa outra dimensão do espírito e da cultura civilizacional dos portugueses<br />

e naturalmente também dos Gouveenses – a esperança. Acreditamos<br />

que, se todos nos empenharmos com serieda<strong>de</strong> e com rigor e se todos<br />

assumirmos as nossas responsabilida<strong>de</strong>s próprias, o próximo futuro po<strong>de</strong>rá<br />

ser menos penalizador para os cidadãos.<br />

Os nossos filhos merecem isso. Nós próprios merecemos isso. Não po<strong>de</strong><br />

haver um fatalismo histórico que nos leve da euforia da ostentação à<br />

<strong>de</strong>pressão da pobreza… Todos temos o direito a ser felizes. É esse o nosso<br />

sincero <strong>de</strong>sejo nesta época Natalícia e no novo ano <strong>de</strong> 2013.

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