16.04.2013 Views

slides - Ufrgs.br

slides - Ufrgs.br

slides - Ufrgs.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Evelize Martins Krüger Peres<<strong>br</strong> />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS<<strong>br</strong> />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA<<strong>br</strong> />

Curso de Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática<<strong>br</strong> />

para a Educação Básica


A escolha do tema baseou – se na sua importância<<strong>br</strong> />

e nas dificuldades detectadas no processo de ensino –<<strong>br</strong> />

aprendizagem dos alunos no que se refere ao teorema<<strong>br</strong> />

de Tales e sua aplicabilidade.<<strong>br</strong> />

A motivação para o desenvolvimento deste<<strong>br</strong> />

trabalho com a metodologia utilizada, se deve ao<<strong>br</strong> />

entusiasmo dos alunos para a realização de vídeos e<<strong>br</strong> />

participar do Festival de Vídeos Estudantis de Guaíba.


Detectar e descrever dificuldades encontradas<<strong>br</strong> />

no processo ensino – aprendizagem; planejar e<<strong>br</strong> />

implementar uma experiência prática didática,<<strong>br</strong> />

com potencial para contribuir para a melhoria do<<strong>br</strong> />

ensino deste tema; e de refletir so<strong>br</strong>e a prática,<<strong>br</strong> />

antes, durante e após o processo para desenvolver<<strong>br</strong> />

análise crítica da proposta.


Observei, a partir da experiência pessoal , que a maior<<strong>br</strong> />

dificuldade encontrada pelos alunos é na aplicação do<<strong>br</strong> />

teorema em situações problemas, pois na maioria das vezes,<<strong>br</strong> />

os exercícios propostos não trazem uma situação a ser<<strong>br</strong> />

resolvida nem um significado para o conteúdo e sim situações<<strong>br</strong> />

onde o aluno calcula mecanicamente.<<strong>br</strong> />

Levando em consideração a maneira como usualmente é<<strong>br</strong> />

ensinado o teorema de Tales, resolvi investigar como seria se a<<strong>br</strong> />

metodologia fosse modificada utilizando então a história da<<strong>br</strong> />

matemática e as mídias na sala de aula.


Hoje o uso de recursos tecnológicos na escola é<<strong>br</strong> />

bastante difundido. Nas aulas de ciências exatas, a<<strong>br</strong> />

utilização ainda é muito restrita, pois as didáticas são<<strong>br</strong> />

voltadas a prática de exercícios, realizados após a<<strong>br</strong> />

exposição dos conteúdos.<<strong>br</strong> />

Ao se reconhecer a importância da utilização de<<strong>br</strong> />

recursos audiovisuais é que se percebe o quão valioso é<<strong>br</strong> />

a utilização dos vídeos nas aulas de Matemática.<<strong>br</strong> />

Segundo Moran (1995):<<strong>br</strong> />

“O vídeo ajuda a um bom professor, atrai os<<strong>br</strong> />

alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima<<strong>br</strong> />

a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação<<strong>br</strong> />

da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo<<strong>br</strong> />

educacional.”


O Teorema de Tales, na maioria das vezes, não tem<<strong>br</strong> />

muito significado para o aluno. Resolveu – se desenvolver<<strong>br</strong> />

este conteúdo utilizando a história da Matemática, para<<strong>br</strong> />

que o aluno reconheça que é uma criação humana, que<<strong>br</strong> />

surgiu a partir da busca de soluções para problemas do<<strong>br</strong> />

cotidiano.<<strong>br</strong> />

Além da história da Matemática utilizou – se o<<strong>br</strong> />

recurso do vídeo, e o mais importante, a criação de vídeos<<strong>br</strong> />

por parte dos alunos, para que se sintam parte da história<<strong>br</strong> />

e peças importantes da aprendizagem. Assim os alunos<<strong>br</strong> />

estudam o conteúdo de forma diferenciada e criativa.<<strong>br</strong> />

Segundo Dante (1989):<<strong>br</strong> />

“Uma aula de matemática onde os alunos, incentivados e<<strong>br</strong> />

orientados pelo professor, trabalhem de modo ativo – individualmente ou em<<strong>br</strong> />

pequenos grupos – na aventura de buscar solução de um problema que os<<strong>br</strong> />

desafia é mais dinâmica e motivadora do que segue o clássico esquema de<<strong>br</strong> />

explicar e repetir.” (p. 13 – 14)


Pensando na citação de Dante, acredito que as aulas de<<strong>br</strong> />

Matemática realmente devem ser mais dinâmicas e<<strong>br</strong> />

motivadoras.<<strong>br</strong> />

O Teorema de Tales na maioria das vezes é trabalhado<<strong>br</strong> />

de forma tradicional, com aula expositiva, sem trazer muito<<strong>br</strong> />

seu significado para o cotidiano e sem expor a história de<<strong>br</strong> />

Tales para que o aluno possa reconhecer a utilização e<<strong>br</strong> />

significado do que está aprendendo.<<strong>br</strong> />

Ao trabalhar com a história da Matemática, percebe –<<strong>br</strong> />

se um interesse maior dos alunos pelo conteúdo. Segundo<<strong>br</strong> />

Miguel e Miorim (2004):<<strong>br</strong> />

“Além de constituir um espaço privilegiado para a seleção de<<strong>br</strong> />

problemas, os Parâmetros consideram várias outras funções que a história poderia<<strong>br</strong> />

desempenhar em situações de ensino, tais como o desenvolvimento de atitudes e<<strong>br</strong> />

valores mais favoráveis diante do conhecimento matemático, o resgate da própria<<strong>br</strong> />

identidade cultural, a compreensão das relações entre tecnologia e herança cultural, a<<strong>br</strong> />

constituição de um olhar mais crítico so<strong>br</strong>e os objetos matemáticos, a sugestão de<<strong>br</strong> />

abordagens diferenciadas e a compreensão de obstáculos encontrados pelos alunos”.<<strong>br</strong> />

(p.52)


Santos (2007) em sua tese de mestrado comenta,<<strong>br</strong> />

que os professores, ultimamente, estão se dando conta<<strong>br</strong> />

que o interesse dos alunos aumenta quando o que está<<strong>br</strong> />

sendo ensinado faz parte de seu cotidiano. Coloca que<<strong>br</strong> />

muitas das dificuldades dos alunos são resultados de<<strong>br</strong> />

ensinarmos apenas procedimentos e regras.<<strong>br</strong> />

Pereira ( 2005), em sua dissertação so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

Teorema de Tales, considera que a história da<<strong>br</strong> />

Matemática é um meio de abordar o teorema de Tales,<<strong>br</strong> />

que pode ser estudado por meio da busca de sua origem<<strong>br</strong> />

na Matemática grega. Acredita–se que é desse modo<<strong>br</strong> />

que a história da Matemática pode ser integrada às<<strong>br</strong> />

aulas da disciplina.


A prática foi desenvolvida na Escola Municipal de<<strong>br</strong> />

Ensino Fundamental Anita Garibaldi, da cidade de<<strong>br</strong> />

Guaíba, para duas turmas de nono ano, no período de<<strong>br</strong> />

08 de junho de 2010 a 24 de junho de 2010, com uma<<strong>br</strong> />

duração de 12 horas no turno da manhã.<<strong>br</strong> />

Após analisar as dificuldades apresentadas pelos<<strong>br</strong> />

alunos referente ao Teorema de Tales, levando em<<strong>br</strong> />

consideração a metodologia utilizada em anos<<strong>br</strong> />

anteriores, resolvi realizar este trabalho criando uma<<strong>br</strong> />

nova metodologia para o processo ensino<<strong>br</strong> />

aprendizagem desse conteúdo.


Ao ler dissertações e livros que traziam referências a<<strong>br</strong> />

história da Matemática, ao teorema de Tales e ao surgir a<<strong>br</strong> />

oportunidade de usar a mídia em sala de aula, resolvi<<strong>br</strong> />

utilizar desses recursos para o ensino do conteúdo.<<strong>br</strong> />

A escola onde a prática foi realizada, participa todos<<strong>br</strong> />

os anos do Festival de Vídeos Estudantis de Guaíba,<<strong>br</strong> />

então resolvi criar com os alunos um vídeo so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

história de Tales para a prática e para o festival.<<strong>br</strong> />

Os alunos mostraram muito interesse em fazer os<<strong>br</strong> />

vídeos, que foram realizados em grupos e distribuídos<<strong>br</strong> />

em: propaganda so<strong>br</strong>e Bháskara; ficção so<strong>br</strong>e Tales de<<strong>br</strong> />

Mileto e so<strong>br</strong>e Pitágoras e documentário so<strong>br</strong>e a História<<strong>br</strong> />

da Matemática.<<strong>br</strong> />

Os roteiros foram feitos em aula e as gravações em<<strong>br</strong> />

turno inverso.


Algumas dificuldades foram encontradas para a produção<<strong>br</strong> />

dos vídeos como: o vento nas gravações externas, a categoria<<strong>br</strong> />

propaganda foi difícil de realizar o roteiro por causa do tempo<<strong>br</strong> />

de duração, que é curto e porque o grupo não apresentou<<strong>br</strong> />

muito interesse.<<strong>br</strong> />

Os vídeos foram exibidos em aula e a partir do vídeo so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

Tales de Mileto os alunos foram levados a refletir so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

aplicabilidade do Teorema de Tales.<<strong>br</strong> />

Após estas atividades percebe – se que os alunos<<strong>br</strong> />

resolveram as situações problemas e atividades propostas com<<strong>br</strong> />

facilidade e muitos comentaram a facilidade em aprender um<<strong>br</strong> />

conteúdo quando trabalhado de forma diferenciada.<<strong>br</strong> />

Percebi com esta prática que os alunos conseguiram<<strong>br</strong> />

entender e dar significado ao Teorema de Tales e<<strong>br</strong> />

demonstraram maior interesse pelo assunto, por partir de uma<<strong>br</strong> />

produção deles.


Hipótese 1: os alunos demonstrarão interesse pelo<<strong>br</strong> />

vídeo da História da Matemática.<<strong>br</strong> />

O interesse dos alunos pelo vídeo foi constatado<<strong>br</strong> />

pela atenção que tiveram ao assisti–lo e também pelos<<strong>br</strong> />

comentários interessantes que fizeram alguns alunos .<<strong>br</strong> />

A partir do vídeo, os alunos perceberam que a<<strong>br</strong> />

Matemática sempre foi utilizada por todos os povos e<<strong>br</strong> />

que os teoremas, instrumentos e cálculos foram<<strong>br</strong> />

criados para solucionar problemas da época, e que até<<strong>br</strong> />

hoje muitos desses recursos ainda são utilizados.<<strong>br</strong> />

Pode–se perceber, nas respostas dos alunos que as<<strong>br</strong> />

datas e os feitos dos matemáticos chamou muito a<<strong>br</strong> />

atenção deles.


Hipótese 2: os alunos irão criar vídeos de forma criativa<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a história da Matemática, destacando algum matemático<<strong>br</strong> />

em específico.<<strong>br</strong> />

Ao distribuir o assunto dos vídeos, três grupos<<strong>br</strong> />

demonstraram interesse e realizaram a pesquisa, escrevendo os<<strong>br</strong> />

roteiros com criatividade e demonstrando preocupação com as<<strong>br</strong> />

gravações. O grupo so<strong>br</strong>e Tales de Mileto conseguiu transmitir a<<strong>br</strong> />

mensagem de forma criativa , trazendo uma situação do<<strong>br</strong> />

cotidiano em que um aluno precisa estudar o conteúdo para uma<<strong>br</strong> />

prova e acaba sonhando com a matéria e, em sonho, entende o<<strong>br</strong> />

conteúdo para a prova. Isso mostra que os alunos, quando<<strong>br</strong> />

incentivados e motivados, revelam sua criatividade e<<strong>br</strong> />

imaginação, muitas vezes contida pela falta de oportunidades<<strong>br</strong> />

que a escola lhes oferece. Atividades deste tipo permitem que os<<strong>br</strong> />

alunos organizem ideias, estruturem seu pensamento, refletindo<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os assuntos que estão sendo trabalhados.


O grupo que fez o roteiro so<strong>br</strong>e Bháskara não apresentou<<strong>br</strong> />

um roteiro interessante, pois acabaram somente lendo a história<<strong>br</strong> />

de Bháskara, falando os livros que produziu, sem criatividade e<<strong>br</strong> />

não mostrando nada so<strong>br</strong>e a fórmula de Bháskara. Além disso,<<strong>br</strong> />

somente um aluno é que apresentava o conteúdo no vídeo; os<<strong>br</strong> />

demais eram apenas coadjuvantes.<<strong>br</strong> />

Este grupo não conseguiu realizar todo o roteiro em aula e<<strong>br</strong> />

também não o entregou antes das filmagens. Os integrantes<<strong>br</strong> />

apresentam desinteresse em todas as disciplinas e não realizam<<strong>br</strong> />

grande parte das atividades que são propostas. Como o roteiro só<<strong>br</strong> />

foi entregue junto com vídeo já pronto, não pude interferir.<<strong>br</strong> />

Outro fator que também prejudicou um pouco o grupo foi a<<strong>br</strong> />

escolha pela propaganda, que é a temática mais complicada de se<<strong>br</strong> />

resolver, mas por ser a de menor duração, o grupo a escolheu<<strong>br</strong> />

achando que seria fácil.


O documentário so<strong>br</strong>e a História da Matemática foi<<strong>br</strong> />

realizando com muita criatividade, onde o grupo inclusive<<strong>br</strong> />

realizou uma entrevista com várias pessoas so<strong>br</strong>e o que elas<<strong>br</strong> />

conheciam so<strong>br</strong>e a matemática.<<strong>br</strong> />

A ficção so<strong>br</strong>e Pitágoras foi realizada com muito interesse,<<strong>br</strong> />

os alunos relataram so<strong>br</strong>e as pesquisas do matemático e<<strong>br</strong> />

relataram como era a Escola Pitagórica. Explicaram o teorema de<<strong>br</strong> />

Pitágoras, realizando a sua demonstração.<<strong>br</strong> />

Esta hipótese foi validada em parte, pois um dos grupos não<<strong>br</strong> />

demonstrou muito interesse e criou um vídeo sem muita<<strong>br</strong> />

criatividade. Pode–se diagnosticar que a temática propaganda<<strong>br</strong> />

atrapalhou o grupo e também a falta de interesse dos mesmos.<<strong>br</strong> />

Ao realizar este atividade novamente, acredito que não utilizarei<<strong>br</strong> />

o tema propaganda, somente a ficção e o documentário, pois<<strong>br</strong> />

percebe–se que nem todos os tipos de vídeos podem ser<<strong>br</strong> />

utilizados na construção do conhecimento matemático, por ser<<strong>br</strong> />

muito difícil sua construção.


Hipótese 3: o vídeo so<strong>br</strong>e Tales de Mileto, produzido pelos<<strong>br</strong> />

alunos, despertará o interesse e a curiosidade em aprender o<<strong>br</strong> />

Teorema de Tales, entendendo seu significado e aplicabilidade.<<strong>br</strong> />

Os alunos assistiram a todos os vídeos com interesse, mas<<strong>br</strong> />

deram maior atenção ao vídeo so<strong>br</strong>e Tales de Mileto. Além disso,<<strong>br</strong> />

faziam comentários durante a exibição, como: “Concordo com o<<strong>br</strong> />

personagem, não entendo muitas coisas de matemática.”, “Nossa,<<strong>br</strong> />

como eles vão fazer para medir a altura da pirâmide?”, “Os<<strong>br</strong> />

matemáticos eram muito espertos, usavam até o sol para ajudar.”,<<strong>br</strong> />

“Queria aprender em sonho também;”, “Sora, quando vamos<<strong>br</strong> />

estudar Tales? Quero ver como ele fez e resolver problemas<<strong>br</strong> />

também.”, “Eles desco<strong>br</strong>iam as coisas de matemática porque<<strong>br</strong> />

precisavam resolver problemas. Legal!”. Estes comentários<<strong>br</strong> />

revelam que os alunos despertaram o interesse pelo assunto<<strong>br</strong> />

Teorema de Tales, além de visualizar as aplicações da Matemática<<strong>br</strong> />

na vida real.


Após assistir ao vídeo, os alunos questionaram como Tales<<strong>br</strong> />

havia medido a altura da pirâmide e então começamos a<<strong>br</strong> />

conversar so<strong>br</strong>e a história de Tales e todos demonstraram<<strong>br</strong> />

curiosidade em aprender o Teorema de Tales. Ao entregar a folha<<strong>br</strong> />

com um <strong>br</strong>eve resumo so<strong>br</strong>e a história de Tales, com a ilustração<<strong>br</strong> />

do problema da pirâmide, todos deveriam criar uma estratégia<<strong>br</strong> />

de como poderiam desco<strong>br</strong>ir a altura da pirâmide. A grande<<strong>br</strong> />

maioria dos alunos pensou em utilizar cordas para medir a altura<<strong>br</strong> />

da pirâmide. Outros pensaram em subir ao topo da pirâmide e lá<<strong>br</strong> />

de cima utilizar o metro. Todas as respostas foram parecidas,<<strong>br</strong> />

portanto respostas interessantes.<<strong>br</strong> />

Quanto à aplicabilidade do Teorema de Tales, após assistir<<strong>br</strong> />

ao vídeo, todos demonstraram entender.<<strong>br</strong> />

A hipótese foi validada, pois com os comentários dos alunos<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o vídeo, percebe–se que apresentaram interesse em<<strong>br</strong> />

aprender o teorema de Tales.


Hipótese 4: pressuponho que, ao desenvolver o trabalho, os<<strong>br</strong> />

alunos compreendam o teorema de Tales, aplicando–o<<strong>br</strong> />

corretamente nas situações problemas propostas.<<strong>br</strong> />

Após a dedução do teorema de Tales, observou–se que os<<strong>br</strong> />

alunos adquiriram conhecimentos so<strong>br</strong>e o mesmo e o aplicaram<<strong>br</strong> />

nas atividades propostas. Foi observado que os alunos aplicaram<<strong>br</strong> />

o teorema de Tales na resolução de problemas do dia–a–dia, sem<<strong>br</strong> />

apresentar dificuldades.<<strong>br</strong> />

Na resolução dos problemas realizada pelos alunos, pude<<strong>br</strong> />

observar que os mesmos aplicaram corretamente o teorema de<<strong>br</strong> />

Tales e que, inclusive, para auxiliar na sua resolução,<<strong>br</strong> />

representaram o problema através de desenho, demonstrando a<<strong>br</strong> />

sua compreensão da situação apresentada.<<strong>br</strong> />

Se este trabalho não fosse realizado, acredito que os alunos<<strong>br</strong> />

não conseguiriam resolver situações problemas com tanta<<strong>br</strong> />

facilidade. Conseguiram resolver exercícios sem contexto,<<strong>br</strong> />

atividades somente com desenhos.


Hipótese 5: os alunos criarão bons problemas para serem<<strong>br</strong> />

trabalhados com a turma.<<strong>br</strong> />

Quanto à criação de problemas, várias duplas superaram as<<strong>br</strong> />

expectativas e criam situações problemas com criatividade e<<strong>br</strong> />

coesão.<<strong>br</strong> />

Porém algumas duplas criaram problemas mais simples e<<strong>br</strong> />

semelhantes aos trabalhados em aula.<<strong>br</strong> />

Esta proposta de trabalho obteve êxito com os alunos do<<strong>br</strong> />

nono ano. Foi possível mostrar à turma que o conteúdo<<strong>br</strong> />

trabalhado pode ser utilizado em nosso cotidiano e que existem<<strong>br</strong> />

maneiras diferentes, interessantes e criativas de se estudar a<<strong>br</strong> />

matemática. Quanto às atividades, foi possível perceber que,<<strong>br</strong> />

com elas, pode–se fazer com que os alunos compreendam o<<strong>br</strong> />

teorema de Tales e os resultados mostram que este é um dos<<strong>br</strong> />

caminhos para que os alunos compreendam o teorema de Tales.


Sempre observei que a metodologia tradicional,<<strong>br</strong> />

com listas de exercícios e exemplos prontos no quadro,<<strong>br</strong> />

não trazia muito significado para os alunos e eles<<strong>br</strong> />

acabavam realizando as operações mecanicamente.<<strong>br</strong> />

Percebe–se a necessidade de uma metodologia que<<strong>br</strong> />

envolva o cotidiano do aluno, a resolução de<<strong>br</strong> />

problemas, que desperte interesse dos mesmos e que<<strong>br</strong> />

estes possam, de forma criativa, buscar o<<strong>br</strong> />

conhecimento e interagir com seus colegas.<<strong>br</strong> />

Com certeza esta metodologia será utilizada<<strong>br</strong> />

novamente em minha prática docente, porém não<<strong>br</strong> />

produzirei junto com os alunos vídeos de propaganda,<<strong>br</strong> />

mas o restante repetirei, pois pode observar o<<strong>br</strong> />

crescimento dos alunos e seu interesse pelo assunto.


Com este trabalho, foi possível perceber que a<<strong>br</strong> />

atividade de produção de vídeos com os alunos é<<strong>br</strong> />

possível e que para eles é prático e prazeroso, pois<<strong>br</strong> />

possuem muita facilidade com a tecnologia, pois a<<strong>br</strong> />

mesma está cada vez mais presente na vida das<<strong>br</strong> />

crianças e adolescentes. Estes estão cada vez mais cedo<<strong>br</strong> />

a fazer uso de tais artifícios, seja para se comunicarem,<<strong>br</strong> />

para se divertirem ou para servir de suporte para os<<strong>br</strong> />

estudos. Também aprendi como utilizar o vídeo de<<strong>br</strong> />

forma produtiva em sala de aula.


Observei que realmente ao trabalhar de forma<<strong>br</strong> />

diferenciada e utilizando a abordagem do ponto de<<strong>br</strong> />

vista da história da Matemática, muitas das<<strong>br</strong> />

dificuldades encontradas pelos alunos de anos<<strong>br</strong> />

anteriores, onde trabalhava somente a teoria, regras e<<strong>br</strong> />

exercícios, foram sanadas. Com esta prática, os alunos<<strong>br</strong> />

conseguiram entender o significado e a aplicabilidade<<strong>br</strong> />

do teorema de Tales.<<strong>br</strong> />

Percebi mudanças no comportamento dos alunos,<<strong>br</strong> />

que no início não estavam levando a sério o vídeo e<<strong>br</strong> />

achando muito complicado ter que produzir um vídeo<<strong>br</strong> />

de matemática. No final da prática, no entanto,<<strong>br</strong> />

estavam muito entusiasmados com o trabalho e com os<<strong>br</strong> />

vídeos produzidos, principalmente por saber que estes<<strong>br</strong> />

seriam inscritos no Festival de Vídeo Estudantil.


Após a prática, identifiquei que a escola valorizou<<strong>br</strong> />

muito os vídeos produzidos pelos alunos e os colegas<<strong>br</strong> />

ficaram surpresos com o interesse de alguns alunos<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o conteúdo que foi trabalhado. Outros<<strong>br</strong> />

professores, ao assistir as produções dos alunos, ficaram<<strong>br</strong> />

admirados e realizaram atividades semelhantes<<strong>br</strong> />

utilizando como tema a Copa do Mundo.<<strong>br</strong> />

Vale salientar aqui, que o vídeo produzido pelos<<strong>br</strong> />

alunos “A História de Tales de Mileto: o sonho”, no dia<<strong>br</strong> />

13 de novem<strong>br</strong>o de 2010 recebeu o prêmio: Educação<<strong>br</strong> />

(Uso das Mídias na Sala de aula) no 9º Festival de<<strong>br</strong> />

Vídeos Estudantis, realizado na cidade de Guaíba,<<strong>br</strong> />

porém com a<strong>br</strong>angência nacional.


Acredito que, quando o aluno é desafiado e<<strong>br</strong> />

motivado a aprender, consegue ter uma aprendizagem<<strong>br</strong> />

prazerosa e com mais facilidade, resolvendo assim<<strong>br</strong> />

situações problemas e criando estratégias até mesmo<<strong>br</strong> />

para a solução de problemas do seu cotidiano.<<strong>br</strong> />

Por fim, acredito que o professor deve ser flexível e<<strong>br</strong> />

procurar sempre inovar a sua prática, sem medo de<<strong>br</strong> />

utilizar recursos tecnológicos e sem subestimar os seus<<strong>br</strong> />

discentes, pois esses são criativos e não tem medo de<<strong>br</strong> />

errar.


BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria<<strong>br</strong> />

de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares<<strong>br</strong> />

Nacionais: língua portuguesa – 5ª a 8ª série. Brasília,<<strong>br</strong> />

1998.<<strong>br</strong> />

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria<<strong>br</strong> />

de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares<<strong>br</strong> />

Nacionais: matemática – 5ª a 8ª série. Brasília, 1998.<<strong>br</strong> />

DANTE, Luis R. Didática na resolução de problemas de<<strong>br</strong> />

matemática. São Paulo: Ática, 1989.<<strong>br</strong> />

História da Matemática. Vídeo disponível em:<<strong>br</strong> />

http://www.youtube.com/watch?v=QT5LFeej5gI


GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; JÚNIOR,<<strong>br</strong> />

José Ruy Giovanni. A conquista da Matemática: a +<<strong>br</strong> />

nova. 8ª série. São Paulo: FTD, 2002.<<strong>br</strong> />

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio.<<strong>br</strong> />

Matemática e realidade: 8ª série. 5ª ed. São Paulo: Atual,<<strong>br</strong> />

2005.<<strong>br</strong> />

MIGUEL, Antonio; MIORIM, Maria Ângela. História na<<strong>br</strong> />

Educação Matemática: propostas e desafio. Belo<<strong>br</strong> />

Horizonte: Autêntica, 2004.<<strong>br</strong> />

MORAN, José Manuel. Comunicação e Educação. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Ed. Moderna, 1995.<<strong>br</strong> />

PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática, uma análise<<strong>br</strong> />

da influencia francesa. 2ª edição, Belo Horizonte:<<strong>br</strong> />

Autentica, 2002.


PEREIRA, Ana Carolina Costa. Teorema de Thales: Uma conexão<<strong>br</strong> />

entre os aspectos geométrico e algé<strong>br</strong>ico em alguns livros<<strong>br</strong> />

didáticos de Matemática. 2007. 133f. Dissertação (Mestrado<<strong>br</strong> />

Profissional em Ensino de Matemática) – Universidade Estadual<<strong>br</strong> />

Paulista, São Paulo, 2005. Disponível em<<strong>br</strong> />

http://www.athena.biblioteca.unesp.<strong>br</strong>/exli<strong>br</strong>is/bd/<strong>br</strong>c/33004137031P<<strong>br</strong> />

7/2005/pereira_acc_me_rcla.pdf . Acesso em 14 de a<strong>br</strong>il de 2010.<<strong>br</strong> />

Projeto Araribá: Matemática 8ª série. O<strong>br</strong>a coletiva, concebida,<<strong>br</strong> />

desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável<<strong>br</strong> />

Juliane Matsuhara Barroso. 1º ed. São Paulo: Moderna, 2006.<<strong>br</strong> />

SANTOS, Claudiomar Abadio dos. A história da matemática como<<strong>br</strong> />

ferramenta no processo de ensino – aprendizagem da<<strong>br</strong> />

matemática. 2007. 94f. Dissertação (Mestrado Profissional em<<strong>br</strong> />

Ensino de Matemática) - Pontifica Universidade Católica, São Paulo,<<strong>br</strong> />

2008. Disponível em<<strong>br</strong> />

http://www.pucsp.<strong>br</strong>/pos/edmat/mp/SANTOS_claudimar_abadio.ht<<strong>br</strong> />

ml. Acesso em 14 de a<strong>br</strong>il de 2010.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!