16.04.2013 Views

Luciano - Departamento de Ciências Exatas - LCE/ESALQ/USP

Luciano - Departamento de Ciências Exatas - LCE/ESALQ/USP

Luciano - Departamento de Ciências Exatas - LCE/ESALQ/USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”<br />

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS<br />

ANÁLISE MULTIVARIADA<br />

Experimentos <strong>de</strong> Medidas Repetidas<br />

com Seleções Aleatórias<br />

por<br />

Larry L. Laster<br />

James Pickands III<br />

Piracicaba, SP<br />

Julho/2004<br />

Seminário apresentado como<br />

exigência da disciplina<br />

Análise Multivariada, do<br />

<strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong><br />

<strong>Exatas</strong> da <strong>ESALQ</strong>/<strong>USP</strong><br />

Nome: <strong>Luciano</strong> Barbosa<br />

Prof. Dr. Carlos Ta<strong>de</strong>u dos<br />

Santos Dias


Experimentos <strong>de</strong> Medidas Repetidas com Seleções Aleatórias<br />

Larry L. Laster<br />

James Pickands III<br />

Biometrics, vol. 49, nº 1, março <strong>de</strong> 1993<br />

Nós consi<strong>de</strong>ramos experimentos <strong>de</strong> medidas repetidas com um único<br />

grupo e com múltiplos grupos. Geralmente, as medidas repetidas são<br />

consi<strong>de</strong>radas com tempos espaçados uniformemente. As condições<br />

necessárias para um teste F exato não são geralmente satisfeitas, mas com<br />

escolhas aleatórias dos tempos, nós satisfazemos as condições,<br />

incondicionalmente. Como conseqüência, infelizmente, nós per<strong>de</strong>mos a<br />

normalida<strong>de</strong> assintótica que também é essencial para justificar um teste F.<br />

Nós introduzimos uma classe <strong>de</strong> experimentos para os quais as condições<br />

<strong>de</strong> momento e normalida<strong>de</strong> assintótica são satisfeitas. Os tempos são os<br />

mesmos para todos os indivíduos e eles são escolhidos <strong>de</strong> tal modo que<br />

eles são mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e i<strong>de</strong>nticamente distribuídos.<br />

1. Introdução<br />

A maioria dos experimentos <strong>de</strong> medidas repetidas envolve uma<br />

seleção sistemática dos tempos, normalmente com espaçamentos iguais. A<br />

suposição clássica <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência é irreal na maioria dos casos e há uma<br />

extensa literatura sobre este problema. Geralmente suposições muito<br />

rígidas, freqüentemente irreais, ou perda <strong>de</strong> eficiência estatística (perda <strong>de</strong><br />

graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>), são inevitáveis. Neste artigo, nós sugerimos uma nova<br />

abordagem, na qual os tempos são amostrados aleatoriamente.<br />

Uma gran<strong>de</strong> classe <strong>de</strong> experimentos <strong>de</strong> medidas repetidas envolve<br />

uma ou mais amostras aleatórias <strong>de</strong> indivíduos que são avaliados em vários<br />

momentos no tempo. Por exemplo, na medicina, po<strong>de</strong>m ser observadas<br />

pressões sanguíneas ou ensaios bioquímicos em vários momentos.<br />

Suponha que existam m grupos com r elementos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes por<br />

grupo e c tempos para cada elemento <strong>de</strong> cada grupo. Por exemplo, suponha<br />

que há m grupos <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> laboratório, com r animais em cada grupo.


O mesmo tratamento é dado a todos os membros <strong>de</strong> cada grupo, mas os<br />

dois grupos não recebem o mesmo tratamento.<br />

Suponha também que as medidas repetidas são feitas em cada membro<br />

do grupo em c tempos diferentes. Nós assumimos, neste artigo, que os<br />

mesmos tempos são usados para cada membro <strong>de</strong> cada grupo. Nós<br />

po<strong>de</strong>ríamos medir um aspecto bioquímico nos mesmos c tempos para todos<br />

os animais, por exemplo.<br />

Seja Yk,i,j a resposta para o i-ésimo membro do k-ésimo grupo no jésimo<br />

tempo. Há três hipóteses <strong>de</strong> interesse:<br />

Hg: Nenhum efeito <strong>de</strong> grupo,<br />

Ht: Nenhum efeito <strong>de</strong> tempo,<br />

Hgt: Nenhum efeito <strong>de</strong> interação.<br />

Tradicionalmente, experimentos <strong>de</strong> medidas repetidas envolvem<br />

escolha sistemática dos tempos, que normalmente são escolhidos em<br />

espaços uniformes. Em tais casos, as sucessivas medidas não po<strong>de</strong>m ser<br />

razoavelmente consi<strong>de</strong>radas como mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e então os<br />

métodos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância clássicos <strong>de</strong>vem ser alterados a um grau<br />

consi<strong>de</strong>rável. Há várias abordagens utilizadas. Nós propomos uma<br />

abordagem alternativa com um experimento diferente.<br />

Suponha, primeiro, que os tempos são amostrados aleatoriamente, ou<br />

seja, suponha que são escolhidos <strong>de</strong> maneira que sejam mutuamente<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e i<strong>de</strong>nticamente distribuídos – digamos, sobre o intervalo <strong>de</strong><br />

possíveis tempos. As mesmas seleções do tempo são usadas para todos os<br />

membros <strong>de</strong> todos os grupos.<br />

Quando os tempos são escolhidos ao acaso, nós realizamos a análise<br />

com maior facilida<strong>de</strong>, por causa da variância comum e da ausência <strong>de</strong><br />

correlação.


É importante enfatizar que nós <strong>de</strong>vemos evitar a tentação <strong>de</strong> impor<br />

espaços iguais entre os tempos, que são, é claro, conhecidos. Se nós assim<br />

fizermos, nós per<strong>de</strong>remos os benefícios da nossa abordagem em relação ao<br />

experimento clássico. Assumindo normalida<strong>de</strong>, o método proposto é<br />

uniformemente mais po<strong>de</strong>roso entre todos os procedimentos em que os<br />

tempos não são escolhidos aleatoriamente, como mostrado por Herbach<br />

(1959).<br />

2. Seleções Não Aleatórias<br />

Nesta seção, nós revisamos as abordagens clássicas e problemas <strong>de</strong><br />

experimentos <strong>de</strong> medidas repetidas com seleções clássicas não aleatórias<br />

dos tempos e discutimos rapidamente as mais recentes abordagens. O<br />

problema é que nós geralmente não temos in<strong>de</strong>pendência entre as medidas.<br />

Seja V, com elementos vi,i´ , as (c x c) medidas da matriz <strong>de</strong> variânciacovariância.<br />

Há duas abordagens básicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem.<br />

A primeira é a abordagem <strong>de</strong> “suposição-livre", quer dizer, nenhuma<br />

suposição é feita sobre os elementos <strong>de</strong> V. Veja Potthoff e Roy (1964),<br />

Bock (1963), e Morrison (1976). O número <strong>de</strong> parâmetros estimados na<br />

matriz <strong>de</strong> variância-covariância é c(c + 1)/2. Isto requer um número<br />

enorme <strong>de</strong> observações.<br />

A outra abordagem é fazer várias restrições paramétricas em V. Para<br />

obter os momentos condicionais <strong>de</strong>sejados, sem perda <strong>de</strong> graus <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong>, é suficiente que<br />

vi,i<br />

<br />

2<br />

ρσ<br />

, i i<br />

2<br />

σ , i i<br />

0 <


Uma condição suficiente mais geral sobre os elementos <strong>de</strong> V é dada<br />

por Huynh e Feldt (1970). Eles mostram que a condição <strong>de</strong>les é necessária<br />

como também suficiente para que possam ser usados testes F clássicos<br />

(assumindo normalida<strong>de</strong>). Box (1954) mostra que testes F aproximados<br />

são possíveis mas com números reduzidos <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>; os graus<br />

<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> do numerador e do <strong>de</strong>nominador são reduzidos na mesma<br />

proporção . Infelizmente, é uma função das variâncias e covariâncias<br />

<strong>de</strong>sconhecidas. Greenhouse e Geisser (1959) encontraram um método<br />

adaptado (dados-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes) com graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> conservadores. Há<br />

uma perda muito significativa <strong>de</strong> eficiência, assim como todos os graus <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> para as medidas repetidas estão perdidos. Há também o artigo <strong>de</strong><br />

Huynh (1978), no qual parece razoável assumir que covariâncias são<br />

próximas <strong>de</strong> 0 quando os tempos são mais distantes. Para uma interessante<br />

abordagem não paramétrica, veja Kepner e Robinson (1988).<br />

3. Método proposto para um único grupo<br />

Suponha que temos r pacientes cujo nível <strong>de</strong> colesterol é medido em c<br />

tempos. O experimento mais comum é aquele no qual os tempos são<br />

espaçados igualmente. Tal experimento é natural, mas é irreal assumir que<br />

sucessivas observações no mesmo paciente sejam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Assim,<br />

consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> séries temporais entram em jogo e a análise dos dados<br />

requer suposições muito restritivas que po<strong>de</strong>m ser impossíveis <strong>de</strong> se<br />

verificar.<br />

Por outro lado, suponha que os tempos são escolhidos ao acaso. Nós<br />

chamaremos estes tempos <strong>de</strong> T1, T2, ..., Tc. É importante enten<strong>de</strong>r que os<br />

tempos são o mesmo para todos os indivíduos e eles são escolhidos <strong>de</strong> tal<br />

modo que eles são mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e i<strong>de</strong>nticamente<br />

distribuídos.<br />

Seja Xi(t) o nível <strong>de</strong> colesterol do i-ésimo paciente no momento t e<br />

seja<br />

Yi,j Xi(Tj) , i=1, 2, ..., r ; j= 1, 2, ..., c.


Nós po<strong>de</strong>mos escrever<br />

Assim,<br />

Yi,j = E{XI(TJ)I = I(i), J = J(j)}.<br />

EIYI,j = EIXI(Tj) (3.1)<br />

on<strong>de</strong> EIXI(Tj) é o nível <strong>de</strong> colesterol esperado para um paciente escolhido<br />

aleatoriamente no momento t e<br />

<br />

E Y X (t) dF (t) ,<br />

J<br />

I, j<br />

0<br />

on<strong>de</strong> FT(t) é a função <strong>de</strong> distribuição acumulada para Tj. A média geral é ,<br />

on<strong>de</strong><br />

e<br />

Então,<br />

Seja<br />

para todo i, j.<br />

Seja<br />

2<br />

s<br />

i<br />

T<br />

EI,JYI,J = EI,J{XI(TJ)} (3.2)<br />

si EJYi,J – EI,JYI,J , tj = EIYI,j – EI,JYI,J , (3.3)<br />

ei,j Yi,j – EJYi,J – EIYI,j + EI,JYI,J.<br />

EIsI = EJtJ = EIeI,j = EJei,J = EI,JeI,J = 0 (3.4)<br />

σ var(s ) E s ,<br />

I<br />

I<br />

2<br />

I<br />

σ E t ,<br />

2<br />

t<br />

J<br />

2<br />

J<br />

σ <br />

E<br />

2<br />

e<br />

I, J<br />

e<br />

2<br />

I, J


Nós assumimos aqui, que I, J, I´ e J´ são mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Segue, então, que todas as funções <strong>de</strong>les são mutuamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Assim,<br />

Note que:<br />

E<br />

Similarmente,<br />

Assim, temos que<br />

e<br />

I, J<br />

s<br />

I<br />

e<br />

I, J<br />

E s s<br />

E<br />

I, I<br />

I<br />

E<br />

I<br />

0 EJ,<br />

Jt<br />

Jt<br />

J<br />

J<br />

t<br />

J<br />

e<br />

I, J<br />

σ<br />

on<strong>de</strong> (t) é alguma função conhecida <strong>de</strong> t.<br />

Nós po<strong>de</strong>mos escrever<br />

E Y E Y Y E Y E Y E Y <br />

EI,<br />

J J I, J I, J I, J I, J J I, J I I, J I, J I, J<br />

<br />

σ<br />

2<br />

s<br />

σ<br />

2<br />

t<br />

0<br />

σ<br />

Y <br />

2<br />

t<br />

E I, IeI,<br />

jeIj<br />

EJ,<br />

Jei,<br />

Jei,<br />

J<br />

<br />

0<br />

EIs I(Tj)<br />

(Tj)EIs<br />

I 0 EIe<br />

I, j(Tj)<br />

(Tj)EIe<br />

I, j 0<br />

I, J<br />

s<br />

0<br />

I<br />

t<br />

J<br />

(3.5)<br />

i, j μ si<br />

t j ei,<br />

j<br />

(3.6)<br />

on<strong>de</strong> é constante (não aleatória), e os <strong>de</strong>mais termos têm médias e<br />

covariâncias 0 e variâncias in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos índices i e j; veja Scheffé<br />

(1959, pp. 240-242).<br />

2<br />

s


Todos os requisitos necessários para a valida<strong>de</strong> dos testes F estão<br />

assim satisfeitos. Uma possível hipótese nula é que não há efeito <strong>de</strong><br />

pacientes, ou seja, o nível médio <strong>de</strong> colesterol é o mesmo para todos os<br />

pacientes:<br />

2<br />

H : σ 0<br />

s<br />

Mais interessante é a hipótese que não há efeito dos tempos, isto é, a<br />

média do paciente é a mesma para todos os tempos:<br />

H<br />

t<br />

: σ<br />

s<br />

2<br />

t<br />

0<br />

Até aqui nós discutimos quantida<strong>de</strong>s populacionais. Agora nós<br />

consi<strong>de</strong>ramos as quantida<strong>de</strong>s amostrais correspon<strong>de</strong>ntes. Nós <strong>de</strong>compomos<br />

a soma <strong>de</strong> quadrados total do modo habitual, on<strong>de</strong> :<br />

SQtotal = SQs + SQt + SQe<br />

(veja Scheffé, 1959, pp. 102-103). Os graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>compostos da mesma forma:<br />

on<strong>de</strong><br />

gltotal = gls + glt + gle<br />

gltotal = rc - 1, gls = r - 1, glt = c - 1, gle = (r - l)(c - 1).<br />

As estatísticas para testar as hipóteses nulas, Hs e Ht, são,<br />

respectivamente, Fs e Ft , on<strong>de</strong>:<br />

QM<br />

F e<br />

s<br />

s<br />

QMe<br />

QM<br />

F <br />

t<br />

t<br />

QMe


O cálculo dos p-values requerem a suposição <strong>de</strong> que a aproximação<br />

normal (assintóticamente) é válida. Para uma discussão da robustez à não<br />

normalida<strong>de</strong>, veja Miller (1986, pp. 158-1 59). Ele observa que testes com<br />

a presença <strong>de</strong> um componente <strong>de</strong> variância são especialmente robustos à<br />

não normalida<strong>de</strong>. Nós temos normalida<strong>de</strong> assintótica com o nosso<br />

experimento. Herbach (1959) mostrou que os testes <strong>de</strong>ste tipo, assumindo<br />

normalida<strong>de</strong>, são uniformemente mais po<strong>de</strong>rosos <strong>de</strong>ntre todos os testes<br />

similares.<br />

4. Experimentos com grupos<br />

Suponha agora que nós temos r pacientes em m grupos. Estes grupos<br />

po<strong>de</strong>riam ser grupos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> diferentes, grupos étnicos, ou até mesmo <strong>de</strong><br />

homens e mulheres. Nós estamos assumindo agora, que não há nenhum<br />

efeito <strong>de</strong> interação entre os grupos e os tempos.<br />

Seja<br />

Yk,i,j Xk,i(Tj)<br />

on<strong>de</strong> Xk,i(t) é o nível <strong>de</strong> colesterol medido para o i-ésimo paciente no késimo<br />

grupo no tempo t. Nós po<strong>de</strong>mos escrever:<br />

on<strong>de</strong><br />

1<br />

<br />

μ g k E IX<br />

k, I (t) dFT<br />

(t) ; s k, i X k, i (t) - E IX<br />

k, I (t) dFT<br />

(t) ;<br />

0<br />

1<br />

<br />

t E X (T ) E X (t) dF (t) ;<br />

j<br />

1<br />

<br />

I<br />

k, I<br />

j<br />

0<br />

e X (T ) X (t) dF (t) - E X (T ) E X (t) dF (t) .<br />

k, i, j<br />

k, i<br />

j<br />

Y <br />

μ g s t e<br />

k, i, j<br />

0<br />

k, i<br />

T<br />

k<br />

k, i<br />

I<br />

I<br />

k, I<br />

k, I<br />

1<br />

0<br />

j<br />

J<br />

k, i, j<br />

T<br />

1<br />

<br />

0<br />

I<br />

k, I<br />

T


Nós assumimos, sem perda <strong>de</strong> generalida<strong>de</strong> que<br />

m<br />

k 1<br />

g<br />

Nós precisamos <strong>de</strong> algumas suposições adicionais que não foram<br />

necessárias no caso <strong>de</strong> um único grupo. Primeiro, nós assumimos que<br />

EIXk,I(t) só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> k por uma constante (gk), a qual não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> t.<br />

Esta é nossa suposição <strong>de</strong> nenhuma interação mencionada acima. Segundo,<br />

nós <strong>de</strong>vemos assumir sempre que<br />

on<strong>de</strong>:<br />

σ E s e<br />

k<br />

2<br />

s<br />

I<br />

2<br />

k, I<br />

k <br />

σ e<br />

2<br />

s k<br />

0<br />

.<br />

σ são o mesmo para todo o k,<br />

2<br />

e k<br />

σ E k<br />

Nós <strong>de</strong>compomos a soma <strong>de</strong> quadrados total em:<br />

2<br />

e<br />

I, J<br />

e<br />

2<br />

k, I, J<br />

SQtotal = SQgrupos + SQs + SQt + SQe , on<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> médias são representadas substituindo os índices correspon<strong>de</strong>ntes por<br />

pontos. Assim:<br />

SQ<br />

grupos<br />

rc<br />

m<br />

k 1<br />

m, r, c<br />

(Y<br />

k, ,<br />

Y<br />

)<br />

2<br />

,<br />

,<br />

<br />

<br />

m, r<br />

c<br />

2<br />

2<br />

SQ (Yk,<br />

i, Yk,<br />

, ) ; SQ t kr (Y<br />

, ,<br />

j Y,<br />

,<br />

)<br />

; <br />

1<br />

j 1<br />

; <br />

s c<br />

k, i<br />

SQ<br />

2<br />

SQe (Yk,<br />

i, j Yk,<br />

i, Y<br />

, ,<br />

j Y<br />

, ,<br />

)<br />

total<br />

<br />

<br />

k, i, j 1<br />

k, i, j 1<br />

Os graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> (gl) são, respectivamente,<br />

glgrupos = m – 1; gls = m(r – 1) ; glt = c – 1 ;<br />

gle = (mr – 1)(c – 1) ; gltotal = mrc - 1<br />

<br />

m, r, c<br />

(Y<br />

k, i, j<br />

Y<br />

,<br />

,<br />

<br />

)<br />

2


Para testar a hipótese Ht <strong>de</strong> que não há efeito do tempo, nós<br />

proce<strong>de</strong>mos exatamente como no caso <strong>de</strong> um único grupo. Ou seja, o teste<br />

estatístico F é Ft, on<strong>de</strong><br />

QM<br />

t Ft .<br />

QMe<br />

Suponha que nós estamos testando a hipótese Hg, ou seja, que não há<br />

efeito <strong>de</strong> grupo (aquele gk = 0 para todo k = 1, 2, ..., m). A estatística para<br />

testar Hg é Fg, on<strong>de</strong>:<br />

QM<br />

grupos<br />

Fg .<br />

QMs<br />

Suponha que não po<strong>de</strong>mos assumir que não há nenhuma interação<br />

entre grupos e tempos. Nós po<strong>de</strong>mos testar isso usando Fgt, on<strong>de</strong>:<br />

com<br />

SQ<br />

gt<br />

r<br />

m, c<br />

k, j 1<br />

m, r, c<br />

(Y<br />

k, ,<br />

j<br />

F<br />

QM<br />

,<br />

gt<br />

gt<br />

QMe<br />

Y<br />

k, ,<br />

<br />

Y<br />

,<br />

,<br />

j<br />

Y<br />

,<br />

,<br />

<br />

2<br />

SQe r (Yk,<br />

i, j Yk,<br />

i, Yk<br />

, ,<br />

j Yk<br />

, ,<br />

)<br />

k, i, j 1<br />

glgt = (m – 1)(c – 1) ; gle´ = m(r – 1)(c – 1).<br />

)<br />

2


No caso clássico, os tempos são fixos. Então a hipótese nula Hgt é que<br />

os perfis são paralelos nos tempos selecionados. Com o nosso<br />

experimento, a hipótese nula é que os perfis são paralelos para todos os<br />

tempos. Até mesmo se nós não assumíssemos que não havia interação, é<br />

matematicamente possível testar a hipótese Ht <strong>de</strong> nenhum efeito <strong>de</strong> tempo,<br />

e neste caso o <strong>de</strong>nominador seria QMe´ no lugar <strong>de</strong> QMe . Por outro lado,<br />

não seria possível testar o efeito para grupo, a menos que nós pudéssemos<br />

assumir nenhuma interação.<br />

5. Bibliografia<br />

Bock, R. D. (1963). Multivariate Analysis of Variance of Repeated Measures.<br />

Problems in Measuring Change. Madison, Wisconsin: University of Wisconsin<br />

Press.<br />

Box, G. E. (1954). Some theorems on quadratic forms applied in the study of<br />

variance problems. Annals of Mathematical Statistics 25, 290-302, 484-498.<br />

Geisser, S. (1963). Multivariate analysis of variance for a special covariance case.<br />

Journal of the American Statistical Association 58, 660-669.<br />

Geisser, S. and Greenhouse, S. W. (1958). An extension of Box's results on the use<br />

of the F distribution in multivariate analysis. Annals of Mathematical Statistics<br />

29, 885-891.<br />

Greenhouse, S. W. and Geisser, S. (1959). On methods in the analysis of profile data.<br />

Psychometrika 24, 95-112.<br />

Hearne, F. M., Clarke, G. M., and Hatch. J. P. (1983). A test for serial correlation in<br />

univariate repeated-measures analysis. Biometrics 39, 237-243.<br />

Herbach, L. H. (1959). Properties of Mo<strong>de</strong>l-Il type analysis of variance tests, A:<br />

Optimum nature of the F-test for Mo<strong>de</strong>l II in the balanced case. Annals of<br />

Mathematical Statistics 30, 939-959.<br />

Huynh, H. (1978). Some appropriate tests for repeated measurements <strong>de</strong>signs.<br />

Psychometrika 43, 161-175.<br />

Huynh, H. and Feldt, L. S. (1970). Conditions un<strong>de</strong>r which mean square ratios in<br />

repeated measurements <strong>de</strong>signs have exact F-distributions. Journal of the<br />

American Statistical Association 65, 1582-1589.<br />

Jennrich, R. I. and Schluchter, M. D. (1988). Unbalanced repeated measures mo<strong>de</strong>ls<br />

with structural covariance matrices. Biometrics 42, 805-821.


Kepner, J. L. and Robinson, D. H. (1988). Nonparametric methods for <strong>de</strong>tecting<br />

treatment effects in repeated-measures <strong>de</strong>signs. Journal of the American<br />

Statistical Association 83, 456-461.<br />

Laird, N. M. and Ware, J. H. (1982). Random-effects mo<strong>de</strong>ls for longitudinal data.<br />

Biometrics 38, 963-974.<br />

Mallows, C. L. (1973). Some comments on Cp. Technometrics 15, 661-675.<br />

Miller, R. G. (1981). Simultaneous Statistical Inference. New York: Springer-Verlag.<br />

Miller, R. G. (1986). Beyond ANOVA, Basics of Applied Statistics. New York:<br />

Wiley. 83<br />

Morrison, D. F. (1976). Multivariate Statistical Methods. New York: McGraw-Hill.<br />

Olkin, I. and Vaeth, M. (1981). Maximum likelihood estimation in a two-way<br />

analysis of variance with correlated errors in one classification. Biometrika 68,<br />

653-660.<br />

Potthoff, R. F. and Roy, S. N. (1964). A generalized multivariate analysis of variance<br />

mo<strong>de</strong>l useful especially for growth curve problems. Biometrics 31, 313-326.<br />

Reinsel, G. (1982). Multivariate repeated-measurement or growth curve mo<strong>de</strong>ls with<br />

multivariate random-effects covariance structure. Journal of the American<br />

Statistical Association 77, 190-195.<br />

Reinsel, G. (1984). Estimation and prediction in a multivariate random effects<br />

generalized linear mo<strong>de</strong>l. Journal of the American Statistical Association 79,<br />

406-414.<br />

Scheffé, H. (1959). The Analysis of Variance. New York: Wiley.<br />

Wallenstein, S. and Fleiss, J. L. (1979). Repeated measurements analysis of variance<br />

when the correlations have a certain pattern. Psychometrika 44, 229-233.<br />

Walters, D. E. and Rowell, J. G. (1982). Comments on a paper by I. Olkin and M.<br />

Vaeth on two-way analysis of variance with correlated errors. Biometrika 69,<br />

664-666.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!