16.04.2013 Views

LITERATURA – Profª Ana Cristina R. Pereira 2ª Série do Ensino Médio

LITERATURA – Profª Ana Cristina R. Pereira 2ª Série do Ensino Médio

LITERATURA – Profª Ana Cristina R. Pereira 2ª Série do Ensino Médio

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

13. Cruz e Sousa foi o primeiro poeta negro de destaque na literatura<br />

brasileira. Sobre o autor de Broquéis, assinale a alternativa INCORRETA.<br />

(A) Embora Cruz e Sousa tenha aborda<strong>do</strong> o tema da transcendência, muitas<br />

vezes sua voz poética se vê afetada por tensões advindas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> físico,<br />

caso da angústia sexual.<br />

(B) O racismo sofri<strong>do</strong> pelo autor catarinense constitui-se em marca poética,<br />

quer na escolha <strong>do</strong>s termos brancos, quer na abordagem acerca da<br />

escravidão.<br />

(C) Mestre da musicalidade, Cruz Sousa soube, como ninguém, levar a pleno o<br />

lema de Verlaine de pôr a música antes de tu<strong>do</strong>.<br />

(D) Adepto da alquimia verbal de Rimbaud, o poeta de Missal buscou<br />

combinações exóticas de sonoridades e cores, constituin<strong>do</strong>-se como autor de<br />

uma linguagem multissensorial.<br />

(E) O uso <strong>do</strong>s poemas em prosa não impediu o autor de mergulhar nos<br />

mistérios da linguagem e das sensações, buscan<strong>do</strong> traduzir a religião <strong>do</strong> verbo<br />

preconizada pelos poetas franceses de mesma tendência.<br />

14.Sobre Alphonsus de Guimaraens, afirma Alfre<strong>do</strong> Bosi, na História<br />

Concisa da Literatura Brasileira, “… foi poeta de um só tema: a morte da<br />

amada”.<br />

Essa obsessão faz <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ao re<strong>do</strong>r cúmplice permanente de<br />

suas <strong>do</strong>res, como se vê na seguinte estrofe desse poeta.<br />

(A) “Ontem, à meia-noite, estan<strong>do</strong> junto<br />

A uma igreja, lembrei-me de ter visto<br />

Um velho que levava às costas isto:<br />

Um caixão de defunto.”<br />

(B) “Espectros que têm voz, sombras que têm tristezas<br />

Perseguem-me: e acompanho os apaga<strong>do</strong>s traços<br />

De semblantes que amei fora da natureza.”<br />

(C) “E o sino canta em lúgubres responsos<br />

Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”<br />

(D) “O olhar fito no chão, como desfeito<br />

Em sangue, o velho, sem me olhar segura,<br />

E ouvir-lhe a única frase que dizia:<br />

Vou levan<strong>do</strong> o meu leito.”<br />

(E) “Hão de chorar por ela os cinamomos<br />

Murchan<strong>do</strong> as flores ao tombar <strong>do</strong> dia.<br />

Dos laranjais hão de cair os pomos,<br />

Lembran<strong>do</strong>-se daquela que os colhia.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!