análise comparativa da capacidade de contração do ... - Unama
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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />
CURSO DE FISIOTERAPIA<br />
Bruna Lorena Daura Hage Paraense<br />
Thayse Hage Gomes<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DO<br />
ASSOALHO PÉLVICO COM EDUCADOR PELVIC FLOOR E<br />
REEDUCAÇÃO COM CINESIOTERAPIA EM MULHERES COM<br />
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO<br />
BELÉM<br />
2009
Bruna Lorena Daura Hage Paraense<br />
Thayse Hage Gomes<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DO<br />
ASSOALHO PÉLVICO COM EDUCADOR PELVIC FLOOR E<br />
REEDUCAÇÃO COM CINESIOTERAPIA EM MULHERES COM<br />
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO<br />
Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> curso apresenta<strong>do</strong><br />
ao Centro <strong>de</strong> Ciências Biológicas e <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Amazônia, como requisito<br />
para a obtenção <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> Bacharel em<br />
Fisioterapia, orienta<strong>do</strong> pela professora e<br />
mestre Cibele Nazaré <strong>da</strong> Silva Câmara e<br />
coorienta<strong>do</strong> pela professora especialista<br />
Nazete <strong>do</strong>s Santos Araújo.<br />
BELÉM<br />
2009
T269e Teles Abinoelma Pires <strong>de</strong> Sousa<br />
Estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> relação entre a síndrome <strong>do</strong> impacto <strong>do</strong> ombro<br />
e alterações posturais <strong>da</strong> cintura escapular / Abinoelma Pires<br />
<strong>de</strong> Sousa Teles; Nyura Castelo Almei<strong>da</strong> -- Belém, 2009.<br />
60 f.<br />
Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Graduação) --<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Amazônia, Curso <strong>de</strong> Fisioterapia, 2009.<br />
Orienta<strong>do</strong>ra: Profª. Ms. Mônica Car<strong>do</strong>so <strong>da</strong> Cruz<br />
1. Síndrome <strong>de</strong> colisão <strong>do</strong> ombro - SIO. 2. Cintura<br />
escapular – alterações. 3. Fisioterapia – Exame postural. I.<br />
Almei<strong>da</strong>, Nyura Castelo. II. Cruz, Mônica Car<strong>do</strong>so <strong>da</strong>.<br />
III.Título.<br />
CDD: 615.8515
Bruna Lorena Daura Hage Paraense<br />
Thayse Hage Gomes<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DO<br />
ASSOALHO PÉLVICO COM EDUCADOR PELVIC FLOOR E<br />
REEDUCAÇÃO COM CINESIOTERAPIA EM MULHERES COM<br />
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO<br />
Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> curso apresenta<strong>do</strong><br />
ao Curso <strong>de</strong> Fisioterapia <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências<br />
Biológicas e <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Amazônia como requisito para a obtenção <strong>do</strong><br />
grau <strong>de</strong> Bacharel em Fisioterapia.<br />
Banca Examina<strong>do</strong>ra<br />
___________________________________________<br />
Profª. Ms. Cibele Nazaré <strong>da</strong> Silva Câmara<br />
Orienta<strong>do</strong>ra<br />
___________________________________________<br />
Prof. Mônica Igarachi<br />
Avalia<strong>do</strong>r<br />
___________________________________________<br />
Ft. Érica Feio<br />
Avalia<strong>do</strong>r<br />
Apresenta<strong>do</strong> em: 22/12/2009<br />
Conceito:_______<br />
Belém-PA<br />
2009
DEDICATÓRIA<br />
À nossos Pais, Familiares, Amigos, Professores,<br />
Orienta<strong>do</strong>ra, Coorienta<strong>do</strong>ra, às Pacientes e à Deus.
AGRADECIMENTOS<br />
Agra<strong>de</strong>ço primeiramente a Deus por ter ilumina<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> passo <strong>da</strong><strong>do</strong> em minha vi<strong>da</strong>. Por<br />
abençoar ca<strong>da</strong> escolha e ca<strong>da</strong> conquista. Agra<strong>de</strong>ço por tu<strong>do</strong> o que até aqui me aconteceu, pois<br />
tu<strong>do</strong> foi feito em nome <strong>de</strong> Sua vonta<strong>de</strong>.<br />
Agra<strong>de</strong>ço a minha mamãe Daura, por to<strong>do</strong> o apoio e amor incondicional que me <strong>de</strong>u até o dia<br />
<strong>de</strong> hoje. Por tu<strong>do</strong> o que me ensinou, por ser um exemplo <strong>de</strong> mulher vence<strong>do</strong>ra, por ca<strong>da</strong><br />
“puxão <strong>de</strong> orelha” e por to<strong>do</strong>s os abraços que me confortaram. Obriga<strong>da</strong> por seres a pessoa<br />
que és. Às minhas irmãs Danielle e Larissa que aturaram to<strong>da</strong>s as minhas chateações, por<br />
serem o meu porto seguro e a base <strong>do</strong> que sou.<br />
Ao meu tio-pai e minha tia-mãe, Tio Josimar e Tia Sa<strong>da</strong>, que me aju<strong>da</strong>ram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos<br />
<strong>de</strong> colégio, nos momentos <strong>de</strong> insegurança e nas alegrias. Ao meu pai Ta<strong>de</strong>u, que mesmo<br />
estan<strong>do</strong> um pouco ausente, sei que sempre torceu pela minha felici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Aos meus familiares em geral. Que são o meu escu<strong>do</strong> e baluarte. To<strong>do</strong>s vocês sintam-se mais<br />
<strong>do</strong> que especiais pra mim.<br />
À minha parceira <strong>de</strong> TCC, fiel conselheira, amiga, prima queri<strong>da</strong>, Thayse. Obriga<strong>da</strong> por ca<strong>da</strong><br />
“esculhambo” que me <strong>de</strong>ste, sei que sempre foi pro meu bem.<br />
À minha Lin<strong>da</strong>, minha queri<strong>da</strong> Nyurinha, eterniza<strong>da</strong> em meu coração. Que em 4 anos me<br />
mostrou o que é ter uma amiza<strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira, com um coração lin<strong>do</strong> e cheio <strong>de</strong> amor.<br />
Obriga<strong>da</strong> por ca<strong>da</strong> sorriso que fizeste brotar em meu rosto. À Ernandinha, que sempre esteve<br />
dividin<strong>do</strong> o seu nervosismo comigo. Obriga<strong>da</strong> pela amiza<strong>de</strong>, e por tu<strong>do</strong> que representas hoje<br />
em minha vi<strong>da</strong>. Às Kássias, que estiveram comigo nos finais <strong>de</strong> semana (e durante a semana<br />
também) sempre me trazen<strong>do</strong> alegrias e momentos inesquecíveis. Ao meu padrinho Jorginho<br />
e madrinha Cintia, por tu<strong>do</strong> que fazem por mim. Ao meu avô e avó pelo exemplo <strong>de</strong> amor que<br />
são pra mim. À Dona Ana pela paciência e comidinha “<strong>de</strong>liciosa” <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os dias.<br />
À to<strong>do</strong>s os amigos, o meu muito obriga<strong>da</strong>.<br />
À minha orienta<strong>do</strong>ra queri<strong>da</strong> Cibele Câmara, pela paciência e por seus ensinamentos. À co-<br />
orienta<strong>do</strong>ra Nazete Araújo por ce<strong>de</strong>r seu espaço na clínica Cafisio e por sempre estar disposta<br />
a nos aju<strong>da</strong>r.<br />
À to<strong>do</strong>s que <strong>de</strong> forma direta ou indireta me aju<strong>da</strong>ram a chegar até aqui. Muito obriga<strong>da</strong>!<br />
Bruna Hage Paraense
AGRADECIMENTOS<br />
Agra<strong>de</strong>ço a vocês, pai, mãe. Tenho vocês como exemplo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>... Agra<strong>de</strong>ço pela vi<strong>da</strong> que até<br />
aqui me <strong>de</strong>ram. Espero retribuir a altura <strong>do</strong>s pais que sempre foram comigo. Saibam que amo<br />
muito vocês. Ao Maninho e a Taty, meus irmãos, amo muito vocês. Aos meus avôs Jorge<br />
Hage,Irene Hage, Raimun<strong>do</strong> Nonato e Eroniza Gomes, que tanto amo e respeito.<br />
À tia Daura, minha tia e segun<strong>da</strong> mãe, que sempre me aju<strong>do</strong>u e esteve ao meu la<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s<br />
os momentos <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>.<br />
À Bruna, que além <strong>de</strong> “companheira” <strong>de</strong> tcc, é minha irmã, prima, amiga e colega <strong>de</strong> classe.<br />
Te amo muito.<br />
À minha família Hage e família Gomes, que são minha vi<strong>da</strong> e que tanto amo.<br />
Ao meu namora<strong>do</strong>, Eduar<strong>do</strong>, que soube enten<strong>de</strong>r meus estresses, <strong>do</strong>res e ausências em muitos<br />
finais <strong>de</strong> semana em que <strong>de</strong>veríamos estar namoran<strong>do</strong>.<br />
À Cibele, minha queri<strong>da</strong> orienta<strong>do</strong>ra, terei você em meu coração pra vi<strong>da</strong> to<strong>da</strong>. Exemplo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terminação, respeito, persistência, profissionalismo e um senso <strong>de</strong> humor inigualável.<br />
Mostrou-se muito além <strong>do</strong> que uma orienta<strong>do</strong>ra. Agra<strong>de</strong>ço-te por tu<strong>do</strong>...<br />
Ao meu grupo <strong>de</strong> estágio, Nyura, Ernan<strong>da</strong>, Abinoelma, Regina, Allan, Ronal<strong>do</strong> e Rafael,<br />
tenho certeza que serão ótimos fisioterapeutas. Persistam em seus sonhos, nunca <strong>de</strong>sistam.<br />
Aos meus colegas <strong>de</strong> sala. Saibam que apesar <strong>do</strong>s muitos <strong>de</strong>sencontros, to<strong>do</strong>s acrescentaram<br />
em minha vi<strong>da</strong>. Desejo a vocês muita fé e discernimento e que almejem seus objetivos. Em<br />
especial, quero agra<strong>de</strong>cer as minhas três amigonas <strong>do</strong> coração, Nyura, Ernan<strong>da</strong> e Bruna, vocês<br />
também foram muito importantes na concretização <strong>de</strong>sta etapa <strong>de</strong> minha vi<strong>da</strong>. Estiveram<br />
sempre ao meu la<strong>do</strong> mesmo quan<strong>do</strong> as opiniões divergiam. Vocês estarão sempre em meu<br />
coração.<br />
Mestres, vocês plantaram a semente... Obriga<strong>da</strong> pela aju<strong>da</strong> na escolha <strong>do</strong> caminho que parecia<br />
ser o mais correto e justo...<br />
As pacientes que participaram <strong>de</strong>ste projeto, pelo auxilio a pesquisa, agra<strong>de</strong>ço a to<strong>da</strong>s vocês.<br />
E finalmente a Deus, pois tu<strong>do</strong> isso é fruto vosso!<br />
Thayse Hage Gomes
EPÍGRAFE<br />
“Determinação, coragem e autoconfiança são<br />
fatores <strong>de</strong>cisivos para o sucesso. Se estamos possuí<strong>do</strong>s<br />
por uma inabalável <strong>de</strong>terminação conseguiremos<br />
superá-los. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong>s circunstâncias,<br />
<strong>de</strong>vemos ser sempre humil<strong>de</strong>s, recata<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>spi<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
orgulho”.<br />
Dalai Lama
RESUMO<br />
A incontinência urinária <strong>de</strong> esforço (IUE) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como a per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina no<br />
esforço físico, espirro ou tosse. Estu<strong>do</strong>s apontam a eficácia <strong>da</strong> fisioterapia no tratamento <strong>da</strong><br />
IUE, on<strong>de</strong> o fortalecimento <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> Assoalho Pélvico assume papel fun<strong>da</strong>mental<br />
no mecanismo <strong>de</strong> continência. O estu<strong>do</strong> foi <strong>do</strong> tipo experimental, comparativo e intencional<br />
com amostra aleatória através <strong>de</strong> sorteio, no qual foi compara<strong>da</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico em 40 mulheres com IUE, sen<strong>do</strong> escolhi<strong>da</strong>s aleatoriamente 15 para se<br />
submeterem ao tratamento com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor, e 25 ao tratamento com a<br />
Reeducação com a Cinesioterapia, realizan<strong>do</strong>-se 16 sessões em ca<strong>da</strong> amostra. A avaliação <strong>da</strong>s<br />
pacientes foi composta por uma avaliação funcional <strong>do</strong> assoalho pélvico (AFA) e através <strong>do</strong><br />
Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® . Ao final <strong>da</strong>s sessões foi feita uma <strong>análise</strong> estatística<br />
para comparar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>da</strong> musculatura pélvica <strong>do</strong> início ao final <strong>do</strong><br />
tratamento, comparan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na reeducação com Educa<strong>do</strong>r Pelvic floor e os<br />
resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Reeducação com Cinesioterapia. A pesquisa <strong>de</strong>monstrou que os <strong>do</strong>is recursos<br />
obtiveram eficácia quan<strong>do</strong> se avaliou o AFA, sen<strong>do</strong> o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor se mostrou mais<br />
eficaz que a Reeducação com Cinesioterapia, não <strong>de</strong>scartan<strong>do</strong> a sua eficiência. Já na avaliação<br />
com Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® , os <strong>do</strong>is grupos tiveram eficácia sem diferenças<br />
estatisticamente significativas.<br />
Palavras-chave: Fisioterapia, Assoalho Pélvico, Incontinência Urinária, Educa<strong>do</strong>r Pelvic<br />
Floor, Reeducação com Cinesioterapia.
ABSTRACT<br />
Stress urinary incontinence (SUI) is <strong>de</strong>fined as the involuntary loss of urine on exercitation,<br />
sneezing or coughing. Studies show the effectiveness of physiotherapy in the treatment of<br />
SUI, where the strengthening of the pelvic floor muscles assumes a fun<strong>da</strong>mental role in the<br />
mechanism of continence. The study <strong>de</strong>sign was experimental, comparative and intentional<br />
ran<strong>do</strong>m sampling by drawing lots, which compared the ability to contract the pelvic floor in<br />
40 women with SUI, and 15 ran<strong>do</strong>mly chosen to un<strong>de</strong>rgo treatment with the Pelvic Floor<br />
Educator, and 25 to treatment with kynesiotherapy retraining, performing 16 sessions in each<br />
sample. The evaluation of patients was composed of a functional assessment of the pelvic<br />
floor (AFA) and by Electromyographic Biofeedback Phoenix ®. At the end of the sessions<br />
was ma<strong>de</strong> a statistical analysis to compare the ability to contract the pelvic muscles from start<br />
to end of treatment, comparing the results with the Pelvic floor educator retraining and the<br />
results of kynesiotherapy retraining. The research showed that the two cases obtained<br />
effectively when they evaluated the AFA, but the Pelvic Floor educator was more effective<br />
than kynesiotherapy retraining, not discarding their efficiency. Since the assessment with<br />
Electromyographic Biofeedback Phoenix ®, the two groups had effectively no statistically<br />
significant differences.<br />
Keywords: Physiotherapy, Pelvic Floor, Incontinence, Pelvic Floor Educator, kynesiotherapy<br />
retraining.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />
ILUSTRAÇÃO 1: Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor. ............................................................................... 37<br />
ILUSTRAÇÃO 2: Avaliação Funcional <strong>do</strong> Assoalho Pélvico ................................................. 39<br />
ILUSTRAÇÃO 3: Toque bidigital para realização <strong>do</strong> AFA. ................................................... 39<br />
ILUSTRAÇÃO 4: Escala <strong>do</strong> grau funcional <strong>do</strong> assoalho pélvico. .......................................... 40<br />
ILUSTRAÇÃO 5: Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® . ...................................................... 41<br />
ILUSTRAÇÃO 6: Eletro<strong>do</strong> intracavitário ................................................................................ 41<br />
ILUSTRAÇÃO 7: Distribuição <strong>de</strong> freqüências <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os <strong>do</strong>is grupos. ....................... 44<br />
ILUSTRAÇÃO 8: Avaliação <strong>do</strong> EMG teste (µV) nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as<br />
intervenções. Com <strong>de</strong>talhe para os grupos que obtiveram diferença estatísticamente<br />
significante (*) pelo teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt para amostras parea<strong>da</strong>s (intra-grupo ........................... 45<br />
ILUSTRAÇÃO 9: Avaliação <strong>da</strong> força muscular (AFA) nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as<br />
intervenções. Com <strong>de</strong>talhe para os grupos que obtiveram diferença estatisticamente<br />
significante (*) pelo teste <strong>de</strong> Wilcoxon para amostras parea<strong>da</strong>s (intra-grupo) e (**) pelo teste<br />
<strong>de</strong> Mann-Whitney (inter-grupo). .............................................................................................. 47
LISTA DE TABELAS<br />
TABELA 1: Estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s grupos Pelvic Floor (n=15) e Cinesioterapia<br />
(n=25). ...................................................................................................................................... 43<br />
TABELA 2: Distribuição <strong>de</strong> freqüências <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os <strong>do</strong>is grupos. ................................. 43<br />
TABELA 3: Avaliação <strong>do</strong> EMG teste nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as intervenções: Pelvic<br />
Floor (n=15) e Cinesioterapia (n=25). ...................................................................................... 45<br />
TABELA 4: Avaliação <strong>da</strong> força muscular (AFA) nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as<br />
intervenções: Pelvic Floor (n=15) e Cinesioterapia (n=25). .................................................... 46
LISTA DE SIGLAS<br />
AFA – Avaliação <strong>da</strong> força <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho pélvico<br />
AP – Assoalho pélvico<br />
CAFISIO – Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia<br />
CEP – Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa<br />
EMG – Eletromiografia<br />
ICS – International Continence Society<br />
ICI – International Consultation on Incontinence<br />
IMC – Índice <strong>de</strong> Massa Corpórea<br />
IU – Incontinência urinária<br />
IUE – Incontinência urinária <strong>de</strong> esforço<br />
MAP – Músculos <strong>do</strong> Assoalho Pélvico<br />
PPE – Pressão <strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>do</strong>s esforços<br />
TCLE – Termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong><br />
UNAMA – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Amazônia
SUMÁRIO<br />
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 25<br />
2. OBJETIVO ........................................................................................................................ 28<br />
2.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 28<br />
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 28<br />
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 29<br />
3.1. ANATOMIA DO ASSOALHO PÉLVICO ............................................................... 29<br />
3.2. INCONTINÊNCIA URINÁRIA ............................................................................... 29<br />
3.3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇOS .................................................... 31<br />
3.4. REEDUCAÇÃO COM CINESIOTERAPIA ............................................................ 32<br />
3.5. PELVIC FLOOR ....................................................................................................... 34<br />
4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 35<br />
4.1. ASPECTOS GERAIS DA METODOLOGIA ........................................................... 35<br />
4.2. TIPO DO ESTUDO ................................................................................................... 35<br />
4.3. LOCAL DA PESQUISA ........................................................................................... 35<br />
4.4. INFORMANTES ....................................................................................................... 36<br />
4.5. CRITÉRIO DE INCLUSÃO ..................................................................................... 36<br />
4.6. CRITÉRIO DE EXCLUSÃO .................................................................................... 36<br />
4.7. COLETA DE DADOS ............................................................................................... 36<br />
4.8. ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 41<br />
5. RESULTADOS ................................................................................................................. 43<br />
5.1. AVALIAÇÃO DO EMG TEST ................................................................................ 44<br />
5.2. AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO – AFA .... 46<br />
6. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 48<br />
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 51<br />
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 52<br />
APÊNDICE A .......................................................................................................................... 57<br />
APÊNDICE B ........................................................................................................................... 59<br />
APÊNDICE C ........................................................................................................................... 64<br />
APÊNDICE D .......................................................................................................................... 67<br />
APÊNDICE E ........................................................................................................................... 69<br />
APÊNDICE F ........................................................................................................................... 71<br />
ANEXO A ................................................................................................................................ 73
1. INTRODUÇÃO<br />
A recente acepção <strong>de</strong> incontinência urinária (IU) <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pela International<br />
Continence Society (ICS) correspon<strong>de</strong> a qualquer per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina (ABRAMS et<br />
al, 2003). A antece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>finição, que consi<strong>de</strong>rava unicamente incontinência urinária às<br />
per<strong>da</strong>s que acarretassem <strong>de</strong>sconforto social ou higiênico às pacientes, tornou-se inapropria<strong>da</strong><br />
pela extrema subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> que consiste em “problema social ou higiênico”.<br />
A incontinência urinária é um problema freqüente que po<strong>de</strong> afetar mulheres <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />
as faixas etárias, com prevalência que varia entre 25 a 45% <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>da</strong><br />
incontinência, <strong>da</strong> população analisa<strong>da</strong> e <strong>do</strong> critério emprega<strong>do</strong> para o diagnóstico (HAY-<br />
SMITH et al., 2007).<br />
Aproxima<strong>da</strong>mente 200 milhões <strong>de</strong> pessoas no mun<strong>do</strong> apresentam <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong><br />
IU, com pre<strong>do</strong>mínio em mulheres que em homens e estiman<strong>do</strong>-se que uma em ca<strong>da</strong> quatro<br />
mulheres tem per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina (ORTIZ, 2004).<br />
No Brasil, estu<strong>do</strong>s sobre a prevalência <strong>da</strong> IU são escassos e são restritos a ban<strong>do</strong><br />
populacionais específicos como: i<strong>do</strong>sos, mulheres, diabéticos, etc.. Em uma averiguação<br />
populacional <strong>do</strong>miciliar feito em Campinas-SP, concluiu-se que <strong>da</strong>s 456 mulheres<br />
climatéricas entrevista<strong>da</strong>s, 35% relataram per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina aos esforços (GUARISI et al., 2001).<br />
A incontinência urinária <strong>de</strong> esforço (IUE) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pela ICS como a per<strong>da</strong><br />
involuntária <strong>de</strong> urina no esforço físico, espirro ou tosse (ABRAMS et al., 2003). Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />
acor<strong>do</strong> com a padronização e terminologia <strong>da</strong> ICS, a IUE po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como um<br />
sintoma (quan<strong>do</strong> a paciente refere a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina aos esforços), como um sinal (quan<strong>do</strong> o<br />
médico nota a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina no exame físico) ou uma condição, sen<strong>do</strong> observa<strong>da</strong> durante a<br />
cistometria <strong>de</strong> fluxo (quan<strong>do</strong> há per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina durante elevação <strong>da</strong> pressão<br />
ab<strong>do</strong>minal, na falta <strong>de</strong> uma <strong>contração</strong> <strong>do</strong> músculo <strong>de</strong>trusor). (RADLEY et al., 2004)<br />
Segun<strong>do</strong> Guarisi, apud Moller et al. (2000), estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a prevalência <strong>de</strong> sintomas<br />
urinários em mulheres <strong>de</strong> 40 a 60 anos, advertiram 16% <strong>de</strong> incontinência urinária <strong>de</strong> esforço,<br />
ten<strong>do</strong> um aumento em sua prevalência <strong>do</strong>s 40 aos 55 anos e um <strong>de</strong>créscimo após essa i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A incontinência urinária feminina é um problema mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com o avanço na<br />
expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> torna-se uma condição que acomete um número ca<strong>da</strong> vez mais extenso <strong>de</strong><br />
pessoas, provocan<strong>do</strong> um <strong>da</strong>no clínico, social, sexual, psíquico e econômico à paciente. Kenton<br />
(2006), afirma que nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o choque econômico para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e para a mulher<br />
25
incontinente é enorme, envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>spesas com protetores, médico, tratamento, diagnóstico,<br />
etc., estiman<strong>do</strong> um gasto anual com esta situação <strong>de</strong> 12,4 bilhões <strong>de</strong> dólares.<br />
Embora haja o reconhecimento <strong>de</strong> que a IU apresenta origem multifatorial, como por<br />
exemplo, envelhecimento, obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, raça, pari<strong>da</strong><strong>de</strong>, principalmente relaciona<strong>da</strong> ao parto<br />
vaginal, sua fisiopatologia ain<strong>da</strong> é pouco entendi<strong>da</strong> (DANESHGARI, 2006). Em medicina, há<br />
uma tradicional consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que to<strong>da</strong> disfunção está relaciona<strong>da</strong> a <strong>de</strong>feitos anatômicos.<br />
Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste princípio, surgiram diversas teorias, nas quais as alterações morfológicas<br />
seriam fatores causais <strong>da</strong> IUE. No entanto, a teoria <strong>de</strong> Enhorning em 1967, talvez seja a que<br />
mais se firmou durante o último século.<br />
A teoria <strong>da</strong> equalização <strong>da</strong> pressão intra-ab<strong>do</strong>minal proposta por Enhorning em 1967,<br />
serviu <strong>de</strong> base por muito tempo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas alternativas terapêuticas,<br />
embora tenham si<strong>do</strong> encontra<strong>da</strong>s muitas contradições ao longo <strong>do</strong>s anos, o que motivou vários<br />
estudiosos a buscar novas teorias. (MORENO, 2004).<br />
Recentemente, a mais aceita é a teoria integral <strong>da</strong> incontinência urinária feminina<br />
proposta por Petros e Ulmsten (1990), a qual está fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> na composição <strong>do</strong> teci<strong>do</strong><br />
conjuntivo para explicar a fisiopatologia <strong>da</strong> IU.<br />
Segun<strong>do</strong> Rett (2007), os exercícios fisioterápicos <strong>de</strong> fortalecimento <strong>do</strong> assoalho<br />
pélvico, têm apresenta<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s expressivos para a melhora <strong>do</strong>s sintomas <strong>de</strong> IUE. Um <strong>do</strong>s<br />
principais objetivos <strong>do</strong> tratamento fisioterápico é o fortalecimento <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho<br />
pélvico, pois a melhora <strong>da</strong> força e <strong>da</strong> função <strong>de</strong>sta musculatura favorece uma <strong>contração</strong><br />
consciente e efetiva nos momentos <strong>de</strong> aumento <strong>da</strong> pressão intra-ab<strong>do</strong>minal, evitan<strong>do</strong> assim as<br />
per<strong>da</strong>s urinárias. Também colaboram positivamente na melhora <strong>do</strong> tônus e <strong>da</strong>s transmissões<br />
<strong>de</strong> pressões <strong>da</strong> uretra, reforçan<strong>do</strong> o mecanismo <strong>de</strong> continência urinária.<br />
Estu<strong>do</strong>s apontam a eficácia <strong>da</strong> fisioterapia no tratamento <strong>da</strong> IUE, on<strong>de</strong> a musculatura<br />
<strong>do</strong> Assoalho Pélvico (AP) assume papel relevante no mecanismo <strong>de</strong> continência. Várias<br />
técnicas <strong>de</strong> reeducação vêm sen<strong>do</strong> emprega<strong>da</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> restaurar a função <strong>do</strong> AP,<br />
entretanto diversos aparelhos para fortalecimento <strong>do</strong> AP, assim como a cinesioterapia,<br />
recentemente tem si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> com sucesso em pacientes com diversas afecções<br />
uroginecológicas, no entanto se faz necessário mais pesquisas sobre o assunto que<br />
comprovem seus efeitos na terapia <strong>da</strong> IUE.<br />
Arnold Kegel, em 1948, foi o primeiro a <strong>de</strong>linear, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> sistemático, um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
avaliação e um programa <strong>de</strong> exercícios para o fortalecimento <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho<br />
pélvico. A restituição <strong>do</strong> tônus e função muscular po<strong>de</strong>ria, segun<strong>do</strong> o Kegel, ocorrer após 20 a<br />
60 dias <strong>do</strong> início <strong>do</strong> tratamento. A incontinência urinária é uma enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> assídua e muitas<br />
26
<strong>da</strong>s vezes <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong> entre as mulheres. Alguns recursos <strong>da</strong> fisioterapia têm se mostra<strong>do</strong><br />
bastante eficazes no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>rem a fortalecer os músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico no<br />
tratamento <strong>de</strong> incontinência urinária, visto que o enfraquecimento <strong>de</strong>stes, é que levam a<br />
incontinência urinária propriamente dita. Portanto o presente trabalho justifica-se pela<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho pélvico a fim <strong>de</strong> comparar a<br />
eficácia <strong>do</strong>s recursos Pelvic Floor e Reeducação com Cinesioterapia, possibilitan<strong>do</strong> a<br />
realização <strong>de</strong> trabalhos preventivos.<br />
27
2. OBJETIVO<br />
2.1. OBJETIVO GERAL<br />
Comparar as técnicas <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e Reeducação com Cinesioterapia <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária <strong>de</strong> esforço.<br />
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />
• Comparar a força <strong>de</strong> <strong>contração</strong> muscular <strong>do</strong> assoalho pélvico, antes e após o<br />
término <strong>do</strong> tratamento.<br />
• Comparar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> eletromiográfica <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico, antes e<br />
no final <strong>do</strong> tratamento.<br />
• I<strong>de</strong>ntificar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> Assoalho Pélvico <strong>do</strong> grupo<br />
submeti<strong>do</strong> ao tratamento com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e <strong>do</strong> grupo submeti<strong>do</strong> à<br />
cinesioterapia.<br />
• Correlacionar e comparar os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s variáveis <strong>do</strong> grupo com Educa<strong>do</strong>r<br />
Pelvic Floor com as variáveis <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> Cinesioterapia.<br />
28
3. REFERENCIAL TEÓRICO<br />
3.1. ANATOMIA DO ASSOALHO PÉLVICO<br />
O assoalho pélvico é forma<strong>do</strong> por um conjunto <strong>de</strong> músculos os quais fecham um canal<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> canal pélvico. Juntos, os músculos constituem uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte elástico para<br />
o conteú<strong>do</strong> pélvico e ab<strong>do</strong>minal. Os teci<strong>do</strong>s que se encontram entre a cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> pélvica e a<br />
superfície <strong>do</strong> períneo, compõem o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro assoalho pélvico. (RUBSTEIN, 1999).<br />
Segun<strong>do</strong> Souza (2002), o assoalho pélvico é forma<strong>do</strong> por músculos, ligamentos e<br />
fáscias, cuja sua função é sustentar os órgãos internos, como, o útero, a bexiga e o reto, além<br />
<strong>de</strong> promover ação esfincteriana para a uretra, vagina e reto, consentin<strong>do</strong> também, a passagem<br />
<strong>do</strong> feto, no momento <strong>do</strong> parto.<br />
Diferentemente <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os músculos existentes no corpo humano, os músculos <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico permanecem em condição <strong>de</strong> <strong>contração</strong> constante, promoven<strong>do</strong> um<br />
posicionamento eficiente <strong>da</strong> junção uretrovesical favorecen<strong>do</strong> a manutenção <strong>da</strong> continência<br />
urinária (RETZKY e ROGERS,1995).<br />
Há muitas discussões a respeito <strong>do</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro mecanismo envolvi<strong>do</strong> nesta continência<br />
urinária, diversas teorias foram cria<strong>da</strong>s buscan<strong>do</strong> esclarecer a fisiologia <strong>da</strong> continência<br />
urinária, entre elas tem-se: A teoria clássica <strong>da</strong>s equalizações <strong>da</strong>s pressões intra-ab<strong>do</strong>minais<br />
proposta por Enhorning (1967) a qual serviu <strong>de</strong> suporte durante um longo perío<strong>do</strong> para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas alternativas terapêuticas, e atualmente a mais aceita, a Teoria<br />
Integral (PETROS & ULMISTEN, 1990), que eluci<strong>da</strong> os distintos tipos <strong>de</strong> incontinência por<br />
meio <strong>da</strong> laceração <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> vaginal e <strong>do</strong>s ligamentos pélvicos.<br />
3.2. INCONTINÊNCIA URINÁRIA<br />
A IU é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> muito mais um sintoma e não um diagnóstico, pois os mecanismos<br />
<strong>de</strong>ssas per<strong>da</strong>s involuntárias <strong>de</strong> urina são diversos e intrinca<strong>do</strong>s. A eficiência <strong>da</strong> continência e<br />
<strong>da</strong> micção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> balanceamento entre forças <strong>de</strong> expulsão e forças <strong>de</strong> retenção. As<br />
29
eliminações involuntárias miccionais ocorrem quan<strong>do</strong> as forças <strong>de</strong> expulsão sobrepõem às<br />
forças <strong>de</strong> retenção (GROSSE & SENGLER, 2002).<br />
Monteiro & Silva (2007) afirmam que quan<strong>do</strong> o cargo <strong>de</strong> retenção e expulsão <strong>da</strong> urina<br />
sofrer qualquer alteração po<strong>de</strong> aparecer varia<strong>do</strong>s sintomas urinários, sen<strong>do</strong> a IU o principal<br />
sinal <strong>de</strong> retenção anormal.<br />
O papel <strong>de</strong> armazenamento e esvaziamento vesical <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> interação <strong>do</strong>s sistemas<br />
nervosos simpático e parassimpático e, <strong>do</strong>s neurotransmissores não-adrenérgicos, não-<br />
colinérgicos e neuropeptídios, com ação <strong>de</strong> facilitação ou inibição na medula espinhal e áreas<br />
superiores <strong>do</strong> sistema nervoso central.<br />
O mais importante centro facilita<strong>do</strong>r <strong>da</strong> micção é o centro pontino <strong>da</strong> micção, situa<strong>do</strong><br />
na substância cinzenta pontina-mesencefálica, e serve como via final <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os neurônios<br />
motores vesicais. O que coor<strong>de</strong>na o relaxamento <strong>do</strong> assoalho pélvico, a freqüência, força e<br />
amplitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor (músculo liso <strong>da</strong> bexiga), é o cerebelo. Além disso, faz<br />
interconexões com os centros reflexos encefálicos. O córtex cerebral <strong>de</strong>sempenha efeito<br />
inibitório na micção. A micção é <strong>de</strong>flagra<strong>da</strong> pelo sistema nervoso periférico e controla<strong>da</strong> pelo<br />
sistema nervoso central (MONTEIRO & SILVA FILHO, 2007).<br />
As forças <strong>de</strong> retenção são vulneráveis e frágeis nas mulheres, já que estas têm uretra<br />
curta, assoalho pélvico submeti<strong>do</strong> a traumatismo obstétrico, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, menopausa e modificações<br />
hormonais. Fatores estes, que contribuem significativamente para diminuição progressiva<br />
<strong>de</strong>ssas forças <strong>de</strong> retenção (GROSSE & SENGLER, 2002).<br />
Conforme Cavalcanti (2001) há <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s fatores relevantes relaciona<strong>do</strong>s como:<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong>, multipari<strong>da</strong><strong>de</strong>, menopausa e partos vaginais laboriosos. Contu<strong>do</strong> a origem mais comum<br />
<strong>da</strong> incontinência urinária é o enfraquecimento <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico, pois os<br />
mesmos fortaleci<strong>do</strong>s conservam a uretra fecha<strong>da</strong> até o momento <strong>de</strong> urinar. O assoalho pélvico<br />
enfraqueci<strong>do</strong> não consegue empunhar a uretra na sua posição anatômica correta, e qualquer<br />
agitação <strong>de</strong> esforço o qual faça pressão sobre a bexiga, po<strong>de</strong> promover o afrouxamento e<br />
ve<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> uretra, permitin<strong>do</strong> que a urina fuja.<br />
Segun<strong>do</strong> Zanatta (2003), a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Internacional <strong>de</strong> Continência, classifica a<br />
incontinência urinária em:<br />
- Incontinência urinária <strong>de</strong> esforço (IUE): ocorre quan<strong>do</strong> a pressão vesical extrapola a<br />
pressão uretral máxima, na ausência <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor. Sen<strong>do</strong> que esta pressão está<br />
relaciona<strong>da</strong> ao esforço.<br />
- Urge-incontinência: consiste na per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina associa<strong>da</strong> ao intenso<br />
anseio <strong>de</strong> urinar.<br />
30
- Incontinência reflexa: é a per<strong>da</strong> in<strong>de</strong>seja<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à hiperreflexia <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>trusor e/ou relaxamento involuntário <strong>do</strong> esfíncter uretral na ausência <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> estar relaciona<strong>da</strong> ao <strong>de</strong>sejo miccional. Este conjunto é percebi<strong>do</strong> em pacientes com<br />
distúrbios neurológicas <strong>da</strong> bexiga e/ou uretra.<br />
- Incontinência por transbor<strong>da</strong>mento: consiste na per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina associa<strong>da</strong><br />
com hiperdistensão vesical, porém na ausência <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor.<br />
- Incontinência para<strong>do</strong>xal: se resume na retenção urinária crônica associa<strong>da</strong> com<br />
<strong>contração</strong> involuntária <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor, provocan<strong>do</strong> a incontinência urinária.<br />
Ferro et al., (2005) afirma que a incontinência urinária diminui a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
mulher, fazen<strong>do</strong> com que sua vi<strong>da</strong> fique limita<strong>da</strong>, pois o uso cotidiano <strong>de</strong> absorventes, o gasto<br />
com medicamentos, a freqüência miccional eleva<strong>da</strong>, o o<strong>do</strong>r típico <strong>da</strong> urina, as restrições <strong>de</strong><br />
certas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e as eliminações <strong>de</strong> urina durante o ato sexual induzem ao<br />
constrangimento e ao banimento <strong>do</strong> convívio social.<br />
3.3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇOS<br />
A incontinência urinária <strong>de</strong> esforço (IUE) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, segun<strong>do</strong> a ICS, como a per<strong>da</strong><br />
involuntária <strong>de</strong> urina pela uretra, secundária ao aumento <strong>da</strong> pressão ab<strong>do</strong>minal na ausência <strong>de</strong><br />
<strong>contração</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor, e que ocasiona problemas sociais à paciente.<br />
A incontinência urinária <strong>de</strong> esforço acontece em duas situações distintas. Na primeira,<br />
a qual correspon<strong>de</strong> à gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s casos, a uretra mantém a função <strong>de</strong> esfíncter.<br />
(JACKSON, 1997 & MATTIASSON, 1988).<br />
Em repouso, a pressão uretral é maior que a pressão vesical, preservan<strong>do</strong> a continência<br />
(MAYERS, 1996). Contu<strong>do</strong>, durante os esforços há uma elevação <strong>da</strong> pressão ab<strong>do</strong>minal que<br />
não é transmiti<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma igual para a uretra e para a bexiga, <strong>de</strong> maneira que a pressão<br />
vesical torna-se maior que a pressão uretral, ocorren<strong>do</strong> a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina.<br />
A transmissão <strong>de</strong>sigual <strong>da</strong> pressão ab<strong>do</strong>minal é advin<strong>da</strong> <strong>da</strong> hipermobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> colo<br />
vesical e <strong>da</strong> uretra proximal, que proce<strong>de</strong> <strong>do</strong> relaxamento <strong>do</strong> assoalho pélvico. Essa situação é<br />
<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como incontinência urinária <strong>de</strong> esforço anatômica. Na segun<strong>da</strong> condição acontece a<br />
lesão <strong>do</strong> mecanismo esfincteriano próprio <strong>da</strong> uretra. A pressão uretral é constantemente baixa,<br />
e a per<strong>da</strong> urinária se dá geralmente aos mínimos esforços (HOLTEDAHL et al, 1998,<br />
31
HUNSKAAR, 1991). Essa segun<strong>da</strong> condição é <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> IUE esfincteriana, <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong><br />
lesão <strong>do</strong> mecanismo esfincteriano intrínseco <strong>da</strong> uretra, ocorren<strong>do</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> urina até mesmo<br />
no repouso. Nesta situação, a hipermobili<strong>da</strong><strong>de</strong> é pouco presente, pois geralmente o colo<br />
vesical encontra-se fixo, com fibrose periuretral. Po<strong>de</strong> estar associa<strong>da</strong> a cirurgias prévias para<br />
IUE, traumas, hipoestrogenismo, malformações congênitas, mielodisplasias, entre outras<br />
(RETT, 2007).<br />
Segun<strong>do</strong> Thomaz et al. (1980), a incontinência urinária <strong>de</strong> esforço é responsável por<br />
49% (varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24% a 75%) <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> incontinência urinária que afetam a população<br />
feminina entre 18 e 90 anos. Várias opções terapêuticas po<strong>de</strong>m ser propostas para as<br />
pacientes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> forros perineais, exercícios <strong>do</strong> assoalho pélvico, medicamentos e tratamento<br />
cirúrgico.<br />
3.4. REEDUCAÇÃO COM CINESIOTERAPIA<br />
A fisioterapia trata-se <strong>de</strong> uma terapia simples, <strong>de</strong> baixo custo, sem efeitos colaterais e<br />
que tem como princípio básico restabelecer a função <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico,<br />
fortalecen<strong>do</strong> tal musculatura.<br />
Por volta <strong>de</strong> 1945, o médico ginecologista norte americano Arnold Kegel observou<br />
que suas pacientes que sofriam <strong>de</strong> incontinência urinária apresentavam um visível<br />
enfraquecimento <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico. Isto o conduziu a criar uma série <strong>de</strong><br />
exercícios para a reabilitação <strong>de</strong>sta musculatura, conheci<strong>do</strong>s hoje como Exercícios <strong>de</strong> Kegel.<br />
Segun<strong>do</strong> Araújo (2007), a reeducação com cinesioterapia <strong>do</strong> AP tem como objetivo<br />
restabelecer a continência urinária, fortalecen<strong>do</strong> os músculos <strong>do</strong> AP.<br />
A paciente <strong>de</strong>ve ser conscientiza<strong>da</strong> quanto ao isolamento <strong>da</strong> <strong>contração</strong> <strong>da</strong> musculatura<br />
ab<strong>do</strong>minal, glútea e adutora, visan<strong>do</strong> trabalhar somente a musculatura pélvica.<br />
Segun<strong>do</strong> Carriére (1999), há varias formas <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> cinesioterapia, <strong>de</strong>ntre elas<br />
o trabalho com a bola suíça, que é um instrumento utiliza<strong>do</strong> para o retreinamento <strong>do</strong>s<br />
músculos enfraqueci<strong>do</strong>s. Os exercícios são funcionais e po<strong>de</strong>m ser realiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> várias<br />
maneiras, pois este instrumento é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> indispensável e intermediário i<strong>de</strong>al para os<br />
movimentos <strong>do</strong> treino <strong>de</strong>ssa musculatura.<br />
As contrações <strong>do</strong> assoalho pélvico po<strong>de</strong>m se feitas em qualquer posição, mas uma<br />
eficiente posição para se iniciar os exercícios, é posicionar a paciente senta<strong>da</strong> em uma ca<strong>de</strong>ira<br />
32
dura e inclinar-se para frente para apoiar os antebraços nos joelhos, com as coxas e pés<br />
afasta<strong>do</strong>s. O períneo fica contra o assento <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que há algum feedback <strong>do</strong><br />
estímulo sensorial <strong>do</strong> períneo, e uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> sensação é geralmente visível sobre a saí<strong>da</strong><br />
pélvica durante a <strong>contração</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> Caetano (2004), os exercícios induzem a troca <strong>de</strong> fibras musculares através<br />
<strong>de</strong> contrações repetitivas <strong>do</strong> períneo, procuran<strong>do</strong> trabalhar ambas as fibras rápi<strong>da</strong>s e lentas,<br />
usa<strong>do</strong>s originalmente para melhorar o tono muscular, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-as com incontinência urinária<br />
<strong>de</strong> esforço. A bola suíça, oferece uma gama <strong>de</strong> informações proprioceptivas muito váli<strong>da</strong>s<br />
para o assoalho pélvico, portanto, é muito utiliza<strong>da</strong> associa<strong>da</strong> com os exercícios <strong>de</strong><br />
cinesioterapia <strong>de</strong> Kegel.<br />
Para Amaro e Gameiro (2002), a cinesioterapia é utiliza<strong>da</strong> como forma <strong>de</strong> tratamento,<br />
ten<strong>do</strong> como base <strong>de</strong> que os movimentos voluntários repeti<strong>do</strong>s proporcionam o aumento <strong>da</strong><br />
força muscular, uma resistência à fadiga, melhoran<strong>do</strong> a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>, a flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a<br />
coor<strong>de</strong>nação muscular<br />
Esta terapêutica é isenta <strong>de</strong> efeitos colaterais e morbi<strong>da</strong><strong>de</strong>, diferentemente <strong>da</strong>s<br />
cirurgias. Por isso, atualmente, o tratamento fisioterapêutico está sen<strong>do</strong> muito utiliza<strong>do</strong> em<br />
razão <strong>do</strong> seu resulta<strong>do</strong> positivo no tratamento <strong>da</strong> incontinência urinária. (GÉO; LIMA, 2001).<br />
Dobben et al., (2006) e Tjandra et al., (2007), sugerem que programas envolven<strong>do</strong><br />
exercícios <strong>do</strong> assoalho pélvico po<strong>de</strong> ser emprega<strong>do</strong>s como primeira opção <strong>de</strong> tratamento para<br />
pacientes com sintomas leves a mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s sem anormali<strong>da</strong><strong>de</strong>s subjacentes, em parte, porque<br />
eles são seguros e in<strong>do</strong>lores, porém não excluem o insucesso <strong>do</strong> tratamento.<br />
A Cinesioterapia <strong>de</strong> reeducação <strong>do</strong> AP abrange basicamente a realização <strong>do</strong>s<br />
exercícios <strong>de</strong> Kegel que tem como objetivo trabalhar a musculatura perineal para o tratamento<br />
<strong>da</strong> hipotonia <strong>do</strong> assoalho pélvico (SANTOS, 2004). No entanto, estu<strong>do</strong>s mostram que 30%<br />
<strong>da</strong>s mulheres não conseguem exercitar corretamente a musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico, por<br />
isso se recomen<strong>da</strong> que os músculos ab<strong>do</strong>minais, glúteos e adutores, permaneçam em repouso<br />
ou em tensão constante na tentativa <strong>de</strong> evitar a <strong>contração</strong> conjunta (PRADO et al., 2003).<br />
33
3.5. PELVIC FLOOR<br />
De acor<strong>do</strong> com Laycock (1993), o educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor é um revolucionário méto<strong>do</strong><br />
que aju<strong>da</strong> as mulheres a <strong>de</strong>senvolverem um forte e saudável assoalho pélvico. É original e<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> muito eficaz no tratamento para incontinência urinária.<br />
O Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor é extremamente simples, e apresenta uma espécie <strong>de</strong><br />
feedback visual.<br />
Laycock (1993) ain<strong>da</strong> afirma que o educa<strong>do</strong>r aju<strong>da</strong> a eliminar os problemas<br />
associa<strong>do</strong>s à incontinência, a evitar fugas <strong>de</strong> urina e fezes, através <strong>do</strong> reforço <strong>do</strong>s músculos<br />
<strong>do</strong> pavimento pélvico.<br />
O Educa<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença <strong>do</strong> pavimento pélvico e<br />
incontinência, incluin<strong>do</strong> as causa<strong>da</strong>s pela gravi<strong>de</strong>z, menopausa e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
As vantagens <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor incluem: informações valiosas sobre o<br />
<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> assoalho pélvico, uma forma eficaz <strong>de</strong> tratamento para incontinência urinária,<br />
acompanhamento <strong>da</strong> condição <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico, po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> em<br />
longo prazo com programas <strong>de</strong> exercício para o assoalho pélvico, mesmo que já se faça<br />
exercícios para assoalho pélvico, o educa<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> avaliar sua técnica e acompanhar sua<br />
evolução.<br />
Sua única forma permite seguir o movimento <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s internas <strong>da</strong> vagina. Esse<br />
movimento indica como músculos <strong>do</strong> pavimento pélvico se contraem. A parte externa <strong>do</strong><br />
educa<strong>do</strong>r amplifica este movimento para mostrar se os músculos estão sen<strong>do</strong> contraí<strong>do</strong>s<br />
corretamente ou não. (LAYCOCK , 1993)<br />
34
4. METODOLOGIA<br />
4.1. ASPECTOS GERAIS DA METODOLOGIA<br />
Após o aceite <strong>da</strong> orienta<strong>do</strong>ra Cibele Nazaré <strong>da</strong> Silva Câmara (APÊNDICE A) e<br />
aprovação <strong>do</strong> Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Amazônia (ANEXO A), a<br />
pesquisa pô<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong>, seguin<strong>do</strong> algumas etapas.<br />
Aplicou-se aos participantes <strong>da</strong> pesquisa o Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre Esclareci<strong>do</strong><br />
– TCLE, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a resolução 196/96 <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (2000), para que<br />
assim to<strong>da</strong>s as informações pertinentes à clientela em questão pu<strong>de</strong>ssem ser preserva<strong>da</strong>s no<br />
processo <strong>de</strong> <strong>análise</strong> (APÊNDICE B).<br />
4.2. TIPO DO ESTUDO<br />
A pesquisa foi <strong>do</strong> tipo <strong>comparativa</strong>, experimental e intencional com amostra aleatória<br />
através <strong>de</strong> sorteio.<br />
4.3. LOCAL DA PESQUISA<br />
O presente estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> na Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia (CAFISIO), Aveni<strong>da</strong><br />
Sena<strong>do</strong>r Lemos, n° 129, no perío<strong>do</strong> matutino, durante os meses <strong>de</strong> junho a outubro <strong>de</strong> 2009,<br />
segun<strong>da</strong>-feira a sába<strong>do</strong>, exceto <strong>do</strong>mingos e feria<strong>do</strong>s, após a aceitação <strong>da</strong> proprietária <strong>da</strong><br />
clínica (APÊNDICE D).<br />
35
4.4. INFORMANTES<br />
Foram informantes <strong>da</strong> pesquisa mulheres com diagnóstico clínico <strong>de</strong> Incontinência<br />
Urinária <strong>de</strong> Esforço com i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 25 e 45 anos submeti<strong>da</strong>s inicialmente a uma avaliação<br />
fisioterapêutica (APÊNDICE C). Participaram <strong>da</strong> pesquisa to<strong>da</strong>s aquelas que se enquadraram<br />
nos critérios <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e aceitaram a participação no mesmo.<br />
4.5. CRITÉRIO DE INCLUSÃO<br />
Como critério <strong>de</strong> inclusão as mulheres <strong>da</strong> amostra tiveram i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 25 a 45 anos,<br />
ausência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças neurológicas associa<strong>da</strong>s e porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> IUE por hipermobili<strong>da</strong><strong>de</strong> uretral<br />
pre<strong>do</strong>minante.<br />
4.6. CRITÉRIO DE EXCLUSÃO<br />
Mulheres porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> IUE por insuficiência intrínseca ou PPE inferior a 90 cm <strong>de</strong><br />
h²o, na pós-menopausa, com hiperativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>trusor, pacientes com uso <strong>de</strong> medicamento<br />
que po<strong>de</strong>riam interferir potencialmente na continência urinária, com correção cirúrgica prévia<br />
<strong>de</strong> IUE e/ou <strong>de</strong> distopias genitais, as histerectomiza<strong>da</strong>s e prolápso uterino <strong>de</strong> qualquer grau,<br />
diabéticas, gestantes, mulheres com IMC superior a 35 e pacientes com Cistocele grau III<br />
foram excluí<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pesquisa.<br />
4.7. COLETA DE DADOS<br />
O estu<strong>do</strong> foi composto por <strong>do</strong>is grupos experimentais, os quais as pacientes foram<br />
seleciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma aleatória para ca<strong>da</strong> grupo.<br />
36
A população <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> consistiu em 40 mulheres com diagnóstico clínico <strong>de</strong><br />
incontinência urinária <strong>de</strong> esforço, sen<strong>do</strong> 15 submeti<strong>da</strong>s ao tratamento com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic<br />
Floor e 25 submeti<strong>da</strong>s ao tratamento <strong>de</strong> reeducação <strong>do</strong> assoalho pélvico com Cinesioterapia.<br />
Foram realiza<strong>da</strong>s 16 sessões com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor (ILUSTRAÇÃO1), e 16 com<br />
Reeducação com Cinesioterapia, sen<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> sessão com o tempo <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> 30 minutos.<br />
ILUSTRAÇÃO 1: Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor.<br />
FONTE: Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res, 2009.<br />
O grupo 1, submeti<strong>do</strong> ao Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor, as pacientes eram posiciona<strong>da</strong>s em<br />
<strong>de</strong>cúbito <strong>do</strong>rsal, pernas flexiona<strong>da</strong>s e joelhos apoia<strong>do</strong>s em uma cunha <strong>de</strong> espuma. O protocolo<br />
<strong>de</strong> tratamento com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor baseava-se em:<br />
• Contrações fortes e rápi<strong>da</strong>s, e contrações lentas e prolonga<strong>da</strong>s, com objetivo <strong>de</strong><br />
aumentar o recrutamento tanto <strong>da</strong>s fibras <strong>do</strong> tipo II quanto <strong>do</strong> tipo I.<br />
• Indicava-se para a paciente contrair os músculos <strong>do</strong> AP sustentan<strong>do</strong> essa<br />
<strong>contração</strong> por 3 a 5 segun<strong>do</strong>s, 5 séries <strong>de</strong> 20 repetições. (a ca<strong>da</strong> intervalo <strong>de</strong> uma<br />
série pra outra a paciente fazia o relaxamento <strong>da</strong>s fibras por um tempo <strong>de</strong> 12<br />
segun<strong>do</strong>s).<br />
• Paciente em supino com travesseiro sob a cabeça, joelhos flexiona<strong>do</strong>s e pés<br />
apoia<strong>do</strong>s na maca: Faziam uma série <strong>de</strong> 10 contrações para fibras <strong>do</strong> tipo I e uma<br />
série <strong>de</strong> 10 contrações para fibras <strong>do</strong> tipo II.<br />
O grupo 2, submeti<strong>do</strong> à Reeducação com Cinesioterapia teve o protocolo <strong>de</strong><br />
tratamento distribuí<strong>do</strong> <strong>da</strong> seguinte maneira:<br />
• Exercícios <strong>de</strong> propriocepção na bola terapêutica <strong>de</strong> 65 a 75mm <strong>de</strong> diâmetro:<br />
Paciente senta<strong>da</strong> na bola durante 3 minutos em frente ao espelho com os pés ao<br />
solo: Faziam movimentos laterais e <strong>de</strong> anteroversão e retroversão <strong>de</strong> pelve;<br />
saltitavam sobre a bola e realizavam movimento em oito com a pelve.<br />
(PESQUEIRA, 2004).<br />
37
• Cinesioterapia <strong>do</strong> assoalho pélvico: A paciente era orienta<strong>da</strong> a contrair os<br />
músculos <strong>do</strong> AP sustentan<strong>do</strong> essa <strong>contração</strong> por 3 a 5 segun<strong>do</strong>s em diferentes<br />
posições:<br />
o Supino com joelhos flexiona<strong>do</strong>s e pés apoia<strong>do</strong>s; senta<strong>da</strong> na bola terapêutica<br />
com os pés apoia<strong>do</strong>s ao chão; em pé, recosta<strong>da</strong> na pare<strong>de</strong>, com os pés<br />
paralelos e joelhos semi-flexiona<strong>do</strong>s. Faziam uma série <strong>de</strong> 20 repetições em<br />
ca<strong>da</strong> posição. (CHIARAPA et al., 2007).<br />
o Supino com joelhos flexiona<strong>do</strong>s sustentan<strong>do</strong> uma bola média e pés apoia<strong>do</strong>s<br />
ao solo elevavam as ná<strong>de</strong>gas num movimento <strong>de</strong> ponte e comprimiam a bola<br />
contra os joelhos, posteriormente fazer <strong>de</strong> 3 a 5 segun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong><br />
períneo. Realizavam uma série <strong>de</strong> 20 repetições. (AMARO,2005).<br />
o Paciente senta<strong>da</strong> na bola: inclinavam o tronco para frente apoian<strong>do</strong> os<br />
antebraços nos joelhos, com as coxas e pés afasta<strong>do</strong>s. Faziam uma série <strong>de</strong> 10<br />
contrações para fibras <strong>do</strong> tipo I e uma série <strong>de</strong> 10 contrações para fibras <strong>do</strong><br />
tipo II. (CARRIÉRE,1999).<br />
o Exercício <strong>de</strong> rolamento na bola terapêutica: rolavam a bola para frente<br />
fazen<strong>do</strong> uma expiração e contrain<strong>do</strong> o períneo e rolavam a bola para trás,<br />
combinan<strong>do</strong> com a inspiração e relaxan<strong>do</strong> estruturas musculares tensas <strong>do</strong><br />
AP. (CARRIÉRE,1999).<br />
Foi realiza<strong>da</strong> uma avaliação específica para o assoalho pélvico na primeira e na última<br />
sessão, a qual constou <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong>s pacientes, avaliação funcional <strong>do</strong> assoalho pélvico (AFA)<br />
e avaliação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho pélvico através <strong>do</strong> Biofeedback<br />
Eletromiográfico Fênix ® .<br />
A pesquisa foi previamente estabeleci<strong>da</strong> pelos pesquisa<strong>do</strong>res com o aval <strong>do</strong> professor-<br />
orienta<strong>do</strong>r (APÊNDICE A). Sen<strong>do</strong> assim, o mesmo pô<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> sem a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> presença <strong>do</strong> profissional.<br />
Após a assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong>, a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s foi<br />
realiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> uma avaliação fisioterapêutica (APÊNDICE C), na qual foram analisa<strong>do</strong>s<br />
os critérios <strong>de</strong> inclusão e exclusão. O conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> avaliação baseava-se <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s pessoais<br />
(nome, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, profissão, esta<strong>do</strong> civil), anamnese (<strong>da</strong>ta <strong>do</strong> início <strong>do</strong>s sintomas, situações em<br />
que ocorrem à per<strong>da</strong>, antece<strong>de</strong>ntes gestacionais e cirúrgicos, problemas sexuais, uso crônico<br />
<strong>de</strong> medicamentos), exame físico (Inspeção vaginal e avaliação funcional <strong>do</strong> assoalho pélvico),<br />
peso corporal e estatura.<br />
38
A seguir foram realiza<strong>do</strong>s testes para verificar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>da</strong><br />
musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico, por meio <strong>da</strong> escala <strong>do</strong> AFA e <strong>do</strong> Biofeedback<br />
Eletromiográfico Fênix®.<br />
A mensuração <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> <strong>contração</strong> muscular <strong>do</strong> AP, por meio <strong>da</strong> escala <strong>do</strong> AFA, foi<br />
realiza<strong>da</strong> por um único e mesmo examina<strong>do</strong>r durante as avaliações fisioterapêutica,<br />
obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> a seguinte padronização: posicionamento <strong>da</strong> paciente em <strong>de</strong>cúbito <strong>do</strong>rsal, quadris<br />
abduzi<strong>do</strong>s, joelhos fleti<strong>do</strong>s e pés apoia<strong>do</strong>s. O terapeuta usou luvas <strong>de</strong> procedimento e gel<br />
lubrificante Ky ® , afastou os pequenos lábios com uma <strong>de</strong> suas mãos e com a outra realizou a<br />
introdução bidigital na genitália examina<strong>da</strong>, sen<strong>do</strong> a paciente orienta<strong>da</strong> a executar <strong>contração</strong><br />
perineal, on<strong>de</strong> foi avalia<strong>da</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>contração</strong> e o tempo <strong>de</strong> duração <strong>da</strong> mesma<br />
(ILUSTRAÇÃO 2 E 3). A classificação <strong>da</strong> <strong>contração</strong> obe<strong>de</strong>ceu à escala apresenta<strong>da</strong> por Ortiz<br />
(1996) <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> no quadro abaixo (ILUSTRAÇÃO 2).<br />
ILUSTRAÇÃO 2: Avaliação Funcional <strong>do</strong> Assoalho Pélvico.<br />
FONTE: CHIARAPA; CACHO; ALVES, 2007.<br />
ILUSTRAÇÃO 3: Toque bidigital para realização <strong>do</strong> AFA.<br />
FONTE: CHIARAPA; CACHO; ALVES, 2007.<br />
39
GRAU O Sem função perineal objetiva, nem mesmo à palpação.<br />
GRAU 1<br />
Função perineal objetiva ausente, <strong>contração</strong> reconhecível somente à<br />
palpação.<br />
GRAU 2 Função perineal objetiva débil, <strong>contração</strong> reconhecível à palpação.<br />
GRAU 3<br />
GRAU 4<br />
Função perineal objetiva presente e resistência opositora não manti<strong>da</strong> mais<br />
<strong>do</strong> que cinco segun<strong>do</strong>s à palpação.<br />
Função perineal objetiva presente e resistência opositora manti<strong>da</strong> mais <strong>do</strong><br />
que cinco segun<strong>do</strong>s à palpação<br />
ILUSTRAÇÃO 4: Escala <strong>do</strong> grau funcional <strong>do</strong> assoalho pélvico.<br />
FONTE: Ortiz (1996).<br />
O biofeedback é um equipamento para reeducação que é utiliza<strong>do</strong> para mensurar<br />
efeitos fisiológicos internos como meio <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> e também no fortalecimento <strong>do</strong>s<br />
músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico, uma vez que nos fornece parâmetros <strong>de</strong> uma <strong>contração</strong><br />
máxima. Permite também a conscientização <strong>de</strong> um músculo pouco exercita<strong>do</strong> como o<br />
eleva<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ânus. (MORENO, 2004; AMARO et al, 1997; RUBINSTEIN, 2001 apud<br />
MOURÃO; PINA & WANDERLEY, 2006).<br />
O aparelho biofeedback leva a aprendizagem, pela autocorreção, <strong>de</strong> uma maneira<br />
natural. Po<strong>de</strong> ser ativo (coman<strong>da</strong><strong>do</strong> pelo paciente), on<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> no sistema<br />
nervoso central é o lobo central, ou ain<strong>da</strong> passivo (pela eletroestimulação) on<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong><br />
parti<strong>da</strong> é o assoalho pélvico esfincteriano. Previamente pelo uso <strong>do</strong> biofeedback a paciente<br />
<strong>de</strong>ve ser informa<strong>da</strong> sobre noções anatômicas básicas, <strong>da</strong> função <strong>do</strong> assoalho pélvico e <strong>do</strong><br />
equilíbrio vésico-esfincteriano (RUBINSTEIN, 2001 apud MOURÃO, PINA &<br />
WANDERLEY, 2006).<br />
Posteriormente, foi utiliza<strong>do</strong> como recurso <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> assoalho pélvico <strong>da</strong>s<br />
pacientes, o programa computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong> específico Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® , o<br />
qual contém eletro<strong>do</strong> intracavitário para mensurar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho<br />
pélvico em µV. Este programa é confiável, pois monitora o uso <strong>da</strong> musculatura ab<strong>do</strong>minal,<br />
por apresentar eletro<strong>do</strong>s ab<strong>do</strong>minais acopla<strong>do</strong>s a um programa <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r que <strong>de</strong>tecta a<br />
<strong>contração</strong> <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> abdômen, o que <strong>da</strong>ria um falso resulta<strong>do</strong>. Apresenta ain<strong>da</strong> como<br />
vantagem o não uso <strong>de</strong> outros músculos acessórios (ILUSTRAÇÃO 5 E 6).<br />
40
4.8. ANÁLISE DOS DADOS<br />
ILUSTRAÇÃO 5: Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® .<br />
FONTE: Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res, 2009.<br />
ILUSTRAÇÃO 6: Eletro<strong>do</strong> intracavitário.<br />
FONTE: Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res, 2009.<br />
Foram aplica<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s estatísticos <strong>de</strong>scritivos e inferenciais para avaliar<br />
quantitativamente e comparar os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s por <strong>do</strong>is grupos experimentais (Pelvic<br />
Floor e Cinesioterapia) em relação à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> eletromiográfica e a força muscular <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico. A estatística <strong>de</strong>scritiva constou <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tendência central e variação.<br />
A estatística inferencial foi dividi<strong>da</strong> em duas partes: Análise intra-grupo e <strong>análise</strong> inter-grupo.<br />
A <strong>análise</strong> intra-grupo, ou seja, aquela que compara os valores antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> intervenção,<br />
no mesmo grupo, foi realiza<strong>da</strong>s por <strong>do</strong>is testes estatísticos: a variável AFA foi avalia<strong>da</strong> pelo<br />
41
teste <strong>de</strong> Wilcoxon para amostras parea<strong>da</strong>s, e a variável EMG foi avalia<strong>da</strong> pelo teste t <strong>de</strong><br />
Stu<strong>de</strong>nt para amostras parea<strong>da</strong>s (AYRES, 2007).<br />
A <strong>análise</strong> inter-grupo, ou seja, aquela que compara diretamente os <strong>do</strong>is grupos foi<br />
realiza<strong>da</strong>s por <strong>do</strong>is testes estatísticos: a variável AFA foi avalia<strong>da</strong> pelo teste <strong>de</strong> Mann-<br />
Whitney, e a variável EMG foi avalia<strong>da</strong> pelo teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt. Foi previamente fixa<strong>do</strong> o<br />
nível alfa = 0.05 para rejeição <strong>da</strong> hipótese nula. O cálculo <strong>do</strong> p-valor foi realiza<strong>do</strong> pelo<br />
software BioEstat versão 5.<br />
42
5. RESULTADOS<br />
A i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pacientes que formam os grupos <strong>do</strong>s grupos Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor<br />
(36.2±8.6 anos) e Reeducação com Cinesioterapia (39.4±6.7 anos) foi avalia<strong>da</strong> pelo teste t <strong>de</strong><br />
Stu<strong>de</strong>nt o qual evoluiu para o p-valor = 0.1947 (não significante) indican<strong>do</strong> que não existe<br />
real diferença <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os grupos, observa-se que ambos os grupos são forma<strong>do</strong>s por<br />
mulheres com i<strong>da</strong><strong>de</strong> varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 25 a 45 anos.<br />
TABELA 1: Estatísticas <strong>de</strong>scritivas <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s grupos Pelvic Floor (n=15) e Cinesioterapia (n=25).<br />
Pelvic Floor Cinesioterapia<br />
Tamanho <strong>da</strong> amostra 15 25<br />
Mínimo 25.0 25.0<br />
Máximo 45.0 45.0<br />
Amplitu<strong>de</strong> Total 20.0 20.0<br />
Mediana 40.0 42.0<br />
Primeiro Quartil (25%) 27.5 37.0<br />
Terceiro Quartil (75%) 45.0 45.0<br />
Desvio Interquartílico 17.5 8.0<br />
Média Aritmética 36.2 39.4<br />
Variância 73.6 44.3<br />
Desvio Padrão 8.6 6.7<br />
Erro Padrão 2.2 1.3<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Variação 23.7% 16.9%<br />
Assimetria (g1) -0.3 -1.1<br />
Curtose (g2) -1.8 -0.1<br />
FONTE: Protocolo <strong>da</strong> pesquisa, 2009.<br />
p-valor = 0.1947, teste t <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt.<br />
TABELA 2: Distribuição <strong>de</strong> freqüências <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os <strong>do</strong>is grupos.<br />
Pelvic Floor Cinesioterapia<br />
N % n %<br />
25 a 29 4 26.7 3 12.0<br />
29 a 33 2 13.3 2 8.0<br />
33 a 37 1 6.7 3 12.0<br />
37 a 41 2 13.3 3 12.0<br />
41 a 45 6 40.0 14 56.0<br />
Total 15 100.0 25 100.0<br />
FONTE: Protocolo <strong>da</strong> pesquisa, 2009.<br />
43
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Pelvic floor Cinesioterapia<br />
25 a 29 29 a 33 33 a 37 37 a 41 41 a 45<br />
Faixas etárias (anos)<br />
ILUSTRAÇÃO 7: Distribuição <strong>de</strong> freqüências <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os <strong>do</strong>is grupos.<br />
FONTE: Protocolo <strong>da</strong> pesquisa, 2009.<br />
5.1. AVALIAÇÃO DO EMG TEST<br />
A avaliação <strong>do</strong> teste EMG mostrou que o grupo submeti<strong>do</strong> ao tratamento com Pelvic<br />
Floor teve um aumento significativo (p-valor
TABELA 3: Avaliação <strong>do</strong> EMG teste nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as intervenções: Pelvic Floor (n=15) e<br />
Cinesioterapia (n=25).<br />
Pelvic Floor Cinesioterapia<br />
Antes Depois Antes Depois<br />
Mínimo 4.0 8.0 0.0 6.0<br />
Máximo 20.0 24.0 20.0 23.0<br />
Amplitu<strong>de</strong> Total 16.0 16.0 20.0 17.0<br />
Mediana 9.0 14.0 8.0 12.0<br />
Primeiro Quartil (25%) 8.0 13.0 5.0 9.0<br />
Terceiro Quartil (75%) 11.0 19.5 12.0 17.0<br />
Desvio Interquartílico 3.0 6.5 7.0 8.0<br />
Média Aritmética 10.2 15.8 8.8 13.0<br />
Variância 21.5 29.7 28.3 29.9<br />
Desvio Padrão 4.6 5.5 5.3 5.5<br />
Erro Padrão 1.2 1.4 1.1 1.1<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Variação 45.4% 34.5% 60.5% 41.9%<br />
Assimetria (g1) 0.8 0.1 0.6 0.6<br />
Curtose (g2) 0.2 -1.0 -0.3 -0.7<br />
p-valot (intra-gupo)
5.2. AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO – AFA<br />
A avaliação <strong>da</strong> força muscular <strong>do</strong> assoalho pélvico mostrou que o grupo submeti<strong>do</strong> ao<br />
tratamento com Pelvic Floor teve um aumento significativo (p-valor = 0.0004*), visto que na<br />
avaliação final (4 AFA) foi observa<strong>da</strong> mais força muscular que na avaliação inicial (3 AFA),<br />
portanto um aumento <strong>de</strong> 1 AFA. Por outro la<strong>do</strong>, o grupo submeti<strong>do</strong> a Cinesioterapia também<br />
teve um aumento estatisticamente significante (p-valor = 0.0007*), pois na avaliação final (3<br />
AFA) foi observa<strong>da</strong> mais força muscular que na avaliação inicial (2 AFA), portanto um<br />
aumento <strong>de</strong> 1 AFA.<br />
Para avaliar qual <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is méto<strong>do</strong>s foi o mais eficaz aplicou-se o teste estatístico <strong>de</strong><br />
Mann-Whitney, sob a margem <strong>de</strong> erro <strong>de</strong> 5%, o qual atestou o p-valor
AFA<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
-1<br />
*<br />
**<br />
Antes Depois Antes Depois<br />
Pelvic floor Cinesioterapia<br />
ILUSTRAÇÃO 9: Avaliação <strong>da</strong> força muscular (AFA) nos <strong>do</strong>is grupos, antes e após as intervenções.<br />
Com <strong>de</strong>talhe para os grupos que obtiveram diferença estatisticamente significante (*) pelo teste <strong>de</strong><br />
Wilcoxon para amostras parea<strong>da</strong>s (intra-grupo) e (**) pelo teste <strong>de</strong> Mann-Whitney (inter-grupo).<br />
FONTE: Protocolo <strong>da</strong> pesquisa, 2009.<br />
*<br />
47
6. DISCUSSÃO<br />
Segun<strong>do</strong> Thomas et al. (1980), a incontinência urinária <strong>de</strong> esforço é responsável por<br />
49% (varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24% a 75%) <strong>do</strong>s casos <strong>de</strong> incontinência urinária que afetam a população<br />
feminina entre 18 e 90 anos. Várias opções terapêuticas po<strong>de</strong>m ser propostas para as<br />
pacientes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> forros perineais, exercícios <strong>do</strong> assoalho pélvico e medicamentos.<br />
Nesta pesquisa, no protocolo <strong>de</strong> tratamento utilizou-se o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e<br />
Reeducação com Cinesioterapia para os músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico objetivan<strong>do</strong> comparar<br />
essas técnicas na reeducação <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong> assoalho pélvico em mulheres com IUE.<br />
Os recursos fisioterapêuticos aplica<strong>do</strong>s ao tratamento <strong>de</strong> IUE vêm se aprimoran<strong>do</strong> no<br />
<strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s últimos anos. Um <strong>do</strong>s principais objetivos <strong>do</strong> tratamento fisioterápico é o<br />
fortalecimento <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico, pois a melhora <strong>da</strong> força e <strong>da</strong> função <strong>de</strong>sta<br />
musculatura favorece uma <strong>contração</strong> consciente e efetiva nos momentos <strong>de</strong> aumento <strong>da</strong><br />
pressão intra-ab<strong>do</strong>minal, evitan<strong>do</strong> assim as per<strong>da</strong>s urinárias. (RETT et al., 2007)<br />
Devi<strong>do</strong> serem técnicas simples, sem custo e sem efeitos colaterais, na presente<br />
pesquisa optamos por estes <strong>do</strong>is recursos, Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e Reeducação com<br />
Cinesioterapia, pois conforme recomen<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> International Consultation on Incontinence<br />
(I.C.I), indica-se o tratamento <strong>de</strong> reabilitação como a primeira opção terapêutica em to<strong>do</strong>s os<br />
casos <strong>de</strong> incontinência e outras disfunções <strong>do</strong> assoalho pélvico. (SOBREIRA, 2007).<br />
Conforme Laycock (1993), o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor é um aparelho novo e fabrica<strong>do</strong><br />
para fortalecer os músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico, mais precisamente para tratar mulheres<br />
porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> incontinência urinária. É consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> revolucionário e muito eficaz para tratar<br />
esse universo <strong>de</strong> mulheres por produzir uma espécie <strong>de</strong> feedback visual, já que o aparelho<br />
possui um indica<strong>do</strong>r externo o qual indica quan<strong>do</strong> a <strong>contração</strong> muscular está sen<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong><br />
corretamente. Entretanto, não há pesquisas e nem artigos realiza<strong>do</strong>s com o aparelho referi<strong>do</strong><br />
que comprovem cientificamente sua eficácia.<br />
Bernar<strong>de</strong>s et al. (2000) realizaram um estu<strong>do</strong> comparativo entre cinesioterapia e<br />
eletroestimulação en<strong>do</strong>vaginal para o tratamento <strong>da</strong> incontinência urinária <strong>de</strong> esforço genuína,<br />
concluin<strong>do</strong> que 71,4% <strong>da</strong>s pacientes ficaram sem sintomas e 28,6% com per<strong>da</strong> leve <strong>de</strong> urina<br />
no grupo <strong>de</strong> cinesioterapia. Já no grupo <strong>de</strong> eletroestimulação 28,6% <strong>da</strong>s pacientes ficaram sem<br />
sintomas, 57,1% com per<strong>da</strong> leve e 14,3% com per<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina. Concluíram então<br />
que tanto a cinesioterapia quanto a eletroestimulação en<strong>do</strong>vaginal se mostraram efetivas no<br />
tratamento <strong>da</strong> incontinência urinária <strong>de</strong> esforço genuína.<br />
48
Neste estu<strong>do</strong>, a avaliação <strong>do</strong> teste através <strong>da</strong> eletromiografia com Biofeedback<br />
Eletromiográfico Fênix® mostrou que o grupo submeti<strong>do</strong> ao tratamento com Educa<strong>do</strong>r Pelvic<br />
Floor teve um aumento significativo na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> AP, visto que na<br />
avaliação final foi observa<strong>da</strong> mais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> eletromiográfica que na avaliação inicial.<br />
Na avaliação <strong>da</strong> força muscular <strong>do</strong> assoalho pélvico através <strong>do</strong> AFA, mostrou que o<br />
grupo submeti<strong>do</strong> ao tratamento com Pelvic Floor também teve um aumento significativo, já<br />
que na avaliação final foi observa<strong>da</strong> mais força muscular que na avaliação inicial. O que<br />
condiz com Burgio et al. (1985), que em seu estu<strong>do</strong> compararam a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s exercícios<br />
<strong>da</strong> musculatura pélvica usan<strong>do</strong> o feedback verbal e o aparelho <strong>de</strong> biofeedback em pacientes<br />
com incontinência urinária e em seus acha<strong>do</strong>s encontraram que o grupo com biofeedback teve<br />
76% <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> incontinência urinária e o grupo <strong>de</strong> feedback verbal teve redução <strong>de</strong> 50%,<br />
concluin<strong>do</strong> a eficácia <strong>do</strong>s exercícios <strong>da</strong> musculatura pélvica utilizan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is méto<strong>do</strong>s.<br />
Em nosso estu<strong>do</strong>, o grupo submeti<strong>do</strong> à Cinesioterapia também, conforme os estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Zacchi et al. (2001) em um estu<strong>do</strong> com o objetivo <strong>de</strong> comprovar a eficácia <strong>da</strong><br />
cinesioterapia na restauração <strong>da</strong> musculatura perineal <strong>de</strong> mulheres, sem distinção <strong>de</strong> faixa<br />
etária, com incontinência urinária <strong>de</strong> esforço, ten<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> três meses, on<strong>de</strong><br />
foram realiza<strong>do</strong>s 150 contrações perineais por sessão. O estu<strong>do</strong> concluiu que a cinesioterapia<br />
é sim eficaz na recuperação <strong>do</strong> tônus muscular e força que estavam diminuí<strong>da</strong>s. Mas apesar<br />
<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s indicarem ganhos satisfatórios <strong>de</strong> força e diminuição ou até a ausência <strong>da</strong> per<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> urina, um tempo maior <strong>de</strong> treinamento po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>monstrar resulta<strong>do</strong>s mais satisfatórios.<br />
Condizen<strong>do</strong> com nossa pesquisa que também teve um aumento estatisticamente significante<br />
na avaliação com o aparelho Biofeedback Eletromiográfico Fênix ® , pois na avaliação final foi<br />
observa<strong>da</strong> mais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> eletromiográfica que na avaliação inicial na Reeducação com<br />
Cinesioterapia.<br />
O grupo submeti<strong>do</strong> a Cinesioterapia na avaliação funcional <strong>da</strong> força muscular <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico (AFA) também teve aumento estatisticamente significante, pois na avaliação<br />
final foi observa<strong>da</strong> mais força muscular <strong>do</strong> AP que na avaliação inicial <strong>da</strong>s pacientes.<br />
Concor<strong>da</strong>mos com Santos (2004), quan<strong>do</strong> diz que a maioria <strong>da</strong>s mulheres é incapaz <strong>de</strong><br />
realizar uma <strong>contração</strong> somente pela simples instrução verbal, como ocorre na Reeducação<br />
com Cinesioterapia, por isso é importante um controle palpatório intravaginal, e a presença <strong>de</strong><br />
um fisioterapeuta. Por isso, em nossa pesquisa, quan<strong>do</strong> se comparou qual <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is méto<strong>do</strong>s<br />
foi o mais eficaz concluiu-se que o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor (mediana <strong>do</strong> pós teste = 4) superou<br />
o grupo Cinesioterapia (mediana <strong>do</strong> pós teste = 3).<br />
49
Como os exercícios aqui propostos nesta pesquisa constituem opções simples e sem<br />
custo <strong>de</strong> tratamento, tem-se como vantagem o fato que qualquer um <strong>do</strong>s recursos apresenta<strong>do</strong>s<br />
ao tratamento ofereci<strong>do</strong> a essas pacientes, teve como proveito a melhora no fortalecimento<br />
<strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico, visto que o enfraquecimento <strong>de</strong>stes é o causa<strong>do</strong>r principal<br />
<strong>da</strong> IUE. Porém, segun<strong>do</strong> Palma e Riccetto (1999), é preciso salientar essas mulheres a<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> motivação na realização <strong>do</strong> tratamento para a obtenção <strong>de</strong> bons resulta<strong>do</strong>s.<br />
Vale lembrar que os resulta<strong>do</strong>s aqui obti<strong>do</strong>s na pesquisa, mostraram que os <strong>do</strong>is recursos<br />
tiveram sua eficácia.<br />
50
7. CONCLUSÃO<br />
A avaliação funcional através <strong>do</strong> AFA foi observa<strong>do</strong> que o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor foi<br />
mais eficaz que a Reeducação com Cinesioterapia, sen<strong>do</strong> que ambos os recursos <strong>da</strong><br />
fisioterapia apresentaram melhora na força e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>da</strong> musculatura <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico <strong>do</strong> início até o final <strong>do</strong> tratamento, quan<strong>do</strong> avaliou-se com o AFA nessas<br />
mulheres com IUE.<br />
Através <strong>da</strong> avaliação com Biofeedback Eletromiográfico Fênix®, não foi observa<strong>do</strong><br />
diferença estatisticamente significante com relação à força e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico entre o grupo submeti<strong>do</strong> ao Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e a Reeducação com<br />
Cinesioterapia quan<strong>do</strong> se avaliou os resulta<strong>do</strong>s no início e ao final. Sen<strong>do</strong> importante ressaltar<br />
que tanto o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor quanto a Reeducação com Cinesioterapia foram efetivos,<br />
pois ambos apresentaram melhora na força e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> AP<br />
nos <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> avaliações.<br />
51
8. REFERÊNCIAS<br />
ABRAMS, P.; CARDOZO, L.; FALL, M.; GRIFFITHS, D.; ROSIER, P.; ULMSTEN, U. et<br />
al The stan<strong>da</strong>rdization of terminology of lower urinary tract function: report from the<br />
stan<strong>da</strong>rdization of terminology sub-committee of the International Continence Society.<br />
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AMARO, J. L., et al. Eletroestimulação en<strong>do</strong>vaginal e Cinesioterapia no tratamento <strong>da</strong><br />
Incontinência Urinária <strong>de</strong> Esforço. Jornal Brasileiro <strong>de</strong> Ginecologia, v. 107, n. 6, p. 189 -<br />
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AMARO, J. L.; GAMEIRO, M. O. O. Tratamento não cirúrgico <strong>da</strong> incontinência urinária <strong>de</strong><br />
esforço. Jornal <strong>da</strong> Incontinência Urinária Feminina, vol. 5, jan/jul 2002.<br />
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pélvico nas disfunções urinárias e anorretais. São Paulo: Segmento Farma, 2005.<br />
ARAÚJO, Elisângela. Fortalecimento <strong>do</strong> Assoalho Pélvico com Exercícios <strong>de</strong> Kegel na<br />
Incontinência Urinária. 2007. 46f. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Graduação em<br />
Fisioterapia) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Araçatuba, 2007.<br />
AYRES, Manuel; AYRES JR, Manuel; AYRES, Daniel Lima; SANTOS, Alex <strong>de</strong> Assis<br />
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Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong> Oeste <strong>do</strong> Paraná, 2003.<br />
56
APÊNDICE A<br />
57
DECLARAÇÃO<br />
CARTA DE ACEITAÇÃO DO ORIENTADOR<br />
Eu, Cibele Nazaré <strong>da</strong> Silva Câmara, aceito orientar o trabalho que tem como Titulo “Análise<br />
Comparativa <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Contração <strong>do</strong> Assoalho Pélvico com Educa<strong>do</strong>r Pelvic<br />
Floor e Reeducação com Cinesioterapia em Mulheres com Incontinência Urinária <strong>de</strong><br />
Esforço”, <strong>de</strong> autoria <strong>da</strong>s alunas Bruna Lorena Daura Hage Paraense e Thayse Hage Gomes,<br />
<strong>de</strong>claran<strong>do</strong> ter total conhecimento sobre as normas <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong> trabalhos científicos<br />
vigentes <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> fisioterapia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Amazônia – UNAMA para 2009,<br />
estan<strong>do</strong> inclusive ciente <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> participação na banca examina<strong>do</strong>ra por ocasião <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> trabalho.<br />
Belém, ____/_____/________.<br />
_____________________________<br />
Cibele Nazaré <strong>da</strong> Silva Câmara<br />
Orienta<strong>do</strong>ra<br />
58
APÊNDICE B<br />
59
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DO ASSOALHO<br />
PÉLVICO COM O EDUCADOR PELVIC FLOOR E REEDUCAÇÃO COM<br />
CINESIOTERAPIA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO<br />
Você está sen<strong>do</strong> convi<strong>da</strong><strong>do</strong>(a) a participar <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa acima cita<strong>do</strong>. O<br />
<strong>do</strong>cumento abaixo contém to<strong>da</strong>s as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos<br />
fazen<strong>do</strong>. Sua colaboração neste estu<strong>do</strong> será <strong>de</strong> muita importância para nós, mas se <strong>de</strong>sistir a<br />
qualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.<br />
Eu, ___________________________, resi<strong>de</strong>nte e <strong>do</strong>micilia<strong>do</strong> na<br />
______________________, porta<strong>do</strong>r <strong>da</strong> Cédula <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, RG ____________, e inscrito<br />
no CPF_________________ nasci<strong>do</strong> (a) em _____ / _____ /_______, abaixo assina<strong>do</strong> (a),<br />
concor<strong>do</strong> <strong>de</strong> livre e espontânea vonta<strong>de</strong> em participar como voluntário (a) <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />
“ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO DO ASSOALHO<br />
PÉLVICO COM O EDUCADOR PELVIC FLOOR E REEDUCAÇÃO COM<br />
CINESIOTERAPIA EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE<br />
ESFORÇO”.<br />
Estou ciente que:<br />
I) O estu<strong>do</strong> consiste em um trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso, que apresenta como objetivo<br />
avaliar se a terapia através <strong>do</strong> Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor (Aparelho terapêutico que<br />
objetiva fortalecer os músculos <strong>do</strong> Assoalho Pélvico) é mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>do</strong> que a<br />
reeducação com Cinesioterapia (Técnica <strong>de</strong> fisioterapia que visa restabelecer a<br />
continência urinária), no tratamento <strong>da</strong> incontinência urinária <strong>de</strong> esforço. A<br />
incontinência urinária é uma enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> freqüente e muitas <strong>da</strong>s vezes <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong><br />
entre as mulheres. Alguns recursos <strong>da</strong> fisioterapia têm se mostra<strong>do</strong> bastante eficazes<br />
no fortalecimento <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico no tratamento <strong>de</strong> incontinência<br />
urinária, visto que o enfraquecimento <strong>de</strong>stes, é que levam a <strong>do</strong>ença. Portanto o<br />
presente trabalho justifica-se pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong><br />
assoalho pélvico a fim <strong>de</strong> comparar a eficácia <strong>do</strong>s recursos Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e<br />
Reeducação com Cinesioterapia, possibilitan<strong>do</strong> a realização <strong>de</strong> trabalhos preventivos.<br />
60
O estu<strong>do</strong> é experimental e comparativo no qual será compara<strong>da</strong> a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho pélvico com reeduca<strong>do</strong>r Pelvic Floor e com Cinesioterapia.<br />
II) A pesquisa será realiza<strong>da</strong> em mulheres adultas com i<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 25 e 45 anos,<br />
resi<strong>de</strong>ntes no Município <strong>de</strong> Belém (PA). As mulheres serão seleciona<strong>da</strong>s por médicos<br />
urologistas ou ginecologistas, quan<strong>do</strong> apresentarem queixa <strong>de</strong> IUE e ciclo menstrual<br />
regular. Como critério <strong>de</strong> inclusão, as mulheres <strong>da</strong> amostra <strong>de</strong>vem ter ausência <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>enças neurológicas associa<strong>da</strong>s e porta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> IUE por hipermobili<strong>da</strong><strong>de</strong> uretral<br />
pre<strong>do</strong>minante. O estu<strong>do</strong> será composto por <strong>do</strong>is grupos experimentais, o qual as<br />
pacientes serão seleciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma aleatória para ca<strong>da</strong> grupo, com os recursos<br />
terapêuticos propostos. Necessário se faz a assinatura <strong>do</strong> termo <strong>de</strong> consentimento livre<br />
e esclareci<strong>do</strong> (TCLE), para que então aconteça uma avaliação fisioterapêutica, que<br />
constará <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e avaliação <strong>da</strong> força <strong>de</strong> <strong>contração</strong> <strong>do</strong> assoalho pélvico através <strong>do</strong><br />
AFA e <strong>do</strong> Biofeedback Eletromiográfico Fênix.<br />
III) A pesquisa po<strong>de</strong>rá apresentar como risco a quebra <strong>do</strong> sigilo <strong>da</strong>s informações, on<strong>de</strong> a<br />
sigilosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s será garanti<strong>da</strong> pelos autores, bem como uma utilização<br />
in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s recursos ou um manuseio <strong>de</strong> maneira brusca <strong>da</strong> paciente. Vale ressaltar<br />
que to<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> segurança vão ser utiliza<strong>da</strong>s, a fim <strong>de</strong> zelar sempre pela saú<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>s participantes. As pacientes po<strong>de</strong>rão também estar expostas a infecções e<br />
inflamações <strong>do</strong> trato uro-genital, contu<strong>do</strong>, os autores <strong>da</strong> pesquisa garantem medi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
segurança como o uso <strong>de</strong> preservativo <strong>de</strong> material látex ou poliuretano sob o aparelho<br />
Pelvic Floor, e ten<strong>do</strong> o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>da</strong>s son<strong>da</strong>s serem <strong>de</strong> uso individual e serem<br />
esteriliza<strong>da</strong>s com <strong>de</strong>tergente enzimático e glutaral<strong>de</strong>í<strong>do</strong>. Porém, mesmo que o<br />
problema venha a acontecer o autor <strong>da</strong> pesquisa se responsabilizará pelo tratamento<br />
médico-hospitalar a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para a paciente.<br />
IV) As dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s nesta pesquisa serão sobrepuja<strong>da</strong>s pela motivação na<br />
realização <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as sessões por parte paciente, pensan<strong>do</strong> nisso o pesquisa<strong>do</strong>r sempre<br />
vai trabalhar este aspecto incentiva<strong>do</strong>r durante as sessões, visto que a motivação é <strong>de</strong><br />
suma importância para os resulta<strong>do</strong>s. A pesquisa terá como benefícios restabelecer a<br />
função <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> assoalho pélvico além <strong>de</strong> contribuir para o seu fortalecimento<br />
com os recursos fisioterapêuticos apresenta<strong>do</strong>s nesta pesquisa, saben<strong>do</strong> que tal<br />
61
musculatura se encontra enfraqueci<strong>da</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à presença <strong>de</strong> IUE. Ten<strong>do</strong> a vantagem<br />
também <strong>de</strong> ser uma terapia simples, <strong>de</strong> baixo custo e sem efeitos colaterais.<br />
V) Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s serão coleta<strong>do</strong>s na Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia (CAFISIO) através <strong>de</strong> perguntas e<br />
exame físico sucinto para a caracterização <strong>da</strong> amostra;<br />
VI) Não sou obriga<strong>do</strong> a respon<strong>de</strong>r as perguntas realiza<strong>da</strong>s no questionário <strong>de</strong> avaliação;<br />
VII) A participação neste projeto não tem objetivo <strong>de</strong> me submeter a um tratamento, bem<br />
como não me causará nenhum gasto com relação aos procedimentos médico-clínico-<br />
terapêuticos efetua<strong>do</strong>s com o estu<strong>do</strong>;<br />
VIII) Tenho a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistir ou <strong>de</strong> interromper a colaboração neste estu<strong>do</strong> no<br />
momento em que <strong>de</strong>sejar, sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer explicação;<br />
IX) A <strong>de</strong>sistência não causará nenhum prejuízo à minha saú<strong>de</strong> ou bem estar físico. Não<br />
virá interferir no atendimento ou tratamento médico;<br />
X) A minha participação neste projeto contribuirá para acrescentar à literatura <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
referentes ao tema, direcionan<strong>do</strong> as ações volta<strong>da</strong>s para a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e não<br />
causará nenhum risco;<br />
XI) Não receberei remuneração e nenhum tipo <strong>de</strong> recompensa nesta pesquisa, sen<strong>do</strong> minha<br />
participação voluntária;<br />
XII) Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s durante este ensaio serão manti<strong>do</strong>s em sigilo;<br />
XIII) Concor<strong>do</strong> que os resulta<strong>do</strong>s sejam divulga<strong>do</strong>s em publicações científicas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
meus <strong>da</strong><strong>do</strong>s pessoais não sejam menciona<strong>do</strong>s;<br />
XIV) Caso eu <strong>de</strong>sejar, po<strong>de</strong>rei pessoalmente tomar conhecimento <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s parciais e<br />
finais <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />
( ) Desejo conhecer os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />
( ) Não <strong>de</strong>sejo conhecer os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />
62<br />
Belém, <strong>de</strong> <strong>de</strong> 2009
Declaro que obtive to<strong>da</strong>s as informações necessárias, bem como to<strong>do</strong>s os eventuais<br />
esclarecimentos quanto às dúvi<strong>da</strong>s por mim apresenta<strong>da</strong>s.<br />
( ) Participante <strong>da</strong> Pesquisa<br />
...................................................................................................<br />
Assinatura <strong>do</strong> Participante <strong>da</strong> Pesquisa<br />
( ) Responsável<br />
Eu,.................................................................................................................................................<br />
autorizo que a menor participe <strong>da</strong> pesquisa “Análise Comparativa <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Contração <strong>do</strong> Assoalho Pélvico com o Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e Reeducação com<br />
Cinesioterapia em Mulheres com Incontinência Urinária <strong>de</strong> Esforço”<br />
.....................................................................................................<br />
Assinatura <strong>do</strong> Responsável<br />
Testemunha 1 : _______________________________________________<br />
Nome / RG / Telefone<br />
Testemunha 2 : ________________________________________________<br />
Responsável pelo Projeto:<br />
Nome / RG / Telefone<br />
PESQUISADORES RESPONSÁVEIS:<br />
NOME: Bruna Lorena Daura Hage Paraense<br />
Thayse Hage Gomes<br />
Telefone para contato: 3243-4915/ 3231-9054/ 81554456<br />
63
APÊNDICE C<br />
64
FICHA DE AVALIAÇÃO<br />
Nome: .................................................................................................................................<br />
En<strong>de</strong>reço:.............................................................................................................................<br />
Telefone: ............................................................. I<strong>da</strong><strong>de</strong>: ..............<br />
Escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> Civil<br />
( ) Analfabeta ( ) Solteira<br />
( ) Fun<strong>da</strong>mental ( ) Casa<strong>da</strong><br />
( ) Médio ( ) Outros<br />
( ) Superior<br />
Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Físicas:<br />
.......................................................................................................<br />
Tempo <strong>de</strong> treinamento (anos) e carga horária <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />
.........................................................................................<br />
Da<strong>do</strong>s Antropométricos<br />
Peso: ............................<br />
Altura: ........................<br />
IMC: ...........................<br />
1. Você possui vi<strong>da</strong> sexual ativa?<br />
( ) sim ( ) não<br />
2. Você é nulípara?<br />
( ) sim ( ) não<br />
3. Já realizou alguma cirurgia ginecológica?<br />
( ) sim ( ) não<br />
4. Em algum momento você per<strong>de</strong>u urina involuntariamente?<br />
( ) sim ( ) não<br />
2. Se você per<strong>de</strong> urina, há quanto tempo iniciou essa per<strong>da</strong>?<br />
r:<br />
3. Você tem prazer sexual?<br />
( ) sim ( ) não<br />
4. Sente <strong>do</strong>r na relação sexual?<br />
65
( ) sim ( ) não<br />
5. Você sabia que a “flaci<strong>de</strong>z” vaginal diminui o prazer sexual?<br />
r:<br />
6. Você sabia que existem exercícios para os músculos <strong>da</strong> vagina (assoalho pélvico) que<br />
favorecem o prazer sexual?<br />
r:<br />
7. Você sabia que existe fisioterapia para assoalho pélvico?<br />
r:<br />
8. Você realiza <strong>contração</strong> <strong>do</strong>s MAP?<br />
( ) SIM ( ) NÃO<br />
AFA (Avaliação <strong>da</strong> Força <strong>do</strong> Assoalho Pélvico)<br />
Distopias: ( ) ausente ( ) presente : ______________<br />
Grau: 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4<br />
Laceração Perineal : ( ) Presente ( ) ausente<br />
Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> a Palpação: ( ) Presente ( ) ausente<br />
Reflexo clitoriano: ( ) Presente ( ) ausente<br />
Contração Perineal; ( ) simétrica ( ) assimétrica<br />
Compreensão <strong>do</strong>s exercícios<br />
( ) ótima ( ) boa ( ) regular ( ) ruim<br />
Outras Informações:<br />
Biofeedback Eletromiográfico Fênix:<br />
____________________________________<br />
Avalia<strong>do</strong>r<br />
66
APÊNDICE D<br />
67
DECLARAÇÃO<br />
AUTORIZAÇÃO DA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA - CAFISIO<br />
Eu Ft. Nazete Araújo, proprietária <strong>da</strong> Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia (CAFISIO), autorizo o uso <strong>do</strong><br />
espaço <strong>da</strong> clínica (CAFISIO- Clínica <strong>de</strong> Fisioterapia) e <strong>do</strong> aparelho Biofeedback<br />
Eletromiográfico Fênix, para a realização <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso <strong>da</strong>s acadêmicas<br />
<strong>do</strong> 7º semestre <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> fisioterapia Bruna Lorena Daura Hage Paraense, para a avaliação<br />
<strong>de</strong> mulheres que farão parte <strong>da</strong> pesquisa intitula<strong>da</strong>: “Análise Comparativa <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Contração <strong>do</strong> Assoalho Pélvico com Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor e Reeducação com Cinesioterapia<br />
em Mulheres com Incontinência Urinária <strong>de</strong> Esforço” no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> junho a outubro <strong>de</strong> 2009,<br />
no turno matutino.<br />
_<br />
_<br />
68<br />
Belém, ____/____ /_________.<br />
Ft. Nazete Araújo
APÊNDICE E<br />
69
CRONOGRAMA FINANCEIRO<br />
Artigo Valor unitário Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Valor Total<br />
Analise Estatística R$ 350,00 1 R$ 350,00<br />
Cartuchos <strong>de</strong> tinta preto<br />
e branco para<br />
impressora<br />
Enca<strong>de</strong>rnação <strong>de</strong> capa<br />
dura<br />
R$ 70,00 3 R$ 210,00<br />
R$ 1 R$<br />
Enca<strong>de</strong>rnação simples R$ 1,50 3 R$ 4,50<br />
Resma <strong>de</strong> papel A4 R$ 30,00 2 R$ 60,00<br />
Ligações Telefônicas In<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> In<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> R$ 200,00<br />
Caixa <strong>de</strong> luva R$ 10,00 1 R$ 10,00<br />
Gel R$ 8,00 1 R$ 8,00<br />
Papel toalha R$ 2,00 2 R$ 4,00<br />
Xerox R$ 0,06 200 R$ 12,00<br />
Macas R$ 0,00 1 R$ 0,00<br />
Biofeedback<br />
Eletromiográfico Fênix<br />
R$ 0,00 1 R$ 0,00<br />
Educa<strong>do</strong>r Pelvic Floor R$ 120,00 1 R$ 120,00<br />
70
APÊNDICE F<br />
71
Mês/Ano NOV<br />
Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
I<strong>de</strong>alização<br />
<strong>do</strong> tema X<br />
Revisão <strong>de</strong><br />
2008<br />
DEZ<br />
2008<br />
JAN<br />
2009<br />
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES<br />
FEV<br />
2009<br />
MAR<br />
2009<br />
literatura X X X X X<br />
Ajuste <strong>do</strong><br />
tema X X X X<br />
Aprovação<br />
<strong>do</strong> CEP-<br />
ABR<br />
2009<br />
UNAMA X<br />
Realização<br />
MAI<br />
2009<br />
JUN<br />
2009<br />
JUL<br />
2009<br />
AGO<br />
2009<br />
SET<br />
2009<br />
<strong>da</strong> pesquisa X X X X X<br />
Coleta <strong>de</strong><br />
OUT<br />
2009<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s X X X X<br />
Análise <strong>do</strong>s<br />
resulta<strong>do</strong>s X<br />
Correção<br />
estatística X<br />
Re<strong>da</strong>ção <strong>do</strong><br />
trabalho X X X X X X<br />
Impressão e<br />
enca<strong>de</strong>rnação X<br />
72<br />
NOV<br />
Apresentação X<br />
2009<br />
DEZ<br />
2009
ANEXO A<br />
73