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04 04 04 Palavra de Vida Testemunho de Vida “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. (Mt 19,24) Chiara Lubich Essa frase o impressiona? Acho que você tem razão de ficar perplexo e de pensar no que é oportuno fazer. Jesus nunca falou só por falar. É necessário, pois, levar a sério essas palavras, sem querer tirar sua força e limitar seu alcance. Mas vamos tentar entender o verdadeiro significado delas, observando o próprio Jesus, o seu modo de se comportar com os ricos. Ele frequentou também pessoas abastadas. E disse a Zaqueu, que tinha dado apenas metade de seu bens: “Hoje a salvação entrou nesta casa” (Lc 19,9). Além disso, os Atos dos Apóstolos testemunham que, na Igreja Primitiva, a comunhão dos bens era livre e, assim, não se exigia dos cristãos a renúncia material de tudo aquilo que possuíam. Jesus não tinha, portanto, a intenção de fundar apenas uma comunidade de pessoas chamadas a segui-lo e que largam todos os seus bens. Afinal, o que é que Jesus condena? Certamente não os bens desta terra em si, mas o rico apegado a eles. E por quê? É evidente: porque tudo pertence a Deus, enquanto que o rico se comporta como se as riquezas fossem dele mesmo. O fato é que as riquezas ocupam facilmente o lugar de Deus no coração humano, ofuscam a vista e favorecem todo tipo de vício. Paulo, o Apóstolo, escrevia: “Pois os que querem enriquecer caem em muitas tentações e laços, em desejos insensatos e nocivos, que mergulham as pessoas na ruína e perdição. Na verdade, a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por se terem entregue a ele, alguns se desviaram da fé e se afligem com inúmeros sofrimentos” (1Tm 6,9-10). O próprio Platão já havia afirmado: “É impossível que um homem extraordinariamente bom RETÍFICA DE MOTORES SÃO PAULO ENCHIMENTO DE VIRABREQUIM BALANCEAMENTO COMPUTADORIZADO DIESEL, GASOLINA E ÁLCOOL Fone/Fax: (67) 3425-4012 / 3425-3204 seja ao mesmo tempo extraordinariamente rico.” Qual deve ser, então, a atitude de quem tem posses? É preciso que ele tenha o coração livre, totalmente aberto para Deus. Que ele se sinta administrador dos próprios bens e saiba que sobre eles, como disse João Paulo II, pesa uma “hipoteca social”. Uma vez que os bens desta terra não são um mal em si mesmos, convém não desprezá-los, mas usálos bem. Não é a mão, e sim, o coração que deve estar longe deles. Trata-se de saber utilizá-los para o bem dos outros. Ser rico só tem sentido em função dos outros. Mas talvez você diga: eu, de fato, não sou rico; portanto, essas palavras não me dizem respeito. Cuidado! A pergunta que os discípulos, consternados, fizeram a Cristo logo após a sua afirmação foi: “Quem, pois, poderá salvar-se?” (Mt 19,25). Isso indica claramente que aquelas palavras eram, de certo modo, dirigidas a todos. Mesmo alguém que deixou tudo para seguir a Cristo pode ter o coração apegado a mil e uma coisas. Até um pobre que esbraveja porque alguém se atreve a tocar em sua sacola pode ser um rico diante de Deus... Novembro/2009 Pe. Ruggero Ruvoletto, o missionário que deu a vida pela Amazônia São dezenas os sacerdotes que, todos os anos, por um motivo ou por outro, são assassinados no mundo. No Brasil, nestes últimos meses, a Igreja Católica perdeu três deles, vítimas da violência que assola o país. O primeiro foi um assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Pe. Gisley Gomes Azevedo, de 31 anos, assassinado por um grupo de jovens na noite do dia 15 de junho, em Brazlândia, cidade satélite de Brasília. Na manhã do dia 19 de setembro, foi a vez do Pe. Ruggero Ruvoletto, missionário italiano de 52 anos, cair sob o tiro certeiro de dois jovens, planejado nas rodas das “bocas-de-fumo” do crime organizado de um dos bairros mais violentos da periferia de Manaus. Por fim, na noite do dia 26 de setembro, a Diocese de Caçador, no Estado de Santa Catarina perdeu o Pe. Evaldo Martiol, de 33 anos, assassinado por um jovem de 21 anos e um adolescente de 15. Ambos, tio e sobrinho, respectivamente. Ao ser informado da morte do Pe. Ruggero, Sua Santidade o Papa Bento XVI, através de seu Secretário de Estado, o Cardeal Tarcísio Bertone, enviou o seguinte telegrama ao arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira: «O Sumo Pontífice deseja manifestar a Vossa Excelência e comunidade arquidiocesana a sua profunda solidariedade pela trágica morte do Pe. Ruggero Ruvoletto, juntamente com sua condenação por mais este ato de violência vil e cruel contra pacíficos servidores do Evangelho. Enquanto invoca o repouso eterno para alma da vítima, o Santo Padre se une espiritualmente a todos na oração, animando a confiarem no Pai Celeste, que não os abandonará. Suplicamos a força do alto para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer perdão e amor». O Pe. Ruggero chegou ao Brasil em julho de 2003, depois de ter exercido o serviço pastoral em sua pátria por 20 anos. Iniciou sua nova etapa de vida na Diocese de Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. Mas já no ano seguinte acolheu a proposta de se transferir para Manaus, passando a atuar numa das regiões mais pobres da cidade. Sua missão se dirigia sobretudo aos mais pobres. Visitava as famílias e ia ao encontro de suas necessidades. Sua presença simpática e acolhedora foi criando laços de amizade e comprometimento. Com uma prática litúrgica muito sensível e inculturada, fazia das celebrações eucarísticas momentos fortes de celebração da vida, das esperanças e do compromisso evangélico. Centro de Integração do Adolescente “Dom Alberto” Confecções em Geral, Malharia e Serigrafia Fone: (67) 3422-2642 / 3421-9274 e-mail: ceia.dou@terra.com.br NOVEMBRO.P65 4 03/11/2009, 09:15 Nas reflexões com os grupos nas comunidades ou nas famílias, embaixo das árvores ou nas áreas externas nas pequenas casas, estava sempre atento aos clamores e lamentos das pessoas. Suas palavras davam novo alento e fazia o povo voltar a ter esperança numa realidade marcada pela marginalidade e pela violência. No mês de agosto, depois de intensas reuniões e debates, os agentes de pastoral da comunidade, juntamente com o Pe. Ruggero, elaboraram uma carta-denúncia, que foi lida, rezada e reformulada nas várias celebrações comunitárias. Na carta estava contido o clamor do povo, que já não suportava tanta violência, resultado do tráfico de drogas na região. Com a carta-denúncia em mãos, o povo resolveu se pronunciar. Na manhã do dia 15 de agosto, as ruas do bairro foram tomadas pelos cantos e frases de protesto. Uma manifestação pacífica de centenas de pessoas, cobrando o exercício pleno da cidadania. Esse dia marca o fim do silêncio e do medo que amordaçava os moradores do bairro. Durante a caminhada, sob um sol de quase 40 graus, o Pe. Ruggero acompanhou tudo de forma muito discreta, distribuindo panfletos aos transeuntes e curiosos. Às pessoas que lhe pediam para se posicionar mais fortemente, respondeu: “Penso que é melhor eu não tomar a palavra. Vi algumas pessoas ligadas ao mundo das drogas, que vêm me ameaçando e me ‘aconselhando’ a deixar essas denúncias de lado. Contudo, eu garanto que não vou abandonar a luta, pois não é mais possível ficar calado diante de tanta violência e injustiça. Não aguento mais ouvir tantas mães desesperadas com seus filhos nas drogas sem poder fazer nada. Sei que é arriscado, mas não tenho medo”. Na manhã do dia 19 de setembro, quando se espalhou a notícia de sua morte, a comoção tomou conta de Manaus. Centenas de pessoas, durante todo o dia, se reuniram para organizar o local do velório, preparar os cartazes de despedida, ensaiar os cantos e o último adeus. Durante a noite de sábado e a manhã de domingo, as comunidades se revezaram para lhe prestar a última homenagem. Foram inúmeras as demonstrações de carinho e emoção junto ao caixão. Durante a celebração da missa, no momento do ofertório, num gesto que a todos comoveu, representantes das várias comunidades se aproximaram do caixão e, levantando-o, ofereceram o sacerdote a Deus. O Pe. Ruggero Ruvoletto é mais um mártir do Brasil. Oxalá que o seu sangue derramado regue o chão da Amazônia e produza muitos frutos de justiça! Bocchi Armazéns Gerais Ltda. - RESGATE 24H - Compra e Venda de Cereais - Prestação de Serviços Fone: (67) 3452-7112 bocchiarmazem@bocchi.com.br
Novembro/2009 Círculos Bíblicos para o mês de Novembro 1º Encontro - “Com os Santos subamos a montanha do Senhor”. PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia, velas, flores, a capa do Elo, imagens de seu santo de devoção e o nome dos falecidos. Os cantos ficam a critério do grupo. PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém da casa). Queremos dar as boas-vindas a todos, lembrando que comemoramos o dia de todos os Santos, no último domingo e dos nossos falecidos no dia dois. Nossa família se alegra com a presença de cada um. Sejam bem-vindos (as). ANIMADOR/A: O dia de todos os Santos e de finados é uma tradição muito antiga no cristianismo. Neste encontro celebrativo entre irmãos, que hoje realizamos – queremos trazer presentes estas realidades que a Igreja nos transmitiu desde os primeiros cristãos. O Evangelho vai falar das bem-aventuranças, observemos para nos encontrarmos nelas. Iniciemos este encontro fraterno em nome da Trindade: Pai, Filho e Espírito.... E cantemos: A nós descei divina luz... LEITOR/A 1: Pelo batismo, o Senhor nos santificou, confiando-nos o seu projeto. Celebrar a memória de todo os santos é olhar para a nossa caminhada de Igreja. LEITOR/A 2: Não basta contemplar o passado distante ou próximo e constatar que muitas pessoas entregaram suas vida por causa do Reino, devemos fazer as opções que nos comprometem com o Reino de hoje, pois delas depende a nossa felicidade. TODOS: Salvai-nos, Senhor, por intercessão de vossos santos e santas. LEITOR/A 3: A morte e ressurreição de Jesus, celebradas na Eucaristia, a memória dos mártires e dos nossos parentes falecidos, fortalece-nos no enfrentamento dos desafios da vida, a fim de que possamos permanecer de pé diante do Cordeiro . LEITOR/A 4: Celebrar a Eucaristia e a Palavra é lavarmos nossas roupas, alvejando-as no Sangue do Cordeiro, Jesus Cristo. TODOS: Salvai-nos, Senhor, por intercessão de vossos santos e santas. LEITOR/A 5: Esta semana em que comemoramos a Festa de todos os Santos e nossos irmãos que partiram para a eternidade é um tempo oportuno para uma revisão da caminhada na comunidade. LEITOR/A 6: Olhando para os que nos precederam, Santos e mártires, a nossa Pequena Comunidade é convidada a se questionar sobre o seu caminho de santidade. TODOS: Que vossas obras ó, Senhor, vos glorifiquem e os vossos santos com louvores vos bendigam. ANIMADOR/A: Meus irmãos e irmãs animemo-nos. Ressuscitamos com Cristo, busquemos, portanto, as realidades celestes, mas com os pés no chão. Tenhamos gosto pelas coisas do alto, pois Jesus proclama a felicidade dos que buscam a justiça, assim como dos que dela sentem necessidade como alimento vital e diário. LEITOR/A 7: Nas bem-aventuranças, Jesus fala dos pobres e dos pobres em espírito. São como aqueles que depositam sua confiança em Deus LEITOR/A 8: O pobre em espírito, como define o Evangelho, foi apresentado por uma mulher de uma Pequena Comunidade: “O pobre em espírito é como peixe no mar: tem toda água a sua disposição, mas não a guarda para si; deixaa para todos os peixes. TODOS: É assim a geração dos que procuram o Senhor, são pobres em espírito. ANIMADOR/A: O Evangelho de hoje vai demonstrar que os pobres do Reino são puros de coração porque não se apropriam da vida do próximo. Muitos de nós podemos não ter dinheiro, mas sendo cheios de auto-suficiência, não somos pobres de espírito. Pecamos neste momento que o Espírito do Senhor, faça-nos pobres de espírito para acolher a sua Palavra.. ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Mt 5, 1-12a Proclamar o Evangelho pausadamente. Se necessário, duas vezes. Fazer um instante de silêncio e pensar: somos pobres para acolher a Deus que nos chama à santidade? Motivar a partilha da mensagem. Concluir com a reflexão que segue se for preciso. Canto: a escolher... Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”. Todos somos chamados à vida de santidade. As bem-aventuranças são oito propostas, nas quais Jesus estabelece as condições indispensáveis para ingressarmos no reino messiânico. São propostas para sermos santos, essa é nossa vocação, a busca da santidade. Os destinatários são “as multidões”, quer dizer, todos. Elas são proclamadas na montanha, onde nos relembra o Livro do Êxodo: Moisés sobe a montanha e recebe de Deus o Decálogo. As bem-aventuranças primeira e oitava são uma síntese de todas as outras. A promessa e a constatação são idênticas, ao passo que as outras estão relacionadas com o futuro. Sabemos que não temos aqui na terra uma morada definitiva. Caminhamos para o amanhã de nossos dias e o nosso destino, nossa meta principal é Deus. Construímos nossa santidade no dia-a-dia, em nossas tarefas e no compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo. Nossa santidade não é somente questão de preces e orações. É Deus que nos santifica e nós devemos tornar nosso agir de tal maneira que corresponda à nossa dignidade de santificados por Deus. Os santos viveram nossa vida e hoje desfrutam a alegria de ver a Deus. São modelos para nós. Temos exemplo de um Francisco de Assis, de um Antônio Maria Claret, de uma Terezinha de Lisíeux e muitos outros. Nosso ideal de vida deve ser: “ser perfeitos como o Pai é perfeito”. PARA RELFETIR E PARTILHAR: O Senhor, através das bem-aventuranças nos chama à santidade. Precisamos estar atentos diante das nossas atitudes, para que não nos desviemos da nossa vocação à santidade. Como ser santo hoje? MOMENTO DE ORAÇÃO: ANIMADOR/A: Meus irmãos e irmãs, rezemos ao Senhor para que, pela intercessão de todos os Santos e Santas, que os acolheu na sua glória, faça-nos, já aqui, caminhar na sua vontade. Façamos as nossas preces. LEITOR/A 9: Deus, fonte de Santidade, que fizestes brilhar nos vossos Santos e Santas, as maravilhas da vossa graça, concedei-nos celebrar por sua intercessão a vossa bondade infinita. Rezemos ao Senhor. NOVEMBRO.P65 5 03/11/2009, 09:15 05 05 TODOS: Com os vossos Santos e Santas subamos a montanha do Senhor. LEITOR/A 10: Deus eterno, que por meio dos fiéis seguidores de Cristo nos estimulais a buscar vida futura, ensinai-nos a seguir, com os vossos Santos e Santas, o caminho das bem-aventuranças para chegar à pátria eterna. Rezemos LEITOR/A 11: É Deus que nos santifica, não basta somente nossas orações e preces. Peçamos a Deus que torne nosso agir de tal maneira que corresponda à nossa dignidade de santificados por Ele. Rezemos LEITOR/A 12: Por todas as pessoas, no mundo inteiro, que sofrem perseguições por causa da fé cristã, para que sejam sustentadas e fortalecidas pela Palavra do Senhor. Rezemos Outras preces que desejarem. ANIMADOR/A: “Bem-aventurados os que se orientam pelo Evangelho, buscam a paz, a partilha, ajudam os necessitados, não obstantes perseguições. Como nossa Pequena Comunidade vive esta proposta? BÊNÇÃO FINAL ANIMADOR/A: Que Deus nosso Pai, conceda-nos a bem-aventurança da justiça. TODOS: Amém! ANIMADOR/A: Que Deus Filho, Jesus Cristo, nosso irmão, conceda-nos a bem-aventurança da partilha. TODOS: Amém! ANIMADOR/A: Que Deus Espírito Santo de amor, conceda-nos a bem-aventurança da mansidão. TODOS: Amém! ANIMADOR/A: E o que o Senhor nos abençoe e nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! Combinar local, data e hora do próximo encontro. COLABORANDO COM AS PEQUENAS COMUNIDADES Durante o mês de novembro, visitar as famílias da quadra e comunidade próxima, que estão afastadas da caminhada e convidá-las para a novena de Natal. Se possível, agendar um econtro na casa dessas famílias. Dedicar especial atenção aos doentes.
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