16.04.2013 Views

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Os alunos dessa sala, após os devidos<br />

esclarecimentos feitos pela professora, resolveram<br />

transformar o que estudaram em dicas ecopráticas<br />

e publicar essas dicas ecopráticas no portal da<br />

escola. Para isso, redigiram um manual explicativo e<br />

digitaram esse manual explicativo, acrescentando<br />

ilustrações dos próprios colegas.<br />

A repetição dos termos, que estão em destaque no<br />

texto, pode ser evitada pelo emprego adequado dos<br />

pronomes.<br />

Assinale a alternativa em que isso ocorre.<br />

a) publicar-lhes ... o digitaram<br />

b) publicar-lhes ... lhe digitaram<br />

c) publicá-las ... o digitaram<br />

d) publicar-las ... lhe digitaram<br />

e) publicá-las ... digitaram-o<br />

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:<br />

1<br />

Eu troteava, nesse tempo. De uma feita que<br />

6 9<br />

viajava de escoteiro, com a guaiaca<br />

12 15<br />

empanzinada de onças de ouro, vim varar aqui<br />

neste mesmo passo, 24 por me ficar mais perto da<br />

estância onde 7 devia pousar. Parece que foi ontem!<br />

Era fevereiro; eu vinha 21 abombado da 18 troteada.<br />

2<br />

Olhe, ali, à sombra daquela mesma<br />

16<br />

reboleira de mato que está nos vendo, desencilhei;<br />

e estendido nos pelegos, a cabeça no lombilho, com<br />

o chapéu sobre os olhos, fiz uma 13 sesteada<br />

morruda.<br />

Despertando, ouvindo o ruído manso da<br />

água fresca rolando sobre o pedregulho, tive ganas<br />

de me banhar; até para quebrar a lombeira... E fuime<br />

à água que nem 22 capincho! 3 Depois, daquela<br />

19 10<br />

vereda andei como três léguas, chegando à<br />

estância cedo, obra assim de braça e meia de sol.<br />

4 25<br />

Ah! Esqueci de dizer-lhe que andava<br />

comigo um cachorrinho brasino, um cusco muito<br />

esperto e boa vigia. Era das crianças, mas às vezes<br />

26<br />

dava-lhe para acompanhar-me, e depois de sair<br />

da 11 porteira, nem por nada fazia 27 caravolta, a não<br />

ser comigo.<br />

Durante a troteada reparei que volta e meia<br />

o cusco parava na estrada e latia, e troteava sobre o<br />

17<br />

rastro - parecia que estava me chamando! Mas<br />

como eu não ia, ele tomava a alcançar-me, e logo<br />

recomeçava...<br />

Pois nem lhe conto! Quando botei o pé em<br />

terra na 20 estância e já 8 dava as boas tardes ao<br />

dono da casa, aguentei um tirão seco no coração...<br />

não senti o peso da guaiaca! Tinha perdido as<br />

trezentas onças de ouro.<br />

E logo passou-­‐me pelosolhos um darão de<br />

cegar, depois uns 14 coriscos... depois tudo ficou<br />

cinzento... 29 De meio assombrado me fui repondo<br />

quando ouvi que indagavam:<br />

- Então, patrício? Está doente?<br />

- 5 Não senhor, não é doença; é que<br />

sucedeu-me uma 28 desgraça; perdi uma dinheirama<br />

do meu patrão...<br />

23<br />

- A la fresca!<br />

- É verdade... antes morresse que isso!<br />

Nisto o cusco brasino deu uns pulos ao<br />

focinho do cavalo, como querendo lambê-lo, e logo<br />

correu para a estrada, aos latidos. E olhava-me, e<br />

vinha e ia, e tornava a latir...<br />

Adaptado de Simões Lopes Neto. Trezentas onças.<br />

In: BETANCUR, P. (Org.). Obra completa de<br />

Simões Lopes Neto. Porto Alegre: Sulina, 2003. p.<br />

307-308.<br />

4. (Ufrgs 2010) Considere as seguintes propostas<br />

de substituição de pronomes átonos em segmentos<br />

1 - por me ficar mais perto (ref. 24) - por ficar mais<br />

perto para eu<br />

2 - dizer-lhe (ref. 25) - dizer para o senhor<br />

3 - dava-lhe (ref. 26) - dava a ele<br />

Quais são gramaticalmente corretas e<br />

contextualmente adequadas?<br />

a) Apenas 1.<br />

b) Apenas 2.<br />

c) Apenas 3.<br />

d) Apenas 1 e 2.<br />

e) 1, 2 e 3.<br />

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:<br />

O ENFERMEIRO<br />

1 Resmungou ainda muito tempo. Às onze<br />

horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia,<br />

saquei um livro do bolso, um velho romance de<br />

d'Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lêlo,<br />

no mesmo quarto, a pequena distância da cama;<br />

tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o<br />

remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de<br />

chegar ao fim da segunda página adormeci<br />

também. Acordei aos gritos do coronel, e levanteime<br />

estremunhado. Ele, que parecia delirar,<br />

continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar<br />

mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não<br />

tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na<br />

face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada;<br />

atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço,<br />

lutamos, e esganei-o.<br />

2 Quando percebi que o doente expirava,<br />

recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me<br />

ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida,<br />

era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel<br />

morreu. Passei à sala contígua, e durante duas<br />

horas não ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo<br />

dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era<br />

um atordoamento, um delírio vago e estúpido.<br />

Parecia-me que as paredes tinham vultos; escutava<br />

umas vozes surdas. Os gritos da vítima, antes da<br />

luta e durante a luta, continuavam a repercutir<br />

dentro de mim, e o ar, para onde quer que me<br />

voltasse, aparecia recortado de convulsões. Não<br />

creia que esteja fazendo imagens nem estilo; digolhe<br />

que eu ouvia distintamente umas vozes que me<br />

bradavam: assassino! assassino!<br />

(...)<br />

3 Antes do alvorecer curei a contusão da<br />

face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas<br />

vezes, mas era preciso e entrei; ainda assim, não<br />

cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas, o<br />

coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas<br />

era confessar o crime, e, ao contrário, urgia fazer<br />

desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o<br />

cadáver, com os olhos arregalados e a boca aberta,<br />

como deixando passar a eterna palavra dos<br />

séculos: "Caim, que fizeste de teu irmão?" Vi no

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!