Relatório de Prospeções - DRAP Centro
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Direção Regional <strong>de</strong> Agricultura e Pescas do <strong>Centro</strong><br />
Direção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Agroalimentar, Rural e Licenciamento<br />
Divisão <strong>de</strong> Apoio à Agricultura e Pescas<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Prospeção <strong>de</strong><br />
Organismos <strong>de</strong> Quarentena / INFINET - 2012
Direção Regional <strong>de</strong> Agricultura e Pescas do <strong>Centro</strong><br />
Direção <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Desenvolvimento Agro-Alimentar<br />
Rural e Licenciamento<br />
Divisão <strong>de</strong> Apoio à Agricultura e Pescas<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Prospeção <strong>de</strong><br />
Organismos <strong>de</strong> Quarentena / INFINET - 2012<br />
Ana Maria Manteigas<br />
Colaboraram nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prospeção: Anabela Andra<strong>de</strong>, Bárbara Abrunhosa, Fernanda<br />
Franca, Fernando Carranca, Isabel Magalhães, Joaquim Almeida, Jorge Sofia, José Carlos<br />
Oliveira, José Eduardo Roque, Licínio Henriques, Madalena Neves, Manuel Salazar, Maria<br />
Helena Cortês, Marta Caetano, Paula Moço, Vanda Batista.<br />
<strong>de</strong>zembro 2012<br />
2
INTRODUÇÃO<br />
INDICE<br />
I – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Anoplophora chinensis 6<br />
II – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Bemisia tabaci 10<br />
III – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Diabrotica virgifera virgifera 14<br />
IV – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Dryocosmus kuryphilus 20<br />
V – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Diaphorina citri e Triosa erytrea 24<br />
VI – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Erwinia amylovora 29<br />
VII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Flavescência dourada 35<br />
VIII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Scaphoi<strong>de</strong>us titanus 39<br />
IX – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Pepino mosaic potexvirus 44<br />
X – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Phythophthora ramorum 47<br />
X I – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Ralstonia solanacearum 51<br />
XII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Rhynchophorus ferrugineus 55<br />
XIII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Thrips palmi 61<br />
XIV - PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Toxoptera citricidus 65<br />
Pág.<br />
3
INTRODUÇÃO<br />
O sistema <strong>de</strong> controlo conforme consta do Plano Nacional <strong>de</strong> Controlo Plurianual Integrado (PNCPI), tem<br />
como objetivo zelar pela <strong>de</strong>fesa fitossanitária do território nacional e comunitário, mediante o controlo da<br />
aplicação das medidas <strong>de</strong> proteção fitossanitárias com vista a impedir a introdução, estabelecimento e<br />
dispersão <strong>de</strong> organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais.<br />
A prospeção tem como objetivo manter a região protegida em relação aos organismos nocivos das<br />
culturas, ou seja <strong>de</strong>tetar precocemente o organismo prejudicial e no caso <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tetada a sua presença,<br />
serem criados mecanismos que conduzam ao controlo e erradicação do mesmo.<br />
O reconhecimento <strong>de</strong> uma zona protegida implica a implementação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> prospecção com<br />
o objectivo <strong>de</strong> confirmar que um organismo prejudicial não é endémico nem se encontra estabelecido<br />
numa dada região.<br />
A Direção Geral <strong>de</strong> Alimentação e Veterinária (DGAV) é a entida<strong>de</strong> nacional que <strong>de</strong>fine, elabora e<br />
coor<strong>de</strong>na a aplicação do programa nacional <strong>de</strong> prospeção. A aplicação <strong>de</strong>stas medidas na região centro é<br />
executada pelo corpo <strong>de</strong> inspetores fitossanitários existente na <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong>, qualificados pela DGAV e<br />
que executam os controlos oficiais na vertente agrícola, em toda a área <strong>de</strong> jurisdição da <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong>.<br />
A aplicação do regime fitossanitário está assente na seguinte legislação:<br />
Decreto – Lei nº 154/2005 - Actualiza o regime fitossanitário que cria e <strong>de</strong>fine as medidas <strong>de</strong><br />
protecção fitossanitária <strong>de</strong>stinadas a evitar a introdução e dispersão no território nacional e<br />
comunitário, incluindo nas zonas protegidas, <strong>de</strong> organismos prejudiciais aos vegetais e produtos<br />
vegetais qualquer que seja a sua origem ou proveniência, transpondo para a or<strong>de</strong>m jurídica<br />
interna as Directivas 2002/89/CE, do Conselho, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Novembro, 2004/102/CE, da Comissão,<br />
<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Outubro, 2004/103/CE, da Comissão, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Outubro, 2004/105/CE, da Comissão, <strong>de</strong> 15<br />
<strong>de</strong> Outubro, 2005/15/CE, do Conselho, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Fevereiro, 2005/16/CE, da Comissão, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong><br />
Março, 2005/17/CE, da Comissão, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Março, e 2005/18/CE, da Comissão, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Março.<br />
4
Programa Informático INFINET<br />
As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prospeção têm um sistema informático próprio para registo <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong>signado INFINET<br />
e que é uma aplicação informática que tem como objetivo a gestão <strong>de</strong> diversos formulários e fichas<br />
utilizados pelos Serviços Oficiais <strong>de</strong> Inspeção Fitossanitária.<br />
Des<strong>de</strong> que esteja disponível uma ligação à Internet a informação existente e registada nas diferentes<br />
aplicações regionais é enviada para o programa central existente na DGAV que a partir daqui organiza e<br />
cataloga toda a informação disponibilizada para posterior comunicação <strong>de</strong> dados à Comissão Europeia.<br />
No sistema informático INFINET, as fichas po<strong>de</strong>m ser preenchidas conforme diferentes situações:<br />
a) 1 Local – 1 Hospe<strong>de</strong>iro – 1 Ponto <strong>de</strong> Prospeção – 1 observação ao local→ 1 Ficha<br />
b) Mesmo local /diferentes Pontos <strong>de</strong> Prospeção → várias Fichas com nºs diferentes<br />
c) 1 Local – 1 Hospe<strong>de</strong>iro - 1 Ponto <strong>de</strong> Prospeção – diversas observações ao local→ 1 Ficha com<br />
diferentes datas <strong>de</strong> observação<br />
Planeamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prospeção<br />
A programação anual a nível nacional é proposta pela Direção Geral <strong>de</strong> Alimentação e Veterinária (DGAV)<br />
para as diferentes <strong>DRAP</strong>.<br />
A DGAV, com o objetivo <strong>de</strong> harmonizar a codificação e numeração <strong>de</strong> amostras, estabeleceu no âmbito<br />
dos programas <strong>de</strong> prospeção para todas as <strong>DRAP</strong>, o mesmo código <strong>de</strong> procedimento na referência e<br />
natureza da amostra, sendo numeradas sequencialmente do seguinte modo: 000/OQ/#/IT/XX<br />
000 OQ # IT XX<br />
Numeração<br />
sequencial<br />
(001 a 999)<br />
Base da legislação fitossanitária: Dec.- Lei 154/2005 <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> setembro<br />
Iniciais do<br />
organismo <strong>de</strong><br />
quarentena<br />
Nº <strong>de</strong> código da<br />
<strong>DRAP</strong><br />
Iniciais do Técnico Terminação do<br />
ano <strong>de</strong> exercício<br />
Definiu-se também ponto <strong>de</strong> prospeção como correspon<strong>de</strong>nte a uma espécie hospe<strong>de</strong>ira, um lote<br />
homogéneo ou uma parcela.<br />
Na execução do programa <strong>de</strong> prospeção da região centro, participaram os 13 inspetores afetos à <strong>DRAP</strong><br />
<strong>Centro</strong>, colaborando também os técnicos das Estações <strong>de</strong> Avisos Agrícolas.<br />
Segue-se o relatório referente apenas às prospeções que se encontram registadas no sistema INFINET e<br />
cujos dados foram introduzidos pelos inspetores e técnicos até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, neste programa<br />
informático.<br />
5
1 – Organismo a prospetar<br />
2 - Legislação aplicável<br />
I – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Anoplophora chinensis<br />
Coleoptero da família Cerambycidae<br />
Anoplophora chinensis<br />
Decisão da Comissão nº 2008/840/CE<br />
Organismo <strong>de</strong> quarentena na União Europeia<br />
Faz parte do anexo I Parte A Secção I da Directiva 2000/29/CE e suas alterações<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
No período <strong>de</strong> Maio a Outubro, mas principalmente nos meses <strong>de</strong> Julho e Agosto<br />
4- Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Vegetais <strong>de</strong>stinados à plantação, excepto sementes, dos seguintes géneros e espécies: Acer spp., Aesculus<br />
hippocastanum, Alnus spp., Bétula spp., Carpinus spp., Citrus spp., Corylus spp., Cotoneaster spp., Fagus<br />
spp., Lagerstroemia spp., Malus spp., Platanus spp., Populus spp., Prunus spp., Pyrus spp., Salix spp. e<br />
Ulmus spp<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Viveiros - Locais públicos - Locais privados - Povoamentos florestais -<br />
Pomares – <strong>Centro</strong>s <strong>de</strong> Jardinagem (observação especial a Bonsais)<br />
6 – Sintomas<br />
Galerias sob a casca e na ma<strong>de</strong>ira da parte inferior do tronco ou na raiz, provocadas pela larva durante a<br />
sua alimentação. Orifício <strong>de</strong> saída dos adultos, <strong>de</strong> forma circular e com diâmetros entre 1,5 e 2 cm,<br />
situados na raiz ou na parte inferior do tronco e junto aos quais po<strong>de</strong> existir serradura ou polpa <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira. (Fig.2)<br />
Morte dos ramos, orifícios e saída <strong>de</strong> adultos<br />
Fig.1: Inseto adulto Anoplophora chinensis<br />
Fig.2: Sintomas do ataque da praga<br />
6
7 – INFINET<br />
No sistema informático INFINET o registo das fichas <strong>de</strong> campo referente à prospeção Anoplophora<br />
chinensis <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r a uma ficha preenchida por hospe<strong>de</strong>iro no local, e se existirem diferentes<br />
datas <strong>de</strong> observação <strong>de</strong>vem ser registadas na mesma ficha.<br />
8 – Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado para a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> a realização <strong>de</strong> 40 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à<br />
prospeção do organismo <strong>de</strong> quarentena Anoplophora chinensis, distribuídos do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº <strong>de</strong><br />
Pontos <strong>de</strong><br />
Prospeção<br />
Propostos<br />
5 5 5 5 5 5 5 5<br />
9 – Metodologia<br />
Observação visual dos hospe<strong>de</strong>iros e sempre que necessário, enviar para a DGAV insetos adultos<br />
suspeitos para i<strong>de</strong>ntificação.<br />
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012, registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Anoplophora chinensis<br />
7
Distribuição/Concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção - Anoplophora chinensis<br />
Execução (%) da prospeção Anoplophora chinensis<br />
8
Distribuição por Freguesia do nº <strong>de</strong> Pontos <strong>de</strong> Prospeção e nº <strong>de</strong> Observações realizadas<br />
Resultados das observações da prospeção Anoplophora chinensis<br />
Distrito Concelho<br />
Freguesia<br />
Hospe<strong>de</strong>iro Resultado<br />
Prospetada Observado<br />
Coimbra Figueira da Foz Tavare<strong>de</strong> Acer Negativo<br />
Mira Mira<br />
Seixo P1<br />
Seixo P2<br />
Alnus<br />
Acer<br />
Acer<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Soure Soure Acer Negativo<br />
Guarda Almeida Vale <strong>de</strong> Coelha Malus Negativo<br />
Castelo<br />
Branco<br />
Gouveia Nabais Pyrus Negativo<br />
Meda Vale FlorP1<br />
Vale Flor P2<br />
Vale Flor P3<br />
Ranhados P1<br />
Celorico da<br />
Beira<br />
Celorico P1<br />
(S. Pedro) P2<br />
Mesquitela<br />
Guarda Vela P1<br />
Vela P2<br />
Vela P3<br />
Vela P4<br />
Vela P5<br />
Porto da Carne P1<br />
Pyrus<br />
Malus<br />
Prunus<br />
Malus<br />
Malus<br />
Pyrus<br />
Malus<br />
Pyrus<br />
Malus<br />
Prunus<br />
Malus<br />
Pyrus<br />
Acer<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Fundão Alcaria Acer Negativo<br />
Belmonte Belmonte Acer Negativo<br />
Covilhã Al<strong>de</strong>ia do Souto<br />
C. S Pedro<br />
Acer<br />
Acer<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
9
11- Conclusões<br />
A praga Anoplophora chinensis foi prospetada em 11 concelhos, 16 freguesias, registadas 24 fichas no<br />
sistema informático INFINET e realizadas 24 observações.<br />
O resultado da amostragem foi negativo, nas observações realizadas não se <strong>de</strong>tetaram adultos nem<br />
sintomas da praga.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
2 - Legislação aplicável<br />
II - PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Bemisia tabaci<br />
Homoptera Aleyrodidae<br />
Bemisia tabaci Gennadius<br />
Nome comum: Mosca branca<br />
Directiva 77/93/CEE<br />
Portaria nº 344/94 <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Junho<br />
Fig. 1: Inseto adulto Bemisia tabaci<br />
Regulamento (CE) nº 690/2008<br />
Decreto-lei nº 154/2005 e alterações – Anexo IB e Regulamento (CE) nº690/2008<br />
ZP – Portugal (Norte, <strong>Centro</strong>, Açores, Ma<strong>de</strong>ira)<br />
Este organismo faz parte das seguintes listas <strong>de</strong> quarentena:<br />
Anexo I A I (populações <strong>de</strong> Bemisia tabaci não europeias)<br />
Anexo I B (populações europeias) – zonas protegidas: DK, IRL, P, UK<br />
Anexo IV B (em plantas <strong>de</strong> Begónia spp e Euphorbia pulcherrima)<br />
Lista A2 OEPP (nº 178)<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Maio / Junho / Julho (duas a três vezes por ano abrangendo o período Primavera-Verão)<br />
4- Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
A lista abrange várias famílias botânicas tais como: Compostas, Convolvuláceas, Crucíferas, Cucurbitáceas,<br />
Euforbiáceas, Leguminosas, Malváceas, Solanáceas, das quais salientamos das espécies ornamentais os<br />
hibiscus, begonia, poinsetia, gerbera e das hortícolas, tomate, pimento, pepino, feijão e beringela.<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
O tipo <strong>de</strong> local <strong>de</strong>ve ser preferencialmente direcionado para estufas <strong>de</strong> produção e lotes <strong>de</strong><br />
comercialização, embora se possa fazer a sua prospeção ao ar livre, é mais comum realizar-se a sua<br />
prospecção em culturas e viveiros sob abrigo.<br />
6 – Sintomas<br />
As folhas <strong>de</strong> plantas atacadas apresentam manchas cloróticas que po<strong>de</strong>m cobrir-se <strong>de</strong> melada e <strong>de</strong><br />
fumagina. Um amarelecimento e mosaicos foliares ou um amarelecimento das nervuras po<strong>de</strong>m indicar a<br />
presença <strong>de</strong> vírus transmitidos pelo aleirodí<strong>de</strong>o e reações <strong>de</strong> fitotoxicida<strong>de</strong> como um branqueamento<br />
marcado das folhas da curgete e do melão traduz infestação pelo biótipo B <strong>de</strong> B. tabaci. Em infestações<br />
importantes a <strong>de</strong>teção faz-se pela presença dos adultos que levantam voo assim que se agita uma planta<br />
infestada e que rapidamente pousam. Na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sta espécie, o problema que geralmente se põe<br />
é distingui-la da outra espécie <strong>de</strong> aleirodí<strong>de</strong>o, Trialeuro<strong>de</strong>s vaporarium Westwood, também conhecido<br />
por mosca branca das estufas.<br />
10
7 – INFINET<br />
O registo no sistema informático referente à prospeção Bemisia tabaci <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r a uma ficha<br />
por hospe<strong>de</strong>iro no local, com diferentes datas <strong>de</strong> observação registadas na mesma ficha.<br />
Indicação do nº da armadilha em “Referência e natureza” da amostra.<br />
As amostras <strong>de</strong>vem ser registadas já referenciadas com o código normalizado.<br />
8 – Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual elaborado pela DGAV é apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 30 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Bemisia tabaci e que foram distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Prospeção<br />
Propostos<br />
5 5 8 0 5 5 2 2<br />
Nota: O nº <strong>de</strong> amostras é variável consoante a mudança <strong>de</strong> armadilhas.<br />
9 -Metodologia<br />
O documento CPA/D-1, PPA (ID) 43-94 (DGPC) <strong>de</strong>fine a metodologia a seguir na prospecção da mosca branca<br />
Bemisia tabaci.<br />
Documento CPA/D-1, PPA (ID) – 17/93 (DGPC)<br />
Documento CPA/D-1, PPA (ID) – 43/94<br />
Esta metodologia <strong>de</strong> análise assenta basicamente em três componentes:<br />
Detecção <strong>de</strong> adultos em placas cromotrópicas<br />
Colocar placas cromotropica amarela em pontos a<strong>de</strong>quados<br />
Detecção <strong>de</strong> adultos por observação directa<br />
Capturar adultos eventualmente existentes por meio <strong>de</strong> um aspirador <strong>de</strong> boca<br />
Detecção <strong>de</strong> larvas por amostragem <strong>de</strong> folhas<br />
Consi<strong>de</strong>rar as duas diagonais da estufa, seleccionar ao acaso uma planta em cada vinte e examinar a<br />
página inferior <strong>de</strong> duas folhas do nível superior e uma folha do nível médio<br />
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 e registada no programa informático INFINET.<br />
11
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Bemisia tabaci<br />
Distribuição/Concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção – Bemisia tabaci<br />
12
Execução (%) da prospeção Bemisia tabaci<br />
Distribuição por freguesia dos pontos <strong>de</strong> prospeção e observações realizadas<br />
13
Distrito<br />
Resultados das observações <strong>de</strong> Prospecção <strong>de</strong> Bemisia tabaci<br />
Concelho<br />
Freguesia<br />
Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Resultado<br />
Castelo Castelo Branco Lardosa P1 Hibiscus Negativo<br />
Branco<br />
Lardosa P2 Euphorbia Negativo<br />
Proença Nova Proença Nova Gerberas Negativo<br />
Belmonte Caria Licopersicum Negativo<br />
Figueira Maiorca Solanum Negativo<br />
da<br />
melongena<br />
Foz<br />
Moinhos Solanum Negativo<br />
Coimbra<br />
Gândara melongena<br />
Tavare<strong>de</strong> Lantana camara Negativo<br />
Coimbra S. Martinho do Gerbera P1 Negativo<br />
Bispo<br />
Diversos P2 Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Cadima Licopersicum Negativo<br />
Mira Seixo Lantana camara Negativo<br />
Miranda do Semi<strong>de</strong>P1 Gerbera Negativo<br />
Corvo<br />
Semi<strong>de</strong> P2 Diversas Negativo<br />
Semi<strong>de</strong> P3 Licopersicum Negativo<br />
Lousã Casal Ermio Diversas Negativo<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Sto. André P1 Hibiscus Negativo<br />
Poiares Sto André P2 Gerbera Negativo<br />
Leiria Leiria Monte Redondo Hortícolas Negativo<br />
Ortigosa Ornamentais Negativo<br />
Porto <strong>de</strong> Mós Pedreiras Ornamentais Negativo<br />
Viseu Viseu São José Licopersicum Negativo<br />
S. Pedro do Sul Várzea Gerbera Negativo<br />
11 – Conclusões<br />
A praga Bemisia tabaci foi prospetada em 14 concelhos, 17 freguesias, foram registadas no INFINET 26<br />
fichas <strong>de</strong> campo, realizadas 57 observações e amostradas 77 placas cromotrópicas.<br />
A prospeção incidiu principalmente em centros <strong>de</strong> jardinagem e estufas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />
hortícolas.<br />
Na observação das placas cromotrópicas amarelas não se i<strong>de</strong>ntificaram adultos <strong>de</strong> mosca branca<br />
Bemisia tabaci.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
III - PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Diabrotica virgifera virgifera<br />
Diabrotica virgifera subsp. virgifera<br />
Inseto Coleóptero, Chrysomelidae, Galerucinae<br />
Coleóptero <strong>de</strong> cor amarela acastanhada, cabeça preta com longas antenas filiformes e élitros com bandas<br />
pretas longitudinais (Fig.1) (Fig.2). O comprimento varia entre 5 a 7 mm.<br />
14
Esta prospecção tem como objectivo a <strong>de</strong>tecção atempada <strong>de</strong> Diabrotica virgifera, um insecto coleóptero<br />
Chrysomelidae, para tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> protecção fitossanitária ten<strong>de</strong>ntes a evitar a sua dispersão, pois<br />
causa graves prejuízos na cultura do milho.<br />
2 – Legislação aplicavel<br />
Decisão da Comissão 2003/733/CE - Decisão nº 2003/766/EC e alterações<br />
Decisão nº 2006/564/CE - Decisão nº 2008/644/CE<br />
O organismo Diabrotica virgifera faz parte da lista <strong>de</strong> quarentena<br />
Anexo I A I - Lista A2 da OEPP (nº 199)<br />
3 – Época <strong>de</strong> Prospeção<br />
Agosto a Outubro<br />
4 – Hospe<strong>de</strong>iros<br />
Milho (Zea mays)<br />
D. virgifera ataca essencialmente o milho,no entanto as larvas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver-se ocasionalmente<br />
noutras plantas da família das Poáceas. Os adultos po<strong>de</strong>m alimentar-se ocasionalmente <strong>de</strong> plantas das<br />
famílias Poáceas, Asteráceas, Fabáceas e Cucurbitáceas (OEPP/EPPO 2004).<br />
5 - Local <strong>de</strong> Prospeção<br />
Campos produtores <strong>de</strong> milho - Terminais <strong>de</strong> contentores -Entrepostos comerciais -Zonas portuárias -<br />
Aeroportos internacionais - Áreas <strong>de</strong> serviço (proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eixos rodoviários)<br />
6 – Sintomas<br />
Fig.1: Diabrotica virgifera (Macho) Fig.2: Diabrotica virgifera (Fêmea)<br />
Queda das plantas por falta <strong>de</strong> suporte radicular, <strong>de</strong>senvolvimento lento das plantas e folhas cloróticas.<br />
Os estragos são causados pela alimentação das larvas que roem as raízes e escavam galerias afectando a<br />
nutrição e o suporte da planta <strong>de</strong> milho.<br />
Populações larvares muito <strong>de</strong>nsas po<strong>de</strong>m provocar a acama dos pés <strong>de</strong> milho, por falta <strong>de</strong> suporte<br />
radicular, sobretudo em zonas ventosas ou em solos encharcados. As plantas que recuperam endireitamse<br />
e tomam uma forma característica em “pescoço <strong>de</strong> cisne” (Fig.3).<br />
Fig.3 – Milho atacado por Diabrotica virgifera apresentando forma característica “pescoço <strong>de</strong> cisne”<br />
15
Colheita <strong>de</strong> amostras no ponto <strong>de</strong> prospeção:<br />
As armadilhas com feromonas são muito eficientes para <strong>de</strong>tetar os adultos Devem ser colocadas em<br />
pontos <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> mercadorias, aeroportos, portos e entrepostos. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> insetos adultos<br />
suspeitos <strong>de</strong>verá ser feita com o recurso à ficha <strong>de</strong> diagnóstico da OEPP para D. virgifera. As armadilhas<br />
do tipo PAL Csalomon (com feromona sexual) atraem selectivamente os machos <strong>de</strong> D.virgifera e são<br />
constituídas por uma cápsula difusora <strong>de</strong> feromona <strong>de</strong> síntese e por uma placa transparente com cola<br />
(Fig. 4).<br />
7 - INFINET<br />
O registo no sistema informático da prospeção Diabrotica virgifera correspon<strong>de</strong> no INFINET, a preencher<br />
uma ficha por cada local com as diferentes datas <strong>de</strong> prospeção conforme o nº <strong>de</strong> idas ao local (colocação,<br />
observações e levantamento da armadilha)<br />
Indicação do nº da armadilha em “Referência e natureza” da amostra com a nova codificação.<br />
8 – Programação<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 30 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Diabrotica virgifera, distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Prospeção<br />
Propostos<br />
4 6 4 6 3 2 5 2<br />
9 -Metodologia<br />
Fig.4- Armadilha sexual transparente com feromona para captura <strong>de</strong> adultos da Diabrotica virgifera<br />
A metodologia seguida tem por base o documento DGPC-DSF, PPA (IF) – 01/2003<br />
O programa consiste na colocação <strong>de</strong> armadilhas com feromonas sexuais nas principais vias <strong>de</strong> transporte e<br />
sempre que possível junto a campos <strong>de</strong> milho.<br />
16
As armadilhas são observadas semanalmente durante os meses <strong>de</strong> Julho a Setembro, período em que se verifica<br />
a eclosão dos adultos.<br />
As armadilhas utilizadas são transparentes, impregnadas <strong>de</strong> cola, com uma cápsula <strong>de</strong> feromona.<br />
Não se <strong>de</strong>vem usar armadilhas tipo <strong>de</strong>lta porque está provado que não são eficazes.<br />
A duração das feromonas é <strong>de</strong> 6 semanas. Ao fim <strong>de</strong>ste período, as armadilhas são retiradas, colocadas e<br />
envolvidas em filme transparente, o que permite um melhor manuseamento para posterior observação.A<br />
observação das armadilhas é feita com um intervalo <strong>de</strong> 2 a 3 semanas, à lupa binocular, assinalando-se com um<br />
marcador os insectos suspeitos, para posterior i<strong>de</strong>ntificação por um laboratório competente. Se for necessário<br />
isolar os insectos, po<strong>de</strong>-se recortar o pedaço da placa on<strong>de</strong> se encontram os insectos, sem <strong>de</strong>scolar a película <strong>de</strong><br />
plástico, e colocar o pedaço da placa numa placa <strong>de</strong> petri com um pouco <strong>de</strong> benzina, com os insectos virados<br />
para baixo, para se irem soltando com o líquido. Com uma agulha, transferir os insectos para papel <strong>de</strong> filtro e<br />
<strong>de</strong>pois para álcool a 70 o .<br />
Na observação dos adultos as antenas são muito importantes na i<strong>de</strong>ntificação porque nesta espécie têm sempre<br />
11 artículos.<br />
A monitorização <strong>de</strong>ste inseto <strong>de</strong>verá incidir em todas as zonas produtoras <strong>de</strong> milho, preferencialmente<br />
localizadas próximo <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> risco.<br />
10 - Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Diabrotica virgifera<br />
17
Distribuição / Concelho dos pontos <strong>de</strong> prospeção – Diabrotica virgifera<br />
Execução (%) da prospeção Diabrotica virgifera<br />
18
Distribuição por freguesia dos pontos <strong>de</strong> prospeção e observações realizadas<br />
Distrito<br />
Castelo<br />
Branco<br />
Coimbra<br />
Concelho<br />
Resultados da prospeção Diabrotica virgifera<br />
Idanha -Nova<br />
Vila Velha <strong>de</strong><br />
Rodão<br />
Freguesia<br />
Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Resultado<br />
Ladoeiro Milho (Zea mays) Negativo<br />
Monfortinho Milho (Zea mays) Negativo<br />
Idanha- a -Nova Milho (Zea mays) Negativo<br />
Perais Milho (Zea mays) Negativo<br />
Covilhã Orjais Milho (Zea mays) Negativo<br />
C S Pedro Milho (Zea mays) Negativo<br />
Montemor Carapinheira Milho (Zea mays) Negativo<br />
Velho<br />
Tentugal Milho (Zea mays) Negativo<br />
Mira Seixo Milho (Zea mays) Negativo<br />
Figueira<br />
da Foz<br />
S. Julião Milho (Zea mays) Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Tocha Milho (Zea mays) Negativo<br />
Guarda Guarda Arrifana Milho (Zea mays) Negativo<br />
Almeida Vilar Formoso Milho (Zea mays) Negativo<br />
Celorico da Beira Casas Soeiro Milho (Zea mays) Negativo<br />
Leiria Leiria Leiria<br />
Ortigosa<br />
Pousos<br />
Viseu Viseu São José<br />
Milho Negativo<br />
Milho (Zea mays) Negativo<br />
Rio Loba Milho (Zea mays) Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Canas Santa Maria Milho (Zea mays) Negativo<br />
19
11 – Conclusões<br />
A praga Diabrotica virgifera foi prospetada em 13 concelhos, 20 freguesias, registadas 24 fichas <strong>de</strong> campo no<br />
INFINET e realizadas 36 observações.<br />
As observações realizadas e as amostras analisadas <strong>de</strong>ram resultados negativos.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
IV – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Dryocosmus kuriphilus<br />
Insecto Himenoptero da família Cynipidae<br />
Dryocosmus kuriphilus<br />
Nome vulgar: vespa das galhas do castanheiro<br />
O inseto tem apenas uma geração anual. (Fig.1)<br />
As larvas passam o Inverno nos gomos e provocam a formação <strong>de</strong> galhas na Primavera.<br />
Antes da formação das galhas não existe qualquer sintoma exterior <strong>de</strong>tetável por simples observação<br />
visual.<br />
As galhas são <strong>de</strong> cor ver<strong>de</strong> clara ou rosada, apresentando um diâmetro <strong>de</strong> 5 a 40mm.<br />
Após a emergência dos adultos (Junho-Julho), as galhas secam e tornam-se lenhosas, po<strong>de</strong>ndo manter-se<br />
2 ou mais anos na árvore; as folhas do ano anterior ficam nos ramos em vez <strong>de</strong> cair no Outono. A<br />
presença <strong>de</strong>stas galhas é um importante meio <strong>de</strong> diagnóstico, na medida em que não existem outros<br />
insetos que produzam este tipo <strong>de</strong> galhas no castanheiro.<br />
Na união Europeia a praga Dryocosmus kuriphilus está submetida a medidas <strong>de</strong> controlo e erradicação e a sua<br />
prospeção na nossa região tem como objectivo a <strong>de</strong>teção atempada <strong>de</strong>ste himenóptero, para tomada <strong>de</strong><br />
medidas <strong>de</strong> protecção fitossanitária ten<strong>de</strong>ntes a evitar a sua dispersão.<br />
Dado tratar-se <strong>de</strong> um organismo <strong>de</strong> quarentena, está sujeito a medidas <strong>de</strong> controlo obrigatório para evitar a sua<br />
introdução no nosso território, na medida em que é consi<strong>de</strong>rada a praga mais importante nos castanheiros.<br />
2 – Legislação aplicável<br />
Decisão da Comissão nº 2006/464/CE <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Junho<br />
Lista A2 da OEPP<br />
3 - Época <strong>de</strong> Prospeção<br />
Primavera e Verão<br />
4 – Hospe<strong>de</strong>iros<br />
Plantas do género Castanea spp.<br />
5 - Tipo <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Prospeção<br />
Viveiros, Pomares (povoamentos para produção <strong>de</strong> frutos)<br />
Áreas florestais<br />
Fig. 1 – Adulto <strong>de</strong> Dryocosmus kuriphilus<br />
20
6 – Sintomas<br />
Formação <strong>de</strong> galhas nos ramos e folhas.<br />
As galhas são visíveis a partir <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> Abril e têm um diâmetro entre 5 e 20 mm. No início<br />
apresentam uma coloração ver<strong>de</strong> clara passando <strong>de</strong>pois a rosada. (Fig.2)<br />
7 – INFINET<br />
No programa informático cada Ponto <strong>de</strong> Prospeção correspon<strong>de</strong> nesta prospeção à espécie hospe<strong>de</strong>ira, o<br />
castanheiro. Assim, no INFINET, <strong>de</strong>verá ser registada uma ficha por cada local <strong>de</strong> prospeção<br />
8 – Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser<br />
executado pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 10 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Dryocosmus kuriphilus e que foram distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Prospeção<br />
Propostos<br />
0 0 0 5 0 0 0 5<br />
9 - Metodologia<br />
Métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>teção<br />
Observação <strong>de</strong> sintomas: controlo visual da presença <strong>de</strong> galhas<br />
Captura <strong>de</strong> adultos:<br />
Viveiros – armadilhas cromotrópicas amarelas (1 arm/100m2)<br />
Plantas <strong>de</strong>senvolvidas – técnica das pancadas<br />
10 - Resultados<br />
Fig. 2 - Sintomas <strong>de</strong> Dryocosmus kuriphilus (galhas nos ramos e folhas)<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
21
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> - Concelhos prospetados<br />
Dryocosmus kuriphilus<br />
Distribuição/Concelho dos pontos <strong>de</strong> prospeção – Dryocosmus kuriphilus<br />
22
Execução (%) prospeção Dryocosmus kuriphilus<br />
Distribuição por freguesia dos pontos <strong>de</strong> prospeção e nº <strong>de</strong> observações<br />
da prospeção Dryocosmus kuriphilus<br />
23
Distrito<br />
Castelo Branco<br />
Guarda<br />
Viseu<br />
10 – Conclusões<br />
Resultado das observações realizadas em 2012<br />
Concelho<br />
Freguesia<br />
Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Observado<br />
Resultado<br />
Penamacor Meimão<br />
Castanea Negativo<br />
Vale Sª da Póvoa Castanea Negativo<br />
Proença-a-Nova Montes Senhora Castanea Negativo<br />
Sertã Cabeçudo Castanea Negativo<br />
Covilhã Ferro<br />
Castanea Negativo<br />
C. Conceição Castanea Negativo<br />
Celorico da Mesquitela<br />
Castanea Negativo<br />
Beira<br />
Celorico (S. Pedro) Castanea Negativo<br />
Guarda Casal <strong>de</strong> Cinza Castanea Negativo<br />
Meda Aveloso P1<br />
Castanea Negativo<br />
Aveloso P2<br />
Castanea Negativo<br />
Prova<br />
Castanea Negativo<br />
Sabugal Sabugal Castanea Negativo<br />
Trancoso T STA Maria Castanea Negativo<br />
Viseu S.José Castanea Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Canas Santa Maria Castanea Negativo<br />
Oliveira <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s Sejães Castanea Negativo<br />
S. Pedro Sul S. Pedro Sul Castanea Negativo<br />
A praga Dryocosmus kuriphilus foi prospetada em 13 concelhos, 17 freguesias, foram registadas 18 fichas <strong>de</strong><br />
campo no INFINET e realizadas 34 observações.<br />
O resultado da amostragem foi negativo.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
Insecta: Homoptera: Psyliidae<br />
Diaphorina citri<br />
V – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Diaphorina citri e Tryoza erytreae<br />
Os adultos têm 2.5 mm <strong>de</strong> comprimento, corpo castanho amarelado e patas castanho-acinzentadas. As<br />
asas são transparentes com pintas brancas ou castanhas claras com uma banda larga, longitudinal bege<br />
no centro.(Fig.1)<br />
Insecta: Homoptera: Psyliidae - Trioza erytreae<br />
Fig.1 – Adultos e larvas <strong>de</strong> Diaphorina citri<br />
Fig.2 – Adulto e larvas <strong>de</strong> Trioza erytreae<br />
24
Os adultos são alados, inicialmente <strong>de</strong>scorados e posteriormente tornam-se castanho claro. Os machos<br />
são mais pequenos que as fêmeas, têm uma extremida<strong>de</strong> arredondada no abdómen, que nas fêmeas<br />
toma uma forma pontiaguda.(Fig.2)<br />
A proteção fitossanitária dos citrinos <strong>de</strong>ve manter uma vigilância constante, no que se refere às pragas e<br />
doenças exóticas, para impedir que se possam vir a instalar no nosso país, tais como estas psilas que atacam os<br />
rebentos jovens dos citrinos e são vectores eficientes do Citrus greening bacterium.<br />
2 - Legislação<br />
3 - Época <strong>de</strong> Prospeção<br />
Diretiva 77/93/CEE<br />
Decreto-Lei nº 14/99 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Janeiro<br />
Portaria 344/94, Anexo II A I<br />
Decreto-Lei nº 154 / 2005 e suas alterações – Anexo IIAI<br />
Maio a Setembro na rebentação anual<br />
4 - Hospe<strong>de</strong>iros<br />
Citrus (em especial limoeiros e limeiras) e outras Rutaceae po<strong>de</strong>ndo ocorrer em algumas infestantes como:<br />
Clausena anisata e Vespris undulata tendo uma preferência especial pela planta ornamental, muito usada como<br />
sebe, Murraya paniculata<br />
5 – Tipo <strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Prospeção<br />
Pomares e viveiros<br />
6 – Sintomas<br />
A Diaphorina citri provoca o atrofiamento e torção dos jovens rebentos, <strong>de</strong> tal modo que as extremida<strong>de</strong>s em<br />
crescimento passam a formar rosetas. As folhas ficam muito enroladas e po<strong>de</strong>m ficar recobertas com melada e<br />
fumagina. As folhas caem prematuramente. Este insecto também é vector do "citrus greening" (Fig. 3)<br />
Fig. 3– Sintomas causados por Diaphorina citri<br />
25
Fortes infestações da Trioza erytreae po<strong>de</strong>m causar grave <strong>de</strong>formação das folhas e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pintas<br />
visíveis na superfície das folhas, para além <strong>de</strong> este insecto ser vector do "citrus greening". (Fig. 4)<br />
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospeção.<br />
Prospeção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto – preenchimento das datas diferentes <strong>de</strong> prospeção<br />
8 – Programação<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGADR e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser<br />
executado pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 70 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção dos<br />
organismos <strong>de</strong> quarentena Diaphorina citri e Tryoza erytreae e distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
15 12 10 3 5 10 10 5<br />
9 - Metodologia<br />
Fig.4 – Sintomas causados por Trioza erytrea<br />
Prospeção das Psilas Tryoza erytreae e Diaphorina citri com base no documento CPA/D1-4/94<br />
a) Inspeção geral do pomar,<br />
Devem ser consi<strong>de</strong>rados os aspectos técnicos e fitossanitários do pomar, tendo em atenção as<br />
extremida<strong>de</strong>s em crescimento com forma <strong>de</strong> rosetas e cobertas <strong>de</strong> melada e fumagina<br />
b) Técnica das pancadas<br />
O pomar <strong>de</strong>ve ser percorrido em diagonal, seleccionando-se ao acaso 5 raminhos ver<strong>de</strong>s ou rebentos<br />
jovens em 10 árvores, para pesquisa <strong>de</strong> larvas e adultos ou através <strong>de</strong> inspeção visual.<br />
As observações <strong>de</strong>verão ser feitas, pelo menos uma vez na rebentação anual, <strong>de</strong> Maio a Setembro,<br />
colhendo amostras apenas em caso <strong>de</strong> sintomas suspeitos.<br />
Usando a técnica das pancadas <strong>de</strong>ver-se-á percorrer o pomar em diagonal selecionando-se 5 raminhos ver<strong>de</strong>s<br />
ou rebentos jovens em 10 árvores ou através <strong>de</strong> inspeção visual.<br />
26
10 - Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> - Concelhos prospetados<br />
Diaphorina citri e Tryosa erytrea<br />
Distribuição /Concelho do nº pontos <strong>de</strong> prospeção - Diaphorina citri e Tryosa erytrea<br />
27
Execução (%) da prospeção Diaphorina citri e Trioza erytrea<br />
Distribuição por freguesia dos pontos <strong>de</strong> prospeção e observações realizadas<br />
Diaphorina citri e Trioza erytrea<br />
28
Resultados das observações<br />
Concelho Freguesia Hospe<strong>de</strong>iro Resultado<br />
Castelo Branco Alcains<br />
Mata<br />
Ninho do Açor<br />
Fundão Castelo Novo<br />
Proença -a-<br />
Nova<br />
Montes da Senhora P1<br />
Montes da Senhora P2<br />
Montes da Senhora P3<br />
Sobreira Formosa P1<br />
Sobreira Formosa P2<br />
Sertã Cernache do Bonjardim<br />
Vila Velha <strong>de</strong><br />
Rodão<br />
11 – Conclusões<br />
Vila Velha Rodão P1<br />
Vila Velha Rodão P2<br />
Laranjeiras<br />
Laranjeiras<br />
Tangerineiras<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Tangerineiras Negativo<br />
Limoeiros<br />
Tangerineiras<br />
Laranjeiras<br />
Tangerineiras<br />
Laranjeiras<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Laranjeiras Negativo<br />
Laranjeiras<br />
Limoeiros<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Nos locais on<strong>de</strong> realizámos as observações, não <strong>de</strong>tetámos nas plantas sintomatologia das pragas em<br />
estudo, nem i<strong>de</strong>ntificámos indivíduos <strong>de</strong>stes organismos nocivos dos citrinos.<br />
Foi dada especial atenção ao concelho <strong>de</strong> Proença-a-Nova por uma zona on<strong>de</strong> se encontra uma<br />
importante mancha <strong>de</strong> limoeiros no distrito <strong>de</strong> Castelo Branco.<br />
As pragas Diaphorina citri e Trioza erytrea foram prospetadas em 5 concelhos do distrito <strong>de</strong> Castelo<br />
Branco e prospetadas 8 freguesias, foram registadas 12 fichas <strong>de</strong> campo no INFINET e realizadas 19<br />
observações.<br />
O resultado da amostragem foi negativo.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
VI – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Erwinia amylovora<br />
Bactéria Erwinia amylovora responsável pela doença do fogo bacteriano<br />
2 – Legislação aplicável<br />
- Decreto-lei nº 154/2005 e alterações - Anexo IIB, Regulamento (CE) n.º 690/2008 e Portaria nº 908/2006<br />
- ZP – Portugal<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Duas épocas: Maio a Julho e Setembro a Novembro<br />
29
4- Hospe<strong>de</strong>iros a prospetar<br />
O fogo bacteriano é uma grave doença causada pela bactéria Erwinia amylovora que afecta preferencialmente<br />
plantas da família das Rosáceas, entre as quais <strong>de</strong>stacamos pela sua sensibilida<strong>de</strong> a este patogéneo, as pereiras<br />
e macieiras (Pyrus e Malus) assim como plantas dos géneros Chaenomeles, Crataegus, Cotoneaster, Cydonia,<br />
Mespilus, Pyracantha, Sorbus. Chaenomeles, Cotoneaster, Crataegus, Cydonia, Eriobotrya, Malus, Mespilus,<br />
Photinia davidiana, Pyracantha, Pyrus, Sorbus<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Pomares - Jardins e Parques - Campos <strong>de</strong> Pés-mãe -Viveiros.<br />
Priorida<strong>de</strong>: viveiros <strong>de</strong> plantas hospe<strong>de</strong>iras; pomares recentemente instalados; pomares em zonas on<strong>de</strong> a<br />
cultura tenha maior importância, jardins ou parques <strong>de</strong>nsamente povoados <strong>de</strong> plantas hospe<strong>de</strong>iras<br />
6 – Sintomas<br />
Aspeto queimado generalizado.<br />
1. Fruteiras: a) flores: escurecem, secam e curvam ligeiramente; b)frutos: encarquilham e escurecem; c)<br />
ramos: aspecto oleoso, passando a coloração ver<strong>de</strong> escura e evoluindo para o sintoma típico do “cajado<br />
<strong>de</strong> pastor”. Exsudado <strong>de</strong> cor branco - amarelado po<strong>de</strong>ndo ter forma líquida ou em fios.<br />
2.Ornamentais: as flores infectadas e os ramos novos curvam-se na extremida<strong>de</strong> (cajado <strong>de</strong> pastor); folhas<br />
avermelhadas com aspecto oleoso ao longo da nervura.<br />
Figura1: Rebento com forma típica <strong>de</strong> “cajado <strong>de</strong> pastor”<br />
Figura 2: Fruto com exsudado bacteriano<br />
30
7- INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
Indicação do nº (s) da (s) amostra (s) em “Referência e natureza” da amostra com a nova codificação.<br />
8 – Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 200 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção<br />
dos organismos <strong>de</strong> quarentena Erwinia amylovora, distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Prospeção<br />
Propostos<br />
10 40 10 40 20 30 20 30<br />
Nº <strong>de</strong><br />
Amostras<br />
5 20 5 20 5 20 15 20<br />
9 – Metodologia<br />
Programa Nacional <strong>de</strong> Prospeção do Fogo Bacteriano, DGAV/INRB<br />
Colheita <strong>de</strong> amostras obrigatória em:<br />
- Plantas sintomáticas – a amostra é constituída por quaisquer tipos <strong>de</strong> órgãos ou parte <strong>de</strong> planta<br />
afectados;<br />
- Planta <strong>de</strong> viveiros e campos <strong>de</strong> pés-mãe (mesmo assintomáticas) – 1 planta por cada lote <strong>de</strong> 250<br />
unida<strong>de</strong>s, sendo cada amostra composta por 1 a 5 raminhos <strong>de</strong> 5-10 cm <strong>de</strong> comprimento.<br />
O material vegetal pertencente a cada amostra <strong>de</strong>verá ser guardado individualmente em saco plástico novo<br />
sem estar hermeticamente fechado, e conservado a 4ºC até expedição para o laboratório.<br />
A metodologia <strong>de</strong> colheita <strong>de</strong> amostras e a ficha <strong>de</strong> prospeção segue o plano nacional elaborado para a E.<br />
amylovora<br />
Os pontos <strong>de</strong> prospecção consistem em plantas hospe<strong>de</strong>iras, cultivadas ou espontâneas, isoladas ou em grupo,<br />
com susceptibilida<strong>de</strong> ao patogéneo em estudo.<br />
De entre os hospe<strong>de</strong>iros propostos foram observados os vegetais <strong>de</strong> Malus e Pyrus, tendo sido efectuada em<br />
alguns pontos duas observações visuais durante o período vegetativo das plantas.<br />
A DGAV, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> acordar com o INIAV, comunica à região qual a altura em que se <strong>de</strong>vem colher as amostras.<br />
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
31
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Erwinia amylovora<br />
Distribuição por concelho do nº pontos <strong>de</strong> prospeção e nº <strong>de</strong> observações realizadas<br />
Erwinia amylovora - 2012<br />
32
Distribuição / concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção - Erwinia amylovora<br />
Distribuição/ concelho do nº <strong>de</strong> observações - Erwinia amylovora<br />
33
Distribuição/ freguesia do nº <strong>de</strong> amostras - Erwinia amylovora<br />
Resultados laboratoriais das amostras analisadas<br />
Colheitas efetuadas em pés-mães – 128 amostras (127 negativas; 1 positiva)<br />
Colheitas efetuadas em viveiros na zona <strong>de</strong> segurança – 8 amostras com resultado negativo<br />
Colheitas efetuadas em viveiros – 185 amostras (1 positiva, algumas amostras ainda em análise)<br />
Colheitas em pomares e outros locais – 111 amostras (algumas amostras ainda em análise)<br />
Total <strong>de</strong> pontos com colheitas – 289<br />
Total <strong>de</strong> amostras colhidas - 432<br />
34
11 – Conclusões<br />
De todas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dispersão da doença, a mais importante é o material vegetal <strong>de</strong>stinado a novas<br />
plantações po<strong>de</strong>r estar infectado. Assim, o material vegetal só <strong>de</strong>ve ser adquirido em viveiros autorizados e com<br />
garantias fitossanitárias para que continue a ser reconhecida oficialmente o nosso espaço na Comunida<strong>de</strong><br />
Europeia, como zona protegida.<br />
O programa <strong>de</strong> prospecção da bactéria fitopatogénica Erwinia amylovora, vulgarmente conhecida como fogo<br />
bacteriano, teve como objetivo a <strong>de</strong>teção <strong>de</strong> eventuais focos <strong>de</strong> infeção na região, a fim <strong>de</strong> permitir uma<br />
intervenção imediata por parte das entida<strong>de</strong>s oficiais competentes, no sentido da sua erradicação.<br />
Também se consi<strong>de</strong>ra importante a obtenção <strong>de</strong> elementos para um conhecimento da eventual disseminação<br />
<strong>de</strong> ataque do patogéneo, condição indispensável a uma intervenção atempada no sentido da manutenção da<br />
qualida<strong>de</strong> do material vegetal comercializado internamente ou <strong>de</strong>stinado à exportação.<br />
Consi<strong>de</strong>rando esta realida<strong>de</strong>, em 2012 foram prospetados 37 concelhos e 70 freguesias.<br />
No programa INFINET foram registadas 413 fichas <strong>de</strong> campo, realizaram-se 573 observações e foram realizadas<br />
432 colheitas <strong>de</strong> amostras para análise laboratorial. Os resultados laboratoriais confirmaram 2 amostras<br />
positivas, no entanto 43 amostras continuam em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a aguardar resposta laboratorial.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a malha alargada, o controlo apertado da prospeção e analisando os resultados obtidos este ano,<br />
po<strong>de</strong>mos continuar a manter a região centro, como zona protegida em relação ao fogo bacteriano.<br />
VII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Flavescence dorée phytoplasma (FD)<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
Fitoplasma Flavescence dorée phytoplasma responsável pela doença Flavescência Dourada<br />
2 – Legislação aplicável<br />
- Decreto-lei nº 154/2005 e alterações – Anexo IIAII<br />
- Portaria nº 976/2008<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Finais <strong>de</strong> Agosto – finais <strong>de</strong> Setembro<br />
4- Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Vi<strong>de</strong>ira (Vitis vinifera)<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Viveiros - Campos <strong>de</strong> pés-mãe -Vinhas em produção<br />
Priorida<strong>de</strong>:<br />
Em regiões on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>tetado Scaphoi<strong>de</strong>us titanus: - viveiros; campos <strong>de</strong> pés – mães; - parcelas na<br />
proximida<strong>de</strong> e nas freguesias limítrofes on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>tectados focos FD<br />
Em regiões on<strong>de</strong> não foi <strong>de</strong>tetado Scaphoi<strong>de</strong>us titanus: - viveiros e vinhas com material proveniente <strong>de</strong><br />
freguesias com focos FD.<br />
35
6 – Sintomas<br />
Mau atempamento dos rebentos; nas folhas, amarelecimento precoce do limbo (dourado) nas castas brancas,<br />
e avermelhamento nas castas tintas, consistência estaladiça e enrolamento dos bordos para a página inferior,<br />
ocorrência <strong>de</strong> manchas creme amareladas (castas brancas) ou avermelhadas (castas tintas), entre as nervuras<br />
principais, alastrando em bandas que po<strong>de</strong>m acabar por necrosar, murchidão das inflorescências e<br />
cachos.(Fig.1)<br />
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Indicação do nº(s) da(s) amostra(s) em “Referência e natureza” da amostra.<br />
Indicação em “Observações” do nome da casta e porta enxerto.<br />
8 – Programação anual<br />
Fig.1 – Sintomas <strong>de</strong> Flavescência dourada em castas tintas e brancas<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGADR e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser<br />
executado pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong>C realizar 150 Pontos <strong>de</strong> Prospeção relativamente à prospeção do<br />
fitoplasma FD.<br />
As análises laboratoriais são asseguradas pela DGAV<br />
Colheita <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> material vegetal suspeito:<br />
<strong>DRAP</strong>C<br />
Nº Pontos Propostos Nº Amostras a realizar<br />
150 100<br />
- nos locais on<strong>de</strong> for <strong>de</strong>tectada a presença <strong>de</strong> S. titanus;<br />
- nos viveiros e vinhas com material proveniente <strong>de</strong> freguesias on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>tectada FD.<br />
Cada amostra constituída por 6-8 folhas da parte basal dos ramos <strong>de</strong> uma cepa e sempre que possível incluir<br />
partes dos ramos afectados. Acondicionada em papel <strong>de</strong> jornal, fechado num saco <strong>de</strong> plástico perfurado, e<br />
conservadas a 4ºC e expedida para o laboratório com máxima brevida<strong>de</strong>.<br />
36
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Flavescence dorée phytoplasma<br />
Distribuição / Concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção - Flavescence dorée phytoplasma<br />
37
Concelho<br />
Execução (%) prospeção Flavescence dorée phytoplasma<br />
Resultados da prospeção<br />
Freguesia<br />
Nº<br />
Pontos<br />
Prospetados<br />
Nº<br />
Observações<br />
Resultado<br />
Castelo Branco Mata 2 2 Em análise<br />
Carregal Sal Cabanas Viriato 1 2 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Lajeosa 2 2 Negativo<br />
Viseu Silgueiros 2 2 Negativo<br />
Nelas Moreira 2 2 Negativo<br />
Nelas Carvalhal Redondo 2 2 Negativo<br />
Nelas Santar 2 2 Negativo<br />
Meda Poço Canto 1 2 Negativo<br />
Guarda Vela 1 2 Negativo<br />
Almeida Vale Coelha 1 2 Negativo<br />
F.C. Rodrigo Almofala 1 2 Negativo<br />
Meda Longroiva 1 2 Negativo<br />
Meda Vale Flor 1 2 Negativo<br />
Celorico Beira Celorico (S. Pedro) 1 2 Negativo<br />
Trancoso Moimentinha 1 2 Negativo<br />
Pinhel Freixedas 2 2 Negativo<br />
Pinhel Bouça Cova 1 2 Negativo<br />
Pinhel Alverca Beira 1 2 Negativo<br />
Guarda Avelãs Ribeira 1 2 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Lobelhe Mato 1 2 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Alcafache 1 2 Em análise<br />
38
11- Conclusões<br />
Viseu S. João Lourosa 1 2 Em análise<br />
S. Pedro Sul Serrazes 1 2 Em análise<br />
S. Pedro Sul S. Pedro Sul 1 2 Em análise<br />
Anadia Óis do Bairro 2 2 Negativo<br />
Mealhada Vacariça 2 2 Negativo<br />
Mealhada Pampilhosa 2 2 Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Sepins 2 2 Negativo<br />
Mealhada Ventosa Bairro 2 2 Negativo<br />
Mealhada Antes 2 2 Negativo<br />
Mealhada Mealhada 2 2 Negativo<br />
Anadia Tamengos 2 2 Negativo<br />
Anadia Aguim 5 5 Negativo<br />
Anadia Arcos 2 2 Negativo<br />
Mealhada Casal Comba 2 2 Negativo<br />
Coimbra São Silvestre 2 2 Negativo<br />
Anadia São Lourenço Bairro 2 2 Negativo<br />
A doença causada pelo fitoplasma Flavescence dorée phytoplasma foi prospetada em 18 concelhos, 37<br />
freguesias, registadas 60 fichas <strong>de</strong> campo no INFINET e realizadas 86 observações.<br />
O resultado geral da amostragem foi negativo apesar <strong>de</strong> 5 amostras ainda aguardarem resposta laboratorial.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
VIII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
Cigarrinha / Cica<strong>de</strong>lí<strong>de</strong>o Scaphoi<strong>de</strong>us titanus (St)<br />
Ninfas alongadas, inicialmente branco-pérola, adquirindo manchas castanho-claras no final do seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento. Apresentam dois pontos negros laterais muito característicos na cauda. (Fig.1)<br />
Adultos afunilados, com cerca <strong>de</strong> 5 mm <strong>de</strong> comprimento, com a cabeça triangular e as asas anteriores<br />
dispostas em telhado sobre o abdómen. Cor ocre com bandas e manchas claras. Observação na página<br />
inferior das folhas. (Fig.2)<br />
Figura 1: Adultos <strong>de</strong> Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
39
2 – Legislação aplicável:<br />
Portaria nº 976/2008<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Início <strong>de</strong> Julho – finais <strong>de</strong> Setembro<br />
4 – Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Vi<strong>de</strong>ira (Vitis vinifera)<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Viveiros - Campos <strong>de</strong> pés-mãe - Vinhas em produção<br />
Priorida<strong>de</strong>: Em regiões on<strong>de</strong> não foi <strong>de</strong>tectado o insecto: viveiros com material proveniente <strong>de</strong> freguesias<br />
com St; campos <strong>de</strong> pés – mães; vinhas recentemente instalada.<br />
Em regiões on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>tetado o inseto: viveiros; campos <strong>de</strong> pés – mãe, parcelas nas freguesias limítrofes<br />
àquelas on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>tetado Scaphoi<strong>de</strong>us titanus (St)<br />
6 – Sintomas<br />
Os estragos diretos causados pela picada das larvas e adultos nas folhas são geralmente negligenciáveis.<br />
Já os estragos causados pela sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir a doença flavescência dourada fazem do inseto<br />
Scaphoi<strong>de</strong>us titanus um inimigo muito perigoso.<br />
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
Indicação do (s) nº (s) da (s) armadilha (s) em “Referência e natureza” da amostra.<br />
Indicação em “Observações” do nome da casta e porta-enxerto sempre que for possível.<br />
8- Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 150 Pontos relativamente à prospeção <strong>de</strong>ste<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Scaphoi<strong>de</strong>us titanus e que foram distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Anadia Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
45 10 10 10 25 10 5 35<br />
40
9 – Metodologia<br />
Aconselha-se a instalação <strong>de</strong> duas armadilhas a<strong>de</strong>sivas amarelas (±15x20 cm) por ponto, a uma distância<br />
mínima <strong>de</strong> 100 m uma da outra, penduradas verticalmente ao nível da zona média/baixa da folhagem, com<br />
substituição quinzenal. (Fig.3)<br />
10 – Resultados<br />
Fig.3: Placas cromotrópicas amarelas utilizadas para captura <strong>de</strong> Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
41
Distribuição / Concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
Concelho<br />
Resultado das observações / freguesia da prospeção Scaphoi<strong>de</strong>us titanus<br />
Freguesia<br />
Nº PP<br />
Nº<br />
Observações<br />
Resultado<br />
Castelo Branco S. André Tojeiras 1 2 Negativo<br />
Castelo Branco Alcains 1 2 Negativo<br />
Castelo Branco Mata 1 3 Negativo<br />
Castelo Branco Esc. Baixo 1 3 Negativo<br />
Castelo Branco Lardosa 1 5 Negativo<br />
Castelo Branco Ninho Açor 1 3 Negativo<br />
Proença Nova Sob. Formosa 1 5 Negativo<br />
Castelo Branco Sarzedas 1 5 Negativo<br />
Sertã Cabeçudo 1 7 Negativo<br />
Fundão Castelo Novo 1 6 Negativo<br />
Covilhã Teixoso 1 6 Negativo<br />
Belmonte Colmeal Torre 1 6 Negativo<br />
Coimbra S. Martinho Bispo 3 4 Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Pocariça 3 3 Negativo<br />
Satão S. Miguel Vila Boa 2 6 Negativo<br />
S. Pedro Sul Bordonhos 1 2 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Campo Besteiros 1 2 Negativo<br />
Carregal do Sal Beijós 4 8 Negativo<br />
Viseu Povoli<strong>de</strong> 1 22 Negativo<br />
Nelas Nelas 5 76 Negativo<br />
Nelas Vilar Seco 2 18 Negativo<br />
Seia Paranhos 1 8 Negativo<br />
Penalva<br />
Castelo Sezures 1 7 Negativo<br />
Nelas Senhorim 1 9 Negativo<br />
42
Mangual<strong>de</strong> Cunha Baixa 4 40 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Alcafache 2 32 Positivo<br />
Nelas Canas Senhorim 1 8 Negativo<br />
Lousã Foz <strong>de</strong> Arouce 1 8 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Canas Santa Maria 1 8 Negativo<br />
Carregal do Sal Cabanas Viriato 1 8 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Sabugosa 1 8 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Parada <strong>de</strong> Gonta 1 8 Negativo<br />
Viseu Silgueiros 2 16 Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Lajeosa 1 8 Positivo<br />
Nelas Moreira 1 8 Positivo<br />
Nelas Carvalhal Redondo 1 8 Positivo<br />
Nelas Aguieira 1 16 Negativo<br />
Nelas Santar 1 18 Positivo<br />
Meda Poço do Canto 1 6 Negativo<br />
Almeida Vale Coelha 1 10 Negativo<br />
Figueira C.<br />
Rodrigo Almofala 1 10 Negativo<br />
Trancoso Moimentinha 1 10 Negativo<br />
Pinhel Bouça Cova 1 10 Negativo<br />
Guarda Avelãs da Ribeira 1 10 Negativo<br />
Pinhel Alverca da Beira 1 10 Negativo<br />
Guarda Vela 1 10 Negativo<br />
Meda Longroiva 1 10 Negativo<br />
Meda Vale Flor 1 10 Negativo<br />
Celorico da<br />
Beira Celorico (S. Pedro) 1 10 Negativo<br />
S. Pedro do Sul São Pedro do Sul 2 32 Negativo<br />
Gouveia Nabais<br />
Moimenta Maceira<br />
1 16 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Dão<br />
Fornos Maceira<br />
1 16 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Dão 1 16 Negativo<br />
Mangual<strong>de</strong> Lobelhe do Mato 1 16 Positivo<br />
Vouzela Fataunços<br />
Santa Cruz da<br />
1 16 Negativo<br />
S. Pedro do Sul Trapa<br />
São João <strong>de</strong><br />
1 16 Negativo<br />
Viseu<br />
Lourosa 1 2 Positivo<br />
S. Pedro do Sul Serrazes<br />
São Lourenço do<br />
1 20 Positivo<br />
Anadia Bairro 3 68 Negativo<br />
Anadia Arcos 2 100 Positivo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Cordinhã 1 44 Negativo<br />
Águeda Valongo do Vouga<br />
Amoreira da<br />
1 34 Negativo<br />
Anadia Gândara 1 32 Negativo<br />
Leiria Caranguejeira 2 4 Negativo<br />
Leiria Amor 1 2 Negativo<br />
43
11- Conclusões<br />
Miranda do<br />
Corvo Lamas 1 14 Negativo<br />
Coimbra São Silvestre 1 2 Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Ourentã 1 18 Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Sepins 2 36 Positivo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> Murte<strong>de</strong> 4 64 Negativo<br />
Anadia Óis <strong>de</strong> Bairro 1 18 Positivo<br />
Anadia Vilarinho do Bairro 1 18 Negativo<br />
Anadia Mogofores 1 18 Negativo<br />
Anadia Pare<strong>de</strong>s do Bairro 1 27 Negativo<br />
Anadia Sangalhos 1 18 Negativo<br />
Anadia Ancas 1 18 Negativo<br />
Anadia Tamengos 1 18 Negativo<br />
Anadia Aguim 3 54 Negativo<br />
Mealhada Pampilhosa 1 14 Positivo<br />
Mealhada Ventosa do Bairro 1 18 Negativo<br />
Mealhada Casal Comba 3 54 Positivo<br />
Mealhada Barcouço 2 32 Negativo<br />
Mealhada Antes 4 99 Positivo<br />
Mealhada Vacariça 1 18 Negativo<br />
Mealhada Mealhada 2 82 Positivo<br />
Leiria Cortes 1 16 Negativo<br />
Batalha Reguengos do Feta 3 46 Negativo<br />
Pombal Santiago <strong>de</strong> Litém 2 24 Negativo<br />
Leiria Barreira 1 16 Negativo<br />
Porto <strong>de</strong> Mós PM S João Baptista 2 30 Negativo<br />
Pombal Vermoil 1 10 Negativo<br />
A prospeção do organismo Scaphoi<strong>de</strong>us titanus <strong>de</strong>correu em 35 concelhos, foram prospetadas 91 freguesias,<br />
registadas 131 fichas no INFINET, realizadas 1005 observações, 1734 placas amostradas e confirmados 15<br />
locais positivos.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
Pepino mosaico vírus<br />
2 – Legislação aplicável<br />
Decisão da Comissão 2004/200/CE<br />
IX – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Pepino mosaico potexvirus<br />
44
3- Época <strong>de</strong> prospeção<br />
As inspecções visuais realizam-se todo o ano com maior incidência no Outono-Inverno, pois é neste período<br />
que os sintomas são mais nítidos.<br />
4- Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Tomateiro (Lycopersicum esculentum)<br />
5 - Local <strong>de</strong> Prospeção<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção é a estufa <strong>de</strong> produção ou o lote em comercialização e sementes <strong>de</strong> tomateiro<br />
6 - Sintomas<br />
Nas folhas – observam-se nanismo, círculos concêntricos e <strong>de</strong>formações, as folhas jovens estão<br />
<strong>de</strong>formadas com mosaicos cloróticos e borbulhas na parte superior das folhas, enquanto na parte inferior<br />
existem lesões castanhas e necróticas.<br />
Nos pecíolos foliares, hastes florais e cálices dos frutos – observam-se estrias castanhas e abortamento<br />
das flores.<br />
Nos frutos maduros – observam-se zonas marmoreadas (<strong>de</strong>scoloração dos frutos), mas apenas em alguns<br />
frutos do cacho. Estes sintomas também po<strong>de</strong>m ser confundidos em infecções <strong>de</strong> cucumber mosaic vírus<br />
e vírus X da batateira.<br />
7- INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local, duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Indicação do nº (s) da (s) amostra (s) em “Referência e natureza” da amostra.<br />
Indicação no campo Observações as varieda<strong>de</strong>s e lotes das sementes don<strong>de</strong> recolheram a amostra<br />
8 – Programação anual<br />
Esta prospeção <strong>de</strong>ve incidir preferencialmente nos lotes <strong>de</strong> semente importada pelo que é proposto uma<br />
amostragem/testagem <strong>de</strong> 10% dos lotes <strong>de</strong> semente <strong>de</strong> tomate importadas <strong>de</strong> países terceiros.<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
2 0 2 0 5 0 0 1<br />
9 – Metodologia<br />
a) Em sementes:<br />
Lote < 600 gr – 1% do lote com amostra mínima <strong>de</strong> 1000 sementes ( ~ 3,3 gr)<br />
Lote entre 600 gr e 10 Kg – 7,5 gr (~2500 sementes)<br />
Lote entre 10 Kg e 10000 Kg – 15 gr (~5000 sementes)<br />
Lote > 10000 kg - O lote <strong>de</strong>ve ser dividido proporcionalmente<br />
45
) Em campos <strong>de</strong> produção ou estufas <strong>de</strong> produção:<br />
Nos campos <strong>de</strong> produção a amostragem realiza-se através da observação <strong>de</strong> sintomas suspeitos do vírus.<br />
Neste caso a amostra é constituída por uma planta com sintomas suspeitos.<br />
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Pepino mosaic potexvirus<br />
Resultados das observações da prospeção Pepino mosaic potexvirus<br />
Distrito Concelho Freguesia Hospe<strong>de</strong>iro<br />
observado<br />
Coimbra<br />
Cantanhe<strong>de</strong> São Caetano Licopersicon<br />
licopersicum<br />
Mira Mira Licopersicon<br />
licopersicum<br />
Resultado<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
46
11- Conclusões<br />
A prospeção Pepino mosaic potexvirus foi realizada em 2 concelhos, 2 freguesias e registadas 2 fichas <strong>de</strong><br />
campo no INFINET.<br />
Não se registaram sintomas <strong>de</strong> doença causada por Pepino mosaic potexvirus nos hospe<strong>de</strong>iros<br />
prospetados. O resultado da amostragem realizada nestes locais foi negativo.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
Phytophtora ramorum<br />
2 – Legislação aplicável<br />
Portaria nº 719/2007 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Junho<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
X – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Phytophtora ramorum<br />
A temperatura óptima <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento é por volta dos 20ºC tendo como temperaturas limites os 2ºC e os<br />
30ºC.Uma atmosfera húmida é igualmente favorável. Estas condições climáticas encontram-se na Primavera e<br />
no fim do Verão princípio do Outono, sendo estas as épocas <strong>de</strong> prospecção. A prospecção principal é a<br />
efectuada na Primavera.<br />
4- Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Arbustus unedo; Azálea spp; Camellia spp; Castanea;Fagus; Laurus nobilis; Lonicera spp; Magnólia spp;<br />
Photinia fraseri; Pieris spp; Rodo<strong>de</strong>ndro; Quercus e Viburnum spp.<br />
5 – Local <strong>de</strong> Prospeção<br />
Viveiros, “ Gar<strong>de</strong>n Centers”, Jardins e Parques Públicos e Povoamentos Florestais<br />
6 – Sintomas<br />
Em arbustos os sintomas são necroses e ou colorações nas raízes e ramos, manchas foliares,<br />
escurecimento ou fendilhamento dos gomos e murchidão das raízes ou dos rebentos.<br />
De um modo geral os sintomas associam-se a manchas nas folhas e morte dos ramos. (Fig.1)<br />
Em árvores a doença caracteriza-se pelo aparecimento <strong>de</strong> cancros no cortex dos troncos, observando-se<br />
manchas <strong>de</strong> cor castanho-escuras com exsudados <strong>de</strong> seiva que se po<strong>de</strong>m esten<strong>de</strong>r do colo até 20 metros <strong>de</strong><br />
altura. As partes atacadas po<strong>de</strong>m ser colonizadas por insetos.<br />
47
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
8 – Programação anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 25/30 Pontos relativamente à prospeção <strong>de</strong>ste organismo<br />
<strong>de</strong> quarentena Phytophtora ramorum e que foram distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
5 2 4 2 3 4 3 3<br />
As prospeções <strong>de</strong>vem ser feitas em produtores nacionais <strong>de</strong> Rodo<strong>de</strong>ndron, Viburnum e Camellia procurandose<br />
a <strong>de</strong>teção <strong>de</strong> sintomas suspeitos e eventual colheita <strong>de</strong> amostras para análise laboratorial. Também <strong>de</strong>ve<br />
ser prospetado o material vegetal originário da UE e os importadores <strong>de</strong> vegetais hospe<strong>de</strong>iros quando<br />
originários <strong>de</strong> países terceiros.<br />
9 – Metodologia<br />
Fig. 1: Sintomas da doença Phytophtora ramorum<br />
Sintoma em ramos e folhas – <strong>de</strong>ve-se cortar a parte infectada incluindo os limites da necrose.<br />
Sintomas em troncos e ramos – <strong>de</strong>stacar um pedaço <strong>de</strong> casca e a ma<strong>de</strong>ira contígua incluindo o limite da<br />
necrose subcortical. O tamanho da amostra <strong>de</strong>ve ter 10 x 10 x 3 cm pelo menos<br />
O material colhido <strong>de</strong>verá ser envolvido em papel <strong>de</strong> jornal e enviado, num período <strong>de</strong> 48 horas para o<br />
laboratório, em envelopes <strong>de</strong> papel ou caixas <strong>de</strong> cartão. O material não <strong>de</strong>verá ser transportado em sacos <strong>de</strong><br />
polietileno porque a falta <strong>de</strong> arejamento e humida<strong>de</strong> são favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> outros<br />
organismos que irão dificultar a sua i<strong>de</strong>ntificação.<br />
48
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Phytophtora ramorum<br />
Distribuição / Concelho do nº pontos <strong>de</strong> prospeção - Phytophtora ramorum<br />
49
Execução (%) da prospeção Phytophtora ramorum<br />
Distribuição por freguesia dos pontos <strong>de</strong> prospeção e observações realizadas<br />
Phytophtora ramorum<br />
50
Distrito<br />
Resultados da prospeção Phytophtora ramorum<br />
Concelho Freguesia Hospe<strong>de</strong>iro Resultado<br />
Castelo Branco Castelo Branco Alcains<br />
Castelo Branco<br />
Viburnum<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron<br />
Camellia<br />
Viburnum<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron<br />
Camellia<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Covilhã Al<strong>de</strong>ia do Souto Rhodo<strong>de</strong>ndron Negativo<br />
Belmonte Belmonte Camellia<br />
Negativo<br />
Fundão Fundão<br />
Camellia<br />
Negativo<br />
Alcaria<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron<br />
Coimbra Mira Seixo Viburnum Negativo<br />
Figueira da Foz Moinhos da Gândara Rodo<strong>de</strong>ndron Negativo<br />
Guarda Guarda G Sé<br />
Camellia<br />
Negativo<br />
Porto da Carne Camellia<br />
Negativo<br />
Trancoso T. S. Pedro Viburnum<br />
Negativo<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron Negativo<br />
11 – Conclusões<br />
Figueira <strong>de</strong> Castelo<br />
Rodrigo<br />
Figueira <strong>de</strong> Castelo<br />
Rodrigo<br />
Viburnum<br />
Rhodo<strong>de</strong>ndron<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
O organismo Phytophtora ramorum foi prospetado em 9 concelhos, 12 freguesias, registadas 17 fichas <strong>de</strong><br />
campo no INFINET e realizadas 17 observações.<br />
O resultado da amostragem foi negativo.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
XI – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Ralstonia solanacearum<br />
Ralstonia solanacearum (Doença do pus ou mal murcho da batateira)<br />
2 – Legislação aplicável<br />
Directiva do Conselho n.º 98/57/CEE alterada pela Directiva da Comissão n.º 2006/63/CE<br />
Decreto-Lei n.º 249/2007 <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Junho<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Nas épocas em que as culturas estão instaladas em cada região e preferencialmente durante a segunda<br />
meta<strong>de</strong> do ciclo vegetativo das mesmas.<br />
51
4 - Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar:<br />
Plantas, incluindo tubérculos <strong>de</strong> Solanum tuberosum L. (batateira). Plantas, com excepção <strong>de</strong> frutos e<br />
sementes <strong>de</strong> Lycopersicon esculentum (tomateiro). Outras plantas hospe<strong>de</strong>iras como outras solanáceas<br />
cultivadas e silvestres. Águas superficiais <strong>de</strong>stinadas a rega <strong>de</strong> culturas solanáceas e <strong>de</strong>scargas <strong>de</strong> resíduos<br />
líquidos provenientes <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> transformação industrial ou <strong>de</strong> embalagem.<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Nos campos das culturas em causa, nos armazéns após colheitas (batata), nos cursos <strong>de</strong> água superficial a ser<br />
utilizada como rega e em instalações industriais e <strong>de</strong> embalagem.<br />
6 – Sintomas<br />
-Na planta <strong>de</strong> batateira verifica-se murchidão das folhas na parte superior da planta. Na fase inicial as<br />
folhas mantêm-se ver<strong>de</strong>s, posteriormente <strong>de</strong>senvolvem-se cloroses seguidas <strong>de</strong> necroses levando ao<br />
colapso da planta.<br />
-No tubérculo <strong>de</strong> batateira, quando cortados transversalmente junto ao hilo, verifica-se numa fase inicial<br />
da infecção uma coloração amarela ou castanha clara no anel vascular do qual, passados alguns minutos,<br />
emerge um exsudado bacteriano <strong>de</strong> cor creme clara. Em fases mais avançadas, a infecção progri<strong>de</strong> a<br />
partir do hilo e dos olhos, nos quais po<strong>de</strong> haver exsudação bacteriana que origina a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong><br />
terra. (Fig.1)<br />
-No tomateiro os primeiros sintomas são o aspecto flácido das folhas mais jovens que numa fase mais<br />
avançada dão origem à murchidão <strong>de</strong> um dos lados da planta ou mesmo <strong>de</strong> toda a planta levando ao seu<br />
colapso.<br />
-Em outras plantas hospe<strong>de</strong>iras silvestres, as murchidões antes referidas raramente ocorrem. Mesmo em<br />
ausência <strong>de</strong> murchidões po<strong>de</strong> ocorrer a existência <strong>de</strong> exsudado se o caule cortado transversalmente for<br />
colocado verticalmente em água.<br />
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Indicação do nº (s) da (s) amostra (s) em “Referência e natureza” da amostra<br />
8 – Programação anual<br />
Fig. 1 – Sintomas da doença em tubérculos <strong>de</strong> batateira<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
52
Em 2012 ficou programado para a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> a realização <strong>de</strong> 47 pontos relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Ralstonia solanacearum e que foram distribuídos na região do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira da Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
5 1 5 2 5 4 20 5<br />
9 – Metodologia<br />
Deverão ser colhidas amostras em todos os casos suspeitos verificados, no entanto e <strong>de</strong>vido à<br />
possibilida<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> infecções latentes não <strong>de</strong>tectadas durante as inspecções <strong>de</strong> campo,<br />
<strong>de</strong>verão ser colhidas amostras em números estabelecidos previamente para cada região.<br />
A dimensão normal da amostra é <strong>de</strong> 200 tubérculos<br />
10- Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região, registada no programa informático INFINET<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Ralstonia solanacearum<br />
53
Distribuição / Concelho do nº pontos <strong>de</strong> prospeção<br />
Ralstonia solanacearum<br />
Execução (%) da prospeção Ralstonia solanacearum<br />
54
11 - Conclusões<br />
Distribuição/ Freguesia do Nº Pontos Prospetados e Nº <strong>de</strong> Observações realizadas<br />
Foram prospetados 10 concelhos, 11 freguesias, 14 fichas <strong>de</strong> campo registadas no INFINET e realizadas 14<br />
observações.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
XII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Rhynchophorus ferrugineus<br />
Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790)<br />
Insecta: Coleoptera: Curculionoi<strong>de</strong>a: Dryophthoridae: Rhynchophorinae<br />
Nome comum: Escaravelho das palmeiras ou Escaravelho vermelho das palmeiras<br />
Figura 1 – Adulto <strong>de</strong> R. ferrugineus<br />
2 – Legislação aplicável<br />
Decisão da Comissão nº 2007/365/CE, modificada pelas Decisões nº 2008/776/CE e 2010/CE<br />
55
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Durante todo o ano, com preferência pelo final da Primavera, Verão e início do Outono<br />
4 - Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Vegetais com diâmetro da base do caule superior a 5 cm, das seguintes espécies:Areca catechu, Arenga<br />
pinnata, Borassus flabeliffer, Brahea armata, Butia capitata, Calamus merillii, Caryota máxima, Caryota<br />
cumingii, Chamaerops humilis, Cocus nucifera, Corypha gebanga, Corypha elata, Elaeis guineensis, Livistona<br />
australis, Livistona <strong>de</strong>cipiens, Metroxylon sagu, Oreodoxa regia, Phoenix canariensis, Phoenix dactylifera,<br />
Phoenix theophrasti, Phoenix sylvestris, Sabal umbraculifera, Trachycarpus fortunei e Washingtonia spp.<br />
Planta do género Palmae principalmente da espécie Phoenix a praga R. ferrugineus ataca várias especies<br />
<strong>de</strong> palmeiras (família das Arecáceas) Na Bacia Mediterrânica, tornou-se muito <strong>de</strong>strutiva em Phoenix<br />
canariensis Hort. No entanto também ataca outras palmeiras ornamentais.<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Viveiros; <strong>Centro</strong>s <strong>de</strong> Jardinagem; Locais públicos (jardins, avenidas, outros locais); Locais privados<br />
6 – Sintomas<br />
Orifícios e galerias na base das folhas, po<strong>de</strong>ndo conter larvas e casulos<br />
- Folhas <strong>de</strong>sprendidas da coroa e caídas no chão<br />
- Coroa <strong>de</strong>sguarnecida no topo ou com aspecto achatado pelo <strong>de</strong>caimento das folhas centrais, que<br />
amarelecem e secam<br />
- Folíolos <strong>de</strong> folhas novas seccionados em ângulo ou com as pontas truncadas<br />
- Amálgama <strong>de</strong> fibras cortadas e húmidas com cheiro fétido<br />
Na Bacia Mediterrânica ameaça sobretudo as palmeiras ornamentais <strong>de</strong> arruamentos e jardins públicos e<br />
privados, com <strong>de</strong>staque para Phoenix canariensis.<br />
Os estragos são causados pela alimentação das larvas que escavam galerias e cavida<strong>de</strong>s no interior da<br />
planta, próximo do meristema apical, regressando à superfície para fabricar os casulos e pupar. Vários<br />
feixes vasculares são cortados e o meristema apical é danificado, po<strong>de</strong>ndo sobrevir a morte da planta,<br />
que será tanto mais rápida quanto mais próximas as larvas estiverem do ápice vegetativo e quanto maior<br />
o número das mesmas. As palmeiras afetadas apresentam galerias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as axilas das folhas até à coroa e<br />
em diversas zonas do tronco.<br />
As folhas centrais amarelecem e murcham <strong>de</strong> forma que em poucas semanas praticamente a totalida<strong>de</strong><br />
da coroa se vê afetada originando a morte da palmeira.<br />
Figura 2 - Palmeira atacada<br />
56
Orifícios e galerias na base das folhas, po<strong>de</strong>ndo conter larvas e casulos (Fig. 3)<br />
Folhas <strong>de</strong>sprendidas da coroa e caídas no chão (Fig.4) amálgama <strong>de</strong> fibras cortadas e húmidas com cheiro<br />
fétido.<br />
Coroa <strong>de</strong>sguarnecida no topo ou com aspeto achatado <strong>de</strong>vido às folhas centrais <strong>de</strong>scaídas, que<br />
amarelecem e secam (Fig.1 e 2)<br />
Folíolos das folhas novas seccionadas em ângulo ou com as pontas truncadas (Fig.5 e 6)<br />
7 - INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3, …<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
Preenchimento do campo 10 “Caracterização do ponto <strong>de</strong> prospecção” – escolher apenas uma das 4 opções<br />
indicadas neste quadro – Tipo <strong>de</strong> local.<br />
8 – Programação anual<br />
Figura 3 - Palmeira atacada<br />
Figura 5 - Palmeira atacada<br />
Figura 4 - Palmeira atacada<br />
Figura 6 - Palmeira atacada<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às respetivas <strong>DRAP</strong> para ser executado<br />
pelos inspetores fitossanitários regionais.<br />
57
Em 2012 ficou programado a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> realizar 40 Pontos relativamente à prospeção <strong>de</strong>ste organismo <strong>de</strong><br />
quarentena Rhynchophorus ferrugineus<br />
9 – Metodologia<br />
<strong>DRAP</strong>C<br />
Nº Pontos Propostos Nº Amostras a realizar<br />
40 40<br />
A metodologia segue o protocolo <strong>de</strong> prospeção proposto pela DGAV<br />
Observação visual <strong>de</strong> plantas do género Palmae.<br />
A prospeção em viveiros e centros <strong>de</strong> jardinagem <strong>de</strong>ve ser realizada em plantas com um diâmetro na<br />
base do caule superior a 5 cm.<br />
Colocação <strong>de</strong> armadilhas para monitorização da praga, <strong>de</strong> preferência na periferia da zona infestada (zona<br />
on<strong>de</strong> foram eliminadas todas as plantas infestadas)<br />
Se necessário, enviar adultos, larvas e casulos para i<strong>de</strong>ntificação laboratorial.<br />
10- Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região, registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Rhynchophorus ferrugineus<br />
58
Concelho<br />
Distribuição <strong>de</strong> pontos prospetados/concelho <strong>de</strong> Rhynchophorus ferrugineus<br />
Freguesia<br />
Resultado das observações<br />
Nº PP<br />
Nº<br />
Observ.<br />
Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Resultado<br />
Proença Nova Proença Nova 1 1 Phoenix dactylifera Negativo<br />
Sertã Pedrogão Pequeno 1 1 Phoenix dactylifera Negativo<br />
Sertã Cernache Bonjardim 1 1 Washingtonia spp. Negativo<br />
Castelo Branco Escalos Cima 2 2 Phoenix canariensis Negativo<br />
Vila Rei Vila Rei 1 1 Phoenix dactylifera Negativo<br />
Figueiró Vinhos Figueiró Vinhos 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Fundão Alpedrinha 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Belmonte Caria 1 1 Phoenix dactylifera Negativo<br />
Idanha Nova Idanha Nova 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Sertã Sertã 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Proença Nova Sobreira Formosa 1 1 P.dactylifera Negativo<br />
Penamacor Penamacor 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Vila Velha Rodão Vila V Rodão 1 1 P.dactylifera Negativo<br />
Castelo Branco Castelo Branco 6 6 Phoenix canariensis Negativo<br />
Castelo Branco Cafe<strong>de</strong> 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Castelo Branco Alcains 2 2 P.dactylifera Negativo<br />
Oleiros Isna 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Proença Nova S. Pedro Esteval 1 1 P.dactylifera Negativo<br />
Oleiros Estreito 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Castelo Branco Sarzedas 2 3 P.dactylifera Negativo<br />
Castelo Branco Lardosa 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Pinhel Pala 1 1 P.dactylifera Negativo<br />
Guarda G. Sé 2 2 P.dactylifera/P.canariensis Negativo<br />
59
Guarda G. S. Vicente 2 2 P.dactylifera/P. sylvestris Negativo<br />
Belmonte Belmonte 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Covilhã C Conceição 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Covilhã C Sta Maria 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Fundão Donas 2 2 Phoenix canariensis Negativo<br />
Lousã Lousã 14 14 Phoenix canariensis Positivo<br />
Góis Góis 1 1 Phoenix canariensis Positivo<br />
Miranda do Corvo Semi<strong>de</strong> 2 2 Phoenix canariensis Positivo<br />
Miranda do Corvo Miranda Corvo 27 29 Phoenix canariensis Positivo<br />
Vila Nova Poiares Arrifana 5 5 Phoenix canariensis Positivo<br />
Vila Nova Poiares Poiares (S. André) 14 14 Phoenix canariensis Positivo<br />
Vila Nova Poiares S. Miguel Poiares 6 11 Phoenix canariensis Positivo<br />
Lousã Foz <strong>de</strong> Arouce 5 5 Phoenix canariensis Positivo<br />
Lousã Casal <strong>de</strong> Ermio 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Miranda do Corvo Rio Vi<strong>de</strong> 2 2 Phoenix canariensis Positivo<br />
Penacova Penacova 1 1 Phoenix canariensis Positivo<br />
Arganil S. Martinho Cortiça 3 3 Phoenix canariensis Positivo<br />
Góis Vila Nova Ceira 1 1 Phoenix canariensis Positivo<br />
Batalha Batalha 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Lousã Gândaras 1 1 Phoenix canariensis Positivo<br />
Tábua Vila Nova Oliveirinha 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Oliveira Hospital Boba<strong>de</strong>la 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Viseu Abraveses 1 4 Phoenix canariensis Negativo<br />
Viseu Ranhados 1 3 Phoenix canariensis Negativo<br />
Ton<strong>de</strong>la Campo Besteiros 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Nelas Nelas 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Carregal do Sal Beijós 1 1 Phoenix canariensis Negativo<br />
Distribuição /freguesia <strong>de</strong> locais positivos<br />
60
11 – Conclusões<br />
A praga Rhynchophorus ferrugineus foi prospetada em 31 concelhos, 58 freguesias, foram registadas<br />
192 fichas <strong>de</strong> campo no INFINET e realizaram-se 204 observações. Os resultados da amostragem <strong>de</strong>ram<br />
80 casos positivos assinalados em 14 freguesias afetas a 8 concelhos do distrito <strong>de</strong> Coimbra.<br />
Foram levantados 22 autos <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição, 33 notificações e anotados 25 casos referentes a autos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struição levantados no ano anterior.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
XIII – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Thrips palmi<br />
Insecta Thysanoptera Thripidae Thrips palmi (Tripe das palmeiras)<br />
2- Legislação aplicável<br />
Decreto-Lei nº 154/2005 e alterações - Anexo IAI<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Primavera - Verão<br />
4 – Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
A prospeção <strong>de</strong>ste organismo (Fig.1) <strong>de</strong>ve realizar-se prioritariamente em vegetais <strong>de</strong> Ficus L., nos locais <strong>de</strong><br />
produção ou em lotes <strong>de</strong>sta espécie provenientes dos Países-Baixos. Também <strong>de</strong>verá incidir sobre vegetais <strong>de</strong><br />
Dendranthema spp., Cyclamen spp., Cucumis Melo., Cucumis sativus., Capsicum spp., Solanum melongena., e<br />
orquí<strong>de</strong>as em cultura protegida ou em comercialização.<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção é a estufa <strong>de</strong> produção ou o lote em comercialização<br />
6 – Sintomas<br />
Fig.1: Inseto adulto Thrips palmi<br />
Os danos causados pela alimentação, observados sob a forma <strong>de</strong> áreas prateadas ou bronzeadas, começam<br />
geralmente ao longo das nervuras principais e secundárias das folhas, acabando por se espalhar a todas as<br />
áreas da planta on<strong>de</strong> tem lugar a alimentação. Os tecidos em crescimento ficam com escoriações superficiais<br />
e distorcidos. (Fig.2). Verifica-se a secagem das folhas e a necrose dos frutos, com suberização da sua<br />
epi<strong>de</strong>rme. As plantas manifestam um enfraquecimento generalizado, po<strong>de</strong>ndo nalguns casos ocorrer a sua<br />
morte, consoante o nível <strong>de</strong> infestação e o período <strong>de</strong> alimentação.<br />
61
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
Indicação do nº da armadilha em “Referência e natureza” da amostra<br />
8 – Programação Anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às <strong>DRAP</strong> para ser executado pelos<br />
inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado para a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> a realização <strong>de</strong> 32 pontos relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Thrips palmi e que foram na região distribuídos do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira da Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
5 5 8 0 5 5 2 2<br />
9- Metodologia<br />
- Inspecção visual - Para o efeito selecciona-se ao acaso 1% das plantas <strong>de</strong> cada lote, fazendo incidir as<br />
observações na parte aérea <strong>de</strong>stas, <strong>de</strong> preferência nas zonas <strong>de</strong> crescimento. Para lotes constituídos por<br />
menos <strong>de</strong> 100 plantas observar a sua totalida<strong>de</strong>.<br />
- Captura <strong>de</strong> adultos:<br />
Fig.2: Sintomas causados por tripes<br />
Placas cromotrópicas – Em estufa este método é o mais aconselhado. Na captura dos adultos<br />
utilizam-se armadilhas cromótropicas <strong>de</strong> cor branca, azul e amarela, com óleo, colocando-se<br />
uma armadilha por cada 100 m 2. Cada armadilha <strong>de</strong>verá ser colocada em local apropriado e aí<br />
permanecer 24 a 48 horas, <strong>de</strong>vendo-se repetir esta operação ao longo do período <strong>de</strong><br />
observação. Os tripes <strong>de</strong>tectados <strong>de</strong>vem ser retiradas inteiros com o auxílio <strong>de</strong> um pincel<br />
hume<strong>de</strong>cido para um frasco com liquido <strong>de</strong> conservação (etanol a 70% ao qual se adicionam<br />
gotas <strong>de</strong> ácido láctico) tendo em vista a sua i<strong>de</strong>ntificação posterior em laboratório<br />
Técnicas das pancadas – Para aplicação <strong>de</strong>ste método seleccionam-se ao acaso 20 plantas as quais<br />
se abanam vigorosamente sobre um tabuleiro branco e liso. Para lotes constituídos por menos <strong>de</strong><br />
20 plantas a amostra <strong>de</strong>ve ser composta pela totalida<strong>de</strong> do lote. Caso se <strong>de</strong>tectem adultos <strong>de</strong>ve-se<br />
proce<strong>de</strong>r à sua recolha como o <strong>de</strong>scrito no ponto anterior.<br />
62
10 – Resultados<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospeção<br />
<strong>de</strong>senvolvida em 2012 na região e registada no programa informático INFINET.<br />
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Thrips palmi<br />
Distribuição / Concelho do nº <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> prospeção - Thrips palmi<br />
63
Execução (%) da prospeção <strong>de</strong> Thrips palmi<br />
Distribuição por freguesia <strong>de</strong> pontos e observações realizadas da prospeção Thrips palmi<br />
64
11- Conclusões<br />
A praga Thrips palmi foi prospetada em 12 concelhos, 16 freguesias, foram registadas 23 fichas <strong>de</strong> campo no<br />
INFINET, realizadas 50 observações e amostradas 65 placas cromotrópicas.<br />
O resultado da amostragem foi negativo.<br />
1 – Organismo a prospetar<br />
XIV – PROGRAMA DE PROSPEÇÃO Toxoptera citricidus<br />
Insecta: Homoptera – Aphididae: Toxoptera citricidus<br />
O adulto <strong>de</strong> tamanho médio tem 1,5 a 2,4 mm <strong>de</strong> comprimento, é brilhante, <strong>de</strong> cor castanho<br />
avermelhado a preto. Os afí<strong>de</strong>os alados po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificados com uma lupa <strong>de</strong> bolso, pelo terceiro<br />
segmento da antena que é negro e ao qual se segue um quarto sem cor. A nervura mediana das asas<br />
anteriores é em geral dividida duas vezes. Os sifões têm cerca <strong>de</strong> 1/6 do comprimento do corpo e são<br />
esculpidos, enquanto a cauda é bolbosa e arredondada no ápice. Se os afí<strong>de</strong>os forem ápteros têm que ser<br />
estudados ao microscópio para se observarem os pêlos compridos, finos e erectos existentes nas patas e<br />
no corpo. Formam colónias castanho-escuras ou negro. (Fig.1)<br />
2- Legislação aplicável<br />
Decreto-Lei nº 154/2005 e suas alterações – Anexo IIAI<br />
3 – Época <strong>de</strong> prospeção<br />
Abril a Outubro<br />
4 – Hospe<strong>de</strong>iro a prospetar<br />
Citrinos<br />
5 – Local <strong>de</strong> prospeção<br />
Pomares e viveiros.<br />
6 – Sintomas<br />
Fig.1: Adultos do afí<strong>de</strong>o Toxoptera citricidus<br />
O crescimento dos rebentos é dificultado e posteriormente estes tornam-se disformes, as folhas ficam<br />
quebradiças, encarquilhadas e encurvadas para a página inferior (Fig.2). As flores atacadas não abrem ou<br />
abortam, uma vez que os ovários ficam <strong>de</strong>formados.<br />
65
7 – INFINET<br />
Preenchimento <strong>de</strong> uma ficha por ponto <strong>de</strong> prospecção.<br />
Prospecção <strong>de</strong> vários pontos no mesmo local - duplicar a informação base e acrescentar no campo 6<br />
“Proprieda<strong>de</strong> /Local” ponto 1, 2, 3,…<br />
Várias visitas ao mesmo ponto - preenchimento <strong>de</strong> datas diferentes <strong>de</strong> prospecção.<br />
Indicação do nº da armadilha em “Referência e natureza” da amostra.<br />
8 – Programação Anual<br />
O plano <strong>de</strong> prospeção anual é elaborado pela DGAV e apresentado às <strong>DRAP</strong> para ser executado pelos<br />
inspetores fitossanitários regionais.<br />
Em 2012 ficou programado para a <strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> a realização <strong>de</strong> 70 pontos relativamente à prospeção do<br />
organismo <strong>de</strong> quarentena Toxoptera citricidus e que foram na região distribuídos do seguinte modo:<br />
<strong>DRAP</strong>C Aveiro Castelo Figueira Guarda Leiria Lousã Montemor Viseu<br />
Branco da Foz<br />
Velho<br />
Nº Pontos<br />
Propostos<br />
15 12 10 3 5 10 10 5<br />
9 – Metodologia<br />
Colocação <strong>de</strong> armadilhas <strong>de</strong> Moericke, à razão <strong>de</strong> uma armadilha por hectare (ponto <strong>de</strong> observação).<br />
Em zonas on<strong>de</strong> a praga existe, ou em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção da mesma, <strong>de</strong>ve-se percorrer o pomar em<br />
diagonal seleccionando ao acaso 5 raminhos ver<strong>de</strong>s ou rebentos jovens em 10 árvores, para se proce<strong>de</strong>r a<br />
uma correcta zonagem dos focos <strong>de</strong> infestação da praga.<br />
A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prospecção <strong>de</strong>ve ser utilizada a mesma que é usada para a prospeção do vírus da tristeza (CTV)<br />
Citrus tisteza virus<br />
10- Resultados<br />
Fig.2: Sintomas do vírus da tristeza transmitido por Toxoptera citricidus<br />
Os mapas e quadros que a seguir se apresentam indicam os resultados da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida em 2012 na<br />
região e registada no programa informático INFINET.<br />
66
<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong> – Concelhos prospetados<br />
Toxoptera citricidus<br />
Distribuição/Concelho do nº <strong>de</strong> Pontos <strong>de</strong> Prospeção - Toxoptera citricidus<br />
67
Execução (%) da prospeção Toxoptera citricidus<br />
Distribuição/ Freguesia do nº <strong>de</strong> pontos prospetados e nº <strong>de</strong> pontos observados <strong>de</strong> Toxoptera<br />
citricidus<br />
68
Resultados da prospeção Toxoptera citricidus<br />
Distrito Concelho Freguesia Hospe<strong>de</strong>iro<br />
Observado<br />
Aveiro Anadia<br />
Arcos<br />
Citrus sinensis<br />
S. Lourenço do Bairro Citrus sinensis<br />
Águeda<br />
Barro<br />
Citrus sinensis<br />
Ílhavo<br />
I S Salvador<br />
Citrus limon<br />
Oliveira do Bairro Oiã<br />
Citrus sinensis<br />
Vagos<br />
Ouca<br />
Citrus sinensis<br />
Castelo<br />
Branco<br />
Positivo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Positivo<br />
Negativo<br />
Positivo<br />
Idanha- a- Nova Rosmaninhal Citrus <strong>de</strong>liciosa Negativo<br />
Penamacor Pedrogão S. Pedro Citrus sinensis Negativo<br />
Fundão Castelo Novo Citrus sinensis Negativo<br />
Castelo Branco Alcains<br />
Mata<br />
Ninho do Açor<br />
Citrus sinensis<br />
Citrus <strong>de</strong>liciosa<br />
Citrus sinensis<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Resultado<br />
Covilhã Teixoso Citrus <strong>de</strong>liciosa<br />
Citrus sinensis<br />
Proença-a-Nova Sobreira Formosa Citrus <strong>de</strong>liciosa<br />
Montes Senhora Citrus limon<br />
Sertã Cabeçudo Citrus aurantium Negativo<br />
Vila Velha Rodão Vila Velha Rodão Citrus sinensis Negativo<br />
Citrus limon Negativo<br />
Coimbra Figueira da Foz Marinha das Ondas Citrus limon Negativo<br />
Tavare<strong>de</strong><br />
Citrus limon Negativo<br />
Maiorca<br />
Citrus limon Negativo<br />
Bom Sucesso<br />
Citrus limon Negativo<br />
Alhadas<br />
Citrus limon Negativo<br />
Cantanhe<strong>de</strong> São Caetano<br />
Citrusxnobilis Negativo<br />
Tocha<br />
Citrus limon Negativo<br />
Sanguinheira<br />
Citrus limon Negativo<br />
Bolho<br />
Citrus sinensis Positivo<br />
Sepins<br />
Citrus sinensis Positivo<br />
Murte<strong>de</strong><br />
Citrus sinensis Positivo<br />
Guarda Celorico da Beira Mesquitela<br />
Citrus sinensis Negativo<br />
Gouveia<br />
G S Julião<br />
Citrus sinensis Negativo<br />
Guarda<br />
Vela<br />
Citrus sinensis Negativo<br />
Viseu Mangual<strong>de</strong> Alcafache Citrus sinensis Negativo<br />
11 – Conclusões<br />
Ton<strong>de</strong>la Capo <strong>de</strong> Besteiros<br />
Canas Santa Maria<br />
Citrus sinensis<br />
Citrus sinensis<br />
Negativo<br />
Negativo<br />
Viseu Repeses Citrusxnobilis Negativo<br />
Oliveira Fra<strong>de</strong>s Sejães Citrus sinensis Negativo<br />
S. Pedro Sul Arcozelo Citrus sinensis Negativo<br />
A praga Toxoptera citricidus foi prospetada em 23 concelhos, 37 freguesias, foram registadas 41 fichas <strong>de</strong><br />
campo no INFINET e realizadas 96 observações das quais se assinalaram 28 resultados positivos.<br />
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Bibliografia consultada:<br />
Decisões Comunitárias<br />
EPPO Gallery (http://photos.eppo.org)<br />
http://www.eppo.int/quarentine<br />
Quarantine Pests for Europe / OEPP<br />
DGAV - Programas <strong>de</strong> Prospeção / Curso <strong>de</strong> Inspetores Fitossanitários-2010<br />
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